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História We Don't Sleep at Night (Gumlee/Yaoi) - Dawn


Escrita por: Wednesday666 e NightsQueen

Notas do Autor


Gente, antes de mais nada, mil perdões pela demora em atualizar!!!
Me veio um bloqueio do nada, mas felizmente ele já passou.

A FANFIC CHEGOU AOS 100 FAVORITOS!!! Eu nem sei o que dizer, tô muitooooo feliz! 💜
Sério, agradeço a cada um de vocês que acompanham, é a minha fonte de força para escrever... Vocês são os melhores leitores, obrigado por existirem! Seja você um leitor fantasminha ou não, todos vocês moram no meu coração... 😉
Mas um agradecimento mais do que especial aqueles que fazem esses comentários maravilhosos!
(Inclusive, para comemorar os 100 favoritos, resolvi dar um presente para vocês, leitores. Falo mais disso nas notas finais!).

Boa leitura e segurem o coração nesse capítulo!

*Leiam as notas finais!*

Capítulo 10 - Dawn


Fanfic / Fanfiction We Don't Sleep at Night (Gumlee/Yaoi) - Dawn

01 de Novembro de 2015 

 

Pov. Gumball  

 O rosado acordou de manhã com o nascer do sol. Sua cabeça parecia pesar uma tonelada, não havia bebido nada na noite anterior, mas a madrugada que passou em claro e seus poucos instantes de sono naquele duro sofá destruíram sua sanidade mental.  

As memórias de suas vivencias da noite passada não tardaram a voltar todas de uma vez, trazendo também com elas uma enxaqueca latente. Em princípio, pensou que tudo aquilo que viveu anteriormente não passara de um sonho seu (não seria o primeiro desse tipo), todavia, conforme conferia que ainda estava mesmo com a blusa do melhor amigo e também o número de chamadas efetuados no seu celular, viu que ainda estava vivendo aquilo que na verdade se tornou um pesadelo. 

Não só sua cabeça, seu corpo doía também, porém pelo menos a bronquite havia passado. Ergueu-se vagarosamente, quase em câmera lenta, para que assim pudesse contemplar melhor aquele cenário pós-apocalíptico da sala de estar. 

- Eu não vou limpar isso... – Disse para si mesmo com uma voz rouca. 

Caminhou então em direção à cozinha, precisava comer alguma coisa urgentemente.  

Ele lembrava perfeitamente tudo que lhe acontecera na noite passada, mas evitava pensar nos detalhes para não se machucar demais. A única coisa que sua mente insistia em perguntar era onde tinha se enfiado o “imbecil” do seu melhor-amigo (Acreditem, esse foi o termo mais brando que ele conseguiu arrumar para classificá-lo).  

Mesmo que ele se esforçasse para não pensar nele, tudo lembrava Lee: a casa, o quarto, os móveis, os restos da festa... Tudo! Principalmente aquela camisa, ela exalava um cheiro acachapante do melhor amigo, cheiro esse que fazia com que o rosado involuntariamente se aproximasse da gola para senti-lo mais de perto. Ele se  reprendia toda vez que fazia isso, claro.

Ao chegar à cozinha, se concentrou em degustar seu pacote de biscoitos recém-furtados. A casa estava em completo silêncio agora, poderia ouvir o bater de asas de uma borboleta ou o sussurrar do vento na janela. 

Mas o silêncio foi quebrado. 

Um barulho atraiu sua atenção, era o barulho de carro se aproximando da frente da residência. 

Depois de algusn instantes, alguém pareceu ter destrancado a porta da frente, adentrando sem nenhum critério na casa. Gumball só ouviu aquela cena, não se deu ao trabalho de conferir quem era, pois ele tinha uma forte intuição de quem poderia ser.  

Alguns poucos passos são escutados pelo rosado antes que finalmente uma figura conhecida entre na cozinha.  

O moreno recém-chegado estacou na entrada do cômodo. Sua figura era deplorável: seus olhos estavam vermelhos, seus cabelos mais desgrenhados do que o habitual, suas roupas tortas e abarrotadas. Tudo isso junto davam a ele um aspecto ébrio e desleixado.  

Sim, era Marshall ali.  

Ambos se contemplaram por uns instantes, cada um carregando consigo uma postura completamente diferente da do outro. Gumball parecia um guerreiro Samurai em repouso antes do combate, esperando calmamente o momento certo para atacar. Já Marshall, apesar de também carregar uma postura séria, parecia mais interessado em analisar o amigo do que iniciar um combate.  

- Caralho, o que houve com seu cabelo?! – O moreno perguntou gargalhando – Puta merda! Sua mãe vai te matar... Melhor dizendo, ela vai me matar! – Disse entre risos.  

O mais velho se aproximou para conferir mais de perto o estrago no cabelo do amigo.

“Não é possível, ele não pode ser tão cara de pau assim...”, o rosado pensou boquiaberto, estava surpreso com a reação do amigo... Ele esperava no mínimo um pedido de desculpas!  

Quando o menor se preparou para responder, ele foi cortado por mais uma fala do moreno: 

- Mas até que ficou show, quem pintou? – Questionou ainda em uma distância segura.  

“Quê?!”, dessa vez foi o menor quem ficou ainda mais confuso. “Que merda ele está falando?”. Por fim, Gumball concluiu que o moreno só queria mudar de assunto, mas ele não cairia nessa outra vez, o amigo não escaparia! 

- Você ficou maluco? – O rosado questionou sério, ele já estava a um fio de perder toda a paciência que restava, Marshall certamente estava bancando uma de palhaço. 

Marshall fez uma cara pensativa e concluiu: 

 - Deixa para lá, depois a gente fala do cabelo. – Respondeu simples, como quem não quer arrumar mais problemas - Mas vem cá, você não fez café, ou fez? Eu estou morrendo de fome! – Marshall inquiriu curioso coçando a nuca.  Como não houve resposta, ele rumou em direção à geladeira atrás de algo para matar a sua fome.

Porém, com fome ou não, foi impossível o outro não notar que a sobrancelha do menor ficava cada vez mais arqueada, e sabia o que isso queria dizer: PERIGO!  

– Você está bem, Gum? – Questionou receoso.

Marshall foi se aproximando lentamente do outro, movido por curiosidade e preocupação, mas estancou seus passos quando Gumball o encarou mais severamente. O menor estava vermelho, não era um rubor de vergonha que o moreno conhecia tão bem, mas sim uma vermelhidão de raiva.

- Você acha que eu estou bem?! – O rosado não gritou, mas falou com rispidez.  

Em respostas, Lee só ergueu as mãos simulando um sinal de rendição.  

- Ei, calma. – Disse ponderadamente - Eu sei que falei ‘pra você que veríamos filmes de terror no final da festa, mas meio que surgiu um imprevisto. Você não se importou, não é? Já dormiu aqui outras vezes...  

- Ou você é um retardado ou está se fazendo passar por um! – Gumball não mais pensava, ele simplesmente verbalizava aquilo que sentia – Não te passou na cabeça que depois daquilo tudo eu ia querer no mínio conversar sobre?! VOCÊ TEM NOÇÃO DO QUE EU PASSEI AQUI TE ESPERANDO?!?! 

Marshall olhava assustado, ele nunca tinha visto o melhor amigo agir dessa maneira, nunca o viu explodir dessa forma.  

- Olha, vamos fazer o seguinte... – Lee falava devagar, tentando não aborrecer ainda mais a fera – Por que você não me conta direitinho o que aconteceu ontem?  

"Ele só pode estar de sacanagem com a minha cara”. Os olhos do rosado começaram a se umedecer, mas ele se recusou a despejar sequer uma lágrima, concluiu que aquele não era mento para isso, e ele definitivamente não se mostraria fraco para Marshall.

- V-você não se lembra de ontem? – Gumball perguntou entre dentes com uma entonação arrastada, perdendo involuntariamente o fogo que estava impulsionando-o, dando lugar a um frio inexplicável dentro de si.

- Quase nada, eu acho que passei um pouco da conta. – Confessou num suspiro – Eu lembro de alguns flashs. Lembro do jogo, lembro do Flame e da Íris me arrastando para beber mais, lembro de ter vomitado em cima de algum estranho... E lembro que acordei na casa do Flame hoje de manhã. 

Gumball estava boquiaberto, não sabia o que pensar, muito menos o que dizer. Não sabia se ficava com raiva de Marshall por ele ter o abandonado, não sabia se ficava triste por tudo que passaram não ter passada de um devaneio proporcionado pelo álcool, não sabia se desconfiava da versão da história que o moreno contou, não sabia se tinha ciúmes dos outros amigos de Marshall o terem tirado dele. 

Mas a verdade que constatou foi que ele não tinha direito de sentir ciúme algum, Marshall nunca foi dele de fato. Tudo não passou de um doce pesadelo. Agora ele começava a ver isso.

- Não é possível... – O menor deixou escapar.  

 - O que não é possível? – O mais velho realmente expressava confusão em seu olhar – Olha, me ajuda a lembra, o que rolou para você ter ficado tão chateado? Eu fiz alguma coisa para te magoar? Você sabe que não pode levar à sério as coisas que o meu “eu” bêbado faz, né?  

Marshall disse aquilo com um meio sorriso no rosto, em tom jocoso, tentando animar o amigo, porém o efeito que aquelas palavras surtiram em Gumball foi justamente o oposto, elas o destruíram.  

“Você sabe que não pode levar à sério  as coisas que o meu 'eu' bêbado faz, né?”, essa frase em especial explodiu na cabeça do menor como uma bomba nuclear. “Impossível! Como ele esqueceu tudo aquilo?! Será que ele esqueceu mesmo?!”, não conseguiu tirar nenhuma conclusão daqueles supostos fatos, a única cosa do que tinha certeza era de que não estava nada bem com tudo aquilo.

Mas, por mais que estivesse desconfiado, não poderia dizer que estava com raiva. A raiva que ele tinha no início da conversa sumiu com aquela última revelação, ele parecia só desacreditado, como quem perde o chão de repente, era algo difícil de explicar.  

Foi então que ele fez uma escolha. 

- Sei, foi só uma bobagem minha. – Esforçou-se para mentir, mas ficou claro que aquilo não convenceu nem ele próprio e nem Marshall – Eu só fiquei meio chateado por conta do cabelo, mas já passou.

Por mais que tentasse mostrar estabilidade do lado de fora, por dentro o rosado estava acabado com tudo aquilo... No fundo, não acreditou nem um pouco no suposto esquecimento do amigo, mas o que iria dizer? Até considerou “refrescar” a memória do dele sobre os beijos, declarações e todo o resto; mas, por fim, decidiu que não faria nada disso. A amnésia de Marshall, sendo esta real ou não, foi a verdade que ambos escolheram acreditar.

“É melhor assim, de qualquer forma, eu não deveria mesmo ter feito aquilo”

 Marshall não estava convicto daquela resposta, mas pareceu ter deixado para lá novamente. Talvez tivesse coisas mais importantes para pensar.

- Bom, se você está dizendo. – Lee prosseguiu – Então os filmes ainda estão de pé? Eu só preciso tomar umas aspirinas e comer algo antes porq...

- Não. – Gumball o cortou seco – Na verdade, não vai dar. Minha mãe ligou hoje antes de você chegar, ela disse que a Bonnie vaio visitar a gente e pediu para que eu passasse lá.

Dessa vez mentiu com mais consistência.  

 - Ah... Claro, claro, faz tempos que vocês não se encontram... – Marshall respondeu sem qualquer tentativa de esconder sua decepção. 

O mais novo concordou em silêncio, se deslocando até a saída da casa com certa pressa. O moreno que o seguia perguntou antes que ele se retirasse de vez:  

- Não quer que eu te deixe lá?  

Mas não houve resposta alguma, Gumball simplesmente bateu a porta da casa com força. Ele não havia ouvido a pergunta do outro, estava nervoso demais para isso. Tomou o caminho da rua, andando ligeiro em direção ao seu quarteirão.  

Depois daquele dia tudo mudou entre os dois. O rosado estava em uma situação impossível, não sabia se a suposta amnésia alcoólica era verídica ou não, e com o tempo isso também perdeu importância, o fato é que aquilo o magoou, o fez se sentir culpado, e ele então preferiu esquecer também. Gumball se distanciou cada vez mais com o passar do tempo, os encontros, as ligações, as mensagens... Tudo foi secando com o passar dos dias, semanas e meses. O ápice disso foi quando ele pediu para mudar de colégio, Marshall até insistiu em entrar em contato por mais um período, entretanto, depois de tanto esforço sem resultado, ele também desistiu.

“No fim, é melhor assim. Nunca daria certo entre a gente, dessa forma nos magoamos menos”, era isso que ele repetia para si mesmo todas as vezes que a saudade batia, todas as vezes que tinha vontade de encontrar novamente com seu ex-melhor-amigo. 

O tempo levou quase tudo que ligava esse dois por mais de dois anos, bom, quase tudo. As únicas coisas que ele tinha de recordação eram suas próprias memórias e camisa de Marshall que ele estava usando naquele dia, a camisa que ele nunca devolveu. E quando a saudade exigia mais do que lembranças, Gumball usava ela como fronha para seu travesseiro, era uma forma de manter vivo aquele passado.

O passado sabe ser cruel quando quer, ainda mais quando seu presente depende dele.

...

  

13 de Fevereiro de 2017 

 

Pov. Gumball  

Gumball só queria poder esquecer... Esquecer o passado, tanto o recente quanto distante. Mas para sua infelicidade, o passado insistia em voltar, insistia em incomodá-lo constantemente.  

 A ideia de faltar nessa segunda feira era mais do que tentadora para ele, todavia, a ideia de não entregar o trabalho de Simon era assustadora, tão assustadora que anulava todos os outros receios que ele poderia ter em ir à escola naquele dia. Mas se não fosse por esse maldito trabalho valendo 1/3 da média, certamente ele faltaria, não só hoje, mas como também a semana inteira. Daria tudo que tinha de mais valioso para não encontrar com seu problema de longos cabelos morenos.  

“Que merda eu tenho na cabeça?” – Pensava enquanto caminhava (quase correndo) em direção ao Centro Colegial de Aaaa – “Você não aprende nem com seus próprios erros?!” 

Vejam, era impossível para ele não se culpar, o mesmo erro duas vezes, o erro que há anos atrás fez com que ele e o melhor amigo se afastassem. O passado não parecia deixá-lo em paz, muito pelo contrário, ele parecia que cada vez mais influenciava o presente.  

Gumball sempre que fica preocupado tem um tsunami de pensamentos em sua mente, ele estava acostumado com suas divagações, mas hoje elas estavam extrapolando! Sua cabeça voava tanto, que nem se deu conta que já estava praticamente em frente à escola. 

“Só espero sinceramente que ele não venha hoje...” – Pensou enquanto cruzava a rua para finalmente entrar no colégio.   

..... 

 Gumball já havia se acomodado no seu corriqueiro acento na primeira fileira quando o sinal estridente tocou, indicando o início do primeiro tempo de aula. Os alunos que ainda papeavam no corredor entraram na sala, todos lentamente foram se acomodando em seus lugares a espera de Simon.  

A maioria dos alunos estava dentro da sala quando o professor chegou. Mas Gumball nem precisou atentar à lista de chamada para perceber a ausência dos outros dois integrantes do seu grupo de Química. Marshall já era esperado que faltasse, o menor, inclusive, torceu para que isso acontecesse. Ele sabia que um dia teria que confrontá-lo para conversar, afinal, dessa vez nenhum dos dois poderia por a culpa no álcool, mas ele só não queria resolver aquilo hoje. Todavia, Fionna também havia faltado à aula.  

“Será que aconteceu alguma coisa?... Não, é só coisa da minha cabeça!”, dessa vez seu lado racional falou mais forte que seu lado paranoico. 

Mal sabia ele que, pelo menos dessa vez, suas paranoias tinham certa razão.


Notas Finais


E AÍ, LEMBRAVA OU NÃO LEMBRAVA??? Kkkk

Então, finalmente voltamos ao tempo presente e prometo não sair. Esse foi o último flash-back dos dois nessa fic... Triste, né?

*Gente, como eu já disse, em homenagem aos 100 favoritos eu vou fazer um CAPÍTULO ESPECIAL só de Bubbline! Não será o próximo, mas aguardem que ele sai! 💜*

Enfim, obrigado a todos que acompanharam até aqui, até a próxima!

Obs 1: Deixo aqui uma recomendação de uma fic que eu escrevi recentemente. Ela é yaoi também e virou meu xodó, fica aí a dica para quem se interessar! Link - https://spiritfanfics.com/historia/my-brother-yaoi-10712851

Obs 2: Se possível, mandem suas críticas, elogios, dúvidas, sugestões e etc. Sério, isso ajuda muito! ❤


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