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História We Can't Back Down - Capítulo 1


Escrita por: NinnaLeite

Notas do Autor


Olá, gostaria de informar primeiro que já postei grande parte dessa fanfic no "Nyah". Iria continuar postando por lá, mas fiquei muito insatisfeita com a minha escrita, então estarei reescrevendo e postando aqui. Espero que vocês gostem e me contem o que acharam. Até, Beijos

Capítulo 1 - Capítulo 1


   Lá estava eu, Lucy Heartfilia, no auge dos 16 anos, popular, cabelos louros que tomam o olhar de qualquer mundano que passe, resumindo, uma pessoa maravilhosa, andando pelo campus do internato rumo ao início do ano letivo e pensando em como era possível estar estudando lá por tanto tempo, possuindo um senso de direção incrível e, novamente, sendo maravilhosa do jeito que era, estar perdida.

   Acontece que me mudavam meu quarto a cada ano que passava, porém, estava sempre com as minhas amigas. Antigamente era permitido que os quartos tivessem apenas três garotas, mas de uns anos para cá, a regra mudou para cinco, o que era meio desesperador. Se com cinco garotas dividindo o mesmo espaço já era difícil, não conseguia imaginar como os meninos sobreviviam.

   Continuava andando perdida, sem rumo e abandonada na vida. Via diversos rostos familiares mas nenhum era digno de saber da trágica notícia de que Lucy Heartfilia estava perdida. As poucas malas que eu carregava estavam começando a ficar mais pesadas. Não se enganem com a palavra "poucas", nós carregávamos apenas a bagagem de mão, enquanto funcionários eram encarregados de levar o resto de nossas coisas até nossos quartos no final do dia.

   Me sentei em um banco próximo a uma barraquinha de sorvete, sem esperança, brincando singelamente com uma pulseira que estava um pouco frouxa em meu punho, quando avisto uma cabeleira branca que só uma pessoa poderia ter.

- Mira! - Grito, largando minhas malas de qualquer jeito e correndo em sua direção em busca de um abraço caloroso.

- Lucy, que saudades! Me conte tudo! Como foram suas férias? Pra onde viajou? Já encontrou com mais alguém? Por que ta parada aqui? - Ela perguntava freneticamente. Nada tinha mudado.

- Mira, respira. - Disse rindo enquanto nos afastávamos.

- Não vai me dizer que está perdida de novo. - Ela disse assim que olhou minhas malas jogadas perto do banco. Devo comentar que o "de novo" foi bem enfatizado.

- Ah, para com isso, não é sempre que eu me perco. - Disse fazendo biquinho. Na época eu realmente acreditava que tinha um ótimo senso de direção. - Então, Mira, querida do meu coração. Me leva até o nosso quarto?

- Vamos! - Ela disse pegando uma de minhas malas, ja que estava carregando apenas uma mochila nas costas. Eu sentia que no fundo ela sabia que mais uma vez teria a falta de sorte de ter que me arrastar até o dormitório no início do ano. - Nós estamos no dormitório B.

- Ahh, o mesmo do ano passado. - Disse convicta. - Se soubesse já estaria lá.

- Claro, né. Ao invés de se informar na secretaria você prefere ir andando sem rumo. - Disse em um tom brincalhão.

   Estávamos andando num passo bem devagar, para que pudéssemos contar novidades. O campus ficava cada vez mais vazio conforme o tempo passava. Provavelmente todos estavam chegando e mofando em suas camas, resmungando sobre como aquele internato era o fim de suas vidas. Eu sempre achei tudo uma palhaçada dramática e frescura daquele pessoal mimado, não negando que eu era mimada também. Eles sempre resmungavam e continuavam na mesma merda, então, já que estavam lá e não podiam mudar a situação, que ficassem felizes.

   Adentramos o dormitório de cabeça erguida, como sempre fazíamos. Sempre arrancávamos muitos olhares, afinal, não tinha uma alma se quer que nunca tivesse ouvido os nossos nomes. Éramos inspirações para garotas mais novas, e muitas vezes, alvo de ódio das garotas de nossa idade. Não foi muito difícil construir nossa reputação. Apenas éramos nós mesmas.

   Eles haviam mudado a cor do dormitório. No ano anterior as paredes eram rosa e verde, agora tinham alas com cores diferentes. A cor que predominava na sala de tv, cuja era a entrada do dormitório, e nos corredores era roxa. Eu amava roxo. Meus olhos ficaram brilhando enquanto Mira me puxava pelo braço.

   Nosso quarto ficava no primeiro andar e foi bem fácil de achar. 105. Eu gostei da localização, algo que não acontecia muito. Bem antes de colocarmos a mão na maçaneta um barulho de vidro se chocando contra algo pôde ser ouvido, vindo logo do nosso quarto.

   Larguei as malas no chão e abri a porta com cautela e mantendo meus olhos fechados, temendo que algo de ruim estivesse acontecendo. Abri os olhos e acabei tendo tempo para admirar nosso novo quarto. Ele era bem bonito. Razoavelmente grande, com paredes num lindo tom de roxo, uma janela enorme localizada quase em frente a porta, um sofá maravilhoso mais localizado para a direita, tendo uma enorme tv de tela plasma à sua frente, com alguns pufes espalhados ao redor, sem contar com a incrível decoração. Haviam duas beliches no canto esquerdo do quarto e uma cama de solteiro no canto direito.

   Tudo parecia perfeito, mas logo minha ficha caiu e pude ver uma típica cena da manhã. Erza e Cana berrando uma com a outra. Erza estava em pé, em cima da cama de solteiro, enquanto Cana estava discutindo com ela. As duas estavam vermelhas feito pimentões e eu não fazia a mínima idéia do motivo da briga.

   Na verdade, nem sempre precisava de um motivo. As duas brigam por tudo desde pequenas. Parecia uma conexão onde uma dava uma alfinetada na outra apenas para saber que estavam ali. A Erza sempre achou a Cana muito irresponsável, já a Cana achava a Erza intrometida, e assim a vida seguia.

   Fiquei parada, implorando mentalmente para que uma não voasse no pescoço da outra, quando meu olhar foi caindo um pouquinho para a esquerda, avistando um pequeno ser inocente, encolhido, mas conhecido como Juvia Lockser, que lançava um olhar desesperador para a nossa querida aparta dora de brigas, mais conhecida como Mirajane Strauss.

- Não interessa! - Erza havia começado a gritar. - Eu cheguei aqui primeiro e é aqui que vou ficar! - Terminou se sentando na cama.

- Mentira! Quem chegou primeiro aqui fui eu! - A morena rebateu.

- Então tente me tirar daqui pra você ver o que te acontece. - Pronto, as ameaças tinham começado.

- Ah, mas é isso que eu vou fazer! - Cana gritou, seguindo em direção a uma mesa que se encontrava num canto do quarto. Agarrou uma luminária e partiu em direção à ruiva.

- Agora chega! - Gritou rapidamente aquele pequeno ser encolhido, algo difícil de se presenciar. - Ninguém toca na minha preciosidade! Cana, por favor, coloque meu querido artefato no lugar. - Devo dizer que a luminária era realmente incrível. Era como se fosse uma lava, com coloração esverdeada e azulada, com um pequeno peixinho nadando no espaço.

   Os olhos da Cana demonstravam muito bem seu desespero, afinal, uma das coisas mais difíceis de se ver era a Juvia com raiva. E pelo visto, mexer em seu artefato entrava em uma lista bem restrita.

- Hum, oi. - Disse indo ao encontro delas, na tentativa, falha, de quebrar o clima pesado. Eu tinha imaginado um reencontro super feliz e fofo, mas tudo continuou a mesma merda.

- Ah, oi, Lucy. Será que você pode dizer pra essa bêbada de quinta que EU cheguei aqui primeiro e que tenho o total direito de ficar com a cama de solteiro? - Erza chegou me abraçando com um sorriso cínico lançado na direção da Cana, que ja havia tomado seu espaço em cima da cama.

- Cana... - Disse com um tom repreensivo. - Não acredito que já voltou a beber. - Eu sempre me preocupei com ela, que, pra variar, acabava fazendo uma merda nova a cada semana, na tentativa de me deixar careca.

- Sim, mas isso não vem ao caso agora. Lucy, será que você pode dizer pra essa  ridícula amante desafortunada de bolo de morango, que ano passado ela já ficou com a cama e ela deveria ter a sensatez de me deixar ficar com a cama independente dessa vez. - Disse gesticulando descarada mente, tirando o fôlego de quem prestava atenção.

- Sinceramente, eu acho que... - Pensei em frações de segundo que não adiantaria nada tomar partido, então tomei a decisão mais coerente possível. Larguei minhas malas dentro do quarto e simplesmente ignorei as duas. - Juvia, Mira, vamos tomar um café?

   Nem esperei por uma resposta, apenas puxei uma por cada braço, seguindo em direção a saída. Pude escutar a gritaria começar novamente. Tive que aceitar que se quisesse passar meu primeiro dia bem, teria que esquecer que tinha deixado duas loucas sozinhas para discutir e quebrar tudo que havia dentro do nosso, repetindo, nosso quarto. Mas fazer o que? Já estava sentindo falta daquilo.



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