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História War Zone - Interativa - Faith, The Huntress of Unicorns


Escrita por: Panda_wan

Notas do Autor


Olha quem voltou depois de um tempão! Pois é, sou eu mesma hehehe
Então, antes de tudo eu gostaria de me desculpar pela demora em atualizar a fanfiction, além de problemas tecnicos, vulgo, minha internet caiu, eu fiquei com um bloqueio de criatividade terrível, mas agora eu finalmente voltei com um "projeto" sim, projeto entre aspas, mas eu não sei porque, só sei que é um projeto e pronto. Leiam o capitulo e vocês vão entender melhor o que eu quero dizer.
Enfim, Faith é a personagem enviada pela ~galaxine e quem quiser saber sobre a aparência dela, basta seguir um link nas notas finais. Bom, acho que é só isso!
Boa leitura!

Capítulo 4 - Faith, The Huntress of Unicorns


Fanfic / Fanfiction War Zone - Interativa - Faith, The Huntress of Unicorns

Faith sabia que a lua cheia devia estar brilhando esplendidamente no céu noturno cercada por estrelas prateadas e cintilantes, que pareciam diamantes no céu, mas apesar de saber o que se passava quilômetros e quilômetros acima de sua cabeça, da lua, Faith só podia enxergar os filetes de luz que infiltravam-se sorrateiramente pelas frestas nas copas densas e verdejantes das árvores.

A pouca luminosidade que permeava o ambiente, mantinha a floresta num estado de constante penumbra, na qual, sombras assustadoras moviam-se na completa escuridão, eriçando os pelos acinzentados da lobisomem.

Todos os seus já naturalmente aguçados sentidos, encontravam-se potencializados. Seus olhos que brilhavam na escuridão de tal forma que pareciam ter luz própria, encontravam-se estreitos visando sempre muitas léguas à frente, os ouvidos potentes estavam atentos a qualquer som que não fosse o suave pisar de suas enormes patas dotadas de longas e afiadas garras, no solo coberto de folhas secas e gravetos da floresta e o nariz longo e molhado de olfato potente farejava o ar à procura de sua presa.

Mas, não de qualquer presa.

Reza a lenda que, de todas as criaturas mágicas criadas a partir das lágrimas de felicidade dos Deuses Kuro e Shiro, que os unicórnios eram de longe a criação favorita da Deusa Iluminada. Não faltavam histórias, contos, anedotas ou canções em que a Deusa cavalgava em seu vestido prateado pelas planícies de Wonderland, montada numa belíssima fêmea unicórnio chamada Pacem, de pelos brancos, chifre prateado e olhos dourados. Tais histórias difundiram-se até tornarem-se reais e em função disso, os unicórnios passaram a ser considerados criaturas quase que sagradas para os povos de Wonderland.

A seis luas atrás seu pai, o Alfa do bando Bloody Wolves, havia saído para caçar com seus irmãos mais velhos, na cerimônia de maioridade dos mesmos. Estavam em busca de um unicórnio, que segundos  boatos, havia se perdido de sua manada, contudo haviam voltado de "presas limpas" para o bando, quando o dito unicórnio fugira para as profundezas de Falleya, a Floresta da Noite Eterna.

E era por isso que Faith estava ali, para completar a caçada que nem mesmo seu poderoso pai e seus irmãos haviam conseguido concluir. 

Obviamente ninguém havia ordenado-na que o fizesse -  pois se alguém tivesse o feito, era muito mais provável que a impulsiva lobisomem estivesse junto ao seu bando -, era loucura, praticamente suicídio adentrar no território da Corte Unseelie, sem permissão. As Black Fairies, passavam longe de serem amigáveis e não hesitavam em matar qualquer um que invadisse seu território, mesmo que isso fosse contra as leis do Conselho.

Faith tinha plena consciência de que estava arriscando a própria vida invadindo o território das Black Fairies daquela forma, uma vez que a "antipatia" das "Guardiãs da Floresta" era muito pior em relação ao licans; e não era como se ela não estivesse com medo de encontrar com alguma delas em seu percurso. Porém, havia metido na cabeça que voltar para o bando com as presas sujas e um unicórnio a tira colo, seria um passo importante para realizar seu sonho de tornar a Fêmea Alfa do bando mais forte e que tipo de líder ela seria caso desistisse de um objetivo puramente por medo?

Ela devia "lutar como um lobo" e caso se deparasse com Unseelies, certificaria-se de arrancar pelo menos alguns pares de asas.

'Isso mesmo, Faith. Não tenha medo! Você é uma lobisomem! Você é uma fera... uma ALFA!'

A filhote de lobisomem repetia a frase em sua mente tal como um mantra, lenta e pausadamente na tentativa de acalmar-se.

'Isso mesmo, Faith. Não tenha medo! Você é uma lobisomem! Você é uma fera... uma ALFA!'

E então, ela avistou-o e não haviam palavras suficientes para descrever o quão perfeita aquela criatura era, tratava-se de um ser completamente magnífico. A criatura descortinou-se para a lobisomem através de uma cortina de árvores negras e penumbra, emergindo das sombras como num sonho bonito e inimaginável.

Faith nunca antes havia visto um unicórnio, os equinos viviam nos planaltos de Rezembur, juntamente com os pégasos e raramente viam-se exemplares nas terras baixas. Haviam é claro, várias descrições dos mesmos, coisas que poetas inventavam ou viajantes gabavam-se de ter visto. Coisas sobre como o pelo era branco, sobre como o chifre reluzia entre outras, mas olhando para um tão de perto, percebeu que todas as descrições ouvidas, nem beiravam a real magnificência de um unicórnio.

O pelo que lhe cobria a pele rosada e sensível era puramente branco, tal qual os primeiros flocos de neve a caírem nas montanhas nortenhas durante o inverno, e alongavam-se graciosamente dando origem à crina e ao rabo. Faith não precisava ao menos tocá-lo para saber que deviam ser tão macios quanto as nuvens. Da testa, um corno translúcido e luminescente brotava, o chifre brilhava intensamente num tom muito claro de ametista e mesclando-se à luz do luar que incidia sobre ele, dava a impressão de que todo seu corpo brilhava.

Era no mínimo enfeitiçante e Faith, apesar de tudo sentia-se quase tentada a desistir da caçada e voltar de presas limpas para o bando. Todavia, não havia arriscado-se invadindo o território Unseelie para voltar sem nenhuma recompensa, piscou lentamente os enormes olhos verdes, respirando profunda e silenciosamente a fim de acalmar os batimentos cardíacos.

'Você consegue Faith! Só precisa de uma investida e levará essa belezinha para o bando!'

A grande loba cinzenta aproximou-se de sua presa exatamente como um predador faria, patas retesadas e garras à mostra, pisando cuidadosamente no solo instável da floresta tentando agir o mais silenciosamente possível para não assustar o unicórnio que em breve, se dependesse de Faith tornaria-se a refeição do bando Bloody Wolves, no entanto quando estava próxima o suficiente para saltar sobre o pescoço da criatura e fincar suas presas e garras tão profundamente que a morte seria instantânea, um alto estalo ecoou pelo ambiente substituindo o silêncio sepulcral de outrora.

O unicórnio que até então, pastava de um musgo fluorescente e doce que crescia na encosta de uma rocha, virou-se assustado dando-se finalmente conta da predadora que o espreitava, partindo à galope logo em seguida com sua crina esvoaçando na escuridão até desaparecer.

Toda a ação durou menos de alguns segundos e após recuperar-se do choque que foi ver sua presa desaparecer bem diante de seus olhos, Faith voltou-se para a fonte do barulho disposta a dilacerar quem quer que fosse que tivesse atrapalhado sua caçada. O sangue bombeava rápido em suas veias e as fauces contraíam-se atribuindo-lhe um semblante feroz com as presas longas e afiadas à mostra.

O responsável pelo barulho que havia assustado o unicórnio revelou-se surgindo das sombras lentamente, poupando a alfa do trabalho de encontrá-lo para só então matá-lo e mal havia surgido completamente, Faith já sabia tratar-se de lobisomem beta pela ausência de feromonas e cheiro específico.

E não estava errada, o responsável por ter assustado sua presa não era um beta, como era um beta de seu bando e velho conhecido seu, mas tal fato não impediu que a alfa furiosa lançasse-se no ar e derrubasse o intruso no chão.

- Que droga, Faith! O que você está fazendo? - perguntou Kentin encarando sem vacilar os olhos luminescentes da lobisomem. Faith por sua vez nada respondeu ao beta, apenas deixou que um rosnado gutural fluísse por sua garganta e escapasse pelos lábios retraídos. Uma quantidade insana de feromônios emanava do corpo da garota sem que ela pudesse controlar, mesmo dentre os lupinos, Faith era impulsiva e passional em demasia o que não era necessariamente uma boa combinação. - Não adianta dar uma de alfa pra cima de mim, Faith - disse Kentin ainda sobre pressão das poderosas patas da loba - eu sou um beta, seus feromônios não surtem efeito em mim. - ela bufou irritada, lançando uma baforada de ar quente no rosto peludo de Kentin. - Droga, dá pra sair de cima de mim? - perguntou ele dorido - Você tá pisando na minha cauda!

Faith saltou para trás a uns bons metros de distância e observou atentamente o beta levantar-se.

Como qualquer beta, Kentin não era capaz de transformar-se em um lobo completo tal qual um ômega ou um alfa, conseguindo assumir apenas a forma lupino-humanoide, contudo mesmo entre os betas e alfas, Kentin era um espécime de lobisomem que se destacava, tanto numa forma quanto em outra.

Quando humano, Kentin possuía uma pele parda dotada de algumas pintinhas negras, cabelos castanhos desgrenhados e no rosto angular intensos olhos esmeraldinos e pacíficos. O que não tinha em altura, compensava num porte físico invejável, com abdômen definido e membros torneados. Em sua forma lupina-humanoide, a pele era coberta por sedosos pelos castanhos que alongavam-se dando forma a uma "juba" de cabelos caóticos em volta do rosto, um par de orelhas felpudas castanhas com alguns pelos brancos erguiam-se de tal juba de um jeito fofo, nas mesmas cores da longa cauda felpuda.

Naquela noite, os olhos verdes de Kentin pareciam ter luz própria assim como os de Faith, todavia o brilho que emanava deles era tranquilizante invés de aterrorizador e embora as garras fossem longas, não estavam completamente expostas bem como as presas que ultrapassavam em pouco os lábios. Usava calças compridas com as barras em frangalhos, um colete preto de couro de corça e um colar de recrutamento cintilava em seu pescoço, afinal, assim como qualquer beta, Kentin, quando completasse 18 anos seria enviado para servir nas tropas do Conselho e Faith admitia - ao menos para si mesma - que a ideia a perturbava.

- Pretende continuar nessa forma por quanto tempo, hein? - perguntou o moreno sacudindo a poeira da cauda - Não podemos conversar civilizadamente enquanto estiver me olhando como se quisesse me matar.

Faith rosnou desdenhando do beta, mas mesmo assim tornou a assumir sua forma humana-loba. Lentamente, seu corpo foi tomando uma aparência semelhante à bípede, embora uma fina camada de pelos cinzentos ainda cobrisse partes de seu corpo, os cabelos agora cinzentos cumpridos e rebeldes lhe caíam sobre os seios e costas. Tudo o que restava das vestes antigas eram frangalhos de uma calça que fora reduzido a meros shorts.

- Tome - disse Kentin retirando o colete e o jogando para a alfa - não quero que o seu pai me mate por te ver assim.

- Você vai ter sorte se eu não te matar agora, imbecil! - rosnou ela vestindo o colete e abotoando-o - O que pensa que está fazendo aqui atrapalhando a minha caçada? - perguntou emitindo um rosnado com a garganta.

- Não sou só eu - o beta deu de ombros recostando-se contra uma árvore - seu pai mandou um grupo de betas liderados pelo seu irmão Joe, para te procurar. - informou - Estava soltando fogo pelas ventas, quando saímos.

- Ele não precisa se preocupar comigo ao ponto de mandar um grupo de resgate! - rosnou ela chutando uma árvore - Por acaso ele pensa que eu sou incapaz de me proteger sozinha, pra mandar um bando de betas inúteis atrás de mim!? Eu sou uma alfa, droga!

- É, uma alfa idiota que não respeita as leis do bando nem do Conselho e que pode acabar trazendo muitos problemas para os Bloody Wolves! - retrucou - O que estava pensando, quando resolveu invadir o território dos Unseelies pra caçar uma criatura sagrada, Faith? Acha mesmo que o Alfa mais forte de todos os bandos hesitaria apenas porque o unicórnio veio para Floresta da Noite Eterna? Unicórnios são protegidos pelo Conselho, um esquadrão interceptou o grupo do seu pai antes que eles matassem o bicho. - Kentin interrompeu-se para recuperar o fôlego e então recomeçou, mas dessa vez em um tom mais apaziguador, afinal podia ser imune às feromonas da alfa, contudo tinha certeza de não ser imune àquelas presas afiadas e garras poderosas. - Viemos de te impedir de fazer uma burrada, não te resgatar.

A alfa manteve-se em silêncio processando todas as informações que acabara de receber. Faith sabia que unicórnios eram seres protegidos legalmente pelo Conselho, todos sabiam disso, uma vez que os unicórnios eram tidos como os favoritos de Shiro, de modo que era muito mais provável que o pai e os irmãos houvesse desistido da caçada por causa das leis que por medo.

Ela havia sido uma idiota e tinha plena consciência disso, aventurando-se no território Unseelie sem permissão arriscando a vida, caçando uma criatura sagrada, trazendo problemas para pessoas que não estavam envolvidas. Ela queria ser uma alfa forte que protegia todos do bando com unhas e dentes, não uma alfa que tinha de ser salva de sua própria prepotência e idiotice o tempo inteiro.

Faith estava arrasada por dentro, queria apenas correr para casa e esconder-se debaixo das cobertas para chorar, todavia como era bem de seu feitio, virou-se para Kentin com sua melhor expressão de valentia, segurando o impulso de socar a árvore mais próxima por ter sido tão iludida.

- E onde está o meu pai e os meus irmãos mais velhos? - perguntou pousando a mão na cintura. - Você só falou do Joe, numa situação como essas seria normal que papai viesse pessoalmente ou mandasse o Stive, já que é o mais velho.

Kentin mediu-a de cima à baixo considerando se devia ou não dar mais informações a Faith, informações que ele próprio apesar de ser membro do bando não deveria saber, contudo, no final apenas suspirou dando-se por vencido, uma vez que hora ou outra, Faith descobriria e seria a ele quem ela tentaria matar por ter omitido algo.

- Stive foi acompanhar o Alfa em uma reunião do Conselho - disse ele mexendo no colar de recrutamento em seu pescoço.

- Reunião do Conselho? - perguntou confusa franzindo o cenho - Mas, não estamos em época de reunião do Conselho...

- Uh... em uma reunião emergencial do Conselho. - corrigiu-se.

- Emergencial? - indagou ao passo que o beta limitou-se a assentir - O que aconteceu no tempo em que eu estive fora Kentin? Deve ter sido algo muito grave para que o Conselho convocasse uma reunião fora de época.

- Há boatos de que um clã vampírico foi dizimado - contou ele e Faith encolheu-se à menção dos sanguessugas.

- Que tem isso? É algo bom, afinal. - respondeu entre dentes - E não acho que o Conselho convocar...

- Os boatos - Kentin interrompeu-a num sussurro nervoso - Os boatos dizem que o clã foi dizimado por...

- Por?

- ... Demônios.


Notas Finais


Bom, espero que tenham gostado do capitulo e eu espero fazer algo semelhante para todos os personagens enviados, contando um pouquinho da "história" deles.
Desculpem qualquer erro ortográfico são só dez e meia agora que eu terminei de escrever esse capitulo e já tô postando sem ao menos revisar, contudo farei o mais rápido possível, okay?
Obrigada a todos por terem comentado e favoritado a fanfiction nos capitulos anteriores.
Essa é a Faith, pra quem estiver interessado!
http://imgur.com/a/T0uDO


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