1. Spirit Fanfics >
  2. We Can Survive >
  3. Pelo Menos eu Morreria Salvando uma Vida...

História We Can Survive - Pelo Menos eu Morreria Salvando uma Vida...


Escrita por: DeadFloweer e SnowGirl_

Notas do Autor


Ola genTE, eu demorei de maaaais pra posta! É por que eu tava lendo um livro maravilhoso e não conseguia para de ler! Pena que acabou :,(
Mas então voltei e como havia jurado com mais ação!
Bjus
Boa Leitura!
-Dead-

Capítulo 11 - Pelo Menos eu Morreria Salvando uma Vida...


Fanfic / Fanfiction We Can Survive - Pelo Menos eu Morreria Salvando uma Vida...

Capitulo Onze

Flavio On

 

 

     Assim que entramos na floresta de araucárias imensas, cheias de musgos e liquens grudados em seus troncos grossos, nos separamos para cobrir mais áreas e talvez conseguir mais animais, ontem à noite assim que voltamos do desastre que foi nossa tão sonhada fogueira a luz do luar fomos direto para o quarto levar Arthur que se encontrava desacordado e ao olhar em baixo da cama Alice achou no chão de madeira um fundo falso que continha duas armas, uma escopeta e um revólver empoeirados. E então como já tínhamos três armas agora temos cinco, duas ficaram em nosso alojamento e três com cada um de nós, menos Mikael que estava com sua besta em mãos.

         É claro que o novo casal que ainda não se assumiu foi junto e eu fiquei com a Gaby. Nada contra ela, mas sei la ela me parece frágil, sinto que a qualquer momento teria que salva-la se algo acontecesse. Estávamos andando silenciosamente pela floresta. Assunto! Era o que eu precisava achar urgentemente. Esse silencio já estava ficando desconfortável.

– Você... Imagina para aonde sua mãe possa ter ido? – Eu pergunto à Gaby, que no momento em que ouve minha pergunta parece ser tomada por dor, tristeza e mais dor...

– Por que... Por que quer saber? – Ela pergunta. Cautelosa.

– Para puxar assunto...

– Bom eu não faço a mínima idéia, mas tenho minhas suspeitas... – Ela para de falar e me encara esperando que eu falasse algo ou apenas indicasse para que ela continuasse falando. Assenti com a cabeça e ela continuou– Talvez ela tenha corrido até algum lugar fugindo de meu pai e deu de cara com outro desses monstros e foi morta... – Uma lagrima escorreu de seus olhos – Talvez quando eu e o resto do povo fomos embora com aquela van, talvez nós tenhamos passado por c-cima dela... – Ela fala com a voz embargada pelo choro que escorria por seu rosto. Droga. Eu não deveria ter perguntado nada. Por que sempre acabo me metendo nessas coisas, eu nunca sei bem o que dizer. Mas sempre acabo no meio disso.

– Olha mano eu não sei muito bem dessas coisas e não sou bom com palavras, mas mesmo que ela esteja morta agora, ela esta com você! Bom, um dia me disseram que as lembranças boas que tivemos com as pessoas que amamos e que se foram às deixam vivas dentro de nós... Sua mãe aonde quer que ela esteja uma parte dela esta em você! E tenho certeza de que ela iria querer te ver feliz e não chorando!– Ufa, acho que me sai bem. Ela limpou suas lagrimas, seu rosto inexpressivo. Olhando somente para frente quando falou:

– É verdade– E assim nossa conversa acabou. Toquei numa ferida ainda aberta e acho que uma ferida como essa nunca se cicatriza, eu sei bem por experiência própria. Ainda sinto falta de minha mãe e sempre sentirei. 

       Continuamos andando enquanto o silencio nos envolvia, penetrava em nossa pele e se tornava cada vez mais torturante. Olho à nossa frente e vejo uma corça. Perfeito, só um tiro e conseguiremos comida suficiente apesar de não estar faltando, la em nossa casa. Mas, chamaria atenção de muitos zumbis... É só sair correndo com a corça aos pedaços nas mãos!

    Estendo meu braço na frente de Gaby que para instantaneamente e me olha confusa, peço silencio e aponto a nossa frente. Uma corça se escondia atrás de arvores secas. Estávamos quase no verão então é provável que acharemos muitas corças famintas comendo as cascas das arvores pela região. Pelo jeito este local sofreu uma grande queimada, bem diferente da floresta perto de nosso alojamento metros atrás de onde estamos agora, cheia de araucárias fartas de folhas e de vida. Gaby se abaixa e coloca sua mão sob sua arma, mas olha para mim. O que ela quer dizer?

– Não sei atirar! – Ela sussurra para mim.

– Fala serio! – Agacho-me e vou rastejando pelo chão cheio de pedras pontiagudas e brancas, quando ouvimos um barulho. Um galho quebrando. Olho para a corça que já pulava e desviava das pedras para longe de nós. Será que eu quebrei um galho e a assustei? Passos. Muitos passos! Olho para Gaby que esta me olhando apavorada pelos ruídos que ouvimos

 . Será que eram outras pessoas? Mas seu ritmo era lento e arrastado. Zumbis! Uma horda deles, talvez uns quinze ou mais. Estão bem atrás de Gaby a uns 200 metros, perto! Perto de mais!

– Corre não vamos dar conta– Eu digo me impulsionando para frente e correndo em disparada. Meu sangue passava latejando por minhas veias, e meu coração batia forte. Gaby estava logo atrás de mim com o mesmo olhar apavorado de antes. O pânico se esvai de mim quando percebo que estávamos bem à frente deles. Não conseguiriam chegar até nos. Diminuo meu ritmo.

– Podemos ir tranquilos não vão chegar até nos! – Eu digo certo de que isso aconteceria. Mas parece que eles planejaram uma emboscada para nós ou era puro azar mesmo!

     Estávamos cercados, para todos os lados havia zumbis. Muitos zumbis!

– Da onde saiu tudo isso? – Gaby pergunta impressionada com medo estampado no rosto.

–Eu tenho uma suspeita!

– O que? – Ela pergunta.

– Eu nunca fui um cara de sorte! – Eu falo em tom brincalhão.

– Ah eu também nunca tive muita sorte.

– Ta explicado! Nosso azar se uniu contra nós e resultou nesta merda! – Chega de brincadeira precisamos achar um lugar logo, Gaby já pegou sua faca e já esta matando alguns que chegam perto dela, eu também.

– Para onde vamos? – Ela pergunta enquanto chuta o joelho podre de um, que cai e ela lhe crava a faca na cabeça. Eu sei muito bem por que ela chuta o joelho deles antes de matá-los, é baixinha de mais pra alcançar a cabeça!

      Olho em volta procurando uma falha no grupo de zumbis ao nosso redor. Nenhuma. Estamos cercados. Cercados!

– A gente vai morre! – Ela grita apavorada.

– Já sei. Vamos subir naquela arvore.

– E como vamos descer depois?

– Sei la, mas é melhor que nada– Eu digo me direcionando, a única arvore que seria possivel subir no meio do circulo podre que nos cercava. Um carvalho escuro, antigo longo e esguio, cheio de galhos para nos abrigar. Mas já estava sem cor, sem folhas. Morta. Aquela arvore já estava morta. Não ia nos aguentar. Mas é nossa única chance.

        Chego ofegante na arvore. Apoio minhas mãos nela e abaixo a cabeça tentando recuperar o fôlego. Não posso perder tempo a cada segundo seus gemidos irritantes aumentam e chegam mais perto de nós.

– VAI LOGO! – Grita Gaby.

– Por que não sobe primeiro? – Pergunto já tentando subir, graças a Deus essa arvore é fácil de escalar. O problema vai ser se seus galhos secos e opacos quebrarem.

– POR QUE EU NÃO SEI ESCALAR UMA ARVORE TABOM?! – Ela me fala aos berros, enquanto mata os zumbis que chegam aos poucos perto de onde estamos.

– E COMO VOCÊ QUER SUBIR AQUI CARALHO? – Era só o que me faltava, desde o começo já sabia que isso ia acontecer.

– VOCÊ VAI TER QUE ME AJUDAR! – Enquanto ela berrava igual a uma doida, consegui subir em um galho, este estava completamente sem folhas, ressecado e preto nas pontas.

– VAMOS SUA VEZ– Eu grito para que ela suba.

– ME DA SUA MÃO– Ela pede.

– NÃO DA, EU VOU CAIR!- Eu realmente iria cair esse galho esta completamente seco.

– AAAH– Ela tenta escalar, mas acaba caindo, e muitos zumbis vão em cima dela. E agora o que eu faço? Se eu estender a minha mão para ela, o galho vai quebrar e eu posso me machucar feio, mas se eu não descer eu vou vê-la morrer... O que eu faço, o que eu faço?

– ME AJUDA! – Ela grita matando os zumbis que chegam perto dela, logo ela não conseguira matar todos.

 

Alice On

 

    Quando nos separamos em “casais”, é claro que o Flavio e a Gaby nos encararam certos de que algo ia rolar, mas eles estão redondamente enganados. O Mikael é só meu amigo. Mas bem que poderia ser mais...

    Chacoalho minha cabeça afastando esses pensamentos da minha cabeça.

– Então... Vai me ensinar a usar? – Eu pergunto.

– Claro. Como eu já havia dito será um prazer... – Meu rosto cora um pouco.

– Ótimo, já podemos começar?

– Nossa – Ele ri – Claro, bom acho que devemos começar com o básico. Com as partes dela, e de como ela funciona.

– Ta– Eu digo sem emoção. Tentando esconder o entusiasmo, isso é um sonho se realizando.

–Ta, é bem simples. Você puxa essa corda e atira– Ele pega a corda e a puxa me ensinando o movimento certo a se fazer – A força pra faze isso é muito grande. Imagine que você tenha um intervalo de 5 segundos pra armar e por a flecha antes que um zumbi te mate você poderia morrer facilmente se não puxasse forte o suficiente – Ele para de falar e me olha pra ver se estou prestando atenção– Mas também tem essa corda auxiliar pra ajudar a armar, assim o tempo ia ser menor e você conseguiria colocar a flecha rapidamente e mataria o zumbi. E o arco tem que ser trocado a cada um ano por que se não ele quebra, mas não temos mais esse luxo ne?

– Uau, você sabe tudo mesmo.

– Que nada, eu sei só o básico, tinha muitas outras coisas pra aprender... Mas não deu tempo.

– Sinto muito– Eu digo sem saber o que falar.

–Obrigado. Mas bem, eu demorei bastante pra conseguir puxar essa corda direitinho. Acho bom começarmos agora– E no momento em que eu ia tocá-la. Tocar em uma besta! Meu sonho estava quase se realizando. Ouvimos gritos, Mikael empunha a arma e aponta para todos os lados procurando a direção da onde soavam os gritos. Eu faço o mesmo, só que estou com um revolver...

– Eu... Eu acho que reconheço esses gritos– Eu digo, apontando a arma na direção que viemos. Se for a Gaby e o Fla eu vou matá-los por ter interrompido esse momento!

Aaah, me... Aju... – Não dava para entender direito o que falavam, mas saímos em disparada para o local.

 

Flavio On

 

     Não posso deixá-la morrer, não posso fazer isso. Eu não sou esse tipo de pessoa.

      Inclino-me para frente enroscando os pés no galho seco. O certo seria eu ir para um galho mais firme, mas não vai dar tempo. Estendo minha mão para que ela alcance e consiga subir.

– PEGA MINHA MÃO! – Eu grito. Ela se estica, mas não consegue alcançar. Ainda estou muito longe, tenho que me inclinar mais, mas assim eu posso cair e daí nós dois morreremos.

– CHEGA MAIS PERTO EU NÃO ALCANÇO– Eu tento me inclinar para frente, sinto o galho cedendo. Não vai aguentar, não vai!

– POR QUE TINHA QUE SER TÃO PEQUENA?! –Reclamo e me inclino mais, consigo alcançar seus dedos. Só mais um pouquinho.

            Trakc 

– VAMOS LOGO ISSO AQUI VAI QUEBRAR! – Eu grito– PULA! PULA!

          Crakc

     A cada barulho meu coração dava um salto, uma gota de suor escorreu pela minha testa, meu sangue latejava conforme passava pelo meu corpo, minha respiração estava entrecortada, adrenalina tomava conta de mim. Ela teria de pular e em seguida se jogar em outro galho. Isso poderia quebrar o meu de vez, mas pelo menos eu morreria salvando uma vida.

    Ela deu um salto e agarrou a minha mão.

        Trakc, crakc.

    Um zumbi agarrou a perna dela.

– AAH CARALHO– Ela grita enquanto chuta a cabeça do mesmo que a agarrou.

– ATIRA! ATIRA NELE E SE JOGA EM OUTRO GALHO ESSE AQUI VAI QUEBRAR!

    Ela tenta pegar a arma e atira na cabeça daquele monstro cedento por carne.

       Craaakc

       Traaakc

    Ela coloca o pé em um buraco da arvore e se impulsiona para outro galho. O agarrando e subindo nele. Uma parte quebrou, vou cair. Vou morrer, vou desabar e ser devorado pelos que esperam ansiosos a minha morte la em baixo, e nem ao menos me despedi do meu irmão. Vou deixá-lo sozinho.

– SOBE NAQUELE LA EM CIMA! NÃO VAI QUEBRAR! – Gaby grita desesperada.

– COMO VOCÊ SABE?

– SE JOGA LOGO MOLEQUE! – Ela reclama.

         QUEBROU

– AAH– Ela grita. Eu começo a cair.

       Não! Não posso abandonar meu irmão sem ninguém nesse mundo. Já perdemos tanta gente. Não quero ser mais um que meu irmão terá de enterrar, não quero ser mais um a quem ele vai chorar na beira de um tumulo. Quando meus pais morreram, eu prometi a mim mesmo que o protegeria.

       Estou caindo, mas cravo minhas unhas nos troncos secos da arvore, e coloco meu pé no mesmo buraco em que a Gaby usou para subir onde estava a me olhar desesperada agora.  E por fim consigo escalar a arvore para um galho acima do dela e me agarro a ele suspirando aliviado. Consegui!

– Graças a Deus– Ela sussurra, enquanto suspira com lagrimas rolando pelo rosto–  Graças a Deus.

       Me agarro mais ao tronco que se encontra mais firme que o outro que quebrou, consegui!

– Essa foi por pouco! – Eu digo ofegante.

– Obrigada... – Gaby diz tímida.

– De nada, mas assim que esses bichos saírem daqui – Faço uma pausa para respirar– Você vai aprender a escalar e a atirar ok?

– Ok!

– Meu Deus do céu! – Suspiro aliviado, e começo a rir. Não por que achei algo engraçado. Mas por felicidade, pela sensação ótima de que consegui.

– Por que esta rindo? – Gaby questiona.

– Por que estou feliz.

– Oxi!

– Ah meu Deus– Escuto uma voz familiar falar. Tiros. Facadas e mortos caindo ao chão são ouvidos.

– Vamos distraí-los para que vocês possam descer e nos ajudar! – Diz Alice batendo palmas e gritando para chamar a atenção dos zumbis.

– Vamos– Eu digo para Gaby quando já estou no chão.

– Eu vou cair e me espatifar ai!

– Ah pelo amor de Deus vem se joga que eu seguro– Eu digo.

– Ta– Ela fala e se joga, quase quebrei minhas costas, mas consegui pega-la no colo.

      Mikael e Alice estão matando os zumbis que foram pra cima deles enquanto nos matamos os que ainda se dirigem para nos. Com o tiro que a Gaby deu chamou a atenção de muitos outros eu diria que são mais de vinte, mas vamos dar conta! Temos que dar!

_Continua_


Notas Finais


Então foi isso!
Até o próximo cap.
Bjuss


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...