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História We Are Young - O Acampamento de Aslam.


Escrita por: comradetori e vickyskywalker

Notas do Autor


ontem foi minha feira cultural
GRAÇAS a deus eu fui bem e espero ganhar os 5 pontos
E O ENEM PESSOAS?

Capítulo 7 - O Acampamento de Aslam.


Umas horas e depois e, finalmente, haviam chegado.

Sim, eles chegaram ao acampamento de Aslam, na Mesa de Pedra. As crianças reclamaram da distância e demora da caminhada, mas o Castor alegou que levaram metade do tempo que levariam para chegar lá. 

Eles observavam a vista que tinham do topo da colina em que estavam vendo, lá embaixo, o acampamento. Eram milhares e milhares de criaturas míticas: faunos, centauros, grifos e, como esperado, animais falantes. Águias enormes e felinos mais ainda, que poderiam te matar com apenas um ataque. E, mais para frente, uma cabana maior do que as outras. Todos julgaram ser a de Aslam. As crianças, então, sentiram um calafrio correr por seus corpos. Era a hora de conhecer o Grande Gato.

Então, desceram a colina. Não observavam muito a paisagem, mas sabiam que era como se estivessem no melhor dos sonhos. Como já haviam abandonado os casacos há muito tempo, podiam sentir o calor que o sol emanava. Chegavam até a dizer uns aos outros:

- Que flores lindas! Que ar fresco! Que perfume maravilhoso! Aquele pássaro canta tão bem! 

Caminhavam silenciosamente, passando por várias árvores altas e as flores coloridas. A surpresa do tempo ter mudado tão repentinamente foi tão grande para eles, quanto para Edmundo. Nem mesmo sabiam ao certo (ao contrário da Feiticeira) que isso devia acontecer quando Aslam voltasse para sua terra. Mas, sabiam que o inverno inacabável era causado pela Feiticeira. Com a chegada da primavera, sabiam que algo de errado havia acontecido em seus planos. Finalmente, compreenderam que a Feiticeira não poderia mais usar o trenó. Com isso, se deram ao luxo de andar mais devagar. Não estavam exaustos, mas bem cansados. Meio molengas e com dores nos pés. Susana e Pedro estavam com uma bolha no pé. 

- Falta pouco. - O Castor falou quando estavam, finalmente, no final da colina. Conseguiram olhar perfeitamente o acampamento.

Os raios do sol batiam nas lanças levantadas pelos faunos. Os centauros manuseavam espadas. Haviam variados animais (os felinos, como maioria), preparados para atacar, Bandeiras hasteadas que eram bordadas em seda amarela e vermelha, com um grande leão no meio. Tendas grandes com as mesmas cores que as bandeiras e uma maior ainda, mais a frente, mas era azul e amarela; a tenda de Aslam. 

Espíritos de bosques e fontes de água - dríades e náiades, como são chamados em nosso mundo - com instrumentos de corda nas mãos. Tocavam uma bela música. 

Eles caminhavam com todas as criaturas olhando-os.  Então, quando chegaram mais na frente, o viram: Aslam, estava majestoso. Tinha o dobro de tamanho dos leões normais. Sua juba dourada cintilava com a luz do sol e tinha um certo movimento, devido ao vento. Olhos enormes, esmagadores, régios. Não conseguiram mais olhá-lo e começaram a tremer de medo.

- Avante! - O Castor exclamou, com tom de voz baixo.

- Não, - Pedro murmurou. - vá na frente.

- Nada disso! Os Reis na frente! - Castor disse, como sempre, baixinho. 

Maju, aproveitando a deixa, foi para trás.

- O que pensa que está fazendo? - O Castor perguntou, novamente, em tom baixo.

- Ora, você disse que somente os Reis iriam na frente. - Se fingiu de boba.

- Ah, deixe disso. Vamos, ande! Você a Guardiã de Nárnia, vamos! 

Bufou e foi na frente, mas, continuou com medo. 

- Susana, que tal você ir na frente? As damas primeiro. - Pedro sussurrou.

- O que? Não! Você é o mais velho. - Retrucou.

Quanto mais demoravam, mais perturbados ficavam. Pedro notou que era ele que devia tomar a dianteira e pegou sua espada.

- Venham! Não tenham medo!! - Disse apressadamente, aos outros.

Ficou em uma distância razoável do leão e levantou a espada, em forma de respeito e saudação.

- Estamos aqui, Aslam! 

- Seja bem-vindo Pedro, Filho de Adão; bem-vindas Lúcia e Susana, Filhas de Eva; bem-vindos, Castores e, bem-vinda, Maria Júlia, Guardiã de Nárnia! - A voz calma do leão os tranquilizou e, de repente, ficaram alegres, não apavorados.

- E onde está o segundo Filho de Adão e quarto Rei? - Aslam perguntou.

- Bom, eles decidiu os trair, Majestade. - Castor respondeu. 

- Em parte, foi culpa minha. Eu me estressei com ele e me irritei com ele... - Pedro falou num impulso. 

Aslam apenas o olhou, com seus grandes olhos intimidantes. 

- Aslam, por favor.... não podemos nada fazer para salvar Ed? - Lúcia falou.

- Faremos o que for preciso. Mas, saiba que será difícil. 

Então, o silêncio tomou conta do local. Notava-se que, além de ser régia e calma, a expressão do Leão era triste. Mas, não durou muito. Ele sacudiu a juba magnífica e bateu, com força, as patas no chão. "Patas que fariam um terrível estrago no rosto de alguém...", Maju pensou.

- Senhoras, levem as Filhas de Eva para uma tenda; o festim começará! 

Assim foi feito. Antes que Maju pudesse ir com Lúcia e Susana, Aslam colocou sua pata em seu ombro e no de Pedro.

- Crianças, venham comigo. Preciso-lhes mostrar uma coisa.

Então, foram-se os três ao extremo Leste do lugar de onde estavam. O sol descia lentamente os céus, já dando lugar à lua. Florestas e vales se estendiam pelo local. Muito além, estava o mar, que refletia as nuvens alaranjadas.

Onde o país de Nárnia se encontra com o mar, uma coisa brilhava de uma colina. Era um imenso castelo com todas as janelas voltadas à eles e à paisagem à sua frente. 

- Este castelo, humano, é Cair Paravel. Num dos quatro tronos deste, você se sentará e há de se tornar rei. Foi o primeiro a vê-lo por ser o primogênito e, por isso, será o Grande Rei, acima de todos os outros. 

- Uau. - Pedro falou maravilhado. Maju, nesse momento, teve a certeza de que era figurante na história.

- E você, criança, não pense que não haverá um lugar para você. - O Leão falou, se aproximando e adivinhando seus pensamentos. - És a Guardiã de Nárnia! A quem confiamos nossas vidas, tanto quanto nossas almas. Por mais que Pedro seja o Grande Rei, você é a guarda dele. Não só dele, como de todos os Reis!

O diamante é sua marca e sua pedra, devido ao seus olhos. Seus olhos são como olhos de gavião,  mas são estrelas. Observam tudo e todos. Por esse motivo, foi nomeada a nossa Guardiã. Suas escolhas mudam milhares de vidas! Escolha bem, escolha com amor. 

Maju sorriu para o Leão, tocando o pingente em seu pescoço. Fechou os olhos e viu Edmundo preso numa árvore. No mesmo instante, caiu no chão e começou a ter convulsões.

Pedro até teria ido ajudar a garota, mas uma gritaria começou e Lúcia veio correndo em sua direção. Susana tentou subir em uma árvore, com uma criatura atrás de si. Ele julgou ser um urso, mas, só então, notou que era um lobo. Um lobo da Polícia Secreta da Feiticeira. 

"Por quê ela não sobe mais? Ou se segura com firmeza nos galhos?", pensou. Então, viu que a garota quase desmaiava, enquanto o lobo estava arranhando o tronco da árvore de pelo eriçado. Se ela desmaiasse...

Certo. Não estava com àquela coragem extraordinária, mas, era tudo ou nada. Pegou a espada e, incrivelmente, encravou a no peito do lobo, que já havia virado para ele. 

Nos seus últimos segundos, o lobo tentou atacar Pedro, que se esquivou. Então, finalmente, morreu.

Um outro lobo surgiu para matar Pedro, mas Maju o segurou. Tinha um plano na mente então, não poderia matá-lo.

Susana desceu da árvore com ajuda de seu irmão. Lúcia foi correndo abraçar os irmãos. Então, Aslam apareceu.

- Esqueceu de limpar sua espada. - Falou e Pedro afirmou. 

Esfregou a lâmina coberta de sangue e dos pelos do lobo na relva, depois a enxugando na blusa.

- Dê-me a espada e se ajoelhe, Filho de Adão! - Disse Aslam.

Tocou a ponta da lâmina em seus ombros e falou:

- Se levante, Rei Pedro! E, aconteça o que acontecer, não se esqueça de limpar a espada!

Pedro se levantou com um sorriso no rosto. Todos a sua volta aplaudiam-no. Aslam olhou para Maju.

- Solte-o. - Ordenou e Maju o fez. Aslam havia compreendido seu plano. Olhou para os centauros e faunos. - Sigam-no. Ele vai nos mostrar o caminho para Edmundo. 

 

 



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