Noite fria em Belvedere, o som do choro poderia ser ouvido por quem passasse por alí. Chris Jauregui apertava o corpo do seu velho pai coberto pelo lençol, o rapaz de 18 anos assistiu o homem sendo morto por seu atual ódio, a irmã com pouca diferença de idade da sua. Enquanto o rapaz estava em seu momento com o velho a morena se encontrava em cavar a cova para seu pai.
Lauren não era uma filha presente e por um bom tempo rodou o mundo em sua aventura. Lauren sempre ouvia do homem que precisava parar e pensar na sua vida e no seu futuro, o sargento por anos seguia as regras que lhe foram ensinadas e pensando em disciplinar os filhos colocou a garota para servir o exército mais logo se viu chateado e desapontado quando recebeu uma ligação o avisando que a sua filha havia fugido. Por algum tempo sem saber noticias dela o sargento abriu sua porta e encontrou a menina com mochila nas costas e feição séria o fitando, ele não podia simplesmente mandá-la embora pois é sua filha.
A confiança não foi reconquistada, Chris assistia seu pai triste pela casa e nisso começou a crescer o ódio pela sua irmã, repetindo a história de sua mãe que sumiu, Chris se viu encarando a irmã com ódio desde que ela voltará.
O dia começou estranho, as notícias dos jornais o coas pelas ruas, fazendo o sargento checar de fato o que estava acontecendo, de surpresa ganhou uma bela mordida no braço direito, ele lutou contra o monstro e venceu logo em seguida correu para dentro de casa sentindo-se estranho, Chris o avistou e logo o questionou o ocorrido, o rapaz viu seu pai tremendo e sem perceber aos poucos adoecer. Três dias foi o suficiente para o sargento virar um zumbi como aqueles o filho correu para ver seu pai mais o mesmo estava desfigurado, o grito foi ouvido assim que pulou no garoto. Lauren no lado de fora com seu típico cigarro correu para dentro para dentro encontrando a pior cena.
Seu pai encima do irmão.
A morena de olhos arregalados pegou a primeira coisa que encontrará acertando em cheio na cabeça do homem o derrubando de vez ao chão sem vida.
Chris se encontrava assustado ainda beijou a testa do seu pai como um ultimo adeus, ergueu o olhar para a irmã concentrada no que fazia.
- Seu sonho não? Enterrá-lo enfim.
Lauren parou de cavar e virou-se para o irmão.
- Salvei sua vida Chris, de nada. - disse ela irônica.
- Você sempre foi o desgosto dele.
- Lauren ignorou voltando a cavar. - Você sempre foi o desgosto dele, não importa o que ele fazia era em você que ele pensava.
A morena riu negando. Finalizou a cova e voltou-se para seu irmão, agachou para pegar o corpo do homem mais Chris logo impediu.
- Tenho muito mais direito que você. - pegou o corpo e passou reto por ela. O corpo caiu sobre a cova o garoto pegou apá com lágrimas nos olhos encarou o homem pela última vez. - Adeus Sargento.
Lauren de braços cruzados e pensando na figura de seu pai disse seu adeus silenciosamente pensando nas brincadeiras, na proteção, nas lições, na forma desajeitada de dar conselho. Chris virou-se para ela com a mandíbula trincada.
- Espero que sua consciência esteja fritando seus miolos.
De fato não estava, já que tudo que ela fez por ele contava como um obrigada, todas as vezes que o pegava nos bares bêbado, mais sempre agradecendo por não ser um bêbado violento que desconta a merda da vida que levava nos filhos.
Lauren sem perceber negou para o irmão aumentando o ódio do garoto, Chris com muita raiva correu em direção a irmã que com um reflexo invejável o derrubou no chão logo ficando por cima dele, o rapaz de olhos esverdeado chorando tentava se soltar de sua irmã mais eram falhas.
- Eu te odeio, odeio a sua mãe. - Lauren negou saindo de cima dele.
- Ela não é só minha mãe Chris. - a garota limpou sua roupa. - Temos algo em comum, sobreviver, então apenas se concentre nisso.
- Você perdeu seu pai e nenhuma lágrima está derramando, você é fria. - o garoto gritou se irritando com a postura da irmã. - Você o matou sem dó.
- Não era nosso pai, não finja que não vê Chris, você como todo jovem usa internet e sabe o que está acontecendo. Aquele que estava encima de você não era o Sargento Jauregui e sim um monstro.
Chris nega rindo, o barulho logo chama sua atenção o deixando em alerta. Os irmãos lado a lado encaram o beco escuro e logo três zumbis surgem indo em direção aos dois, Chris ofegante olha para o irmã ao seu lado.
- Na cabeça - disse ela o entregando uma barra de ferro.
Lauren correu até um canto apanhando uma madeira do chão, correu até o zumbi mais próximo e logo em seguida enfiou a madeira na cabeça do monstro, sua concentração foi logo para o segundo que em milésimos caiu também ao chão, seu olhar parou no irmão que estava com raiva moendo a cabeça do zumbi, Lauren caminhou até o garoto o tirando de cima dos restos do andante.
- Vamos embora daqui. - avisou ela caminhando até a garagem.
Sobreviver era simplesmente isso que pessava pela cabeça da morena, com um pé de cabra a garota quebrou o cadeado da caixa de madeira. Lauren sabia muito bem o que havia dentro daquela caixa guardada com tanto amor, armas e outros equipamentos do exército agradeceu mentalmente seu pai por ter sido tão zeloso e cuidadoso.
Com a caixa em mãos saiu para o lado de fora e logo ficou em alerta ao ver seu irmão e um homem ajoelhado em sua frente, a garota ficou um tempo ali vendo a cena se questionando o que estava acontecendo.
- Não posso. - disse Chris totalmente trêmulo com uma barra de ferro posicionada na cabeça do homem.
- Não quero ser como eles, mate-me - suplicou com lágrimas nos olhos.
- Você tem família. - apontou para a mão esquerda ao notar a aliança.
- Não quero nem pensar em que terei que matar os meus próprios filhos. Mate-me. - gritou.
Chris estava numa confusão psicológica se colocando no lugar dos filhos do homem, a pouco tempo enterrou seu pai causando um buraco tão grande em seu peito agora mais isso. A ponta da barra tremia acompanhando sua mão. O barulho do tiro assustou o garoto o fazendo cair no chão no sangue espalhado, ele olhou pra trás avistando a irmã segurando uma arma.
- Que merda você fez? - gritou Chris se levantando com raiva. - Ele tem família, você é uma maldita sem coração.
- Ele pediu - guardou a arma no coldre da calça - Implorou para não ser como eles, agora entre em casa e pegue suas roupas que precisamos sumir daqui.
- Você mata sem dó Lauren, que tipo de montro é você?
A morena não aguentando as lamúrias apenas entrou dentro de casa caçando sua mochila, encontrou seu irmão na porta de braço cruzados a fitando de forma intimidadora.
- Coloque roupas na sua bolsa e vamos embora daqui. - a morena pediu de forma mais mansa e calma possível ao irmão.
Chris sem opção apenas caminhou até seu quarto.
Enquanto carregava as armas ela logo viu seu irmão aparecer enfim, Chris de cenho franzido encarou a caixa de seu pai no porta malas do carro do mesmo, o garoto pronto para se aproximar parou assim que o cano da arma pousou em sua testa.
- Isso não sairá daqui. - disse ele entre dentes, Lauren rindo apenas entregou ao garoto a arma.
- Sera nosso kit de sobrevivência. - fechou a porta malas e virou-se Chris - Pense ser um acampamento onde tenha que sobreviver, no final sua vida vale a pena.
O mais novo ficou fitando-a por um tempo mais logo guardou sua proteção sabendo que terá utilidade daqui pra frente. Chris e Lauren entraram no carro. Antes de dar partida o garoto despediu-se da casa onde cresceu e suspirou e aos poucos vendo que ela estava desaparecendo do seu campo de visão.
~~~*~~~
O sol aos poucos surgiu no horizonte e os irmãos Jauregui seguindo a estrada, Lauren agradeceu mentalmente por seu irmão ter dormido pois não aguentava mais as acusações de anos longe de tudo, um ano no exército foi o suficiente pra ela entender que a liberdade é seu verdadeiro combustível a todo momento enquanto rodava o mundo ela se julgava igual a mãe, talvez fosse o único motivo por sua volta, ela queria chorar pela morte de seu pai mais as lágrimas pareciam impossíveis quando nada saia.
O irmão logo despertou para a tristeza da garota, Chris lhe encheria a paciência por mais um dia, com a atenção na estrada ela logo notou um posto de gasolina vazio, o lado de fora do mesmo estava destruído com vestígios de sangue e corpos.
- O que está fazendo? - perguntou Chris ao notar o carro parando aos poucos.
- Vamos pegar algumas coisas lá dentro, leve a arma e atire em qualquer coisa que se mexer.
- Posso atirar em você? - a desafiou com o olhor, a morena ignorou e saiu do carro.
Vazio como desconfiado, sobre o balcão os restos do atendente. Chris ficou com a missão de pegar tudo que fosse ser usado pelos dois, Lauren assistindo o irmão agir apenas pegou um pacote de batatas fritas e começou a comer ali mesmo.
Murmúrios chamaram a atenção da morena largando a embalagem prateada em qualquer lugar, indo para a fresta da janela ela avistou dois indivíduos rodeando seu carro, sacou a arma assim que viu a maestria de uma das garota que abriu o porta malas e comemorou ao notar a caixa de armas.
Um tiro para o alto foi suficiente para chamar a atenção das duas, a morena caminhou em passos rápidos apontando a arma em direção aos dois.
- Não faz isso. - disse Chris correndo para fora - Não pode matar todo mundo.
- Posso. - engatilhou a arma assustando as duas.
- Calma garota. - pediu a mulher negra com as mãos erguidas. - Não vamos fazer nada.
- Acredito. - se aproximou das duas e logo as obrigou a se afastar do carro.
- Para onde estão indo?
- Nem minha irmã sabe. - Chris respondeu a pergunta da mais velha a fazendo sorrir.
- Podemos ajudá-los, algo como uma mão lava a outra.
Lauren riu.
- Não precisamos de ajuda.
- Eu sei disso moreninha, mas a proposta que tenho a fazer é a seguinte, nos ajude a chegar a Los Angeles, tenho um barco a minha espera e podemos ir para o paraíso.
- Paraíso? - perguntou a morena rindo sem acreditar - Essas coisas estão espalhasse em todo canto, irá nos levar a marte?
- Me chamo Normani Kordei e essa e a Veronica Iglesias. Só precisamos de um carro e segurança.
- Eu conheço vocês. - a arma dessa vez foi aprontada exclusivamente para a acompanhante de Normani - Principalmente você.
- De onde a conhece? - Chris perguntou interessado.
- Não importa, se afastem do carro que iremos seguir nosso caminho, há vários veículos espalhados e abandonados, escolha um e boa sorte.
- Você é melhor que isso Lauren - disse Vero chamando a atenção da morena.
- Lauren certo?
Normani tentou se aproximar mais a arma estava bem apontada para seu peito.
- Você não teme a nada, venha conosco tendo um destino certo pois sei que nenhum plano foi traçado por você - a morena manteve-se quieta a todo momento fazendo Normani sorrir vitoriosa por ter acertado em cheio. - Entramos nesse carro vamos a Los Angeles e então o barco com destino certo, o que me diz?
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