Lutamos por algo!
Então... eu começo narrando. Aviso, é uma história longa, pois não sei quanto tempo vai durar, ao mesmo tempo curta pois não sei quanto tempo vai durar. Não me contradigo, apenas estou indeciso quanto ao tempo, afinal, o tempo por si só, já é bem indeciso. Adianto também, essa história não é sobre mim, é sobre eles, as pessoas que interessantes e as que as cercam... Por tanto, não esperem saber quem eu sou, provavelmente você nunca vai me ver ou reconhecer, ou talvez isso aconteça, como eu disse, o tempo é indeciso, ele pode mudar coisas.
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Ali, onde o céu é vermelho acabara de chegar mais um morador, em sua frente uma forte luz, resplandeceu, após sua passagem, aquele homem de meia idade, cabelo curto de cor preta, que naquele momento estava completamente nu, avistara em sua frente, o Deus Vyrio e seus dez representantes.
- Onde estou? – perguntou o homem assustado, que continuou – Que lugar é este? Quem são vocês?
- Calado sangue impuro! – ordenou um dos representantes, que estava coberto pela imensa sombra de seu deus.
- Sete, não precisa se preocupar... está tudo bem. – falou, em um tom harmônico e bondoso para aquele que chamou de sete. Virou agora sua cabeça para o passageiro, de fato ele ainda não podia morar no céu. – Veremos agora o seu destino.
Dito isso, o Deus Vyrio toca em sua testa com seu dedo indicador e seu dedo médio, usando a mão direita e com sua mão esquerda cobre toda a cabeça do homem que ali havia chegado. Suas mãos, assim como seu corpo eram extraordinariamente grandes, seu corpo inteiro era um aviso: “TENHO PODER!”. Seu casaco vermelho, estava mais para um cobertor para todo seu corpo. E aqueles olhos negros, intimidavam qualquer um. Seu cabelo enorme de cor branca, ficava a maior parte escondida por baixo de seu casaco, e com aquela pele pálida... sim, de fato intimidador.
Enquanto o Deus Vyrio com seus olhos fechados, aparentemente concentrado, erguia o homem pela cabeça, o mesmo não tinha reação. E de repente, Vyrio abre seus olhos e larga o homem.
- AHHHHHHHH! – grita o homem, se ajoelhando e se contorcendo de dor.
- Do que você se lembra? – pergunta Deus Vyrio, com um olhar totalmente diferente de antes, um olhar muito mais intimidador.
- O quê? Eu não lembro de nada... – Respondeu o homem ainda se recuperando da dor que sentira.
- Ah sim. Pois bem, teu nome é mil, viverás conosco mil? – E desta vez Vyrio já parecia mais harmônico, mas ainda intimidador.
- Quê? – assustado, e sem pensar muito, logo responde – sim, sim!
- Por uma nova era, por um sonho, recomeçaremos, a nova era nascerá, contemplem o nosso amanhã, pois mais um dia vou viver, pro reino do Deus Vyrio todos vós poderão voltar, nunca é tarde para o amanhã. – Orou Vyrio, que anunciara a chegada de um novo morador.
- O céu vermelho hoje sonha! – disseram os dez representantes, após a oração.
Logo após, um deles foi até o homem que agora se chamara mil, e deu-lhe um cobertor.
- Eu sou nove, é um prazer. – Disse nove. – Eu tenho que ir agora, alguém virá para te levar até sua cabana, até mais.
Ao sair, nove corre tentando alcançar alguém e chama gritando:
- Sete, espera!
- O que é? – respondeu Sete ao chamado, todo ranzinza.
- Você notou que ele estava todo cheio de dúvidas no começo, até você o interromper! – reclamou.
- Ah não! De novo com essas besteiras Nove?!
- Ah vamos lá! Você nunca parou para pensar de onde viemos?
Após uma pequena pausa, Sete responde:
- Não importa, o hoje e o amanhã são importantes, não o passado. – Mesmo Sete não acreditava tanto naquilo que dizia.
- Um dia vou descobrir de onde viemos, é uma promessa.
Sete olha para Nove e logo após, segue seu caminho. Então nove muda seu caminho e vai diretamente para sua cabana. De fato, aquele garoto tinha algo de... interessante. Uma pele branca, levemente bronzeada e cabelos loiros, alto, e seus olhos, variavam de azul a verde. Ele faria 17 anos no dia seguinte. Chegando em sua cabana que era extremamente nula, diferentemente das outras, que são decoradas conforme uma pessoa age ou pensa, a dele era composta por um preto fundo e hipnotizante, ele se sentiu observado, e ao olhar para o lado vê uma YK que não via muito antes, pois ela morava em outro templo do céu. Porém, ela o encarava sem cessar. Então ele entrou em sua cabana, pegou um livro que estava em baixo de sua cama e anotou: “Os YKS novos ficam confusos quando chegam aqui, parecem... saber de algo, de algum lugar... de onde viemos.”.
- AHHHHHHHHHHHH! – gritava uma mulher desesperadamente, o céu nunca ouviu tamanho grito, logo, uma multidão se cercou no local.
- Mas o que é isso? – Se questionou Nove. Estranhando tal situação, sai para ver o que está acontecendo, se infiltra no meio da multidão e vê, uma coisa que jamais havia visto: uma pessoa morta.
Estava no centro do templo, uma lança posicionada verticalmente atravessava o coração do morador, que se chamava setecentos34, encaixando-se nas rachaduras criadas no chão, outra posicionada horizontalmente, atravessando suas costelas. As duas lanças, posicionadas daquele jeito formavam uma figura.
- Eu... já vi isso? – se perguntou Nove sem entender e tentando lembrar.
- Ele morreu!! – diz uma mulher chorando.
- Do que você tá falando? – pergunta um homem ao seu lado sem entender o que ela disse.
- Hã? Não sei, não sei o que eu disse... – responde, confusa.
Nove já não sabia o que acontecia ali, tentava lembrar da figura, mas não conseguia, e tentava entender a palavra que a mulher havia usado: “morreu”.
Então lembrou de algo e procurou em seu livro, ao abri-lo viu uma figura, à qual chamou de Cruz, essa figura era do mesmo jeito dos posicionamentos da lança. Após passar mais algumas páginas leu: “Hoje um novo passageiro usou palavras estranhas, ele perguntou para o Deus Vyrio se havia morrido, ele não foi aceito no céu, para onde ele terá ido?”. As dúvidas preenchiam a cabeça de Nove.
Então, Vyrio chegou para ver o que estava acontecendo, e quando olhou para o símbolo que as lanças formavam, sua face mudou. Parecia com raiva ou com... medo.
De repente, o sino que fica no topo do palácio do Deus Vyrio toca. Foi como naquela vez, o toque dos sinos ecoaram o universo por todo lugar.
- “Quando o sino de escamas bater cinco vezes, saibamos, uma nova era começou.” – recitou uma garota, seu nome era Gaya.
Pela quinta e última vez o sino badalou.
O céu se desfez, e caiu na terra como se fossem pequenos meteoritos. E todos os YKS caíram, tudo que todos pensavam naquele momento era: “Alguém nos ajude!”.
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