O vento da noite deixava os cabelos castanhos balançar de forma cinematográfica, Lauren com seus coturnos surrados em Vima de um banco encarava a imensidão iluminada do céu os aviões contra atacando as pagras pela noite, com uma lata de cerveja nas mãos a garota tinha um cenário a sua frente. Do outro lado do barco, Ian, Sinu e Camila assistia bombas cair na praia, a luz da explosão podia ser bem vista de onde se encontravam, a jovem latina não acreditará que aquilo estava acontecendo de fato, pois a alguns meses atrás ficava naquela mesma praia namorando ou na companhia de suas amigas.
Camila logo caminhou pelo barco explorando cada canto, ao virar logo notou a presença da hispânica sentada no banco encarando o nada como se tivesse em frente de uma TV assistindo algo divertido, isso deixou a latina ainda mais irritada com a postura da jovem, ela deveria ter tido uma vida e não estava ligando pra nada.
- Não me parece chocada com a visão. - Lauren logo olhou para o lado encontrando a latina. - Como pode?
- Quer que eu chore? - arqueou uma sobrancelha. - Que eu me desespero? Você já fez isso?
- Deveria mostrar ao menos um pouco de humanidade.
Lauren notou sua latinha vazia e então caminhou até Camila sustentando olhares com a mesma.
- Minha humanidade é ter protegido vocês até aqui, se eu não tivesse humanidade como você e meu irmão alegam, deixaria ele e a sua irmã virando comida de zumbis famintos.
- Um ato de interesse, apenas isso.
Sorrindo a hispânica levou os seus dedos até a face de Camila paralisando a garota.
- Agradeça meu interesse, pois assim os matenho vivos.
Lauren deu seu melhor sorriso e passou reto pela latina amassando sua latinha.
~~~*~~~
Normani mantém os olhos no horizonte se afastando mais fã praia. A mulher negra sentiu a presença de mais alguém na cabine, Chris saiu da escuridão aparecendo no campo de visão de Normani, parando logo ao seu lado.
O garoto ora mantém os olhos nos controles, ora no horizonte escuro. Normani fitou o rapaz estudando um pouco mais suas afeições, Chris tinha alguns traços parecidos com o de Lauren, a boca, o cabelo e sem dúvida nenhuma os olhos.
- Sua irmã estaria bem longe daqui. - comentou Normani com seus olhos fixo na rota. - Ela apenas aceitou por você, rapaz.
- Lauren só não tinha mesmo um destino.
- Você acha isso? - a pergunta de Normani foi algo zombeteiro. - Ela não ficou por isso e sim por você.
- Eu a odeio mesmo.
Normani negou rindo, ela sabia que os irmãos não se bicam, mas no fundo ela gosta da companhia dele, bom pelo menos a mulher acha isso de Lauren, com Chris ela tem suas dúvidas, o garoto por diversas vezes demonstrou seu ódio a garota pelo ocorrido na família.
- Você pode mantê-la por perto. - disse Normani jogando de vez as cartas na mesa. - Ela não irá sumir no primeiro solo que pisar
- Você quer que eu a mantenha por perto?
- Ela não vai a lugar nenhuma sem você, ela tem armas o suficiente para nos proteger.
- A largue na primeira ilha que dou um jeito de ficar com as armas.
- Não é apenas pelas armas. - Normani olhou nos olhos do rapaz. - Ela tem habilidades, ela luta bem, ela segura aquela arma bem, isso é a vantagem de quem esteve no exército.
- E como entende disso?
- Você é muito jovem rapaz, eu sei bem o que é a vida no exército e quem é obrigado a estar lá, anseia pelo dia que irá embora.
~~~*~~~
De braços cruzados Veronica Iglesias Cabello está parada na porta de seu quarto, a jovem latina espera por alguém em especial e ao ouvir passos se aproximarem logo fica em alerta, sorriu ao ver a hispânica surgir caminhando naquele pequeno corredor enquanto mexia em seus cabelos.
Vero parou na frente dela impedindo mais seus passos, franzindo a testa Lauren fitou a latina estranhando sua feição diante dela. Vero olhou por cima dos ombros da morena hispânica checando se mais alguém apareceria ali, e então acenou com a cabeça em direção ao seu quarto. Lauren sem entender apenas seguiu a jovem até seu quarto.
- OK... - a jovem disse ao trancar a porta. Se virou encontrando uma Lauren confusa. - Você trouxe com você...?
- Trouxe o que?
- Não se faça de desentendida, Lauren.
Vero tinha as mãos trêmulas e a hispânica notou, Lauren então se tocou do que se tratava a pergunta.
- Não trouxe nada.
A jovem levou as mãos nos cabelos os bagunçando nervosamente.
- Eu preciso Lauren, e você sabe como é isso.
- Escura garota, tem coisas lá fora que não se importam com as drogas de seu corpo, se estiver chapada quando aparecer uma daquelas criaturas, fará o que?
- Tenho necessidade disso, é como se necessitasse de água quando tenho sede ou comida quando tenho fome, só preciso realmente usar e você sabe como é isso.
- Não uso mais.
Veronica praticamente gargalhou.
- Você era pior que eu, como assim não usa mais?
- Um pouco do que uso já me faz ter uma overdose e você deveria parar com isso.
Lauren então caminhou até a porta, Vero praticamente correu até ela segurando seu braço, a hispânica se virou o fuzilando com os olhos e na mesma hora a latina soltou o braço da garota.
- Pense em sua mãe e irmã, elas precisam de você.
- Existe Paul.
- Ele não é pai de Camila e nem filha de Sinu.
Veronica travou diante das palavras.
Lauren saiu fo quarto de Vero indo diretamente ao seu. Escorou-se na porta colando sua testa na madeira gélida, respirou fundo e então caminhou até a sua mochila, revirou a mesma e logo encontrou o fraco que guarda a sete chaves.
Os olhos verdes queimavam as cápsulas dentro do conteúdo do frasco, as mexeu deixando o som entrar em seus ouvidos e então apertou em suas mãos e fechou os olhos negando.
Jogou de volta no lugar, deixou a mochila encima da cama e retirou-se do quarto transtornada, esbarrou em uma figura latina que logo reclamou com o baque. Camila fitou Lauren por um bom tempo.
- Qual é seu problema? - a latina irritada questionou.
- Com certeza você terá um se continuar a me encher a porra do saco.
Camila notou a hispânica nervosa.
- Deveria falar mais com o seu irmão.
- Você me dizendo isso? - zombou Lauren por conhecer os problemas de Vero. - Eu passo em ter que ouvir seus concelhos.
- Chris tem razão em odiá-la, você só enxerga a si mesma, repetindo os gestos como sua mãe.
No instante seguinte as costas de Camila bateram contra a porta já fechada, a hispânica poderia queimá-la com o olhar, Camila sentia seus braços sendo apertados com força pelos dedos de Lauren, os lábios da mais alta apertados onde nenhuma palavras saia para poder expressar o maldito senti.então ao ouvir aquilo.
- Não diga o que não sabe, meta-se com sua vida florzinha e não com a minha ou eu juro que ainda te mato.
A ameaça da hora não pegou a latina de surpresa, Lauren a soltou e logo caçou por seus bolsos uma cartela de cigarros e saiu em passos firmes até a saída. Camila encostou as costas na porta e soltou o ar que havia prendida em meio a tensão de segundos antes.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.