1. Spirit Fanfics >
  2. Was Taken, Was Given >
  3. Chuva fora de época

História Was Taken, Was Given - Chuva fora de época


Escrita por: Dochan

Notas do Autor


Oi~
Primeiro, queria agradecer a Camilla Garcez e a Giovanna, por terem doado esse plot no grupo EFF *-* E pedir desculpas, pela demora (sério, perdão)
Segundo: Todo amor a Karina Diniz (@shinobidesu) por essa capa lindaa
Terceiro: Minhas lágrimas e amor para a Beatriz Vinha (@shinSunhye), a Maria Lúcia a Michela Calderano e a luara Maylla por terem betado esse capítulo (desculpa o trabalho que dei a vocês, e vou dar um pouco mais tá <3)
Quarto: Esse tema é um pouquinho complicado, então qualquer coisa que acharem equivocado demais, por favor me falem, espero que gostem ^^


(Ah, quase esqueci, esse capítulo é mais um prólogo, uma introdução *-*)

Capítulo 1 - Chuva fora de época


  As velhas fotos o faziam consciente de sua idade, de quanto tempo havia passado — e traziam lembranças de uma vida relativamente tranquila e aparentemente normal.

 Remexia pouco a pouco naquela caixa depositada no piso de seu novo quarto. Aquelas imagens com seus pais quando criança foram certeiras para sentir um aperto no peito e uma vontade de voltar correndo para os braços da família.


      Chanyeol teve todo o apoio dos pais ao tomar a decisão de se mudar para um local só seu, uma independência necessária, aprender a ser um adulto. Apesar de sentir que sua alma possui séculos, desde daquele dia,

Remexendo mais um pouco entre as fotografias, deixou um suspiro ecoar pelo quarto. Largou as fotos que antes tinha em mãos e ergueu o objeto para mais perto do rosto. Chanyeol encarava uma fitinha de hospital com data e horário, peso e nome dos pais de uma recém-nascida. Talvez a melhor surpresa que tivera em sua vida
        Uma filha.




        Chanyeol empurrou a porta da cafeteria preferida de quase todos os alunos da vizinhança em que morava, por pouco não esbarrou em uma criança que saía correndo despreocupada para fora da loja, acompanhada pelos pais. Não demorou a encontrar o motivo que o trouxe até ali.

Naeun estava sentada no fundo da cafeteira, tensa e repassava tudo o que ouviu dos pais antes de ligar para Chanyeol e marcar aquele encontro.
         — Desculpe pela demora, eun — Chanyeol disse ao se sentar a frente da garota. Já fazia algum tempo que se envolviam, ambos estudavam na mesma sala, tinham praticamente os mesmos amigos. Ambos novos e cheios de sonhos. 
         — Tanto faz, Chanyeol.

Estava nervosa demais e não teria paciência para a delicadeza de Chanyeol naquele momento. Encarou o maior por algum tempo, tomando ar para conseguir falar.

Não o culpava. Não, a garota estava ciente que tinha total participação nisso, sabia ainda mais que a reação de Chanyeol seria bem melhor que a sua e de seus pais.
         — Chanyeol, eu estou grávida
.


        Um singelo, talvez triste, sorriso se formou em seus lábios ao lembrar daquele momento. Não que nunca tivesse pensado em ser pai, em formar um família, mas ele e naeun tinham acabado de fazer 18 anos, a entrega dos diplomas logo chegaria. Na surpresa do momento, correu para abraçar a garota a sua frente, não ligou para a forma como foi empurrado para longe pela moça, somente achou que fosse "timidez" pois estavam em um local público.

Outro suspiro de Park ecoou. Aquela reação dela tinha sido apenas o começo.


        Tentou de tudo e mais um pouco que sua juventude permitia para se acertar com naeun, para lhe apoiar, e deixar claro que não a abandonaria sozinha grávida. E a garota sabia, mas não conseguia evitar brigar com o Park sempre que o via animado demais com a chegada da menina. Foi ao seu médico sozinha mais uma vez e deu a notícia sobre a filha por telefone mesmo.
        Foi no dia 15 de novembro de 2014, com 4,533 kg. Hyorin chegou ao mundo debaixo de uma tempestade dessas fora de época. Chanyeol andava de um lado para o outro fora da sala de cirurgia, pois naeun o impediu de entrar, por mais ansioso que estivesse. Provavelmente desmaiaria se entrasse mesmo. 
        Ouvia atentamente o médico que realizou o parto lhe dizer como a menina nasceu saudável e forte. Não sabia se a situação permitia, mas achou engraçado a forma como aquele médico era mais baixo que si. Bem baixo, na verdade
.
        Durante aquele mês, segurar Hyorin nos braços fazia com que o sorriso já largo de Chanyeol alargasse ainda mais, fazendo seu rosto doer pelo esforço. Tudo que teria de enfrentar para criá-la, tudo ao seu redor foi ignorado por ele. Não queria se preocupar com o agora, queria apenas ficar ao lado daquele ser, se daria somente o luxo de aproveitar todas são sensações e experiências que teria sendo pai. 


        Chanyeol se perguntou por várias vezes e meses o que teria acontecido se tivesse feito diferente. Se prestasse mais atenção em naeun, teria percebido como a garota realmente era? 



        Chegando à casa dos pais de naeun, estranhou um carro desconhecido parado no local, e estranhou ainda ver aquele par de olhos castanho-escuros o olhar de baixo à cima. Tentou ignorar e bateu antes de entrar na casa. A primeira coisa que ouviu foi a mãe da garota gritando algo para a filha.

"Você está louca, menina". 

"Isso, vá mesmo e nunca mais volte". 

Sabia das discussões que a garota tinha com os pais, pois a mesma o contou em um dos seus passeios, quando, no começo do relacionamento, tentava agradar a moça. 
         — Ah você está aí, Park. — Foi tudo o que naeun disse ao ver o maior parado no meio de sua sala. Ótimo, resolveria tudo ali mesmo.

Chanyeol questionou o porquê de ela estar carregando uma mala e uma bolsa, mas a menina não disse nada, apenas passou por ele, saindo da casa em direção ao carro daquele estranho homem, que agora pegava as malas e jogava dentro do carro.
        Chanyeol viu quando a mãe da menina desceu as escadas do andar de cima, mas não o olhou nos olhos. Quanto mais o garoto tentava entender o que estava acontecendo, mais nervoso ficava. Quando naeun voltou a ficar em sua frente, desejou perguntar o que aquilo significava. Porém, queria saber primeiro de Hyorin. Passou dois dias sem ver a pequena por ter estado procurando um emprego e queria vê-la mais que tudo. 
         — Como assim ela não está mais aqui? — olhou incrédulo para a garota. Não encontrou nenhum conforto ao olhar a mãe da menina que observava a cena da cozinha. — E-eu quero ver nossa filha, Naeun
         — Sua filha, Park! Eu nunca quis isso. Deixei-a com um desconhecido qualquer, nem venha me perguntar nada. Estou indo embora, adeus...

        Ah, Chanyeol ficou em choque por alguns segundos.

O nó que se formou em sua garganta doía demais. Já havia discutido com Naeun antes, mas nunca tinha ouvido ela falar assim. Não reconhecia aquela garota.

Correu atrás de naeun pedindo por explicações. Como ela podia ter dado sua filha assim? Não conseguia entender. Ela estava indo embora assim do nada. Foi tão fria ao dizer que “não queria isso”. Enganou-se tanto pela doçura aparente da colega de escola e deixou escapar o monstro bem à sua frente.

        Não obteve resposta da garota, apenas o motor do carro sendo ligado e se afastando, assim como as lágrimas que agora descia de seu rosto. Queria hyorin em seus braços, precisava de sua filha. A pequena estava no mundo há tão pouco tempo, mas já a amava com todas as forças do mundo. Ela não deveria passar por coisas assim.

Voltou para dentro daquela casa. Talvez, só talvez fosse tudo um sonho e encontraria sua filha ali, dormindo calmamente em seu berço que foi dado pelos pais de Chanyeol.

        Quando pesadelos que você nem ao menos imaginava que um dia teria se tornam reais, nem toda força do mundo é capaz de te ajudar. Hyorin não estava em seu berço, não estava naquele quarto.

Gritou até perder a voz, pediu e suplicou que os pais de Naeun lhe dissessem onde estava sua filha. “Saia daqui, Park, não temos nada a dizer para você”, foi toda toda a resposta que conseguiu ouvir caído perto do berço de sua filha.


        Chanyeol a procurou, teve ajuda de seus pais e amigos. Claro que foi à polícia em busca de uma ajuda mais específica. Por meses, rezou pedindo que a pequena estivesse bem e segura. Não dormia tentando não pensar em tudo de ruim que sua filha pudesse estar passando, desamparada e com algum desconhecido.
        Não dormiu uma noite sequer sem antes rezar para tê-la em seus braços novamente.


        Há três anos não dormia sem pensar em sua filha e pedir ao céus mais um pouco de força para encontrá-la.


        Deixou algumas lágrimas caírem por relembrar todo o motivo daquela dor que escondia em seu peito. Chanyeol nunca teve vergonha de chorar, tinha motivos suficientes para tal ato. Secou os olhos com as costas das mãos, precisava terminar de arrumar logo suas coisas e se ajustar em seu apartamento, e o som de sua barriga roncando o lembrou que ainda não havia jantado.

 


Notas Finais


Ufa ~~ gostaram? (Fugindo de medo)

~~ prometo não demorar a atualizar, já tenho alguns capítulos prontos
Então...

Beijos...

(Eu sei que não deveria comentar, mas não gosto da naeun, ok? u.u )


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...