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História We Are Young - Cala a boca, Claire!


Escrita por: comradetori e vickyskywalker

Notas do Autor


Olá mais uma vez!
Depois de um tempinho revisando esse capítulo (e quase perde-lo!) finalmente consegui postar! Se houver algum problema com a formatação, perdão, estou revisando pelo celular.
Bom, o título do capítulo já é muito... auto explicativo.

Bonne lecture et au revoir, mon amie!

Capítulo 25 - Cala a boca, Claire!


 

CAPÍTULO 4 – Cala a boca, Claire! 

 

– Acorda, seu palerma! – Maria gritou, fazendo Noah acordar. 

– “Maria Júlia, a Indelicada”. Gostei. – Claire sorriu irônica. 

– Se gostou tanto, faça o favor e tatue na testa! – ela respondeu num tom irritado. 

– Eu não estou afim. – rebateu com nariz empinado. 
Maria apenas bufou e ajudou o garoto loiro a se levantar. 

– Onde é que estamos? – ele perguntou, com a mão na cabeça. 

– No infer... – Claire apenas começou a frase, pois fora interrompida por Maria. 

– Em Nárnia! 

– Nár... O que? Mas estávamos no corredor da escola! 

– Olha, é difícil de explicar, mas é a mais pura verdade! 

– Ih, lá vem. – Claire saiu de perto, enquanto Maria explicava a história inteira para Noah. 

Observava o local com um bico na cara, sua típica cara de nojo e os braços cruzados. 

– Chiara... – uma voz sussurrou. 

– Chiara? Meu nome é Claire! – ela exclamou com sua voz fina. 

De repente, ela viu tudo virar noite. As ruínas do grande espaço de mármore deram lugar à um magnífico castelo. A lua brilhava no céu, assim como as estrelas. A noite parecia serena e, então, ela ouviu berros e pedras sendo lançadas à grande construção. Criaturas que ela nunca vira na vida saiam do castelo apavoradas. Antes que pudesse fazer qualquer coisa, sua vista tornou-se um borrão e voltou ao normal. 

– Depois a louca sou eu. – Maria estava na sua frente, com os braços cruzados e um sorriso debochado. 

– Mas... Ali... – ela encarava as ruínas. – Castelo... 

– Castelo? – agora, a voz era a de Noah. – Essa porcaria aqui era um castelo? Não acredito. – ele riu debochadamente. 

– Ei! – Maria exclamou. – Castelo? 

– Sim, foram... catapultas que fizeram isso. – Claire já estava mais calma. 

A morena de olhos esverdeados girou, encarando as ruínas com um grande ponto de interrogação em sua face. Então, seus olhos se arregalaram e sua boca ficou entreaberta. 

– Será que... Não! Impossível! – ela exclamou. 

– O que foi, praga? 

– Definitivamente, você está ótima e “não-louca”. – seu primo riu. 

– Esse é Cair Paravel. – Maria observava as ruínas com tristeza. 

– Eu só entendi o “cair”, e você? – Noah perguntou à prima. 

– Eu não sei nem o que estamos fazendo nesse inferno. – cruzou os braços. 

– Pelo que entendi, você só está em Nárnia se for ajudá-la de alguma forma. 

– Ah, até parece que eu iria perder meu tempo ajudando essa terrinha de nada. Eu sou Claire Doyle! Tenho muito mais para fazer do que doar dinheiro para um manicômio. 

– Tipo pintar as unhas? – ele zombou. 

Nenhum dos dois pôde responder, pois coisas atingiram suas cabeças. 

– Ai! – os dois disseram em uníssono. 

– O que foi? – Maria se virou. 

– Alguma coisa caiu do céu. – Noah colocou a mão na cabeça, fazendo cara de dor. Já Claire, fazia um escândalo, como sempre. 

– Já bastava meu narizinho quebrado! Que droga de lugar! 

– Cala a boca, Claire. – falou e seu olhar parou no retrato de Edmundo que estranhamente estava emoldurado, jogado no chão. Noah estava prestes a pegá-lo. – Não! 

– O que? – ele olhou para ela, com a mão parada no ar. 

– Deixa que eu pego. – sorriu torto e se abaixou, pegando seu desenho. – Como isso veio parar aqui?

– Mas nós acabamos de dizer!

– E eu também acabei de dizer: Claire, cala a boca! 
Eles ficaram em silêncio, e uma coisa se passou na cabeça de Maria. Se ela estava lá, significava que os Pevensie logo estariam ali. Ela sorriu largamente. 

– Vamos! Temos muito para andar! – ela, praticamente, marchou até a floresta. 

Os outros dois deram de ombros e a seguiram. Digo, apenas Noah o fez. Claire seguiu os dois relutantemente. Não sem antes notar que havia outra coisa no chão: um quadro. Pegou-o e viu que era apenas um retrato de um garoto. Bufou e largou o mesmo lá. 

 

O sorriso dos quatro quase rasgava o rosto deles.  Bom, eles sabiam muito bem onde estavam. Sua casa. Era lá onde estavam. 

Uma enorme caverna que, provavelmente, já fora uma grande rocha que sofreu do impacto da maré e das ondas. Mais a frente, uma praia com areia branca e águas cristalinas. Sem contar o céu azul e o forte sol. 

Susana e Lúcia trocaram um olhar; Pedro e Edmundo fizeram o mesmo. Saíram correndo na direção do mar, jogando os sapatos, meias, casacos e mochilas. 

– O último é a mulher do padre! – Susana gritou. 

– Pena que você não é tão rápido como eu, Eddie! Maju ficará decepcionada! – o mais velho disse rindo. 

Logo, já estavam dentro da água refrescante. Faziam uma guerra de água. Jogavam e desviavam dos jatos d’água felizes por voltarem. 

– Susana? O que foi? – a mais nova perguntou ao ver a cara que a irmã fez. 

– Maju. Será que ela está aqui, também? 

– Provavelmente. Não podemos nos esquecer de que ela é a nossa Guardiã. – Pedro respondeu. – Você também, Edmundo? 

– Onde acha que estamos? – o moreno perguntou, olhando para um ponto mais adiante. 

– Onde você acha? – Pedro disse num tom de obviedade. 

– É que não me recordo de ruínas em Nárnia. – apontou para o topo de um pequeno monte. 

Os três olharam na direção que seu irmão apontara, encontrando apenas paredes destruídas e os restos do que aparentavam ser escadas. 

– Acho que deveríamos ir lá verificar. – Susana comentou. 

– Vamos. – seus irmãos afirmaram. 

Saíram do mar, pegando seus pertences jogados na areia e se colocaram a subir o monte. 

– Mármore? – Lúcia perguntou ao ver que, em vez de grama, o chão tinha uma cor bege. 

– É o que parece. – Edmundo respondeu, ficando ao seu lado. – Seria ótimo se Maju estivesse aqui. 
       

– Verdade. Mas, pense positivo. Ela pode estar aqui, mas em algum outro lugar, já que não estava conosco antes de virmos aqui. – os dois continuavam conversando, e já estavam no topo. 

– Talvez... – o garoto sussurrou desanimado. 

Os quatro observaram toda aquela destruição com curiosidade. Lúcia caminhou até o que pode ter sido uma varanda, e observou a praia. 

– Quem morava aqui? – perguntou aos seus irmãos. 

Susana andava pelo local e sentiu algo debaixo de seu pé. Se abaixou para pegar o objeto e viu que era uma peça de xadrez de ouro. 

– Éramos nós. – murmurou. 

– Ei! Isso é meu! – o Pevensie mais novo exclamou, analisando a peça que sua irmã segurava. 

– É? – Lúcia arqueou uma sobrancelha, se virando. 

– Em Finchley eu não tinha um jogo de xadrez de ouro puro, mas isso é meu. – resmungou, pegando a peça e a encarando. 

– Acho que isso é mais interessante. – Pedro observou, segurando um quadro. Logo seus irmãos estavam ao seu lado. – Quem será que é esse? – perguntou. 

– Eu sei lá. – Edmundo deu de ombros. 

– Não acredito. – foi a vez de Lúcia falar. – Vocês não estão vendo? – eles negaram. – Imaginem muros... – ela puxou Pedro, fazendo-o ficar ao lado de Susana. – ...colunas ali... – levou Edmundo ao lado de sua irmã, ficando atrás dos três – ...e um teto de vidro. 

Os três imaginaram a cena descrita pela irmã caçula e ficaram espantados. 

– Cair Paravel. – Pedro disse com a voz baixa. 
 



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