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História We Can't Back Down - Capítulo 2


Escrita por: NinnaLeite

Notas do Autor


Ia ser bem legal se quem tiver gostando comentar, hahahaha. Só pra dar aquele incentivo básico.

Capítulo 2 - Capítulo 2


 

   Eu sempre gostei bastante de atenção. Amava os olhares das pessoas, todas querendo estar ao meu lado, ou simplesmente, ser eu. Mas naquele dia, em especial, estava detestando. Por onde passávamos, todos nos olhavam com uma cara esquisita. Tudo isso porque minha querida amiga e companheira de quarto estava com um projeto de abajur nas mãos, no meio do campus. E a culpa era toda da Mira, que a deixou voltar correndo para o quarto, apenas para buscar aquela porcaria.

- Juvia, por que não leva isso dai de volta pro campo de guerra? - Perguntou Mira, deixando os ombros caírem, mostrando todo seu arrependimento.

- Mira, não é isso! É o Sr. Linguado. - Tudo bem. Aquilo era estranho. Ela tratava a luminária como se fosse de estimação, apenas pelo fato de haver, realmente, o linguado de plástico, da pequena seria, nadando nele. Nosso lema era: Cada louco com sua loucura.

   Estávamos seguindo sem rumo pelo campus. Tirei qualquer ideia sobre o que poderia estar acontecendo dentro do quarto de minha cabeça.  Caminhávamos em direção ao parque, perto do refeitório, quando avistei diversas cabeleiras familiares. Não precisava nem ver os rostos para saber quem eram. Simplesmente as pessoas que não podiam faltar para deixar aquele ano letivo inesquecível.

- Olá, meninos. - Disse me sentando num banco vago, e roubando, logo em seguida, uma das rosquinhas que estavam em uma caixinha.

- Ei, isso é meu. - Reclamou Natsu, me dando um beijo no rosto.

- Era. - Mira puxou Jellal pelo braço, sentando logo em seguida.

- Por isso que eu gosto da Mira. Sempre tão delicada. - Gray Recebeu um tapa atrás da nuca logo em seguida.

   A mesa estava toda suja, repleta de copos de café. Um pequeno fato sobre jovens que passavam a vida inteira num colégio interno: Eles amam café. Cada um com sua dose de cafeína correta, perfeita para aturar as turbulências da vida.

   Novamente, éramos alvos de olhares. Não por causa do artefato enorme em cima da mesa, mas sim porque o núcleo de estudantes mais famoso estava reunido.

- Ei, Natsu. - Disse puxando o cachecol que ele tanto insistia em usar. Eu tinha certeza absoluta que algum dia o objeto iria ganhar vida própria e seguir o rosado por todo lugar, e quando ele desistisse do pedaço de pano vivo, iria sofrer com a ira de um objeto abandonado. Viagens a parte da minha cabeça criativa.

- Que foi? - Perguntou logo se livrando da minha mão.

- Eu tive uma idéia pra você ficar rico. - Fiquei feliz ao ver sua reação boba pedindo para que eu explicasse. -  Já que todos nós concordamos que você não tem futuro, por que não tenta ganhar a vida como vendedor de café? - Digo provocando a risada de todos que estavam ao nosso redor.

- Que palhaçada, Lucy. - Disse revoltado. - Isso aí nem da dinheiro. - Tinha mudado o tom de voz, fazendo um bico bem fofo.

- Cara, você nunca viu eles abrire, aquelas bolsinhas cheias de notas de dois ou dez reais? - Estalei os dedos no intuito de continuar com a brincadeira.

- Espera aí. Você tem razão - Disse ele subindo na cadeira. - É tanto dinheiro que não da nem para contar. - Seus olhos brilhavam cada vez mais. - E talvez eu consiga até abrir minha própria barraquinha. E vender brownie de maconha pros conhecidos. - "Fodeu" era a expressão certa para se usar naquele momento. - Valeu, Lucy, eu vou lá conversar com o cara da barraquinha e ver se ele arruma um emprego pra mim.

   Ele saiu correndo em direção a uma barraca qualquer, me deixando sozinha com alguns olhares maliciosos e outros que não se aguentavam de rir. Eu me enquadrava no bonde dos que não paravam de rir. Sempre que a risada é forte de mais para o meu ser, meu rosto adquire uma coloração bem avermelhada. Já ouvi diversas piadas sobre isso, porém, as pessoas costumavam me comparar muito com a Tinker Bell.

- Lucy, você não tem coração não? - Perguntou Gray ao meio de risadas. - Agora ele vai ficar fuzilando a nossa cabeça com essa idéia estúpida.

- Gray. - Disse Jellal colocando levemente a mão em seu ombro, com um sorriso maroto no rosto. - Você sabia que os funcionários tem doses de café de graça?

   Gray ficou olhando para o nada por um tempo, para, logo em seguida, sair correndo em direção a mesma barraca que Natsu estava. Pudemos ver também uma Juvia correndo desesperada atrás dele, segurando aquela coisa, que vocês sabem muito bem qual é, com ela. Não é novidade para ninguém que ela tinha uma queda, ou melhor, um penhasco pelo Gray.

   A cena era bastante cômica. Um Natsu segurando o funcionário, que aparentava ter a nossa idade, pela gola da camisa, arrancando um olhar assustado do mesmo. Um Gray empurrando um Natsu, dizendo que ele nãoo teria chance de conseguir o emprego antes dele. E uma Juvia desesperada nos encarando com os olhos arregalados e apontando freneticamente para os dois. Decidimos ignorar.

- Então, a pergunta que não quer calar, meninas. - Jellal quebrou nosso assunto aleatório, fazendo um suspense. - Como foram as férias?

- Péssimas. - Respondemos em uníssono, soltando risadas logo depois.

- E quem vai ficar no quarto de vocês esse ano? - Pergunta Mira, nem um pouco curiosa.

- Ainda não sabemos. Só sei que o Loke vai continuar, mesmo depois do show de viadajem que ele fez ano passado. Mas não faço idéia de quem vão colocar no lugar do Freed. - Respondeu pensativo.

- Coitado do Freed. Não aguentou ficar no mesmo quarto dos héteros mais ridículos do mundo. - Digo, relembrando das constantes confusões que ele arrumava com os garotos.

- Por falar em quem ta faltando... - Disse Jellal olhando para os lados. - Onde estão a Erza e a Cana?

- Discutindo, como sempre. - Respondi, apoiando meus cotovelos sobre a mesa, sentindo, logo em seguida, o peso da minha cabeça.

- Mas, já? Achei que iam começar esse ano mais tranquilas.  

- A gente sempre acha isso. - Retrucou Mira, bufando.

- O Gray me disse que elas estavam discutindo na Saber semana passada. - Jellal disse dando de ombro. - Vocês não sabiam? - Perguntou assim que percebeu nossas sobrancelhas franzidas.

- Nem sabia que elas já tinham se encontrado. - Respondi. - Cana mandou mensagem no grupo dizendo que só voltava de viagem ontem.

- Eu soube que elas até foram forçadas a se retirar. Deve ter sido engraçado. - Ele soltou um riso sem graça. - Enfim, vou lá arrastar aqueles malucos de volta, antes que acabem se metendo em encrenca. - Disse ele, quebrando o silêncio que tinha se formado.

-  Tudo bem. - Disse. - Temos que ver o resultado do nosso quarto logo. - Sinalizei para Mira se levantar também.

- Até, meninas. - Jellal acenou, indo em direção a barraca.

- Me espera. - Disse Mira correndo.

   Pude observá-la puxando Juvia pelo braço, enquanto a azulada resmungava algo, possuindo uma expressão triste. Nós contamos para Juvia o que Jellal havia dito. A mesma nem parecia tão surpresa. Estava mais focada no assunto do Gray e do Natsu. Em como nós a largamos para resolver aquilo.

- Ah, Juvia. - Disse Mira num tom debochado. - Aposto que você se amarrou em ficar segurando o Gray o tempo todo.

- Claro que sim. - Ela respondeu, rindo abobalhadamente.

   Pela segunda vez no mesmo dia, não estava gostando dos olhares que as meninas da entrada do dormitório nos lançavam. E para piorar, haviam cochichos também. Fechei a cara na hora. Lancei um olhar fechado para Mira, que retribuiu, provavelmente imaginando o mesmo que eu.

   Coloquei a mão na maçaneta. Abri a porta do quarto rapidamente, dando espaço para as outras meninas entrarem comigo. Era mais uma daquelas cenas que me faziam querer mudar para outro quarto. Uma Erza desmaiada e uma Cana sentada no sofá tranquilamente, com uma cara de poucos amigos.

- Cana, que porra é essa? - Berrou Mira, entrando por último e fechando a porta com um baque, para que ninguém escutasse claramente toda nossa discussão. Um dos enormes problemas que tínhamos era que muitas vezes algumas meninas gostavam de bancar um x9 e dedurar a gente para o diretor. E a desculpa era sempre que achavam que tinha alguém morrendo lá dentro. Era puro recalques das garotas dali.

- Ai, não enche Mira. - Disse a morena, visivelmente alterada.

- Como que você tem coragem de me dizer para não te encher? - Pronto, Mira já estava irritada. Paciência não era sua virtude. - A Erza ta desmaiada. Desmaiada, entendeu? - Disse se aproximando dela, a levantando pelo braço. - O que você fez?

- Me solta! -  Gritou enquanto ia para um outro canto do quarto. - Eu não fiz nada, ela que bateu com a cabeça na escada da beliche. - Respondeu, dando de ombros.

- Diz a verdade Cana. - Eu disse na esperança dela realmente me ouvir.

- Que droga! É a verdade. - Ela disse se jogando no sofá. - Ela bateu com a cabeça na escada da beliche quando eu a empurrei. - Ela ainda teve a cara de pau de dar um sorriso.

- Cana, qual é o seu problema? - Gritou Mira, impaciente.

- Vários, senhorita perfeitinha. - Debochava de Mira descarada mente. - Nem quando eu falo a verdade vocês acreditam em mim. - Respondeu, parecendo magoada, mas só parecendo mesmo. - Por isso que eu prefiro mentir, resmungou.



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