História Wars of magic schools - O garoto que eu vi correndo

Estava me dirigindo a sala olhando na lista quem foi o outro garoto que eu mandei pra morte, quando de repente um maluco passou correndo do meu lado e aquela criatura era tão bruta e espaçosa que quase me derruba, derruba minhas coisas e me leva junto dele. Antes de me abaixar pra pegar os papeis da lista eu olho para trás e vejo o garoto correndo e a cena que aconteceu comigo se repetindo com outras pessoas, então ele se vira no meio da corrida e me encara sobre o ombro ainda correndo e some por entre as pessoas. Agora me veio a mente a lembrança que e procurava. O garoto que eu mandei pra morte era aquele garoto. Não sei se fico feliz por mandar ele pro enterro dele hoje a tarde ou se tenho pena da pobre criatura. Mas aonde ele vai com tanta pressa se as salas de aula são do outro lado... ? 

 Eu tento a todo custo prestar atenção na aula de sociologia mas, simplesmente não da. A única coisa que tenho na cabeça é cara daquele moleque que quase me atropela no corredor. Parece até que estou apaixonada mas, não. Eu só sinto alegria e pena pelo que fiz com ele... Existe sentimento mais confuso que o amor ? ... É claro que tem ! Sentir ódio e ter pena de uma pessoa desconhecida que só se viu um vez pelo breve período de dez segundos. É isso que me faz pensar nele. Estou pensando tanto nele que já desenhe ele correndo três vezes e duas vezes eu desenhei ele morto... Como será que eu vou reagir se ele ficar igual ao Pedro ? Antes de pensar em uma resposta sou tirada de meus pensamento quando o professor me pede pra explicar o que ele acabou de dizer... É hoje, meu Deus. 

 Meia hora antes – 07:00 AM 

 Pov’s narrador

 Dormindo tranquilamente ele nem desconfia que seu momento divino será profanado com a sua convocação a sala da diretora. Ele sai correndo o mais rápido que pode sentindo o vento, que sua corrida fazia, passando a mão por seus cabelos e puxando o moletom, que se encontra com o zíper aberto, para trás. Ele passa por um garota, que estava distraída vendo uns papéis, passa por ela tão rápido que parecia que seu corpo tivesse ficado mais largo e o vento que sentia se espalhasse por todo o corredor como se fosse um tornado se desfazendo. Repete o mesmo com outras pessoas na sua frente e antes de sumir ao longo do corredor ele se vira e encara a primeira pessoa que quase atropelou e ela faz o mesmo e nesse momento ele sentiu que tudo a sua volta estivesse mais lento, quase parando e depois desse um segundo da eternidade ele volta a correr. Pra ele ver aquela garota durou um eternidade pra ela somente alguns segundos.

 Ele escorrega com o tênis e da uma parada brusca, o som que a sola de borracha faz no chão liso quebra o silêncio imaculado que tinha ao redor da sala da diretora e o garoto sem se importar abre a porta e entra na sala e escura e já sente um pressentimento tão ruim que parecia como se a morte estivesse dentro de cada canto que havia lá. 

 - Isley. Se aproxime, vamos conversar. 

 - Certo. Porque eu foi chamado aqui ? Eu fiz algo de errado ?

 - Não. Na verdade você não fez nada. Te chamei aqui para te entregar isso – A diretora coloca em cima da mesa um pedra verde de formato losangular. A pedra emitia um luz forte que fazia a escuridão da sala se dissipar e encher o local com esperança de que aquele sentimento morte não era nada. A diretora Black passou sua mão por cima da pedra e a encheu com todo o sentimento de morte que preenchia a sala, fazendo seu brilho sumir e ser substituído por uma luz negra que transpirava tristeza. 

 - Pegue essa pedra e faça bom uso de sua magia, a magia da tecnologia. Seu teste de força começa hoje a tarde em frente a escola, as aulas da tarde serão canceladas especialmente para isso. Sinta-se privilegiado, não é sempre que fazemos isso. Agora antes de voltar para sua sala...- Diretora abre a gaveta tira de dentro uma faca a põe em cima da mesa e continua sua fala – Eu gostaria de saber porque estava correndo nos corredores ? 

 - Eu... Eu... Me desculpa eu não faço mais isso... – o medo de morrer que aquele garoto sentia era indescritível. Não sabia o que dizer. Não sabia se estaria vivo até a hora do seu teste de força e nem o que a diretora faria com ele. 

 - Bom... Como você vai ter um teste de força hoje a tarde vou deixar esse incidente passar mas, que ele não se repita. Eu foi bem clara ?!

 - Sim, sim diretora Black. Foi. 

 - Agora volte para sua sala. Já perdeu muito tempo de aula. 

 Quebra de tempo

 Em frente a escola três figuras cheias de raiva esperando sobre o sol de uma e meia da tarde até que veem um garoto de 1,77 com cabelo preto usando um moletom verde se aproximando. 

 - Ai vem a nossa vítima querida. – diz Cassia com um sorriso bem largo no rosto. 

 - Vamos acabar com isso rápido. Não suporto mais ficar aqui. – Diz Evando depois de bocejo. 

 - Woow ! Isso vai ser divertido. Vou torturar esse moleque até não poder mais ! – Laura grita a última parte tão alto que Evando e Cassia sentiram um zumbido agudo no ouvido e Isley conseguiu ouvir as intenções da garota exagerada e barulhenta. 

Ele decide correr mas antes de fazer isso sente um onda de calor que mais perecia que o sol estava caindo em suas costas. Em um reflexo ele se move para o lado e escapa por pouco de levar um toque de destruição. Evando passou sua mão destruindo boa parte do chão da frente da escola, e depois se levanta passando sua mão pela grade e ela vai se corroendo e virando pó. Isley sai correndo mas antes de completar dez metros na corrida suas pernas são atingidas por um ataque de Cassia e Laura o fazendo cair no chão com várias queimaduras nos pés. Caído no chão sem poder se mexer Isley é uma presa fácil, os três se preparam ,para cada um lançar o ataque decisivo, no momento que o ataque dos três é realizado Isley se protege com um braço. Quando a nuvem de poeira abaixa ele está ileso e seus ferimentos não sangram mais.

 - O que acabou de acontecer ?! – os três falaram em coro e no momento de distração deles Isley começou a correr para se salvar 

 - Pega ele !! – Evando gritou de surpresa fazendo Cassia e Laura irem atrás dele sem nem perceber o motivo de estarem obedecendo ele. 

 - Saiam de perto de mim ! – Isley aponta seu braço na direção delas e elas começam olhar com deboche pra ele, o braço de Isley vira um canhão e dispara um raio de luz branca que quando atinge as duas os sorrisos que elas tinham sumirem mais rápido do que apareceram.

 - Vou acabar com esse moleque de merda ! – diz Cassia serrando os punhos e abrindo suas asas logo em seguida disparando suas penas de luz como se fossem flechas. Isley se protegeu novamente fazendo Cassia vacilar e dando oportunidade para que ele atacasse de novo. 

 - Ei pivete ! Acha que luz me machuca ? Não sei como me atingiu na primeira vez mas, não vai se repetir ! – Laura lança flechas de luz e raios na direção de Isley e ele repete o que fez com a Cassia só que dessa vez o raio saio vermelho e bem mais forte deixando Laura no chão por dois minutos. 

Sem perceber que Evando se aproximava, Isley ficou sem ação quando seus braços foram agarrados a força 

 - Eu entendi como seu poder funciona. O braço direito defende e o esquerdo ataca. É algo simples. Mas, parece que a cada ataque seu escudo e seu raio laser ficam mais fortes... A magia da tecnologia te faz se adaptar e fortalecer a magia de quem te ataca. Por isso seus braços ainda estão em inteiros.

 Vendo o sorriso de Evando no rosto Isley percebe que seus braços estão sendo corroídos, sua pele agora perecia uma camada de metal protetora por isso não sentiu a dor a princípio. Evando começou a chutar as costelas de Isley com toda sua força e com seu poder de destruição cada impacto causava uma dor tremenda ao pobre garoto. 

 - Se meu poder se adapta a magia de quem eu enfrento... Só preciso que você me largue pra que acabe com a tua raça !! – Isley grita e da uma cabeçada em Evando que só faz rir do coitado que ficou com sua testa sangrando e parte da pele dela corroída, Isley ativa seu escudo mesmo com Evando segurando seus braços, o escudo reflete a magia de Evando fazendo ele soltar o braço de Isley com parte de sua pele corroída e sangrando igual a testa dele.

 - Agora os três estão na minha mira ! Não tem como eu errar ! Adeus seus assassinos de merda !! – Isley junta seus dois braços formando um enorme canhão e dispara com tudo pra cima dos três. Saiu do canhão um raio negro que continha quatro tipos diferentes de radiação, ao atingi-los a explosão foi similar a criação do castelo pandemônio. 

Isley caí de joelhos no chão exausto por ter feito aquele ataque tão devastador.

 - Eu tinha que sobreviver até as cinco da tarde... – Ele vira a cabeça e olha o relógio que ficava em uma torre em uma praça não muito longe dali. – Mas eu consegui sobreviver com meia hora sobrando... 

 - Parabéns ! Pena que não nos venceu. Há há ahhhaaaaa há haa haa há ahhá !! – Isley se vira e vê que no meio da nuvem de poeira tem um esfera brilhante feita pelas asas da Cassia, quando elas se abriram revelou que os três estavam ilesos. 

 - Podemos não conseguir desviar de ataques diretos tão bem quanto o André, o Helber e nem a Luana mas, Cassia tem poderes de cura e se ficarmos perto dela vamos ficar bem. Mas você não. Os três ergueram suas mãos e sincronizaram suas magias e disseram em coro 

 - Queremos que venha um anjo de luz para destruir esse garoto insolente e mandá-lo diretamente para o purgatório. Em um uma esfera de luz, fogo e relâmpagos se forma um pequeno anjo e ela pega seu arco e flecha e começa a tirar em Isley o primeiro ataque não foi muita coisa mas, Isley percebeu que a cada ataque os disparos ficavam mais fortes e ele estava exausto de mais para fazer seu escudo aparecer mais uma vez, sua única escolha foi se levantar e começar a correr, assim que começa o anjo acerta um flecha em suas pernas fazendo ele cair e começar a gritar de dor no chão e quando percebe que ele vai atacar de novo Isley aguenta a dor com todo o que pode e começa a correr para se salvar. 

Mesmo com seus pés sangrando, a dor sendo insuportável, o desespero correndo em suas veias era tão espesso quanto cimento e sua respiração estava falha. Mas, mesmo assim ele se levantou e correu, correu mais rápido do que nunca tinha corrido em toda sua vida. 

 Andando bem devagar pela rua Alex ficava lembrando do garoto que viu no corredor e tentava recordar qual era o nome de quem lhe encheu a mente com pensamentos de raiva e pena. Então do seu lado passa uma pessoa correndo e quase derruba Alex ela se vira pra encarar a pessoa e o que vê é, não um garoto espaçoso e desleixado correndo pelo corredor da escola e sim, um garoto cheio de ferimentos, exausto, se forçando a correr pela própria vida e com um olhar cheio de dor e desespero implorando por ajuda. Enquanto ele viu a garota que o fez ficar um segundo na eternidade e não pensou duas fezes antes de pedir ajuda mas, as palavras não saiam... Estavam presas na garganta ele não conseguia falar nem se quisesse, tudo que pôde foi pedir ajuda com o olhar. Os papeis se inverteram. Ele a viu por um segundo e ela passou cem anos analisando seus estado e se lembrando de seu nome até que o momento do reencontro deles acabou e Alex gritou o nome dele e passou a correr atrás dele ao ver o anjo o perseguindo. 

 - Isley ! Me deixa te ajudar !! 

 Ela o segui até chegarem em um parque com uma enorme torre com um relógio que marcava 16: 58 da PM. Os dois param e Isley nem percebeu que Alex o seguiu. O anjo se preparava para dar o último e mais forte ataque. Isley não podia correr mais e decidiu usar seu escudo para sobreviver. Alex corre em sua direção e estica seu braço para alcançá-lo.

 - Isley ! Me deixa te ajudar ! – O braço de Alex começou a brilhar e liberou uma luz rosa que foi em direção ao Isley e foi no exato momento que o ataque final do anjo o atingiu. Alex não aguentou muito com sua nova habilidade sendo liberada e teve que ceder e parar o que estava fazendo. 

Depois que a fumaça da explosão se dissipou Alex pode ver Isley com várias queimaduras graves por todo o corpo, seus ferimentos anteriores agravados e com eletricidade sobre o corpo fazendo-lhe ter múltiplos infartos. Do nada apareceu a diretora junto da enfermeira da escola, fora daquela sala escura Alex pôde ver que a diretora era uma mulher muito bonita de longos cabelos negros e enfermeira não ficava atrás ela era até mais bonita.

 - Obrigada Alexandra. Você salvou esse garoto com sua magia. Ele poderia ter tido o corpo desintegrado se não fosse você. Geralmente não deixamos que interrompam o teste força mas, essa foi um interrupção necessária e ele conseguiu passar no teste no último minuto literalmente. Vamos Juliana, vamos voltar pra escola para que possa tratar desse garoto de forma apropriada. 

 - Sim diretora Black. Até mais Alex nos vemos de novo qualquer dia.

 As duas foram embora tão rápido quanto apareceram e Alex ficou sozinha no parque mas, ela ficou aliviada de ter conseguido salvar uma vida mesmo que Isley tenha ficado gravemente ferido, ela o salvou. 

 Quebra de tempo

 No dia seguinte Alex vai a enfermaria visitar Isley e Pedro que estão ainda em estado péssimo e logo em seguida vai deixar na diretoria a lista com dessa vez formando uma luta justa. Um contra um.

 Ela se dirige para sua sala tendo compreender o que foi aquele poder novo. Mesmo sem saber o que era ela sabia que seria útil no futuro. 

Continua...