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História Watch Boy e Lucky Girl - Guardiões de Monstros, parte II


Escrita por: csg-III

Notas do Autor


Imagem de capa:
Um Monstro-Lula a esquerda
E o Aquático (Ripjaws) a direita.

Obs: Eu vou usar o nome original em inglês do Aquático nessa história (Ripjaws), porque eu acho mais estiloso kkkk

Capítulo 6 - Guardiões de Monstros, parte II


Fanfic / Fanfiction Watch Boy e Lucky Girl - Guardiões de Monstros, parte II

Guardiões de Monstros, parte II

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Ben

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O que quer que estivesse dentro da água era enorme. E pra piorar, Eric Edwards e seus capangas - que ainda estavam segurando Julie Yamamoto - não pareciam estar intimidados com aquilo.

“Eu contei a vocês a minha história antes, mas eu posso ter mentido num detalhezinho.” Edwards disse, num tom sombrio. “Lembram-se que eu disse que eu e meus amigos fomos fazer uma trilha em uma montanha, Vilgaxianos nos atacaram, e eu fugi? Bom… Eu tentei fugir, mas não consegui. Eles me pegaram, e eu implorei por misericórdia. E meu pedido foi aceito. Eu jurei lealdade ao imperador deles, Vilgax, e ao deus deles, Cthulhu.”

Será que os crimes de Eric Edwards eram fruto de coação dos Vilgaxianos? Talvez então Ben pudesse convencê-lo a desistir.

“Edwards, solte a garota, conte onde estão as pessoas desaparecidas e se entregue. A S.E.C.T. pode proteger você dos Vilgaxianos. Você ainda vai ter que pagar pelos seus crimes, mas podemos garantir uma pena mais branda…”

“Se a S.E.C.T. pudesse proteger alguém, meus amigos não estariam mortos.” Edwards respondeu, “Não, garoto. O problema de vocês da S.E.C.T. é que vocês acham que podem evitar o inevitável. Vilgax já conquistou muitos mundos, cedo ou tarde ele vai dominar a Terra também. Nós deveríamos estar discutindo os termos da nossa rendição.”

“Eles mataram os seus amigos, você mesmo disse isso! Como você pode querer que nós nos rendamos a ele?” Ben perguntou.

“A morte de pessoas inocentes nessa guerra inútil contra os Vilgaxianos é de responsabilidade total das nossas autoridades corruptas, que querem se manter no poder a todo custo ao invés de aceitar a realidade.” Edwards disse, com a voz carregada de paixão. Ele realmente parecia acreditar no que estava dizendo. “Submissão a Vilgax é a vontade de Cthulhu. Muitos outros mundos tentaram ir contra isso, e tombaram diante de Vilgax. Se nós o aceitarmos como nosso imperador, nós seremos recompensados ao invés de massacrados.”

“Vou deixar você discutir sua Síndrome de Estocolmo com o médico da prisão.” Ben respondeu, “Onde estão as pessoas desaparecidas?”

Edwards deu de ombros. “Eu os entreguei aos Vilgaxianos. Eles precisavam de cobaias para alguns experimentos. Eu honestamente não sei de todos os detalhes violentos, mas eu duvido que essas pessoas ainda estejam vivas.”

“SEU MONSTRO!” Lucky Girl esbravejou. “Aquelas pessoas . . . Sua instituição ‘Guardiões da Caridade’ . . .”

“Minha instituição é legítima, minha cara. Eu ajudo muita gente. Garanto a vocês que no saldo final, eu faço muito mais bem do que mal para a nossa sociedade. Mas infelizmente alguns sacrifícios são necessários.” Edwards realmente parecia acreditar no que estava dizendo.

“Você não vai se safar com isso!” Lucky Girl disse.

“Graças a você, Lucky Girl, eu vou sim. Todo mundo tem medo de bruxas. Os cidadãos de Bellwood não terão dificuldade de aceitar que você estava matando pobres sem-teto para seus rituais de magia.” Edwards sorriu novamente. “O agente da S.E.C.T. Watch Boy foi idiota o suficiente para ser seduzido pela Lucky Girl, e ela o usou para achar a garota que notou os desaparecimentos das vítimas dela - a srta. Yamamoto aqui. Eu com prazer darei as imagens das câmeras da minha empresa que mostram vocês dois conversando com Julie quando a polícia estiver investigando o desaparecimento dela em breve… Tenho certeza que quando vocês três sumirem, todos pensarão que Lucky Girl matou Watch Boy e Julie, e fugiu da cidade.”

"Você acha que vai nos matar?" Os dedos de Ben já estavam dançando sobre o Omnitrix, pronto para virar herói a qualquer segundo. A única coisa que o impedia era sua preocupação com o que eles poderiam fazer com Julie.

"Oh, eu não vou matar ninguém. Ela vai." Edwards fez um gesto para a água da piscina. "Eu recebi uma tarefa dos Vilgaxianos. Tudo o que tenho a fazer é cuidar dessa garotinha, cujo nome é ..."

De repente, um enorme tentáculo verde emergiu da água procurando sua próxima refeição. Edwards agarrou Julie e empurrou-a na direção do apêndice, que não era exigente sobre de onde vinha sua comida. O tentáculo viscoso enrolou-se nas pernas dela e começou a arrastá-la para dentro da piscina. "AAAAAAAAAH", Julie gritou.

"TÁ NA HORA DO HERÓI!" Ben pulou na água e imediatamente bateu no relógio para iniciar sua transformação.

Ainda era uma sensação estranha, ele duvidava que ainda se acostumaria com isso algum dia, mas agora ele estava muito concentrado em salvar a garota para ficar pensando demais sobre isso. Escamas aquáticas finas substituíram a pele, nadadeiras substituíram as mãos e os pés, Brânquias brotaram de seu pescoço e, além da cabeça de peixe-pescador e um corpo humanoide cinza, também tinha garras afiadas e um conjunto de mandíbulas que podiam mastigar e engolir qualquer coisa. Ganhando por isso o nome, Ripjaws [Mandíbulas dilacerantes].

Ele mergulhou na água fazendo um splash e nadou, com enorme velocidade, até chegar próximo a Julie, que estava tentando desesperadamente agarrá-lo. Mas não foi até que ele conseguisse segurar a garota com suas mãos - garras - que ele viu o que estava realmente enfrentando. A lula gigante tinha mais do que o dobro do seu tamanho, tentáculos e uma grande cabeça cheia de dentes. Com Julie em seus tentáculos, o monstro facilmente puxou a menina cada vez mais perto de sua enorme boca aberta. . .

Com toda sua força, Ripjaws mordeu o tentáculo que segurava Julie. O monstro se contorceu de dor, seu sangue borrando a água. Com suas garras ainda segurando Julie, Ripjaws a tirou do tentáculo da criatura. Os gritos de dor do Monstro Lula ecoaram através da água enquanto Ripjaws nadava de volta à superfície. Assim que eles chegaram a superfície, os pulmões privados de oxigênio da Julie receberam uma enorme explosão de ar, quase sufocando-a enquanto arfava pesadamente.

Lucky Girl estava à beira da piscina, pronta para ajudar Julie a sair da água.

“Edwards e os capangas dele escaparam por uma outra passagem, mas nos deixaram presos aqui.” Lucky Girl disse. “Tá tudo bem com você?”

“Não se preocupe” Ripjaws disse na voz grave e ofegante característica do alien. “Na verdade, eu nem precisava vencer o monstro, só tirar a Julie da piscina. Ela não pode nos ferir fora da água.”  

Mas ele estava errado.

Com assombro, ele viu o Monstro-Lula sair da piscina, usando seus tentáculos para se movimentar pelo chão seco.

“Uh oh estamos ferrados . . . ” Ripjaws pensou, preocupado.

Lucky Girl também arregalou os olhos surpresa.

Julie estava tremendo e completamente amedrontada - uma reação natural para uma pessoa comum que tinha sido sequestrada e quase devorada por um monstro-lula.

Um dos tentáculos da Lula imediatamente agarrou Ripjaws, e arremessou-o para o lado como a um boneco de pano. Então seus enormes olhos se concentraram em Lucky Girl e Julie, ainda com fome.

Quando um tentáculo tentou pegar Lucky Girl, ela conseguiu agarrá-lo e usar um feitiço, "Incendia!"

O tentáculo da Lula imediatamente pegou fogo, fazendo com que o monstro recuasse de volta para dentro da água. Lucky Girl correu para próximo de Ripjaws para ver como ele estava.

SPLASH!

Mais uma vez, um tentáculo emergiu da piscina e alcançou o que quer que estivesse mais próximo para devorar, e mais uma vez encontrou Julie. Lucky Girl tentou salvá-la, um feitiço pronto em seus lábios, mas o tentáculo que agarrou Julie balançou violentamente, atingindo a Lucky Girl e arremessando-a para longe da piscina. Julie gritou por ajuda, mas ela estava rapidamente sendo conduzida para as mandíbulas do monstro.

"HEY! Que tal você tentar mastigar um pouco de Ripjaws mal passado?” O alien-peixe saltou para a boca do monstro, arrancou um pedaço da língua da lula com uma mordida e saltou para fora, levando Julie consigo. Mais uma vez, a besta ensanguentada gritou em agonia. "Agora vamos-"

BAM!

Uma luz vermelha brilhou, transformando de volta o alien peixe em um adolescente normal, "Oh, não! Não agora!"

A lula saiu da piscina novamente, com toda sua fúria voltada para os dois humanos encolhidos embaixo dela. Ben se atirou em cima de Julie, esperando que a criatura o levasse e deixasse a garota. . .

Mas isso não aconteceu.

Quando Ben se deu por si novamente, o monstro havia parado de se mexer e desabado no chão, e ele viu uma Luky Girl muito ofegante com um forte brilho azul pulsando de sua mão.

“Você o manteve distraído . . .” Lucky Girl, ainda respirando pesadamente, sorriu para Ben “ e eu consegui atingir o monstro bem no cérebro com uma mega rajada de mana.” De repente, ela caiu de joelhos, “Talvez não tenha sido uma boa idea. Me sinto tão fraca . . .”

“Tá brincando?” Ben correu para ajudá-la a ficar de pé de novo, “Se não fosse por você, seríamos comida de lula agora.”

“Vocês dois…” Julie disse numa voz suave, “Vocês salvaram a minha vida.”

Ben deu a ela um largo sorriso dentuço, "Só mais um dia normal de trabalho para Lucky Girl e, hm, eu."

"Caramba, ainda preciso pensar num bom nome de herói."

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Eles chamaram a S.E.C.T. e alguns minutos depois, uma equipe de agentes chegou ao local e levou Watch Boy, Lucky Girl e Julie para a base da S.E.C.T mais próxima, em Bellwood.

Felizmente, com uma testemunha - Julie - que ouviu a confissão do criminoso, e a arma do crime - o corpo do Monstro-Lula - a S.E.C.T. seria capaz de providenciar um mandado de prisão para Eric Edwards por seus muitos crimes.

Naquele momento, Lucky Girl estava providenciando os detalhes de seu registro, enquanto Watch Boy a aguardava na recepção.

"Cara, você dá conta do recado. Sim, é verdade que geralmente você é um desastre com as meninas, mas dessa vez vai ser diferente. Eu mandei muito bem contra aquela lula alien, e a Lucky Girl viu. Desta vez, as coisas vão dar certo!" Ben pensou.

"Ei," Lucky Girl chegou alguns minutos depois e sentou ao lado dele sorrindo.

"Ei," Ben respondeu, retribuindo o sorriso. "Nós fizemos um ótimo trabalho em equipe, hein? Eu vou falar com nossos superiores para ver se podemos ser parceiros permanentemente ... Se você concordar, é claro". Ele balbuciou.

“Na verdade, eu já me adiantei quanto a isso.” Lucky Girl disse, “Quando eu me registrei, eu pedi especificamente pra ser sua parceira. Quer dizer, se não fosse por mim, você teria sido devorado por um monstro hoje, então eu acho que é melhor se eu continuar por perto para salvar o seu traseiro mais vezes.”

Agora o sorriso do Ben havia ficado ainda mais largo. “Ela quer ser minha parceira! Ela gosta de mim!”

“Eu teria conseguido me salvar de qualquer jeito.” Ben deu de ombros. “E eu tenho certeza que eu vou salvar o seu traseiro muitas vezes ainda, e vou lembrar de esfregar isso na sua cara.” Ele disse, num tom de brincadeira.

Nesse momento, o celular da Lucky Girl tocou. Ela se levantou, deu alguns passos e atendeu a chamada.

Agora Lucky Girl estava com as costas viradas para o Ben, os olhos do rapaz inevitavelmente se voltaram para uma região. "Uau! Falando de traseiro… Que bumbum lindo! Bom, é mais uma coisa que a Lucky Girl tem em comum com a Gwen. E, claro, já que a Lucky Girl não é minha prima, eu posso admirar os ‘atributos’ dela sem nenhum sentimento de culpa!"

"Sim, uma carona viria bem a calhar,” Lucky Girl disse ao telefone. "Não, eu ainda não confio muito no meu feitiço de teletransporte. Eu acho que tenho que treinar mais com você.”

Ela terminou a ligação e voltou a conversar com Ben. "Desculpa."

"Não tem problema", disse Ben, sem revelar que estava ‘apreciando a vista’.

Ela arrastou os pés no chão um pouco, como se não tivesse certeza do que estava prestes a dizer. "Eu queria te dizer que o que você fez, pulando na frente daquela garota para salvá-la ... foi muito imprudente e estúpido, mas também heróico. Estou impressionada", Lucky Girl  disse, corando um pouco.

"Eu impressionei a Lucky Girl!" Ben pensou, animado.

"Eu acho que você gosta dela . . ." Lucky Girl disse com um sorrisinho no rosto.

“Não precisa ficar com ciúmes,” Ben respondeu, com um sorrisinho também, “eu faria aquilo por qualquer pessoa inocente.”

Gwen se indignou, “Eu não tô com ciúmes, eu realmente acho que vocês dois formariam um belo casal e-”

Ben não estava nem mais prestando atenção nas palavras dela.

“Você pode me dar um beijo- quero dizer, posso te dar um beijo?” Ben estava muito nervoso.

Lucky Girl arregalou os olhos, cruzou os braços e começou a arrastar os pés no chão, ficando subitamente interessada em olhar para a parede branca à esquerda deles. Então ela finalmente falou, "Ok. Você pode me dar um beijinho no rosto, como amigos fazem."

Não era exatamente o que ele queria, mas era um ótimo começo! Lucky Girl virou a bochecha para Ben. Ele segurou a cabeça dela suavemente, e plantou os lábios no rosto dela, num longo beijo. Ben não foi nada breve, saboreando por muitos segundos a pele macia do rosto da Lucky Girl em seus lábios.

Então ambos adolescentes ficaram vermelhos, corados de vergonha.

"Nós ... talvez possamos sair em um encontro? Assim, vamos nos conhecendo melhor e virando mais do que só amigos?" Ben perguntou cheio de esperança.

"Ben ... Você é muito fofo, e eu gosto de você, eu realmente gosto, mas como amigo", Lucky Girl disse solenemente, "eu ... eu ..."

O coração do Ben se partiu. Ele tinha sido jogado na friendzone mais uma vez. E então ele entendeu.

“Eu entendo. Você já tem um namorado.” Agora há pouco, ela estava falando com alguém ao telefone que iria dar uma carona pra ela e com quem ela treinava seus feitiços. Como Ben pode ter deixado de perceber isso antes? Os sentimentos dele o deixaram cego, incapaz de enxergar a verdade óbvia? Uma garota maravilhosa como a Lucky Girl, é claro que ela já tinha alguém, e nunca estaria interessada nele. “Desculpe, se meus pais acordarem à noite e perceberem que eu não tô em casa, eu vou ter problemas. Eu tenho que ir".

Ben acionou o relógio e se transformou no XLR8.

Lucky Girl tentou impedi-lo de sair, "Ben, espere, temos que conversar ..." Mas ele se foi em num flash.

XLR8 correu o mais rápido que pôde. Ele estava com o coração quebrado demais para falar com qualquer um agora. Em sua cabeça passou a longa lista de meninas que haviam dado um fora nele antes, como Kai Green e Patty Berkenfeld. Agora, mesmo com um extraordinário relógio alienígena em seu pulso, Ben Tennyson ainda era o mesmo perdedor otário de sempre.

"Eu realmente pensei que dessa vez as coisas iriam dar certo para mim", XLR8 pensou, desapontado.

 


Notas Finais


Desculpem pelo final triste desse capítulo, mas é necessário para o rumo da estória. :/

Porém escrever a cena do Ben levando um fora foi a coisa mais fácil do mundo pra mim, já passei por essa mesma situações várias vezes hahahahaha

Espero que vocês já tenham deduzido isso, mas só pra deixar claro, a pessoa que a Gwen estava falando ao telefone era na verdade a Verdona. O Ben é que achou que fosse um namorado.

Muito obrigado a todos que estão comentando e favoritando a fic! Sem o apoio de vocês eu não estaria escrevendo!


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