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História We Don't Talk Anymore. - Part I - Lauren.


Escrita por: Semi-Harmonizer

Notas do Autor


Heeey eu tive essa ideia há algum tempo, e eu tinha de escrever. São só três caps. Um hoje, um amanhã, e o último na quinta. Fechado?
Eu espero que gostem, eu gostei bastante.

Fanfic baseada na música e no clipe de We Don't Talk Anymore do Charlie Puth feat Selena Gomez (vulgo minha mulher)

Aproveitem *--*

Ah, só uma nota, se vc não assistiu Star Wars Despertar da Força (oi? Q mundo vc vive?) E quer ver, pode conter uns spoilers em uma cena...nada demais, mas né, tô avisando.

Agora sintam-se a vontade.

Capítulo 1 - Part I - Lauren.


Pov Lauren.

 

"Cause even after all this time I still wonder, why I can't move on, just the way you did so easily." 

 

Me remexi na cama, a janela aberta deixando o sol invadir meu quarto, sem ser convidado, xinguei Taylor baixinho por ter esquecido a janela aberta. Me cobri com a coberta, tentando inultilmente voltar a dormir. Desisti de voltar a dormir ao ouvir meu celular apitar.

 

Esqueci de deixar no silencioso.

 

Ótimo dia! 

 

Peguei a cegas o aparelho, sentindo meus olhos arderem ao desbloquear a tela, e revirando os olhos ao ler o conteúdo da mensagem.

 

"Recarregue seu celular..." 

 

Exclui a mensagem desnecessária da operadora, entrando no aplicativo de mensagens gratuitas, respondendo algumas amigas, e deixando meus olhos vagarem pelas outras mensagens ali, algumas mais antigas. Ignorei o aperto em meu peito ao clicar sobre a conversa 'My Girl'.

 

Já passava da hora de trocar esse nome. 

 

Sorri um pouco nostálgica, lendo algumas de nossas conversas, como era simples, divertido, ao mesmo tempo carinhoso, e engraçado como falavámos sobre milhões de assuntos ao mesmo tempo em que não falavámos sobre nada. Encarei por um tempo a foto de perfil da minha ex namorada. Camila Cabello. Os cabelos estavam maiores, os olhos castanhos brilhavam para a tela, os óculos de sol pendurados na cabeça, nenhum sorriso no rosto. Sexy, como sempre. E extremamente linda, sem ao menos tentar. Ainda conseguia ver a parte de cima de um bíquine na foto, a pele bronzeada.

 

Saudades de tocar nessa pele. 

 

Mordi o lábio inferior, tentada a enviar uma mensagem. Não nos falávamos há um tempo. Tinhámos terminado há seis meses, seis longos meses. Tentamos continuar como amigas, afinal, antes de me apaixonar por ela, e ela por mim, já éramos melhores amigas. Funcionou por um tempo, mas acho que eu não escondia bem o quanto me incomodava ver ela com outras garotas. E tudo que não brigamos em oito meses de namoro, começamos a brigar em algumas semanas de amizade. Então, eu não sei direito como, mas de repente não nos falávamos mais, não nos amávamos mais. 

 

Quase dois meses que eu não sabia o que era conversar com Camila. 

 

Senti meu coração errar uma batida ao ver, na parte superior da tela do meu celular, bem embaixo do nome dela, um 'digitando'. 

 

'Digitando'.

 

Ela estava digitando? Na nossa conversa? Para mim? 

 

Franzi o cenho, ansiosa, mas bufei frustrada ao não ter nenhuma mensagem recebida. Neguei com a cabeça, tentando deixar pra lá e me levantando da minha cama. O relógio marcava 7:10, ainda em tempo para a faculdade. Tomei um banho rápido, e me troquei mas rápida ainda. A casa estava vazia, como sempre, meus irmãos mais velhos trabalhando, assim como meu pai, e ainda estava cedo demais para minha mãe estar acordada. 

 

Saí de casa, ainda faltando 20 minutos para as 8, tempo suficiente para chegar na faculdade, talvez apenas alguns minutos atrasada. Entrei em meu carro, já ligando a rádio, enquanto dava partida.

 

"Cause all of me, loves all of you..."

 

Opa, não, essa música não. Sem tirar os olhos do volante, mudei a estação da rádio.

 

"I can't live without, I can't live without you, baby..."

 

Porra, hoje tá díficil. Mudei de estação novamente.

 

" I miss you when I can't sleep, or right after coffee or right when I can't eat..."

 

Ok, desisto. Nem as estações de rádio estão me ajudando hoje. Tudo bem, já entendi. Hoje é o dia de sentir saudades da Camz, mais que o normal, tudo bem, posso conviver com isso.

 

Não quero.

 

Mas posso. 

 

Cheguei na faculdade bem em cima da hora, agradeci com o olhar por Normani ter guardado meu lugar, bem na frente, o que me impedia de cair de sono durante a aula de filosofia, ou de pegar meu celular para me distrair. Não me entenda mal, eu gosto de filosofia, mas colocar essa matéria ás oito da manhã de uma segunda-feira, é pedir para os alunos de 18 anos, que passaram o final de semana todo bebendo, dormirem. 

 

Se nas aulas de filosofia eu queria dormir, nas aulas de Introdução ao Romance eu queria me matar. Admito, ótima aula, bom conteúdo, ótimos livros para se ler. Mas, não sei explicar, era tão... romance. Tudo exala amor. E amor...bom, esse me recorda Camila. 

 

Quase caí me levantando apressadamente quando o intervalo chegou, dei uma desculpa qualquer a Normani, e fui sozinha, andando pela parte externa da universidade, até achar uma sombra embaixo de uma árvore. Me sentei na grama, colocando meus óculos escuros, e puxando de dentro da minha mochila um livro obrigatório para leitura. 

 

Menos de 5 minutos, até eu ter minha atenção desviada para o celular ao meu lado. Neguei com a cabeça, me xingando mentalmente de trouxa, ao desbloquear a tela e ir direto para a galeria de fotos. Milhares de fotos minhas e de Camila. Sorri fraquinho ao achar um vídeo antigo, procurei meus fones de ouvido, conectando ao celular e encaixando ao meu ouvido, dando play no vídeo, e deixando um sorriso maior escapar ao me lembrar daquele dia...

 

"Ajeitei minha camiseta recém comprada no corpo, a estampa de Star Wars Episódio VII O Despertar da Força, me fazendo sorrir. Se eu pudesse estaria com minha mochila do R2-D2 e com meu colar de sabre de luz, mas Camila reclamou que a camisa já era nerd demais. Ué, nós estávamos indo ver o filme, nada mais justo de se vestir a altura. 

 

— Ô Lauren, vamos logo, eu preciso comprar pipoca e um monte de doce para conseguir ficar naquele cinema o filme todo — Camila resmungou, escorada na parede do banheiro, os braços cruzados me encarando com tédio.

 

— Desfaz essa cara vai — pedi, me aproximando e a puxando pela cintura, sem ligar que estávamos em um banheiro de um shopping — É a primeira vez que nos vemos em semanas, não fica assim — pedi, beijando seu rosto com carinho, vendo um sorriso aparecer na sua face.

 

— Odeio o fato que você mora longe — reclamou, passando os braços ao redor do meu pescoço, e eu puxei melhor sua cintura, colando nossos corpos.

 

— Odeia nada, já que pela saudades, toda vez que nos vemos é aquele sexo incrível — lembrei, rindo ao ver seu rosto surpreso.

 

— Sua safada! — me deu um tapa no braço, me fazendo rir, lhe dando um selinho rápido e me afastando — Idiota — a vi revirar os olhos e ri sozinha, segurando sua mão e seguindo para fora. 

 

— Tá, vamos atrás da sua pipoca, baixinha — a segurei pela cintura, era ruim mesmo morar em outro estado, tantos dias sem a ver, que quando estava perto, não queria soltá-la.

 

— Não sei mesmo porque vou ver esse filme com você — Camila murmurou, enquanto estávamos na fila para comprar as comidas já no cinema.

 

— Porque você perdeu para a iniciante aqui no Just Dance, e nós apostamos — respondi, um pouco convencida, ainda não acreditava que havia ganho dela, eu nunca tinha jogado. Me virei para o rapaz do balcão para fazer os pedidos — Uma pipoca grande, uma coca cola grande e uma média, e um pacote de M&M's — pedi, voltando o olhar para minha namorada em seguida — É o refri médio, né amor?

 

— Uhum — respondeu, sem dar grande importância — Mas você sempre acaba bebendo do meu também  — deu ombros e eu ri, não podia negar mesmo — E foi sorte de principiante no Just Dance.

 

— Foi nada! Eu que fui ótima, arraso no jogo — retruquei, a vendo revirar os olhos, enquanto eu pagava e pegava a pipoca e meu refrigerante e deixava ela pegar o dela — E, você que criou a aposta de quem perder fazer o que a outra quiser.

 

— Claro! Eu estava pensando em coisas sexuais, na cama, no sofá, sei lá, no carro, não me obrigar a ver esse filme! — Camila reclamou, totalmente contrariada e eu ri, dando ombros.

 

— Ah princesa, a saga é ótima, os filmes são incrível, fala sério melhor revelação de todos os tempos o Darth Vader ser pai do Luke, é um clássico, e os sabres de luz, são incríveis, e eu gosto da parada da força, é diferente, e os jedi são os melhores, eu queria ser uma jedi, e cara! O trailer desse novo episódio, já estou apaixonada, a Ray parece ser incrível e vai ter o Han Solo, ele é...

 

Parei de falar ao ver o olhar de Camila sobre mim, os olhos brilhando, o pequeno sorriso no rosto, corei violentamente.

 

— Eu estava divagando, não é? 

 

Ela apenas concordou com a cabeça, soltando uma risada baixa,

 

— Minha nerd — sussurrou quase em um tom carinhoso, ainda com o sorriso no rosto, beijando minha bochecha, sorri sem graça.

 

— Vem, vamos logo — murmurei, já caminhando depressa para a sala de cinema.

 

O filme, obviamente, foi incrível, perfeito, já posso casar com a Ray, isto é, se a Camila deixar. Melhor filme do ano, sem dúvida. Já quero o episódio VIII. 

 

— Duas horas para a gente não saber se a garota é filha do cara lá? E não saber porque ela mora sozinha e espera os pais voltar? Que porra foi aquela? E ainda o moleque mimado com o nariz maior que o monte Everest ainda tem que ir lá e matar o pai dele!? 

 

Revirei os olhos, rindo baixo do surto da minha namorada enquanto saíamos do cinema.

 

— E ainda diz que não gosta — murmurei, rindo — E aliás, não precisa lembrar que meu personagem preferido morreu — bufei frustrada, vendo seu riso divertido. 

 

— Já devia estar acostumada com isso, sendo a viciada que é em Grey's Anatomy, todo mundo morre lá — Camila comentou, entrelaçando minha mão a minha enquanto andávamos pelo shopping, em direção ao Starbucks, porque sim, eu iria comer mais. 

 

— Só fala isso porque você gostou do personagem e ele morreu na mesma temporada — provoquei a vendo bufar. 

 

Pedimos apenas duas bebidas, e eu neguei com a cabeça ao vê-la dizer nossos sobrenomes ao invés dos nossos nomes.

 

Ia dar merda. 

 

Não evitei a gargalhada quando ela voltou com nossos copos, se sentando ao meu lado, rindo ao me ver rir.

 

'Rauregui' & 'Cabeyo'

 

— Pelo menos só erraram uma letra — ri, a vendo dar ombros.

 

Saquei meu celular do bolso, abrindo a câmera, e colocando no modo frontal, erguendo a câmera, e começando a gravar focando em Camila bebendo seu chocolate.

 

— Tira essa câmera daí — Camila pediu, começando a corar, ela não gostava de fotos, se escondendo atrás do copo com seu nome escrito errado.

 

— Quem deveria ter vergonha é o bocó que escreveu seu nome, não você — brinquei, a vendo revirar os olhos, e finalmente olhar pra câmera — Agora admita que eu arraso no Just Dance.

 

— Não seja convencida, meu anjo — Camila negou com a cabeça e eu sorri, olhando rapidamente para a câmera que pegava nossos rostos juntos — Eu deixei você ganhar.

 

— Besta — bufei, revirando os olhos, mas sorrindo, quando senti seus lábios nos meus em um selinho demorado. 

 

Desliguei a câmera sem ao menos perceber, agradecendo aos céus por estarmos no canto mais afastado da cafeteria, onde a iluminação era baixa, deixando Camila me beijar como quisesse." 

 

Balancei a cabeça, afastando as lembranças, bloqueando a tela do meu celular novamente, e resolvendo sair dali, daqui a pouco as aulas já começariam novamente.

 

— Hey Laur! Karaoke hoje a noite — Mani me avisou assim que me aproximei dela, na sala ainda vazia.

 

— Hoje é segunda — franzi o cenho, amanhã teria aula. 

 

— E daí? E você vai, viu? Precisa sair um pouco, esquecer a coisa lá — Normani disse, se referindo a Camila e eu bufei, nem adiantaria falar nada, ela iria me arrastar para o karaoke hoje a noite.

 

Era engraçado até, quem via de fora, me achava uma idiota por ainda ser apaixonada por Camila, por não conseguir viver sem ela. Não era bem assim que as coisas funcionavam.

 

Eu conseguia viver sem ela, afinal, vivi 16 anos até conhecer ela.

 

Eu apenas não queria. 

 

(...)

 

"Nova postagem de Camila Cabello."

 

Opa, vamos ver.

 

Camila linda, maravilhosa, gostosa, abraçada a uma loira oxigenada, que beijava a bochecha dela, rindo.

 

Quem te deu intimidade sua piranha? 

 

Bufei encarando a legenda da foto.

 

"Noite sempre gostosa contigo Chancho

 

Revirei os olhos, aproveitando para olhar algumas outras fotos, bufando um pouco mais irritada ao ver uma foto de Camila em uma rodinha de amigas, com uma morena, a abraçando de lado. Eu conhecia aquele cabelo preto liso lambisguido. 

 

Hailee, a vadia, sim posso chamá-la assim, que dava em cima da minha namorada quando ainda éramos namoradas, ela amava se aproveitar do fato que eu morava alguns km longe de Camila. Sempre confiei na Mila, nunca confiei naquelazinha. 

 

Mas ao que parece, ela seguiu em frente, tão rápido que eu tenho vontade de perguntar como ela fez isso. 

 

Revirei os olhos, jogando o celular longe, decidida a me divertir no karaoke. Vesti uma jeans colada, uma camisa e uma jaqueta preta, calçando meus coturnos em seguida. 

 

— Vou sair — avisei aos meus pais que estavam na sala, e apenas assentiram.

 

De carro até o karaoke, não eram muitos minutos, então logo cheguei, vendo vários dos meus colegas rindo e bebendo em uma das mesas. Me aproximei, sentando entre Normani e Verônica. 

 

Foram vários copos de bebida, não o suficiente para ficsr bêbada, mas o suficiente para ficar mais alegre. Eu já tinha cantado umas quatro vezes, Normani também, até Verônica e Lucy fizeram um dueto, meio bêbado mas engraçado. E agora, Keana estava cantando Closer daquela banda que eu não sei falar o nome junto com Halsey, e eu sentia os olhares dela para mim.

 

— Ela te queeer — Normani disse, um pouco arrastado, me fazendo rir.

 

— Talvez, quem sabe — dei ombros.

 

Mais dois copos de bebida, mais algumas canções e eu me permitir beijar Keana na saída.

 

Não me julguem, estou solteira. 

 

E afinal, eu sabia que seria só isso, eu ainda tinha sentimentos por Camila, mas não podia parar de viver. Não é como se fosse conseguir seguir em um relacionamento agora, seria injusto comigo e com a pessoa que eu estivesse. 

 

Voltei para a casa, com o relógio marcando mais de duas da manhã. Entrei no quarto devagar, tentando não acordar Taylor que dormia no lado oposto do quarto. Apenas me joguei em minha cama, exausta, mas, mesmo assim, peguei meu celular, deixando que fotos e vídeos me fizessem lembrar do passado. É, eu realmente sou uma trouxa.

 

Arregalei meus olhos ao ver a data de hoje.

 

3 de Março.

 

Camila faz 19 anos hoje.

 

E sem ao menos perceber, entrei em nossa conversa antiga, começando a digitar uma mensagem.

 

"Feliz Aniversário...

 

Parei de escrever assim que vi o 'digitando' na parte superior novamente, sentindo meu estômago embrulhar, mas meus olhos marejarem ao ver o 'digitando' sumir e nenhuma mensagem chegar.

 

Neguei com a cabeça, apagando a minha mensagem já escrita, bloqueando a tela do celular, o jogando pro lado e me virando para o lado oposto, tentando dormir.


Notas Finais


E então? @semiharmonizer

Então eu tenho váaaaarias oitras fics (juro q tô escrevendo alias) se quiserem ler...até q são boas, juro. É só entrar no meu perfil. Tem até fic Vercy, viu?
Até amanhã por aqui...
Isto é, se alguém leu isso aqui.


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