História We Are Made Of Stardust. - Motéis baratos.

P.O.V. Brian

- Mais forte - A garota gemia enquanto fazíamos amor. Na verdade, só estávamos transando. Eu não sentia absolutamente nada, só fazia por fazer.
Estávamos chapados, eu devia ter bebido muito naquela noite. As luzes oscilavam entre vermelho, roxo e azul, o que não colaborava nada para eu tentar me concentrar um pouco. 
Ficamos nessa por mais uns cinco minutos, quando finalmente paramos. A garota deitou ao meu lado na cama, e sorriu para mim.
- Querido, eu adoro como você me faz gemer. Deveríamos ter feito antes.
- Ahan, Claro - disse com pouco interesse. Puxei meu maço de cigarros e acendi um.
- Leon, você me escutou?
- Claro... - o nome dela fugiu da minha mente - Marileen?
- Isso foi uma pergunta? Você está perguntando o meu nome? - ela ficou extremamente irritada. Os cabelos loiros cobrindo os seios nus. Me fitou com os olhos azuis e depois suspirou.
Ela simplesmente deitou e dormiu. Eu mal conseguia pensar.
Tudo o que eu queria, era uma noite com Amy. Só uma. Mas ela jamais daria o braço a torcer, principalmente depois de Vlad.
Amy só amou duas pessoas em toda a sua vida. A primeira foi uma rainha indígena chamada Korana, na época que ela era Horen, uma forte guerreira.
Korana foi morta por seu marido após ele descobrir sobre Amy. E depois dela, séculos mais tarde, teve Vlad. Eu ainda odeio muito esse cara.
Eu nunca amei ninguém, de verdade. Uma vez, me vi apaixonado por uma princesa, mas ela era desprezível. É difícil tentar amar outro quando seu coração pertence a apenas uma pessoa.
Mal vi o tempo passar. Quando dei por mim, era de manhã e o sol havia nascido. A garota ao meu lado babava no travesseiro do motel barato.
- Tenho que ir, moça - disse, baixinho. Levantei, coloquei a roupa e guardei minhas coisas.
Paguei a estádia, fui até o estacionamento e achei meu carro. Meu velho impala preto 1967 parecia sorrir para mim. Entrei e liguei o carro. Coloquei numa rádio qualquer e segui em direção a Nova York, mais precisamente o Golden Falcon Bridge, um dos maiores prédios de lá.
Na cobertura enorme, morava Amy. Fugindo de todo o mundo, digamos.
Meu celular começou a tocar e eu atendi.
- Hey Brian.
- Ah, olá Josh.
- Passou a noite com mais uma dessas de bar?
- Foi mal.
Josh suspirou.
- Venha pra casa da Amy. Tenho que conversar com vocês. É urgente.
E ele desligou. Usei meu poder de teleporte para cair direto na rua dela.
Dirigi calmamente até a frente do prédio, e quando parei, o frentista veio pegar o carro.
- Bom dia Senhor Brian - ele disse sorrindo.
- Bom dia Dave. Escute, Josh já subiu?
- Sim senhor. Vou estacionar o carro para você.
- Obrigado - entreguei a chave a ele. Assim que ele acelerou, eu entrei. O elevador estava lotado. Mais uma vez me teleportei, e fui parar no quarto de Amy.
Ela estava deitada no colo de Josh, chorando muito.
Depois de nos cumprimentarmos e ela nos expulsar do quarto, Josh e eu ficamos sozinhos na sala, tamando café e vendo o noticiário.
- Pronto - ela disse, saindo do quarto usando um moletom preto onde se lia " Kiss me, kill me" em vermelho, calças jeans azuis e coturnos pretos - O que foi Josh?
Nós todos nos sentamos na mesinha ao lado da janela. Desligue a TV e todos tomamos um longo gole de café antes de Josh pigarrear.
- Senti uma presença estranha esta madrugada. Vocês sentiram?
Ficamos em silêncio um tempo.
- Acho que senti algo estranho. Logo que cheguei em casa, comecei a ver tudo turvo e embaralhado. E uma queimação forte no meu estômago - Amy disse, jurando que não havia bebido nada.
- Pensando bem - eu disse - Acho que também senti. Enquanto eu, bem -soltei um pigarro- vocês sabem. Enfim, eu estava lá com uma loirinha e enquanto eu me levantava da cama para pegar mais uma taça de champanhe, eu senti como se alguém tivesse jogado um tijolo na minha cabeça. E depois meu nariz começou a sangrar.
- O que isso tem a ver, Josh? - Amy perguntou. Ele ficou sério e tomou mais um gole do café.
- Pessoal, infelizmente algo que não estava nos planos aconteceu. Fui informado que ele se soltou da prisão.
Nós dois engolimos em seco.
- E-Ele? Você quer dizer...
- Exatamente, Brian - ele suspirou- Gorgyan se soltou. O mundo corre risco novamente.
Ok, isso sim era preocupante.