Meu pensamento no táxi no trajeto até a Scotland Yard era apenas um: Sherlock. Ele estava ao meu lado, às vezes olhava para seu rosto, e quando percebia que o mesmo estava me olhando, desviava o olhar. CARA, ALGUÉM ME DIZ POR QUE EU ESTOU ASSIM??!!
A minha vida sempre foi ferrada, no colégio quando eu era adolescente me apaixonei por um professor, 3 fucking anos gostando do mesmo cara. Depois fui para o exército, onde machuquei minha perna e até hoje uso bengala. Há um ano atrás me casei com uma bela mulher, 3 meses depois cheguei em casa e flagrei ela com um cara me traindo.
Minha vida foi pesada, mas hoje vivo bem trabalhando como assistente de detetive. Só que eu não sabia que isso poderia virar em algo...
-Está tudo bem John? -pergunta Holmes me olhando confuso. Acho que eu estava vermelho.
-Sim, sim. -falo coçando a cabeça.
Chegando no local fomos recebidos por guardas onde nos levaram até Lestrade.
-Olha só quem chegou, se não é o cachinhos escuros! -Exclama Lestrade apertando minha mão e olhando para Holmes.
-Ah, cala a boca Lestrade, parece até nome de limonada. -fala Sherlock o provocando.
-Já deu né gente... O que houve para nos chamar aqui? -perguntei.
-Falei pro seu amiguinho enquanto ele estava se divertindo. Houve um assassinato 1 hora atrás. Mas o estranho é que a morte foi ocasionada por uma flecha. Não achamos rastros de ninguém, apenas da própria vítima.
-Então, não pode ter sido suicídio? -questiono.
-Não, os suicídios não são geralmente feitos por uma flecha. Além do mais, a flecha estava fincada bem no fundo do corpo. Foi lançada de um lugar longe.
Enquanto estávamos discutindo, Holmes estava sentado em uma cadeira com os pés em cima de uma mesa.
-O endereço do local do assassinato está nesse papel -Lestrade entrega um pedaço de papel para Sherlock - se precisar de algo, me ligue.
-Não preciso da sua ajuda -resmunga Holmes levantando e indo para a saída.
-Ele é sempre assim?- o inspetor me pergunta.
-Não. É só com você mesmo. -Ele revira os olhos e saio atrás de Sherlock.
Chamamos um táxi e enquanto esperávamos, o silêncio reinou.
Depois de uns 30 minutos, chegamos no local. Era uma casa de dois andares daquelas antigas. Holmes chuta a porta de madeira, que quebra, e ele entra.
-Que exagero..-sussurro. Ainda bem que ele não ouviu, ou pelo menos eu achava que não.
Achamos o corpo no segundo andar. O cara já estava pálido e frio, com uma flecha fincada no seu peito.
Ouvimos barulho. Alguém estava entrando na casa.
-Por aqui..-Sussura Holmes me levando a um armário. Ele fecha. Como o armário era pequeno, ficamos apertados. Ele sorri maliciosamente para mim e depois volta a olhar pela fresta do armário. Levo um susto com o arrombamento da porta do quarto da vitima e caio segurando na cintura de Sherlock. Levo um tombo no chão e ele cai no meu colo. Fico corado. Holmes acaricia meu rosto e... Ouvimos alguém falar. Nos levantamos e ficamos olhando o que estava acontecendo. A minha vontade era apenas de matar quem interrompeu mais uma vez.
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