História Watashinojinsei wa anime ni narimashita - Na mesma noite

- Alô? - atendi.

- Este é o telefone da Naomi? - uma voz grossa e doce responde.

- Sim, por que? Quem fala? - eu respondo calmamente.

- Olha pela janela! - ele responde.

- Q-que? Quem fala? - respondo.

- A JANELA! - ele.

Vou até a janela e abro. Eu estava de pijama, um shorst curto e uma camiseta simples, e uma longa corrente de vento gelado invade meu quarto. Olho para baixo e vejo Kenishi. Esfreguei meus olhos. Era Kenishi mesmo. Ele me faz um sinal para que eu descesse. então fecho a janela e abro o armário em busca de uma blusa. Visto uma qualquer e desço. Saí de casa.

- O que você tá fazendo aqui? Já é tarde! - suplico.

- Eu... vim me desculpar. - ele diz.

- M-ma-mas... - antes que eu pudesse finalizar, Kenishi me puxa pelo braço e entrelaça os seus braços na minha cintura, me pressionando contra ele, num abraço apertado, caloroso e carinhoso.

- Eu me senti mal por ter sido rude com você. Você não merecia aquilo, eu exagerei. - ele diz de forma calma e triste.

- M-mas não f-foi nada, só esquece! - eu disse, tentando acalmar-lhe.

- FOI SIM! Você saiu chorando! - ele diz se afastando de mim - não gostei de te ver daquele jeito de novo! Pelo mesmo motivo!

- DE NOVO?! - eu levanto o tom de voz as mantenho a calma.

- Lembra quando você se decla- - eu o interrompo:

- N-não pre-p-precisamos lembrar disso! Eu fui tola em pensar que um garoto tão perfeito quanto você, gostaria de mim, uma menina simplória e baixinha, de cabelos longos e meio desengonçada, sem nada para oferecer! - eu disse. Logo, meus olhos começam a marejar de novo. Antes que ele pudesse dizer algo, eu saí correndo, chorando, de novo. Não ser por que chorei. Não sei por que corri.

- NAOMI! - ele grita.

- NÃO! - eu viro e grito de volta para ele, até que entro em casa e vou correndo pro meu quarto. Olho pela janela e vejo ele agachado com as mãos tapando o rosto. Por que?

Tiro meu moletom e deito, ainda chorando. Não sabia se ele já havia ido embora ou se permanecera ali. Eu dormi. 

O que o amanhã me reserva?