—Vamos ver... — Penso alto, procurando algo como "Garota não popular que se sente bem assim " Certo, dessa vez não encontrei nada, apenas blogs contando histórias de personagens não populares, que no final acabam sempre com seu amor verdadeiro.
— Bleah, clichê, isso sim! — Cruzo meus braços, rodando na cadeira em que me encontrava sentada. — Eu me sinto bem assim! Finalmente aceitei quem eu realmente sou, e blogs desse gênero não vão me fazer mudar de idéia. — Olho para o espelho, dando o sorriso mais "sincero" que consigo. — Er... Ainda prefiro não me olhar tanto no espelho.
Depois de ter essa rápida conversa comigo mesma, decido voltar ao computador procurar algum jogo interessante para jogar, já que "zerei" todos meus jogos. Como conheço bem quais jogos me interessam, foi fácil achar sites relacionados. Fiquei um tempo procurando um jogo a minha "altura". Encontrei um! Rapidamente clico nele... E... Está baixando... Ok... Demorou um pouco, mas foi!
— Isso! — Digo novamente em voz alta, abrindo o jogo — Mas... Que?! — E adivinha? Um Vírus! Ou sei lá o que é, só sei que o jogo fez meu computador tão amado travar. Como pude ser tão idiota a ponto de não perceber antes?!
Eu entro em várias configurações tentando tirar o jogo, mas não funciona. . . — AAAARGH!! M-M-MERDA!!! – Tento conter o choro, mas meus olhos rapidamente enchem de lágrimas de raiva. Não me aguento e começo a "gemer" de raiva também, sem perceber o tom de minha voz. Até que escuto batidas fortes vindo da parede.
— CALE A BOCA! EU QUERO DORMIR. — Claro, meu irmão Tomoki mais uma vez enchendo. Eu parei por um tempo, até ouvir ele bater fortemente os pés no chão de raiva até sua cama. Então pensei na possibilidade dele saber o que fazer. Sinceramente, eu nem queria chamá-lo, mas é a minha única escolha!
Sem pensar mais, eu corri até o quarto dele. A cena era como um anime de drama. Abro a porta dele fazendo uma pose dramática:
— Tomoki-Chan!! — Digo isso da maneira mais dramática possível. Certo, nem eu sei o porquê de eu ser tão dramática... Espera, eu sei sim, MEU COMPUTADOR!
— Sai. — Claro, ele obviamente agiria assim, esqueci de informar que são 03:00 da manhã.
— Meu computador! Eu acabei colocando um vírus! Preciso de sua ajuda!
— Você que fez isso, se vire.
— M-mas... — Digo isso choramingando, me aproximando dele. Que já aparenta estar ficando irritado.
— Não ouviu o que eu disse, idiota? Se vire e me deixe dormir.
Eu não sei mais o que dizer, se eu insistir mais é provável que ele me taque para fora. Então viro meu rosto e vejo sua coleção de jogos, a maioria de futebol e coisas do gênero, de qualquer forma, não importa. Pelo menos são jogos, sou boa neles também. Me aproximo para pegá-los, porém sou interrompida por Tomoki.
— O que está fazendo aqui ainda? — Ele diz ainda sem olhar para mim.
— Huh, como você não vai me ajudar, vou pegar alguns de seus jogos – Quando me refiro alguns, são a maioria.
Tomoki olha bravo para mim, seu olhar de sempre, como se quisesse me dar um soco.
— Certo. — Só isso que ele disse? Tão fácil assim? De qualquer forma faço como ele permitiu, se bem que iria fazer isso de qualquer jeito.
— Obrigada por nada! – Digo fechando a porta, indo em direção ao meu quarto, até parar e pensar: "Mas e se eu fingir que quebrei alguns de seus jogos...?"
. . .
Um tempo curto se passa, então vou até o quarto dele, abrindo a porta bem de vagar — T-tomoki, e-eu... — Vamos lá, Tomoko, haja como se tivesse feito algo muito ruim!
Estranhamente ele ainda estava acordado, e quando ouviu minha voz soar tão baixo, virou um pouco o rosto, olhando para mim.
— O que é agora? — Esse plano será perfeito.
— E-e-e-eu meio que a-acabei, acidentalmente... — Minha voz cada vez mais baixa, faz Tomoki virar um pouco mais o rosto, já imaginando o pior.
— ...Quebrei seu jogo conectando-o no meu computador com vírus...
Tomoki por um milésimo arregala seus olhos, depois voltando a sua reação normal. Ele senta rapidamente na cama.
— Idiota. Você vai ter que comprar outro! — Ele diz isso levantando e indo até o meu quarto.
Ele está cada vez mais bravo, e eu cada vez me divertindo mais com isso. Acabei até esquecendo do computador, reparando apenas em sua reação. Até que ele entra em meu quarto.
— Cadê o jogo? — Ele pode estar falando calmo por conta do sono, mas sua expressão é a de um monstro querendo me matar lentamente. Antes que ele possa perceber que é uma mentira, eu o tranco pra dentro do quarto comigo.
—Mas o que... — Ele olha para mim. He he! Eu consegui. Quem é o idiota agora?! Olho para ele sorrindo.
—Consegui! Agora, você vai me ajudar a concertar meu computador.
—... Eu te odeio.
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