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História We Are Young - Um sonho de um sonho...


Escrita por: comradetori e vickyskywalker

Notas do Autor


OI MEUS AMO-RESSSSSSS!!!

Este é o capítulo final da história. Muito obrigada por tudo, eu espero que vocês gostem e eu prometo que não é o fim!

Capítulo 19 - Um sonho de um sonho...


15  anos depois

Se passaram anos desde a guerra contra a Feiticeira. Você sabe, os dois reis e as duas rainhas governaram felizes ao lado de sua guardiã. Derrotaram um exército calormano, descobriram o herdeiro legítimo da Arquelândia e realizaram outros feitos maravilhosos, tal como a paz em Nárnia. Todos adoravam seus reis, sejam humanos, anões, animais falantes, centauros, sátiros, náiades, dríades, todas as criaturas do bem. As bruxas, lobisomens, vampiros e criaturas do mal foram eliminados. Os reis fizeram leis justas, expulsaram gigantes maus, libertaram os anões e deram força a quem queria apenas viver a sua vida em paz.

Paz. Algo que antes parecia um sonho distante era agora uma realidade. Todos estavam felizes. E haviam mudado muito, também.

Pedro estava mais alto e forte, era tão conhecido pelas batalhas que travara que aterrorizava os inimigos. Susana tornou-se numa mulher bela e esbelta, com os olhos esverdeados mais lindos de toda a Nárnia. Lúcia continuava a mesma com seus cabelos cor de bronze e a felicidade que emanava, todos os princípes a queriam como sua rainha, mas Edmundo e Pedro não permitiam isso.

Edmundo também havia mudado. Era mais calado que seus irmãos, porém um homem extremamente sábio nos conselhos que dava. Ficou também alto e forte. Maju tornou-se uma mulher inteligente e respeitada, seus olhos ainda pareciam ser diamantes brutos e sua astúcia causava arrepios em qualquer inimigo.

O que viveram aqui, no nosso mundo, era um sonho distante, pois a alegria de viver em Nárnia era maior que qualquer lembrança daqui.

Maju e Edmundo não podiam estar mais felizes. Não desejavam nem se casar, apesar de estarem noivos um do outro (isso para agradar Pedro, que não entendia a relação deles). Mas para eles, o amor era maior que o casamento. O amor era tudo, e eles já estavam felizes por isso.

Agora, estavam todos os cinco montados em seus cavalos majestosos a procura do Veado Branco. Diz-se que, quando apanhado, o Veado realiza qualquer desejo. Então os reis se puseram a sua busca acompanhados da corte e cães de caça.

Nem tiveram de cavalgar muito para o avistarem, mas foi rápido demais. Pedro guiava a caça, e falou para todos irem o mais rápido que podiam para o norte. Assim foi feito.

– Pessoal! – Lúcia chamou. – Acabei de vê-lo entrando num buraco, bem ali, perto da antiga casa do senhor Tumnus!

– Temos de ir atrás dele. – Pedro falou. – Desmontem de seus cavalos, assim não o assustaremos.

Susana, Maju e Edmundo assentiram e todos amarraram seus cavalos no tronco de algumas árvores. Maju pediu aos cães que se calassem e ordenou a corte a ficar ali e tomar conta deles. Relutantemente o fizeram, pois não podiam desobedecer a ordem dela, só se desejassem a morte.

Eis que, adentrando ainda mais o bosque e procurando a casa de senhor Tumnus, Susana encontrou algo engraçado e maravilhoso aos seus olhos.

– Gente, meus olhos podem estar me enganando, mas vejo uma árvore de ferro.

Os quatro foram para perto dela, estranhando.

– Bobagem. – Disse Edmundo. –  É um poste com uma lâmpada, lá em cima. Veja bem.

Susana bufou e murmurou um “convencido”, fazendo-o rir. Lúcia parecia estar hipnotizada pelo pilar de ferro, enquanto Pedro estava impaciente, olhando ao redor e procurando pelo Veado. Maju franziu o cenho e deu dois passos, tocando o poste com a ponta dos dedos.

– Este poste é velho, e o bosque é novo. – Ela disse, depois de um tempo analisando o ferro do pilar. – E, mesmo assim, me traz uma estranha sensação… Um não sei o quê…

– Por Aslam, são bobagens! – Pedro reclamou. – Por que colocar um poste onde as árvores são tão altas? Não dá para iluminar quase nada!

– Você ouviu o que Maju disse, meu irmão? – Lúcia repreendeu. – É tão velho que pode estar aqui antes mesmo destas árvores serem plantadas.

– Sinto como se já estivesse aqui… – Susana murmurou.

– É muito familiar… – Lúcia completou.

– É como um sonho… –  Edmundo disse. – Ou um sonho de um sonho… – Terminou, olhando para Maju com as sobrancelhas franzidas.

– Me parece que, se atravessarmos o poste e a lâmpada, a nossa existência jamais será a mesma. – Maju disse, aflita e curiosa.

– O mesmo parecer me agita as estranhas. – Pedro falou, se aproximando e ficando do lado de Lúcia.

– Também acho. – Susana declarou. – Por isso, é melhor voltarmos aos nossos cavalos e parar com a caça ao Veado Branco.

– Susana, me perdoe, mas jamais abandonamos campos de batalha, por isso não acho certo abandonarmos uma caça à um animal. – Edmundo contradisse, sendo apoiado por Maju.

– Faço das tuas palavras as minhas. Seria certamente uma grande desgraça para os nossos nomes, e traria certa vergonha à nossa corte. – Maju concordou.

Lúcia, no entanto, estava alheia a conversa, pensando no que aconteceria se adentrasse ainda mais o bosque. Certamente seria  uma grande aventura, algo que ela não dispensa. Talvez, não houvesse nada demais, mas seria impossível de acontecer, pois aquele lugar emanava uma forte energia. Seus irmãos discutiam sobre deixar o posto ou continuar ali. Maju ainda tocava o poste, encarando a lâmpada logo acima.

– Sala vazia… – Ela murmurou, fazendo Lúcia arregalar os olhos. Sala vazia, era isso, ela sabia o que era!

Então, aproveitando o momento de distração dos companheiros, ela começou a correr para dentro da floresta.

– Lúcia! – Pedro exclamou, vendo a irmã sumir entre os galhos.

– Lu, volte aqui! – Susana chamou.

– Oh, pela Juba do Leão… – Edmundo reclamou, indo atrás de Lúcia.

– De novo, não! – Maju bufou e os seguiu.

Pedro e Susana não demoraram em segui-los, adentrando cada vez mais a floresta e os galhos pareciam abraçá-los. As folhas do verão, verdinhas, foram mudando de cor – e  de forma! Viraram coisas macias e feitas de pelo, parecendo tecidos.

– Meu pé, Pedro! – Susana reclamou.

– Cuidado, Ed! – Maju disse.

– Não me empurrem! – Pedro exclamou.

– Mas… são casacos? – Edmundo perguntou admirado. – Isso aqui está pequeno! –

Os cinco então caíram num lugar muito diferente do que agora é conhecido como o Ermo do Lampião. Conheciam aquele piso de madeira, na verdade, conheciam aquele sala! Eles olharam em volta e viram que lugar era aquele. Na verdade, o próprio professor Kirke estava na frente deles, parecia que os esperava.

Não eram mais adultos, muito menos reis e rainhas. Não usavam mais as malhas de ferro ou armaduras, os vestidos feitos de seda desapareceram, e de repente voltaram a ser crianças.

– Aí estão vocês! – Exclamou o professor. – O que estavam fazendo no gaurda-roupa?

Ele segurava uma bola de beisebol, a mesma que quebrou a janela e fez com que os meninos se escondessem de dona Marta ali, na sala vazia, no armário, em Nárnia.

– Se nós contássemos, não acreditaria. – Pedro sorriu.

Maju não acreditava que voltaram de Nárnia, que ainda tinha catorze anos e que, na verdade, parecia que nem uma hora havia se passado na Terra. Perguntou-se se tudo que viveu foi um delírio ou um sonho, mas uma coisa lhe deu a certeza de que era real. Edmundo.

O anel de noivado que tinha sumiu, deve ter ficado em Nárnia, mas o sentimento que tinha era muito real. Ela teve a sua confirmação no olhar dele, e então entrelaçaram as mãos, sabendo que nada os separaria.

– Experimentem. – O professor falou. Seu rosto tinha uma expressão de divertimento, mas parecia que ele já sabia de tudo.

Então levou os cinco até seu escritório e lhes pediu para contar a história. Eles explicaram tudo, desde o comecinho até o final, sem esquecer de nenhum detalhe (até mesmo das profecias!). Esperaram que o professor lhes dissesse que era loucura, que não há como um mundo existir dentro de um armário. Ele, no entanto, acreditou.

– Acho que nunca mais vamos voltar. – Maju lamentou. – Mas sempre teremos as memórias para nos consolar.

– Não! – O professor discordou. – Quem é coroado rei ou rainha em Nárnia, será sempre rei ou rainha em Nárnia. Só não esperem voltar pelo mesmo caminho, nada acontece da mesma forma duas vezes. Na verdade, esperem, porque Nárnia não se encontra. Nárnia acontece. Não digam nada aos outros, é melhor até que não falem muito sobre isso entre si. Não querem se chamados de loucos, querem? Nem será tão difícil assim, não se incomodem. Quando for para ser, será.

E seguiram o conselho do professor. Aproveitaram o máximo as aventuras e relembravam as memórias, mas nunca contaram para mais ninguém, apesar de o primo dos Pevensie ter ouvido a conversa, eles o desmentiram.

Maju e Edmundo aproveitaram o resto do tempo que tinham, e foram separados quando os Pevensie voltaram para Londres. Maju, que não tinha mais seus pais, foi adotada pelo professor Kirke depois de alguns meses. Não foi um processo complicado.

O incidente no guarda-roupa parecia ser o começo de tudo, e o professor aparentava estar certo. Se ele estivesse, aquele era só o começo das aventuras em Nárnia.

 


Notas Finais


Meu twitter está livre para dúvidas: @valyrianskies
Um beijo, manas!!


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