Lexy no seguinte momento tirou sua blusa ficando só de sutiã na parte de cima e começou a limpar o ferimento da mãe, o desespero da garota lhe tomou conta sabendo o que estava por vir. Lauren então sustentou o olhar entre Paul, Sinu e Sônia, ambos sabiam o que deveria ser feito. Então a morena com muito custo colocou a mão no ombro da mais nova a obrigando a olhá-la.
Lexy entendeu aquele gesto, então Lauren entregou a garota sua arma lhe confiando o momento. Em negação Lexy rejeitou e abraçou sua mãe em prantos, a garota sussurrando por diversas vezes o "Eu te amo" sofrido, Sônia então acabou as costas do garoto com palavras de conforto totalmente falhas.
Sônia Ortiz sempre foi sensata, aconselhava sua filha a nunca odiar o pai. Lexy sempre foi amada mesmo as vezes sendo uma jovem rebelde, e da natureza dela tomar atitudes por diversas vezes precipitada.
- Eu não consigo imaginar que tentarei lhe machucar. - Ortiz com a voz falha apertou mais a garota em seus braços. - Você precisa deixar isso acontecer filha.
- Não!
Gritou se agarrando mais a ela.
Sônia e Lauren trocaram olhares, o pedido com o olhar foi o suficiente para a morena suspirar e preparar a arma para o ato, Paul contrariado e já com lágrimas nos olhos tirou a filha a todo custo de cima da mulher. A latina ajoelhou-se no chão e como câmera lenta, Lauren deu passos em direção a ela e sem tremer posicionou a arma na testa da mulher.
- É necessário. - disse a mulher para a filha. - Eu te amo e jamais esqueça isso.
Lauren virou-se para Paul, o homem ofegante balançou a cabeça para que o ato ali prosseguisse. Os verdes voltaram-se para Ortiz que agora mantinha os olhos fechados, Lauren fitou o ferimento o vendo dar seus primeiros sinais de transformação e então apertou o gatilho.
Um momento em silêncio, corpo caindo no chão aos poucos, o desespero de uma filha.
Lexy se desvencilhou de Paul indo ao corpo já falecido de sua mãe, os três restantes assistiam a cena do rapaz derramando lágrimas doloridas, Lexy Manawa virou-se com ódio estampado no rosto e no momento seguinte levantou-se em um pulo indo em direção da morena.
- Garota foi...
Lauren foi interrompida por um belo soco em seu rosto, a morena cuspiu o sangue e pronta para devolver o soco foi impedida por Sinu que se colocou em sua frente, Paul continha sua filha que a todo custo queria ir pra cima da Jauregui.
- Ela perdeu a mãe. - disse Sinu tentando acalmá-la. - Dê um desconto a garota.
Contrariada Lauren encarou a menina com raiva, limpou a boca por conta do sangue e assentiu para Sinu se afastando dos três, ficando mais perto do mar a espera de alguém para buscá-los.
Já a noite, Lauren e Paul ficaram atentos por todos os lados tentando se defender dos zumbis, já Sinu encarava Lexy com o corpo de sua mãe em seus braços, a menina traçando os dedos pela face gélida da mulher deixando suas lágrimas tomar conta de seu rosto não acreditando que em seus braços encontra-se sua mãe, seu bem mais precioso.
Lauren e Paul trocaram olhares cúmplices assim que alguns zumbis surgiram na praia, tiros e mais tiros os afastando deles. Sini desesperada olhou para Lexy que naquele momento não estava nenhum pouco preocupada com os mesmos.
- Veronica. - murmurou Lauren sorrindo ao ouvir o barulho do motor. - Paul leve o restante das coisas que eu cuido desses.
A morena começou seu trabalho afastando os zumbis enquanto Paul e Sinu corriam em direção a água, Vero logo pediu as bolsas restantes que ficaram para trás, Paul caminhou até a filha e segurou o corpo de Sônia levando em direção ao bote.
Vero observou o corpo e franziu a testa se perguntando o que aconteceu ali na sua ausência. Lexy andou devagar e deicou o corpo em seu colo, Lauren começou a correr e pulou sobre o bote enquanto despejava todas as balas de sua arma nos andantes.
- Nunca pensei que fosse tão bom rever você. - gritou a morena em meio ao barulho do mar.
- De nada Laur.
Vero e Lauren trocaram sorrisos e isso irritou mais a garota triste dali, Lexy ora olhava para Lauren com ódio dilacerante por mil vontades de empurrar a garota do bote, lhe deferir socos ou até matá-la, mas saberia que seria impedida pelos outros.
O bote logo chegou para alívio de Camila que pôde rever sua mãe, com ajuda de Chris e Ian se aproximando deles ajudou Sinu a sair do bote e logo em seguida ajudaram Lauren que deu seu melhor sorriso largo a morena a sua frente.
- É bom rever você minha flor.
Camila negou se concentrando no restante a latina logo viu-se em dúvida tentando buscar um outro alguém naquele bote.
- Ela foi mordida por um dos andantes. - sussurrou a mãe da garota ao notar sua busca.
De forma amigável ela olha para Lexy que naquele momento não tirou os olhos da mãe, Vero com a ajuda de Lauren empurrou o bote para dentro, Paul tentou se aproximar da filha porém foi impedido assim que a garota com todo custo apanhou o corpo e saiu em passou rápidos para dentro.
- Você a matou. - acusou Chris já ao lado da irmã. - Notei o olhar do garoto em você.
- Ela pediu. - Lauren caminhou para dentro sem paciência.
- Lauren você não deveria ter se metido nisso ok? Auê fosse um deles e não você. - a mesma negou rindo. - Espera... - chamou atenção da irmã. - Você pensou em nossa mãe não? Você pensou que estava atirando nela.
- Sei separar bem as coisas, Chris. - disse ela de forma firme com o irmão. - A mulher estava pedindo para acabar com aquilo, lembra do homem na estrada? Do nosso pai também? Eles não queriam que os filhos o vissem daquela forma e Sônia também não.
- Não conheço mais você.
- Desde que voltei. - rebateu. - Eu não conheço mais você, Chris. Sempre está apontando para m de forma errada.
Tensão no ar, Chris com os lábios tremendo sem resquício de choro deu um murro no balcão ao lado e se afastou em passos firmes para longe da morena.
- Jauregui. - Normani surgiu sorridente. - Palavra cumprida.
- Admirável Kordei. - mordeu a maçã que encontrou.
- Não me leve a mal... - aproximou da morena de olhos verdes ficando em sua frente. - Aqui euando, minhas regras.
- Suas regras. - debochou rindo. Lauren colocou a mão no ombro da mulher negra. - Pena que eu nunca segui regras.
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