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História We Are Young - É Rindon, a espada com que matei o lobo!


Escrita por: comradetori e vickyskywalker

Notas do Autor


Decidi não esperar mais por uns dias e soltar logo este capítulo, e postarei o próximo em seguida! O reencontro acontecerá em breve, não se preocupem
Acabei de notar que chegamos a 121 favoritos. Dizer o quão grata estou é difícil, pois teria de escrever um texto que cansaria tanto quem lê quanto quem escreve. Vou poupá-los desse sofrimento, mas devo dizer que, sem vocês, eu não seria nada, obrigada com todo o meu coração!
Logo mais sai o próximo capítulo.

Bonne lecture et au revoir, mon amie!

Capítulo 26 - É Rindon, a espada com que matei o lobo!


 

CAPÍTULO 5 – É Rindon, a espada com que matei o lobo!

– Direita!

– Esquerda!

Noah bufou e botou a mão na testa, procurando paciência.

Como previsto, Maria e Claire brigavam, de novo. Dessa vez, era sobre a direção que deveriam seguir.

– Eu tirei a maior nota de geografia da sala! – Claire exclamou.

– Isso porque seu pai pagou o professor de geografia, eu já fui a Guardiã daqui, além de ter nascido aqui! Conheço Nárnia como a palma da minha mão!

– Isso daí não é argumento nenhum!

– É sim! Você que é burra! Não consegue achar um argumento decente!

– Dá para as senhoritas ficarem quietas?! Vamos ter que decidir isso no uni-duni-tê? Cresçam! – Noah disse se desencostando da árvore em que estava.

– Falou o garoto de treze anos. – Maria ironizou. – Esquerda, e não se fala mais nisso.

Claire fez mais uma de suas poses, enquanto Noah e Maria iam na frente. Ainda segurava seu nariz e mantinha a mão na cabeça, onde havia se formado um galo.

E um plano formou-se em sua cabeça. Talvez, se achasse os Pevensie antes de Maria, poderia fazer com que eles acreditassem na outra versão da história. Sorriu com malícia e correu atrás dos outros dois.

 

Os quatro irmãos observavam com enorme tristeza o lar deles em ruínas. Então, algo chamou a atenção de Edmundo.

Grandes pedras largadas no chão, algumas até despedaçadas e com musgo. Se abaixou, afim de analisar as pedras. Eram ásperas.

– Eddie? – Susana o chamou.

– Foram catapultas. Cair Paravel foi atacada. – concluiu.

Os irmãos sentiram-se tristes e revoltados por sua casa ter sido atacada, mas nada podiam fazer. Pedro olhou todo o local, afim de encontrar alguma parte intacta do “castelo”.

Tocou numa parede à sua frente, cheia de hera, notando que era oca. Chamou Edmundo, que estava atrás de si, e ambos cortaram as heras com o canivete no bolso de Pedro e empurraram a parede falsa, revelando uma de madeira que, obviamente, estava apodrecida e desgastada.

– Como vamos abrir? Não há chave alguma. – Susana falou como se fosse óbvio. – Não seria melhor deixarmos pra lá? Quando anoitecer, é melhor já termos mais do que sanduíches.

– Que ideia é essa, Susana? – a mais nova exclamou, em reprovação.

– Tem de haver um jeito... – Pedro disse, olhando sugestivamente para Edmundo.

– A madeira está podre... Poderíamos arrancá-la aos pedaços? – sugeriu.

– Não. Seria muito cansativo e demoraria mais tempo do que temos. – Pedro explicou e ficaram calados, pensando em outra ideia.

Lúcia, que estava um pouco mais distante, parou em frente de um quadro. Um garoto de pele morena, cabelos longos e olhos negros com roupas medievais. Sua mente se iluminou com uma ideia.

Pegou o objeto e pensou “ah, já está largado aqui, mesmo!”. Segurou firmemente e a entregou para Edmundo.

– O que eu faria com isso, Lúcia? – o garoto olhou confuso para ela.

– Por que você pegou o quadro? – Pedro perguntou.

Susana olhou tediosamente para os dois garotos, surpresa por não terem entendido a ideia.

– Com licença. – disse, pegando o quadro. Lúcia sorriu animada e puxou os dois irmãos pela mão, tirando-os da frente da porta. Susana tomou distância e respirou fundo, ajeitando o quadro. Começou a correr e fechou os olhos, esperando pelo impacto.

Os garotos ficaram surpresos ao ver que a ideia de Lúcia era arrombar a porta com um quadro, e ficaram mais ainda ao ver que a ideia deu certo.

Susana se levantou, tirando o pó e sujeira que haviam caído sobre sua roupa. Tossiu umas quatro vezes e tirou uma teia de seu cabelo.

– Problema resolvido. – disse.

Pedro deu uma risada, acompanhado de Edmundo. Lúcia fez um “high-five” com a irmã.

O mais velho encarou a escuridão e frio que vinham de dentro da passagem e começou a cortar uma parte de sua blusa branca, com a ajuda do canivete.

– O que está fazendo? – Edmundo perguntou, vendo que o irmão se abaixou para pegar um dos pedaços da madeira espalhados pelo chão.

– Você não tem fósforos, por acaso? – o irmão questionou, ignorando a sua pergunta.

– Não, mas tenho isso, serve? – falou, tirando um lanterna de sua bolsa e rindo.

– Por que não me falou antes? – o loiro perguntou indignado, fazendo as irmãs rirem. Jogou o tipo de “tocha” que estava em sua mão em qualquer lugar e deixou que Edmundo fosse em sua frente, iluminando tudo com a lanterna.

Após descer a escadaria, Edmundo descreveu um tipo de círculo, e quando todos os quatro estavam lá embaixo, sorriram ao ver que tudo estava lá.

Era a velha sala de Cair Paravel, onde guardaram as suas maiores riquezas. No cômodo, grandes estátuas, que levavam características diferentes uma da outra. Eram eles depois de anos de reinado, na Era de Ouro.

Cada um ficou na frente de sua estátua, se encarando. Chegava a ser uma cena engraçada.

Viram, por fim, os baús que haviam na frente das estátuas. Levavam armaduras, colares, anéis, pulseiras, dentes de marfim, diamantes, rubis, esmeraldas, topázios, vestidos de seda, e por aí vai. Ninguém falava, estavam todos chocados.

Então, a animação tomou conta depois de tantos minutos de silêncio. Eram “se lembra de quando...”, “usei isso naquela vez que...” e “um anão fez isso para mim!” que rodavam aquela sala.

– Ei, é melhor irmos logo. Não podemos gastar as pilhas assim, sabe-se lá quando precisaremos da lanterna de novo... É melhor que cada um pegue o que precisa e irmos embora. – Edmundo alertou.

– Temos de levar os presentes. – Pedro falou e todos concordaram.

Se lembram? Tempos atrás, Susana, Pedro, Lúcia e Maria haviam encontrado Noel, e ganharam presentes dele. Edmundo ainda estava preso pela feiticeira e não estava lá, por isso não havia ganhado nada.

Vasculharam seus baús e encontraram os presentes. O de Lúcia era o menor: um frasco de cristal que continha suco de flor de fogo, o Elixir da Cura, e um pequeno punhal de ouro; Susana havia ganhado um arco e flecha, com aljava de marfim e as setas com plumas. Também havia ganhado uma trompa mágica.

– Susana, onde está a trompa? – Lúcia perguntou ao notar a ausência da mesma.

– Ah! – exclamou, triste. – Eu devo ter perdido na caça ao Veado Branco, no nosso último dia em Nárnia, quando voltamos para... Inglaterra. – suspirou triste.

Edmundo fez um “pff!”, de reprovação. Todos sabiam que aquela trompa era necessária: trazia auxílio quando tocada. E, agora, aquela relíquia estava nas mãos de qualquer um, senão destruída.

– Justo o que podia nos ajudar. – Edmundo resmungou.

Pedro foi pegar seu presente, que era um escudo de prata com um leão rosnando estampado no meio e a espada real, prata, com esmeraldas e rubis reluzindo na pega da espada.

– É Rindon, a espada com que matei o lobo! – exclamou e todos ali notaram que quem falava agora era Pedro, o Magnífico. 



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