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História War on Control - Capítulo 21


Escrita por: Little_Drug e RamonaGunderson

Notas do Autor


Heey gente!!

Tudo bom?Então,estamos aproveitando esse espaço aqui pra avisar que:

*WOC está entrando em sua última fase,tá acabando ;-; e vamos sentir muita saudade de vocês

*Esse cap. contém : Muitas emoções

Só isso,boa leitura

Capítulo 21 - Capítulo 21


Fanfic / Fanfiction War on Control - Capítulo 21

-Lírios brancos... -A senhora diz pensativa, procurando em seu jardim. -Não é tão exigente...Você quer algo inimaginável, não é?!Pois então tudo bem.

            -Tudo bem? -Frank disse baixo, de costas para o irmão.

            -Sua mãe..Não adianta Frankie, ela me odeia,e é recíproco.Não tente fazer nós nos entendermos.

            -Tudo bem.

            -Não fique chateado! -Ian rola os olhos, ajeitando a cama ao lado da do irmão. -Amanhã eu vou embora e esquecer que encontrei com essa maldita casa..Se quiser vir comigo.Em alguns minutos os irmãos estavam dormindo um ao lado do outro tranquilamente.

            Quando Ian acordou, Frank agora apoiado sobre o tórax do irmão e tinha uma das pernas jogada sobre o mais novo. Ian sorriu calmo e beijou a testa do irmão o acordando. Assim que o menor acordou, perguntou onde estavam, o que gerou uma risada fraca do moreno que logo respondeu para o mais velho.

            -Ian, você vai mesmo embora daqui?

            -Sua mãe...Ela me odeia,Frankie.É melhor eu ir embora.Mas se quiser eu vou só a noite.

            -Por favor.

            O dia passou e muitos guardas haviam passado perto da cabana, ignorando-a completamente.Quando o fim da tarde chegou e Ian estava se despedindo de Frank,Bella bateu na cabeça do mesmo com um pedaço de madeira e antes que Ian fazer algo,ela bateu em seu rosto também,fazendo seu corpo cair em direção ao chão.

            As horas se passaram e os irmãos acordaram amarrados em duas cadeiras diferentes.Haviam duas coroas de flores,uma sendo composta por lírios brancos e outra com rosas brancas sobre uma mesa,ale, de alguns buquês de lírios sobre o chão, perto da cadeira do mais velho.

            -Frank, o que está acontecendo aqui?!- Ian perguntou ao ver que o irmão já estava acordado, o timbre da sua voz pela primeira vez em anos se mostrou num tom assustado.

            Frank negou com a cabeça tentando entender o que estava acontecendo,mas nada clareava sua mente.Ele ia falar algo quando a porta da sala onde foi aberta e Bella entrou.

            Ela pegou uma faca e caminhou até Frank,passando a faca levemente sobre a bochecha do filho e fazendo com que sobre a pele do garoto se formassem alguns pontinhos de sangue.Frank a encarou,confuso e assustado.

            -Ma..Mãe, o que você está fazendo?!Mãe?

            A mulher continuou em silêncio e não deixou cair nenhuma,das várias lágrimas que segurava.Com a faca ela ainda cortou a camiseta do próprio filho,e nesse exato momento um garotinho entrou na sala,se sentando sobre as próprias pernas.

            -Sei que pediu para eu ficar lá fora mamãe,mas lá está cheio de soldados e eu não gosto muito deles.

            Frank encarou a mãe,entendendo menos ainda aquela situação.

            -Mãe eu...Eu tenho um irmão?

            -Não Frank!Kay é apenas um orfão rebelde que eu peguei para cuidar. -Bella se vira para a criança. -Agora bebê,vá para o quarto e durma.Mamãe precisa resolver um assunto com eles.

            O garotinho se levantou e correu para fora daquele local,obedecendo as ordens de Bella.

            A senhora deixou a faca sobre a mesa e voltou com uma caneta preta,fazendo tracejados sobre o tronco exposto de Frank.

            -Mãe,o que você está fazendo? -Algumas poucas lágrimas marcavam o rosto de Frank,e seu medo estava muito bem expresso em sua voz. –O que você...

            -Estou tirando a coisa mais importante dele,querido.Assim como ele tirou as duas coisas mais importantes pra mim. -Bella diz friamente.

             Ela pega novamente a faca,esfaqueando o próprio filho,o que deixou Ian paralisado por alguns segundos antes de começar a gritar para chamar a atenção de alguém que pudesse passar por ali e mandando-a parar de fazer aquilo.

            Frank olhou para o irmão e percebeu que Ian estava chorando.Ian estava chorando...Logo ele voltou a olhar para a mulher que ele chamava de mãe e cuspiu as palavras.

            -Quando ele disse que você merecia o inferno,mãe,eu devia ter acreditado nele. –O garoto diz baixo,mas alto o suficiente para Bella escutar e voltar a esfaqueá-lo com raiva.

            Ela apenas parou quando percebeu que seu filho estava morrendo muito mais rápido do que ela havia planejado.Então soltou as cordas que o prendiam na cadeira e o empurrou para o chão,logo pegando um bisturi do bolso do casaco que ela usava para poder abrir exatamente onde ela havia feito o tracejado com a caneta preta.

            Frank claramente morreu no meio desse processo,xingando mentalmente sua progenitora e sem entender o motivo daquela mulher antes tão carinhosa consigo, estar fazendo algo tão horrível a si.Sua própria mãe,o que estava acontecendo? Enquanto Frank era aberto por um bisturi,Ian se encontrava de olhos fechados, tentando acreditar que aquilo tudo era apenas mais um pesadelo.Mas Ian ouviu quando seu irmão sussurrou um fraco "eu te amo" para si,e soube que aquilo não passava da mais cruel realidade.

            Bella,que ainda estava cega de ódio,agora retirava cuidadosamente os órgãos do corpo desfalecido do próprio filho,e só então percebeu que estava pulando partes de sua própria vingança.Se levantou e foi até a mesa,pegando a coroa de lírios e a manchando com o sangue do seu único filho,logo se encaminhando para perto de Ian, colocando delicadamente a coroa de flores sobre sua cabeça e pousando a mão sobre o rosto do garoto,manchando a pele dele de sangue.

            -Ah,querido...Ele está morto por sua culpa,se você não tivesse nascido, Ian...Frank estaria vivo,e seríamos uma ótima família.Seu irmão estaria feliz,e não despedaçado!

            Ian abriu os olhos,fitando a mulher a sua frente com um ódio incomum dominando seu olhar.

            -Vai para o inferno,sua desgraçada!!Sua puta! -Ian voltou a abaixar a cabeça e a mulher deu um tapa em seu rosto antes de voltar ao corpo do filho,agora arrumando aqueles buques de lírios brancos dentro do tronco de Frank,como se ele fosse um pequeno jardim.

            Assim que terminou a vingança ela soltou Ian, que se encontrava completamente rouco no momento e que assim que foi solto se jogou no chão e rastejou até o corpo do irmão,o puxando para perto e o abraçando,ainda chorando,e fechou os olhos do mais velho para sempre.

            A mulher ouviu passos dentro da casa e correu para ver quem era, poderia ser um soldado,mas se tratava de um grupo de rebeldes.Eles perceberam sua presença e sem nem pensar um deles atirou contra Bella,que largando tudo para trás,correu para os fundos da casa,fugindo pela mata.

            -Vasculhem a casa,eu ouvi gritos por ajuda virem daqui mais cedo.Se encontrarem alguém, peguem e tragam para a sala.

            O grupo assentiu e se dividiu pela casa,o garotinho foi achado primeiro e levado facilmente até a sala,e depois encontraram Ian,mas foi preciso que cinco dos rebeldes o segurassem para poder afastá-lo do corpo do irmão.

            Assim que chegaram a sala,Ian caiu quase desmaiado no chão.

            -Quem são vocês dois? -O garoto,provavelmente o líder,perguntou.

            -Kay. -O garotinho diz baixo.

            -E você seria..?

            -Ninguém. -Algumas lágrimas ainda caiam pelo rosto de Ian,que encarava superficialmente o carpete. -Eu.. eu preciso ir até o grupo Alpha. -Ele diz com a voz ainda falha,pensando no que fazer.

            -Alpha....O antigo grupo do Jay?

            Ian apenas concordou com a cabeça, antes da inconsciência tomar conta de si por completo.

            -Gerard. -Um dos mais velhos do grupo o chamou.O líder se virou para ele e assentiu sem nem ouvir a pergunta.

            -O levaremos até ela,se assim ele quer.

            -Mas...

            -Henry! Vamos levá-lo lá e pronto.

            -Okay. -O garoto ficou levemente emburrado.

            O grupo todo saiu em direção ao apartamento de Angie,sendo guiado por Henry,que carregava Ian junto a Gerard. Por questão de minutos eles não toparam com um grupo de soldados que passaram por ali e revistaram a casa, encontrando o cadáver de Frank abandonado em um dos quartos.

            -Ger, vamos descansar,o garoto tá exausto. -Henry aponta Kay, que estava atrás de quase todo o grupo.

            -Okay, temos tempo até chegar lá.Descansem!

            Ian foi deixado em um tronco perto do chão enquanto os rebeldes descansavam em volta dele.

            -Que merda aconteceu naquela casa? -Uma garota perguntou e Gerard negou com a cabeça.

            -Alguma merda bem grande, com certeza...

            -Frank! -Todos voltaram a atenção para Ian, que agora estava bem acordado e suando frio após um pesadelo com o irmão.

            -Não pense em voltar lá. -A mesma garota segurou Ian assim que este começou a correr na direção oposta de onde estavam indo.

            -O meu irmão!!Ele... -O garoto chorava e já haviam três pessoas o segurando enquanto ele tentava se soltar. -Frank tá lá!O meu...Droga, vocês o deixaram lá! Frankie! -O garoto caiu no chão.

            Mais uma vez era o culpado da morte de alguém que amava,sua mãe, pai, Kenny, James e agora Frank..Lawrence era realmente um monstro, ou apenas se sentia assim.

            -Ele morreu, ele está morto garoto. -Gerard apoia o rosto de Ian em seu ombro e ele quase pensa em se afastar. -Não há nada que você possa fazer pra mudar isso, voltar não adianta.Você pode chorar ou ficar em luto o tempo que quiser, mas voltar...Isso é idiotice.

            Aproveitando a proximidade Ian agarrou o pescoço de Gerard,o derrubando no chão e desferindo dois socos neste antes de alguns integrantes os separarem.

            -Isso não é...Seu filho da puta!! -Ian deixava chutes no ar e xingava Gerard de todas as coisas possíveis. -Você nunca perdeu um irmão! Frank não é uma idiotice, seu desgraçado!!

            Assim que ele consegue se soltar, corre até o líder com sua faca em mãos, mas é derrubado por um soco antes mesmo de tentar esfaqueá-lo.

            -Eu vou até ele, vocês querendo ou não. -Resmungou um tanto mais calmo.

            -Pode ir, mas então encontre sozinho o caminho até o Alpha.

            -Idiotas..

            -Podemos deixar ele aqui e...

            -Não. -Gerard estendeu a mão para Ian se levantar e este a empurrou pra longe, se levantando sozinho. -Depende do que ele vai decidir.E então garoto?

            -Ian.Eu tenho nome,e...Droga, eu vou...Eu fico com vocês!

            -Então vamos seguir essa merda de viajem até a Mandy. -Gerard se virou irritado e começou a andar rapidamente, sem esperar seu grupo.

            Eles seguiram em silêncio por vários minutos, Ian segurando sua vontade de ir até o irmão e algumas lágrimas.

            -Ele tá irritado. -A garota se aproxima de Ian e começa a conversar com o mesmo. -Esse negócio que você disse, do irmão...

            -Ele sequer teve um, não é?

            -Não, mas tinha uma esposa. -Ela abaixa a cabeça e Ian apenas a ignora.Aliás, todos já perderam alguém, Ian era o que melhor podia dizer. -Ela foi uma das primeiras rebeldes assinadas quando essa guerra começou...Estava esperando um bebê de sete meses, uma menina.A criança era tudo pro Ger.

            -E..?

            -Ele pode não ter perdido um irmão, mas perdeu todos que amava.

            -Então o avise que temos algo em comum. -Dito isso o garoto apressou o passo e se afastou de todos ali, as lágrimas voltando gradativamente enquanto a adrenalina e ódio se transformavam em dor.

            Mason bufou alto quando bateram insistentemente na porta de seu escritório, logo abrindo a mesma.

            -Senhor... -Andrew estava ofegante e com semblante um tanto assustado,o que alarmou de primeira o general. -O senhor precisa ir até o subsolo.

            -Subsolo..?Tem certeza? Sabe que lá é o...

            -Necrotério, sim senhor.

            -Mas que droga! -Mollhausen bateu a porta, pegando rapidamente o elevador até o subsolo, juntamente com Andy.

            -Senhor... -Tyler abaixou a cabeça assim que Mason entrou.

            O corpo sobre a maca ainda estava coberto, mas sem dúvida alguma nunca houve tanto sangue naquela sala.Thomas apenas observava o cadáver, tentando descobrir se era ou não alguém conhecido.

            Com indiferença o general caminhou até o corpo ali e pousou as mãos ao lado do cadáver.

            -Digam.

            -Eu,ahn...Ele foi encontrado numa casa abandonada no meio da mata.O tórax e costelas foram cortados e...Nós nunca vimos ninguém fazer algo assim mas, todos os órgãos foram tirados, menos os olhos e pele...

            -Colocaram flores no lugar dos órgãos, senhor...Sinto muito.

            -O que?! -Hausen sentiu um mal estar momentâneo que não sentia há anos, teria puxado a capa que cobria o corpo se não tivessem segurado sua mão. -Quem é? Quem,seus idiotas?!

            -Antes que puxe a capa senhor, nenhum de nós fizemos isso.

            E então Mason descobriu o corpo, revelando o cadáver pálido de Frank e o fazendo recuar dois passos, apoiando-se no balcão.Seus olhos não acreditavam no que viam, era Frank da cabeça ao peito,a partir do tórax havia apenas um buraco e flores.Uma infinidade de lírios brancos, era mórbido e cruel.Não que Mollhausen não fosse mas, aquele garoto...Frank era de certa forma inocente e infantil,e aquela imagem de desespero nunca mais sairia de sua mente.Seu estômago parecia estar sendo torcido e sua boca tapada pela mão formava um perfeito "O"

            -General, você tá bem? -Tyler se aproximou de Hausen assim que ele ficou mais pálido que o comum.

            -Sim, eu só... -Antes de terminar a frase, vomitou tudo o que tinha no chão do lugar, tossindo algumas vezes e limpando a boca com a mão.

            -Senhor, tem certeza que...

            -Estou bem, só preciso de um tempo a sós com... -Olhou novamente o corpo do garoto na mesa e perdeu a fala, que foi substituída por um imenso desespero. -Me deixem sozinhos! Vamos seus palhaços, saiam daqui!!

            Assim que todos tinham saído, Mason correu até Frank, segurando forte sua mão e acariciando-lhe os cabelos manchados de sangue.Pela primeira vez em anos, lágrimas de dor e desolação brilhavam em seus olhos.

            -Ah meu pequeno...Meu pequeno garotinho, eu não acredito que alguém pôde... -Mesmo quem estava há alguns andares de distância conseguiu ouvir o urro do general,era dolorido e odioso, desesperado e sem esperança.Seu garoto havia acabado de morrer da forma mais cruel que já vira. -Olhe só você... -Ele encara fixamente os olhos repletos de tristeza do cadáver, sorrindo tristemente com uma lembrança. -Nunca vi ninguém com os olhos mais brilhantes e infantis que os seus,e agora...Oh Frank, quem foi o desgraçado que te fez isso?! Quem foi?!! -Algumas lágrimas escorriam tímidas pelas bochechas finas de Mollhausen. -Eu juro que vou me vingar, garoto.E matar aquele que você tanto insistia...Eu não vou morrer, Frank.

            -Senhor,o que pretende fazer com o corpo?

            Mason não queria que o perguntassem isso, não queria precisar pensar sobre o que fazer com o corpo de Frank, aquele corpo antes tão esbelto, com traços perfeitos e dignos de atenção, mas que agora...Agora não passava de um tronco dilacerado.

            -Hausen? -O vice presidente entrou na sala, pousando a mão no ombro do amigo. -Vamos, precisa escolher e...

            -Não. -Os olhos do general se focava em algo muito mais além do físico, em coisas que ninguém nunca poderia adivinhar. -Não Hernie, eu só...Eu não posso.

            -Mason.

            -Me dê mais um tempo com ele, por favor Hernest, só mais alguns minutos.

            Em silêncio o vice presidente deixou o lugar,o único som existente ali era o dos soluços do homem ajoelhado ao lado de alguém com quem costumava discutir e cuidar.A desolação de perder alguém era incrivelmente doloroso, pior que qualquer tortura que já havia feito, ou qualquer palavra que tenha usado para ferir...Palavra.Ele se lembrava das últimas palavras que disse ao garoto.Droga,a culpa era tão dilacerante misturada com a dor e o ódio,e as juras de morte.

            -Oh Frankie... -Mollhausen agora passava os dedos trêmulos superficialmente pelas pétalas das flores, cada toque o fazia querer morrer mais. -Frankie,me...Desculpe garoto! Eu não te,nunca me irritaria pequeno. -As lágrimas grossas agora se misturavam com o sangue e vômito no chão enquanto o general pensava no quão irreal tudo aquilo era.

            Quanto tempo fazia desde que tinha visto o semblante preocupado do garoto?Ou seus sorrisos sacanas que sempre acabavam se tornando ingênuos?Não fazia mais que algumas horas, ao menos um dia.Mas agora eles estavam ali, porque assassinaram Frank,e tiraram uma relíquia preciosa desse mundo.

            -Eles vão pagar, pequeno... -Mason finalmente se levanta, após horas em silêncio.Limpa as lágrimas de seu rosto e acaricia levemente as bochechas pálidas de Frank, aproximando seu rosto do dele e deixando um beijo terno em sua testa. -Quem quer que tenha feito isso...Vai sentir mais dor do que qualquer um que já cruzou o meu caminho! Você era um ótimo garoto,Frankie.Nem mesmo meus soldados conseguiram te corromper.

            Mason suspirou diversas vezes, tentando conter o ódio e as lágrimas,e então chamou seus soldados.

            -Quero que o mantenham refrigerado e em bom estado.Aaron, Andrew! Venham comigo, vamos encontrar Ian!

            -Mase, não prefere descansar antes? Trocar o uniforme, aprender a lidar com isso?

            Voltando a sua pose de general, ou tentando, ignorou os conselhos do amigo, passando pela porta.

            -Não estou pedindo, Mollhausen!! Como seu superior eu exijo que vá para sua sala e não saia pelo resto do dia.

            -Hern... -Mason rosnou entredentes e o vice arqueou a sobrancelha direita, forçando o general a obedecer as ordens.

            Quando chegou em sua sala estava acabado.Sentia-se fraco, como se tudo pelo qual estava lutando há anos não valesse mais a pena, como se faltasse algo para motivá-lo,e ele sabia exatamente o que era.Ou quem.

            Não demorou muito para que estivesse enchendo seu copo de whisky e logo depois o esvaziando,e então enchendo outro,e outro e depois mais um até que a garrafa estivesse vazia.Jogou a mesma longe,pressionando as mãos contra as têmporas e escutando o som característico da garrafa se quebrando.

            Dentro de si tudo era o caos, que começou a tomar conta de seu corpo e quando viu, já tinha jogado a primeira pilha de papéis no chão.A mesa foi virada com a mesma facilidade que se respira, quebrando copos, rasgando planilhas e causando um estrondo enorme.

            -Seus desgraçados!! -O homem gritou com a voz embargada,atirando um quadro de títulos contra a parede. -Não tirem ele de mim!!Vocês vão pagar, miseráveis. -Ele gritava, buscando por sua arma em meio a bagunça que tinha feito e a empunhando.

            Assim que abriu a porta apressadamente, trombou com Zachary, que ficou o encarando por vários segundos antes de falar.

            -Meu pai,o presidente, mandou eu prestar as condolências ou sei lá, pra aquele moleque que morreu. -O general fechou os olhos e em um movimento preciso bateu a arma contra o rosto do garoto,derrubando-o no chão e deixando um sorriso malicioso nascer em seu rosto.

            Enquanto isso, Gerard e seu grupo observavam de longe o prédio de Angel,e Ian só queria atravessar a rua logo para encontrar Amanda.

            -O garoto, -Henry apontou Kay. -vai com você?

            Ian fez um som com a garganta, que deveria ser um riso cínico,e negou com a cabeça.

            -Não, eu não o quero comigo. -Fungou, se despedindo rapidamente do grupo só para não ter que aturá-los mais e caminhando apressadamente até as escadas.

            A partir do segundo lance era possível ouvir o grupo conversando dentro do apartamento.

            -Mããe!!O Duncan pegou o meu desenho! -Ian escutou,e uma grossa lágrima escorreu de seu rosto.

            Continuou a subir.

            -Shh! -Mike sussurrou quando bateram na porta.

            Angie abriu a mesma com cuidado,e segurou o garoto quando ele quase caiu.

            -Ian... -Amanda sibilou e Alex foi para o quarto em silêncio. -O que você fez?!

            -Que?

            -De quem é esse sangue no seu rosto, Ian?

            Sua mão então, ainda trêmula,tocou a bochecha direita,e quando voltou para seu campo de visão tingida de vermelho Ian se lembrou.E quando se deu conta de que estava com o sangue do próprio irmão no rosto...

            As crianças taparam as orelhas e os joelhos de Ian fizeram um barulho oco quando ele caiu no chão gritando e chorando,de novo.

            -Que merda aconteceu lá fora,Ian?!

            -Ahn não...Deus não!Por favor..Sua vadia desgraçada!!Não, não, não Frankie..Ele,o Fran ele...

            -Morreu?

            Enfrentar aquela palavra era o inferno pra si,e de novo ele era o culpado pela morte da pessoa que mais amava.A dor queimava dentro de si e a culpa o afogava, era como se estivesse morrendo por dentro, mas sabia que merecia aquilo.

            E então veio algo que ele nunca imaginou na vida, foi rodeado pelos braços de Amanda em um abraço apertado e de certa forma, materno.


Notas Finais


E então,o que acharam?!

*RIP um dos maiores arianos de WOC *-* <3

*Bjs


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