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História We Can't Back Down - Capítulo 5


Escrita por: NinnaLeite

Notas do Autor


Sem notas. Bem chateada por ter apenas um comentário. Mas obrigada para você que comentou no capítulo anterior! Já já respondo. <3

Capítulo 5 - Capítulo 5


   É ai que nós paramos para analisar a situação e pensamos, "Não, elas só passaram por uns dias difíceis e são garotas super organizadas e responsáveis." Mas não, não se enganem, nós éramos a desorganização em pessoas. Por que? Simplesmente porque nós havíamos começado nosso primeiro dia de aula da seguinte maneira: Erza me gritando para não demorar no banheiro, Juvia gritando com a Cana por causa do secador e Mira gritando para pararmos de gritar porque estávamos atrasadas. Resumo de dia perfeito.

- Será que não podemos ficar sem discutir por um minuto? - Juvia se rendeu enquanto se esforçava para enfiar a bota no pé.

- Claro, se vocês pararem de lerdeza e se arrumarem logo! - Mira continuava com o tom de voz alto.

- Mira. - Cana tinha jogado o secador em cima do sofá, indo em direção à albina. - Por que você não nos faz um favor e vai dar para aquele cara que insistiu em chamar de namorado.

   Seu tom foi cínico. Não levou um segundo para a Mira processar a frase e já partir para cima da Cana, sendo parada pela Erza no meio do caminho.

- Você acha mesmo que tem o direito de falar algo sobre o meu relacionamento? - Perguntou Mira esbravejando enquanto Erza fazia expressões faciais de tortura, por estar tentando controlar aquela fera.

- Não me interessa. Eu já disse e pronto. - Cana se sentou tranquilamente no sofá, sabendo que aquilo iria demorar um pouco.

- É, Cana, pelo menos eu tive um relacionamento sério. - Ela havia se acalmado, em busca de palavras maldosas. Algo que não foi muito difícil de encontrar. - Não fui eu quem dormiu com um garoto que não tinha compromisso comigo e depois ficou chorando e se perguntando porque havia sido deixada.  

Erza soltou Mira na hora. Os olhos de Cana começavam a brilhar, e sabia que estava loucamente tentando segurar o choro. Ficamos em silêncio por um tempo, até que resolvi quebrá-lo.

- Isso foi um pouco pesado, Mira. - Disse tentando buscar a paz.

- Ah, lá vem você defendendo ela de novo, Lucy.

-Mas...

- Lucy, ela está certa. - Cana havia se levantado. - Eu que comecei. - Ela voltou a ir em direção a porta. - Será que já podemos ir? - Não esperou resposta e já andando na nossa frente.

   Caminhávamos tranquilamente pelo campus, tentando conversar sobre o assunto enquanto Cana andava na nossa frente, visivelmente querendo nos evitar, mas, ao mesmo tempo, não querendo deixar na cara. Volta e meia ela passava as mãos sobre o rosto.

- Ela está muito estranha ultimamente. - Comentou Erza.

- Ela é estranha. - Eu respondi, tentando me convencer de que nada errado estava acontecendo.

- Juvia! - Exclamou Mira, nos parando, e fazendo uma expressão de choque. - Você é o maior ser apaziguador. Por que não me parou?

- Eu até que tentei. - Ela resmungou. - Mas vocês são muito cabeças duras. - Completou com um biquinho, nos fazendo voltar a caminhada.

- As vezes as pequenas brigas são necessárias para se dizer coisas que não são ditas normalmente. - Resolvi falar meio pensativa.

- Nossa, Lucy. - Erza me lançou um olhar profundo. - Isso foi meio deprimente. - Completou soltando uma gargalhada.

- Sua boba. - Disse empurrando-a de leve, querendo mudar o assunto também.

   Ver a Cana tão distante me deixava bem triste. Nós estávamos sempre juntas. Era ela que me acompanhava na maioria de minhas viagens, pelo fato de ambas termos pais muito ausentes. Fazia um tempo que ela vinha recusando os momentos que tínhamos para ficarmos juntas. Eu só não havia percebido.

   Estávamos exatamente quarenta minutos atrasadas. Os corredores estavam vazios. Já havíamos puxado a Cana para o nosso meio novamente. Andávamos com cautela, evitando chamar a atenção de algum possível inspetor que poderia estar perdido por lá. Achamos nossa sala com facilidade. Esse ano seria a 101. Tentávamos olhar pela janelinha que tinha na porta, apenas para saber se o professor estava num momento bom para nos receber.

- Sai da frente Erza, eu sou mais alta. - Mira abaixava a cabeça de Erza na esperança de conseguir enxergar alguma coisa.

- Será que vocês podem falar mais baixo. - Juvia reclamou, visivelmente com medo, enquanto olhava para todos os lados.

- Da pra vocês pararem... - Ia continuar a frase, mas fui interrompida pela porta sendo aberta bruscamente, fazendo com que Mira e Erza caíssem no chão, em frente a turma toda.

- Eu sinceramente não entendo a capacidade que vocês têm de chegarem atrasadas justamente no primeiro dia de aula. - Disse Max, um dos poucos professores descentes que nós temos.

- Eu sinceramente queria entender isso também, professor. - Disse Juvia sem graça, pulando as meninas, que, logo em seguida, se puseram de pé.

- Seria um milagre você entender qualquer coisa, Lockser. - O cacarejo foi lançado por Sherry, um projeto de cereja falante.

   Ela fazia parte das, famosamente conhecidas pelo meu bonde, como vacas mal comidas. Esse grupo, super seleto, era composto por Lisanna, Ultear, Angel, Sherry e Meredy. Sim, nomes estranhos para vacas estranhas. Se eu tinha certeza de alguma coisa na vida, era de que ainda daria um belo soco na cara de alguma delas. Qualquer uma serviria. Na verdade, um resumo para o que elas sentiam por nós: Inveja.

- O que você disse sua mal amada? - Mira gritou, mas tenho certeza que por dentro ela estava dizendo: "O que você disse sua mal comida?"

- Será que vocês podem se sentar logo? Ou vou ter que perder mais tempo de aula por causa de vocês?

   Depois daquela, fomos calmamente para o fundo da sala, mas não sem lançar uns olhares assassinos para as variações de putas que tinham aula conosco.

   E o dia foi passando assim. Matéria revisada do ano passado. Piadas sem noção de alguns meninos, algo que acontecia apenas nas aulas do Max, que insistia em ser bonzinho com a gente. Em resumo, mais um dia de colégio chato e não produtivo.

   Com o soar do intervalo, a sala virou uma zona de gente desesperada para se livrar logo daquele ambienta, mesmo que fosse apenas por meia hora. Nós fomos com o nosso bonde ousado para um canto reservado do campus, como de costume.

- Faltou quem chegava. O nosso rei. - Natsu disse olhando para trás, brincando, enquanto Loke vinha ao nosso encontro. O olhar de Cana, que já havia melhorado um pouco desde a manhã, voltou a ficar vago.

- Natsu, não fique se achando. - Disse o ruivo enquanto se ajoelhava perto de nós. - Eu só vim aqui saber... - Foi em direção a Cana enquanto se preparava para a abraçar por trás. - Se você não quer ir dar uma volta comigo.

- O que houve? - Retrucou se afastando do abrço dele. - Suas primeiras opções não estão disponíveis agora? - O clima tenso havia tomado conta do lugar, e todos estavam prestando atenção nos dois.

- Como assim? Você é a úni... - Ele tentou começar, mas não esperava que ela se levantasse e aumentasse o tom de voz de repente.

- Me deixa em paz, Loke! O que aconteceu ontem não foi nada! Não significou nada nem nunca vai significar! Eu estou farta de você.

- Cana, se acalme. Eu realmente...

- Eu não ligo para o que você pensa! Para mim, que morra! - Ela terminou, se dando conta, apenas naquele momento, que todos mantinham os olhos nos dois. - Está satisfeito? - Lançou antes de nos deixar, correndo.

   Aconteceu tudo tão rápido e a maioria levou mais de um minuto para processar tudo que havia acontecido. Todos os meninos estavam nos olhando, como se esperassem uma resposta para o que havia acontecido. Aposto que a maioria queria ouvir uma "TPM", mas não era o que estava acontecendo. Todos estávamos perplexos, afinal, ainda no dia anterior ela estava com o Loke, e o mesmo não havia feito nenhuma merda, pelo menos, nada que nós soubéssemos. Se tivesse acontecido algo grave, Cana teria compartilhado conosco. Pelo menos era isso o que nós achávamos.

   Loke se retirou sem falar muito. Visivelmente constrangido. P que nos deu liberdade para entrar numa abordagem maior do assunto.

- Ai cara. - Natsu havia começado - Eu acho que a Cana pegou meio pesado. Falar de morte é bem sério. Ainda mais com o Loke, que ficou falando sobre ela a noite toda. - Completou se deitando na grama, voltando a ter seu jeito relaxado.

- Sério, Natsu? Logo você que sabe de todas as paradas? - Jellal havia resolvido se pronunciar sobre o assunto também. - Nenhuma garota devia passar pela mesma situação que a Cana passou. Ele foi bem covarde. Tudo bem que ela decidiu ir mas...

   De repente Jellal parou de falar, percebendo que não deveria estar falando sobre algo confidencial.

- Do que você está falando? - Perguntou Mira, um pouco desesperada demais.

- Sobre aquilo, ué. Dele ter dormido com ela e largado depois. - Gray completou desesperadamente, enquanto Jellal permanecia com a boca entreaberta.

- Isso. - Ele confirmou, brincando com a grama em seus dedos.

   Troquei olhares com Mira e Erza, percebendo que eu não tinha sido a única que notou algo estranho naquilo tudo. Algo aconteceu. Cana não havia nos contado. Loke contou para os meninos. Mas só conseguia me perguntar o que seria. O que ela havia escondido de nós, e provavelmente o que fez com que ela ficasse agindo de uma maneira completamente agressiva e estranha.

   Até aquele momento eu tinha minhas dúvidas, mas parei para me perguntar se minhas amigas escondiam algo de mim, de todas. Ficou claro em minha mente, que todas escondem algo, todas nós tínhamos segredos que somente nós mesmas sabíamos. É assim que funciona com todas as pessoas. Todas temos segredos.                                 



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