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História We Are Young - Descansando temporariamente.


Escrita por: comradetori e vickyskywalker

Notas do Autor


Capítulo atrasadinho, mas vocês aceitam meu pedido de desculpas, né? <3

Capítulo 14 - Descansando temporariamente.


– Nárnia estará infeliz nas minhas mãos! – Foi a última coisa que ouviram a Feiticeira falar, pois se abaixaram e cobriram os ouvidos com força, não querendo ver o que vinha a seguir. 

Mesmo sendo bem previsível, eu lhes conto. 

A Feiticeira esticou o facão acima de sua cabeça e, ao acabar seu pequeno "discurso", desceu a lâmina, perfurando a barriga do Leão. Em seguida, ouviram-se urros das horríveis criaturas que serviam à Feiticeira. 

– O Grande Gato... está morto! – A dona daquela neve toda berrou, fazendo os urros aumentarem. – E, agora, terminemos o que começamos! Derrotemos os traidores e o grande verme humano! Nárnia será nossa para sempre! 

E o exército de criaturas terrivelmente terríveis, saiu correndo, subindo a colina e indo em direção do acampamento narniano. 

Depois desses e a Feiticeira saírem de lá, batendo os pés com força no chão e ao som de trombetas, as garotas desceram a colina e, mesmo com a luz da Lua sendo bloqueada por nuvens, conseguiram distinguir o corpo de Aslam em cima da Mesa de Pedra. E se aproximaram dele. 

Ficaram as quatro ajoelhadas a frente do Leão, encarando sua face pálida e gélida e chorando ainda mais. 

– Será que conseguimos desamarrá-lo? – Lúcia falou fungando. As outras nem falaram nada, só tentaram puxar a corda ou cortá-la, mas suas espadas eram grandes demais para isto. As cordas estavam tão apertadas, que elas não conseguiriam tirar aquilo somente com as mãos. 

E, ao desistir de desamarrar as cordas, se jogaram em cima do Leão, chorando de novo. E elas passaram tanto tempo chorando que nem notaram que a Lua havia repousado e o céu estava cinza, agora, ou que elas estavam com os narizes vermelhos e os olhos e rosto inchados. 

Malu e Lúcia perceberam que algo estava se movendo perto de seus pés, mas não deram a mínima, elas estavam bem ocupadas ficando tristes para se importar com qualquer outra coisa. 

Mas, assim que viram os pequenos seres subirem as pedras que sustentavam a Mesa de Pedra e se aproximar do corpo de Aslam, ficaram confusas. 

– Mas o que é isso? – Malu disse rouca.

Lúcia começou a observá-los, assim como Maju e Susana. 

– Era só o que me faltava! – Susana disse com a voz meio exaltada, meio rouca. – Esses roedores imundos! Saíam! Vamos! – Ela balançou as mãos, no intuito de espantá-los. 

– Espere! – Maju segurou os braços da amiga, apontando para os ratos cinzentos, que roíam a corda. – Observe-os bem. 

As quatro ficaram olhando para os ratos, com um ponto de interrogação na cabeça.

– Susana! – A mais nova a repreendeu. – Eles são do bem! Acham que podem fazer algo, que Aslam está vivo... – Lúcia abaixou a cabeça ao terminar a frase. 

E continuaram a observar as dezenas de ratinhos roerem a corda, até que ela estivesse completamente roída. Então, os ratos seguiram em direção de Malu, se aconchegando ao seu lado. 

– Ei! - A mesma exclamou. – Mas que ousadia é essa?

– São animais bons, de coração puro, Malu... – Maju começou a falar. – Eles devem pensar que você é a mãe deles. 

– Mãe?! – Ela continuou exclamando. – Mas eu ainda sou... 

– Calma! Você que é a Portadora do Coração de Ouro, você deve ser um tipo de "líder" para os seres que tem o coração puro e bom como o seu! – Susana explicou.

– Faz sentido... – Lúcia analisou. 

– Ah, nesse caso... Oi, filhos! – Malu deu um sorriso para os ratinhos, fazendo as garotas darem uma risada fraca. 

Pouco tempo depois, os ratos se foram. E, assim, as quatro puderam se observar e ver o quanto estavam pálidas. Depois, notaram que o céu estava nublado e que já era madrugada. O ar era seco e frio. 

– Eu estou com frio, Susana. – Lúcia falou.

– Eu também. – Ela abraçou os próprios braços. 

– Gente, espera um pouquinho. – Maju falou. – Se a Feiticeira vai mesmo batalhar conosco, e ainda hoje, temos de avisar Pedro, agora que Aslam não está mais... – Hesitou em falar a última palavra. – vivo. 

– É verdade. – Susana concordou. – Mas não podemos deixar Aslam aqui. 

– E não iremos. – Malu falou quase que de imediato. – Estamos em quatro. Duas voltam ao acampamento, duas ficam aqui. 

– Mas o exército da Feiticeira partiu há tempos. Não dá para chegar em Beruna antes deles. – Lúcia disse. 

– É mesmo... – Maju disse batendo a mão na testa. – Mas deve haver algum jeito. Tem que te... – Ela não conseguiu terminar a frase, pois começou a sentir um formigamento em suas costas. Levantou rapidamente. 

– O que foi? – Susana levantou, assim como as outras. 

– As minhas... costas... Estão... – Ela arregalou os olhos. – queimando! 

– Queimando?! – Lúcia perguntou incrédula. 

– Ai, ai, ai! – Ela começou a pular, tentando bater nas próprias costas. 

– Eu até riria disso, mas é tão trágico. – Malu falou com as sobrancelhas franzidas. 

– Vamos fazer algo! – Lúcia falou, desesperada. 

– Não há o que fazer! Não trouxemos remédios, nem nada! – Susana exclamou aflita. 

– Tem que ter um jeito! 

Elas ficaram discutindo ideias, mas não notaram que os berros de dor de Maju haviam cessado. 

– Espera aí... – Malu estranhou o silêncio. – Maju? –Perguntou por ela, assim que não a viu no chão. 

– Aqui! – Ouviram ela falar. Olharam para a esquerda, direita, Norte, Sul e o diabo a quatro, mas não a viram. – Aqui em cima, cegas! 

Elas olharam para o céu, e a viram lá. Sim, Maju estava voando.

– Maju?! Como você foi parar aí?! – Susana berrou, totalmente, surpresa. 

A garota desceu na frente delas e, assim que ela encostou os pés no chão, conseguiram compreender o motivo de ela estar lá em cima: asas. Maju havia criado asas, lindas asas de cristal. Eram, praticamente, invisíveis, por isso não as enxergaram debaixo. Mas, algo as diferenciava do invisível: um lindo degradê do branco com azul ciano, que se tornava mais forte nas pontas da asa. E ela brilhava fortemente, como o Sol. 

– Meu Deus! – Lúcia exclamou, maravilhada. – Elas são lindas! 

– Asas?! – Malu falou surpresa. – Por Aslam! 

– Agora, poderemos ir para o Beruna. – Maju sorriu. – Tenho certeza que isso foi obra de Aslam. 

– Mas ele está... – Susana já iria começar, mas foi interrompida.

– Mas continua vivo em nossos corações. Ele não morreu, só está descansando temporariamente. Vamos! Aslam quer que nós lutemos por Nárnia! Susana, você vem comigo.  – Ela continuou. 

– Eu?! Por que eu?

– Já está mais que claro que vamos lutar numa batalha. Você é uma ótima arqueira. Lúcia e Malu, não que sejam fracas, porém as duas ainda não aprimoraram seus conhecimentos e golpes, então seria melhor elas ficarem aqui, com Aslam, onde estarão mais seguras. 

– Tudo bem. – Suspirou. 

Elas se despediram. Maju deu sua manta para Lúcia, já que a mesma sentia frio. Pegaram suas armas e se prepararam para partir. 

– Espera um pouquinho. – Susana parou de andar. – Como eu vou se você é que tem asas?

– Eu vou te carregando, oras. 

– Mas...!

– Susana, o acampamento não está tão longe e você não é gorda. Eu aguento! 

– Tudo bem. – Se deu por vencida. 

 

Pedro e Edmundo estavam dentro de sua tenda, conversando tranquilamente. 

– Pedro, você não acha estranho?

– O que?

– Não vimos as meninas até agora. 

– Será que é porque elas estão dormindo? – O mais velho respondeu como se fosse óbvio. 

– Eu sei, mas... Eu combinei de me encontrar com Maju ainda hoje, e... Ela não veio. – Murmurou decepcionado. 

– Ha! Levou um bolo! – Gargalhou. 

– Não é isso! – Disse bravo, mas suspirou logo depois. – Maju não iria me dar um "bolo". E, eu fui até a tenda das meninas e elas não estavam lá. Nem as armas delas. 

– Espera ai... Para onde é que elas iriam?

– É isso que quero saber, oras! – bufou com a lerdeza matinal de seu irmão. 

Pedro foi impedido de retrucar, pois alguém havia entrado em sua tenda e feito o maior barulho. 

Como os dois irmãos estavam de costas para a entrada, eles trocaram um olhar e Pedro se virou rapidamente, pegando sua espada e apontando para o "invasor". E se deu conta de que era Maju, apenas, juntamente de sua irmã.

– Abaixa isso! - Edmundo exclamou para o irmão e foi em direção da garota, a abraçando. – Onde você estava? Fiquei preocupado. 

– Nós... Aslam... Feiticeira... Ridícula... – Maju não sabia o que falar, e olhou para Susana, pedindo ajuda.

– Nós saímos atrás de Aslam, e encontramos o pior. –Susana disse triste. Os irmãos trocaram um olhar confuso. 

– O que, Susie?

– Aslam está morto, Pedro. Morto! – Susana disse e desatou a chorar. 

– Como? – Pedro falou, não acreditando no que havia ouvido, assim como Edmundo. 

– É a verdade, Pedro. Aslam foi sacrificado na Mesa de Pedra, no lugar de Ed, pela Feiticeira. E ela está com um exército enorme, vindo para cá! Ela quer batalhar, e acha que vai vencer! – Maju falou, dessa vez mais relaxada e abraçada à Edmundo. 

– Meu Deus! – Ele falou desesperado, colocando as mãos na cabeça. 

Edmundo sentiu algo frio, mas macio, tocando suas costas e se assustou.

– Ei! – Olhou para trás, encontrando apenas a asa direita de Maju. – Mas o que?

– O que foi, Ed? – Pedro perguntou. 

– Olha!

– Ah, esqueci desse detalhe. – Ela deu um pulinho e, logo, já estava no ar. – Aslam me deu asas. 

– Asas?! – Posso jurar que o queixo dos irmãos Pevensie caiu no chão. 

– Mas ele não estava morto? – Edmundo falou, se recompondo. 

– Ele não está morto, só está descansando. – Maju voltou ao chão. 

– Vocês estão me confundindo. – Pedro disse. 

– Eu também não entendi direito, mas morto, Aslam não está. Eu posso garantir. – Maju deu de ombros. – Vamos falar sobre o que realmente interessa. 

– O que? – Edmundo questionou, novamente. 

– A batalha. 

 



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