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História We Are Young - We are in Narnia!


Escrita por: comradetori e vickyskywalker

Notas do Autor


OBG PELOS FAV E COMMENT
na boa, uns dias de fic e ja tem tudo isso? MANO, ME ABRAÇEM
obg

Capítulo 3 - We are in Narnia!


Se passou uma semana desde que Lúcia entrou no mágico porém improvável mundo dentro do armário. Ela se sentia triste, visto que seus irmãos não acreditavam na sua palavra, mas sempre que se sentia assim, lembrava-se das palavras de Maju, “tudo tem o seu tempo”.

Edmundo ficou brincando com Lúcia a semana toda, fazendo suas típicas piadinhas de mal gosto. Aquilo fez com que Maju ficasse furiosa e tentava replicar as brincadeiras com dureza, o que era difícil, já que tinha a mesma idade de Edmundo e sabia tão pouco sobre as brincadeiras de mal gosto quanto ele.

Apesar disso, pode-se dizer que Maju e Edmundo não se falavam tanto como se encaravam ou observavam. Um observava e notava as características do outro quando este estava distraído, e se encaravam várias vezes durante as refeições. Ninguém notava, o que ajudou de certa forma, mas dava para se sentir o clima entre os dois. Na verdade, era simples: Maju achava Edmundo bonito e vice-versa. Paixonite de adolescente, normal, não?

O relógio marcava cerca de dez horas da noite quando Lúcia levantou-se. Não havia dormido muito bem ao decorrer da semana, mas naquela noite sentiu que deveria voltar para o mundo dentro do armário, checar se o amigo estava bem e sem perigos por sua causa.

Tentou fechar a porta do quarto com a menor força possível, mas Edmundo acabou por acordar. Lúcia não havia notado, então seguiu seu caminho para a sala do armário.

- Mas onde é que ela vai a essa hora? – Resmungou, também se levantando da cama, sentindo que deveria segui-la.

Isso vai ser hilário!, pensou ao ver a irmã mais nova entrar na sala do armário. Lúcia entrou primeiro no armário e só então Edmundo a seguiu.

- Lúcia, você tem medo do escuro? – Debochou ao puxar um casaco. – Lúcia, onde você está? – Continuou caminhando. – Esse armário é de que tamanho? – Estranhou.

Parou de falar ao tropeçar e cair em algo quase macio e gelado, muito gelado. Ficou sem palavras ao se levantar do chão e encarar um cenário totalmente diferente de um fundo de armário velho. Neve, árvores, um poste e frio, muito frio.

Saiu em disparada atrás de sua irmã, desesperado por alguma orientação. Seria aquilo um sonho?

- Lúcia? – Chamou. – Eu sei que você tá aqui, sou eu, Edmundo! – Gritou, mas não obteve resposta. Voltou para o ponto inicial, o poste, e só se deu conta do que aconteceu quando já havia caído no chão.

- Ei, eu estou aqui! – Reclamou para quem quer que estivesse dirigindo aquela... Carruagem?

- Maldito pirralho! – Replicou um ser estranho, barbudo, baixinho e mal humorado.

- Como ousas dirigir-se à tua rainha de tal modo? – Ralhou uma mulher. Ela estava sentada na carruagem e era espantosamente bela. A pele branca como a neve combinava com os cabelos loiros que eram quase do mesmo tom, e era incrivelmente alta.

- Me... Me desculpe, majestade? – Gaguejou.

- O que és? – Perguntou com tom de desconfiança, analisando o garoto.

- Me desculpe majestade, mas... O que eu sou?

- Talvez um anão teimoso que cresceu demais e cortou a barba? – Sugeriu.

- O que? – Indignou-se. – Não! Eu sou Edmundo Pevensie, sou um humano!

- Um humano? – Assustou-se. – Um filho de Adão?

- O que quer que isso seja, é melhor que um anão. – Resmungou.

- A passagem! – Exclamou como se fosse um “eureca!”. – Eu sabia que tinha de fechá-la... Maldição! – Praguejou. Encarou o garoto à sua frente, que não entendia nada do que estava acontecendo. – Não quer sentar-se ao meu lado, querido? Aposto que estás com frio... – Sorriu, com a voz num tom amável.

- Sim, majestade. – Respondeu, sentando ao lado da suposta rainha, que o envolveu num manto tão macio e quentinho que Edmundo quase dormiu ali mesmo.

- O que achas duma bebida quente?

- Seria ótimo.

Ela tirou um frasco longo e azul do seu lado. Destampou-o e deixou um pingo do líquido que estava lá dentro cair no chão. O líquido tomou a forma de um cálice que continha uma bebida que Edmundo nunca viu.

- Beba isto. – A mulher lhe entregou o cálice. – Lhe aquecerá.

Então ele tomou a bebida, e era uma das coisas mais maravilhosas que já havia experimentado.

- E que tal algo para comeres? – A mulher continuou sugerindo.

- Pode ser manjar turco? – Edmundo perguntou, tomando mais um pouco da bebida do cálice.

- Claro. – Ela sorriu novamente.

E mais uma vez pingou o líquido do frasco no chão que, dessa vez, tomou a forma de uma caixa dourada e detalhada em prata. Entregou-a nas mãos de Edmundo, que sentiu seus olhos brilharem.

- Como fez isso? – Perguntou admirado.

- Vieste sozinho, filho de Adão? – Ignorou-o.

- Não. – Estranhou. – Minha irmã Lúcia também está aqui.

- E são apenas vocês os dois?

- Dos que vieram até aqui, sim, mas também tenho outros dois irmãos e uma amiga.

- Quatro irmãos e uma amiga... Isto é mesmo interessante. – Ficou pensativa. – E o teu nome?

- Acho que já disse – Respondeu confuso. – É Edmundo.

- Edmundo, filho de Adão, chamo-me Jadis, e sou a rainha de Nárnia.

- Nárnia? – Quase engasgou. – O que é Nárnia?

A mulher riu.

- É a terra em que estamos. Tudo o que vês é meu território e me pertence, Edmundo. – Explicou. – Os teus irmãos... Não vieram todos para cá, não?

- Não. Apenas Lúcia e eu, já que Susana e Pedro não acreditam nela.

- E a tua amiga?

- Acho que não, mas se ela veio... Não me contou.

- E poderias trazê-los para cá?

Ele estranhou.

- Por quê?

- Sabes, Edmundo... Este é o meu reino por cem anos, e receio que eu não viva por muito mais tempo. Eu não tenho filhos, e preciso de alguém tão jovem e tão inteligente quanto tu para governar em meu reino. Poderias fazer isso por mim? Ser o príncipe e o futuro rei de Nárnia?

- Não posso falar que não gostei da ideia – Concordou. – Mas ainda não entendi porque a senhora precisa dos meus irmãos e de Maju aqui comigo.

- Querido, todo rei precisa de escravos. – Ficou com a voz mais profunda.

- Eu não quero que Maju seja a minha escrava. – Falou, se deixando envolver por Jadis.

- Faremos dela a tua rainha.

- Tudo bem – Se deixou convencer. – Eu tentarei trazer eles para Nárnia.

- Estás a ver aquelas duas montanhas ali? Minha casa está no meio delas. Quando voltares para Nárnia com os teus irmãos e a tua amiga, vá até lá e te farei o meu príncipe.

- Por que não vamos agora?

- Não! – Exclamou precipitadamente. – Digo... Não, querido, ainda não é a hora.

- Você pode me dar mais manjar turco?

- Querido... A magia só funciona uma vez. – Sorriu forçado. – Vá e traga os teus irmãos para cá. Um garoto inteligente como tu saberá como fazê-lo.

Edmundo desceu da carruagem e acenou para Jadis. Estava mesmo encantado com tudo que ela lhe dissera.

Viu a carruagem sumir entre as árvores e se assustou ao ouvir Lúcia.

- Edmundo! – Exclamou feliz. – Você está aqui! – O abraçou.

- Pois é – Murmurou, se separando do abraço. – É melhor voltarmos.

- Agora os outros vão acreditar em mim! 

Entraram no armário e voltaram para a sala. Lúcia correu para o quarto de Maju, a acordando primeiro. Ela foi de encontro com Edmundo, sonolenta e sem entender o que aconteceu.

- Do que Lúcia estava falando?

- Coisas de Lúcia. – Ironizou.

- Edmundo estava lá! Ele foi comigo pra Nárnia! – Gritou animada, chegando com os dois mais velhos.

- É verdade, Eddie? – Susana perguntou.

- Claro, esqueci de mencionar o estádio de futebol dentro do espelho? – Debochou. – Crianças... Não sabem quando parar.

Lúcia ficou com os olhos marejados e Edmundo sorriu sarcasticamente.

- Qual o seu problema? – Pedro empurrou Edmundo.

- Não esperava isso de você, Edmundo. – Maju murmurou. Ela acompanhou Pedro e foi atrás de Lúcia.

 

 

O sol brilhava no céu limpo e azul. Naquele dia, uma brisa quente aquecia tudo e o sol das quatro da tarde era agradável. Era um dos primeiros dias de sol desde que Maju havia chegado, e todos estavam no lado de fora da casa.

Lúcia estava sentada ao lado de Maju, apoiada numa árvore, enquanto Pedro, Susana e Edmundo jogavam beisebol.

- Cuidado, Eddie! – Pedro exclamou. A bola bateu na cabeça de Edmundo, que estava distraído demais olhando para Maju.

- Ai! – Todos começaram a rir.

- Era pra rebater, sabia? – Susana debochou.

- Vamos de novo. – Edmundo pediu. Pedro jogou a bola e ele bateu com força. 

- Boa! – Pedro comentou.

Foi quando o vidro da janela do segundo andar quebrou que eles pararam de sorrir e se desesperaram. Foi uma autêntica cena de filme no qual Pedro olhou desesperado para Susana, que olhou desesperada para Edmundo que tinha apenas uma feição de medo no rosto.

- E agora? – Maju perguntou aflita, já vendo a bronca que levariam de dona Marta.

- Vamos correr! – Lúcia disse.

Correram os cinco com tal rapidez que se assustaram. Subiram para o segundo andar, tentando abrir todas as portas.

- Essa tá trancada! – Pedro falou.

- Essa aqui também. – Susana completou.

Só restou uma sala. Edmundo teve uma ideia tão brilhante que quase se via uma lâmpada se acender em cima de sua cabeça.

- Vamos para... – Começou.

- O que está acontecendo aí? – Ouviram dona Marta perguntar e se desesperaram ainda mais.

- ...a sala do armário! – Edmundo completou. Todos se entreolharam.

- Tem certeza? – Maju reforçou.

- Não temos escolha. – Pedro afirmou e foram para a sala.

Não havia como trancar aquela porta, então fizeram questão de ficarem calados. O salto de dona Marta era a única coisa a fazer barulho no segundo andar.

- Crianças! – Chamou.

- Ela está vindo! – Lúcia sussurrou.

- Vamos para o armário!

- Isso vir de você, Edmundo, é até irônico... – Susana começou.

- Vamos! – Pedro interrompeu. A voz de dona Marta estava cada vez mais perto e então correram para o armário.

- Meu pé! – Lúcia reclamou.

- Para de me empurrar, Maju! – Foi a vez de Susana.

- Me desculpa! – Pediu. – Pedro! Vai mais pra trás! – Disse.

Todos caíram um em cima do outro, uma cena cômica.

- Saíam de cima de mim! – Lúcia exclamou e todos saíram de cima dela.

- Mas o que... – Susana franziu as sobrancelhas.

- Maju! Estamos em Nárnia! – Lúcia sorriu.

- Impossível... Tentamos ontem e não conseguimos!

- Como assim? – Pedro e Edmundo perguntaram ao mesmo tempo?

- Ah, então... – Sorriu sem graça.

- Maju também veio para Nárnia, mas não disse nada porque vocês achariam que ela só estava me defendendo! – Lúcia finalizou. – Eu falei que tinha um mundo mágico dentro do armário!

- Mundo mágico e frio também! – Susana tremeu.

- Tenho uma ideia. – Pedro disse. – Nem estaremos tirando do armário, se pensarem bem. – Entregou cinco casacos para cada um.

- Mas esse é de mulher! – Edmundo reclamou vestindo o seu. 

- Eu sei. – Pedro ironizou.

Maju riu enquanto Edmundo vestia o casaco, e foram os cincos se reunir em uma roda.

- Pra onde vamos? – Pedro começou.

- E se formos pelo poste, no meio do... – Edmundo foi interrompido.

- Poste? – Pedro estranhou. – Que poste? Espera ai... Você já veio pra cá! Seu mentiroso!

- Peça desculpas pra Lúcia! – Susana mandou.

- Tá bom! Desculpa, Lúcia. – Resmungou.

- Tudo bem, crianças não sabem a hora de parar. – Debochou, arrancando risadas de todos. Edmundo bufou, e não reclamou porque havia visto o sorriso (que ele julgava maravilhoso) de Maju.

- Certo... Mas ainda não decidimos para onde ir. – Susana relembrou ao parar de rir.

- Eu acho que a Lu deve escolher. – Maju sugeriu, olhando para a mais nova.

- Vamos visitar o Sr. Tumnus! – Disse.

- Vamos visitar o Sr. Tumnus, então! – Pedro reafirmou. 


 

 


Notas Finais


terceiro cap e mto obrigada mais uma vez


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