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História Watamote - Recordar e mudar


Escrita por: JeffsMoresco

Notas do Autor


Olá meus queridos, desculpem a demora. A vida é muito ocupada rsrs E minhas aulas voltaram, tenho contra turno e tals. Eu cheguei em casa 19h, estava na escola desde as 7h da manhã ,-, É foda.
Mas vocês não querem saber de mim, né? rsrsrs
Boa leitura :)

Capítulo 10 - Recordar e mudar


"Eu não vou mais me limitar"  

Aquela frase não saía da minha cabeça. Ele parecia tão decidido ontem. O que será que ele quis dizer? Será que ele queria alguma coisa séria comigo? Ele queria que continuássemos com aquela loucura?  

-O que você vai fazer agora, irmão? - sussurrei pra mim mesma. 

Fui ao banheiro, tirei todo o vestígio de maquiagem que restava da noite anterior para substituir pela maquiagem calma do dia-a-dia.

Me arrumei direitinho, coloquei o uniforme, as meias e os sapatos e desci rápido a escada. Quando cheguei na sala, ele já estava na mesa, com seu uniforme escolar de sempre. Ele apenas me olhou e eu desviei o olhar.  

 Sentei no meu lugar, ao seu lado e olhei a mesa.  Desde que nossos pais viajaram ele era responsável pela maior parte das coisas, preparava a janta, o café, fazia as compras, administrava o dinheiro. Era incrível como ele conseguia fazer tudo com tanta facilidade. Mas é claro que eu tinha minhas tarefas também, se resumia em limpeza. Limpeza da sala, da cozinha, do banheiro, do meu quarto... A única parte em que ele não deixava eu mexer de jeito nenhum era o seu quarto. Então estávamos nos virando muito bem.  

Comecei a comer, mas a comida estava me entalando, eu não estava com fome. A única coisa que estava na minha cabeça era o que tinha acontecido na noite anterior. Criei coragem, engoli a comida e disse:  

-O que estamos fazendo? - não fui clara, mas ele sabia exatamente o que eu queria dizer. 

-Estou tão confuso quanto você, mas sei que eu quero continuar. 

-Não se importa que sejamos irmãos?  

-Mais ou menos. Você sim? - Ele disse, me fitando. 

-Quase nada - Eu disse. Ele apenas desviou o olhar. Continuamos a comer, quando ele acabou, se levantou. 

-Ah, quase me esqueci. - Ele se virou pra mim e me beijou. Eu apenas fiquei sentada e retribuí. - Bom dia.  

Quando ele saiu, me peguei sorrindo pro nada que nem uma idiota. 

 

 

(...) 

 

 

Eu estava tão feliz que eu queria gritar aos quatro ventos que aquilo tinha acontecido. Mas eu não tinha pra quem contar. Acho que se quisermos manter um relacionamento, terá de ser escondido. Se todo mundo soubesse, do jeito que ele é popular, se espalharia rapidinho e mais cedo ou mais tarde chegaria aos ouvidos dos nossos pais.  

Isso sim seria um problema. Não era das pessoas apontarem o dedo e falarem mal que eu tinha medo, era de nossos pais. O que eles iriam fazer se soubessem? 

-Como foi a festa ontem? - Me virei e vi Reiko, com seu habitual uniforme curto/provocante. Os cabelos bem penteados e soltos. Ela carregava sua mochila com as duas mãos. 

-Ótima.  

-Percebe-se. Você parece feliz. Alguma coisa com Kosaka?  

-Não. Nada. - Respondi  

-Hum. Mas seja o que for, não conte pra Akira. Ela vai dar um jeito de estragar.  

-Não fale mal dela. - Rebati  

-Eu tenho esse direito. E você deveria abrir o olho. 

-Pelo que eu sei, a única que gosta do Kosaka aqui é você.  

-Olha, é verdade. Eu gosto. - Ela passou por mim e falou – Sendo que eu acho que ele gosta de você. 

-N-não fale besteiras. - Disse. Ela deu um sorriso sem mostrar os dentes e disse com uma voz calma.  

-Você parece ser uma garota legal. Tenha um bom dia, Tomoko. - o jeito provocante dela me intrigava. 

 

 

(...)

 

 

Olhei ao redor da sala. 

-Já é hora do almoço e a Akira ainda não apareceu. - Resmunguei, olhando pra Kosaka. 

-Acho que ela não vem hoje.  

-Por que?  

-Você não ficou até o final, ela bebeu pra caramba. - Ele soltou uma risada  

-Sério? Ela bebe? E os pais dela? 

-Acho que eles são do tipo liberais. Ou do tipo que não sabem de nada. Então, já que ela não vem hoje, que tal você e eu almoçarmos juntos?

-Nós dois sozinhos?!

-É. - Ele respondeu, eu olhei pra baixo, com as bochechas um pouco coradas. - Tomoko, é só um almoço. Mas se você não quiser, não vou te obrigar.  

-Tudo bem.  - Respondi, ele sorriu e eu retribui com outro sorriso.

Ficamos na sala de aula, já que cada um tinha levado a sua comida. Apenas unimos nossas mesas e conversamos.

-Eu achei meio estranho não ter visto os pais da Akira pela festa. - disse

-Ela cuidou de quase tudo, e no fim eles deixaram a casa só pra gente.

-Nossa, quem dera se os meus fossem assim. E você ficou até que horas?

-Até o final, eu levei ela pra cama. – Mente pervertida, ativar – Eu só a deixei no quarto, antes que você pense algo. – Blé. Mente pervertida, desativar.

-E não vai se esforçar pra ir mais cedo pra casa, já que ficou até tarde na rua ontem?

-Que nada, eu tenho uma coisa importante pra fazer depois da aula. – Ele disse

-Sei... – Respondi, curiosa. Continuamos conversando até o horário de almoço acabar.

 

 

(...)

 

 

Estava olhando pela janela da escola, vendo a chuva cair. A campa já havia batido fazia alguns minutos eu estava esperando a chuva passar pra poder ir embora.  

-Ótimo dia pra não trazer um guarda-chuva. - Resmunguei. Parecia que a chuva não ia parar tão cedo. 

-Tomoko? - Olhei para traz e vi Kosaka, com um guarda chuva na mão. - Você não tem guarda chuva, né?  

-Não.  

-Vamos, eu te acompanho até em casa.  

-N-não precisa fazer isso. Você me disse que tinha uma coisa importante pra fazer depois da aula, né? Vá, não se preocupe comigo. 

-Eu vou fazer essa coisa importante, depois que te acompanhar.  

-Mas...  

-Ei. - Ele me interrompeu – Eu prometi, não foi? Naquele dia que seu irmão veio te buscar. - É verdade, ele prometeu – E eu sempre cumpro minhas promessas. - Disse, abrindo o guarda-chuva e me estendendo a mão.  

Suspirei, com o coração acelerado, peguei na mão dele e fomos embora.  

 

 

(...) 

 

Nós almoçamos juntos, e foi tudo bem, mas não conseguia parar de pensar no que Reiko tinha me dito. Será mesmo que Kosaka gostava de mim? Eu poderia me enganar, dizendo que a idéia era um absurdo, que não tinha nada a ver, mas tinha uma possibilidade. Nós sempre andávamos juntos e tudo mais. Isso me assusta, é desconfortável pensar que um garoto que você não gosta, pode gostar de você. Ainda mais um amigo. É por isso que hesito em qualquer coisa que tenha a ver com ele.  

Antigamente eu pensava diferente, achava que quanto mais garotos caídos por mim, melhor. Mas não era bem assim. 

Então como fui parar nessa situação? Estou aqui, grudada com ele debaixo de um guarda-chuva, com as mãos dadas.  

-A minha casa é pra lá. - Disse, apontando pra rua onde ficava minha casa. - Ele sorriu. 

-Eu sei, mas eu pensei da gente tomar um rumo diferente. - Ele disse, não me deixou responder e começou a me guiar pela direção oposta. Pouco tempo depois, percebi que eu conhecia aquele caminho. Logo a frente, eu vi o mesmo banco onde eu e Kosaka nos vimos pela primeira vez. Soltei a mão dele.  

-Por que me trouxe aqui?  

-Vamos sentar. - Ele respondeu, o fazendo. Eu copiei seus movimentos, sentei ao seu lado. - Foi aqui. - Ele disse, eu o encarei. "Foi aqui"? O quê? - Nos vimos pela primeira vez aqui. Você estava tão nervosa, seu guarda-chuva tinha arrebentado também. Eu estava com um amigo. 

-É, eu lembro. - Disse, sentindo vergonha só de pensar no que aconteceu naquele dia. Do jeito que eu agi na frente deles dois.  

-No almoço, eu disse que tinha algo muito importante pra fazer hoje. Quer saber o que é? - Eu não respondi, mas ele disse mesmo assim. - Você. - Ele se levantou e disse, olhando nos meus olhos: - Tomoko Kuroki, eu estou apaixonado por você.


Notas Finais


Gostaram? O cap. ficou curtinho mas eu cheguei ao ponto onde eu queria :)
E a pergunta que não quer calar: por que a maioria acha que eu sou mulher ou gay? '-'


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