História We Remain (HIATOS) - Reconciliation?

Percy

-Annabeth!

Fico imóvel por um tempo, mas entro no carro e sigo-os. Meu coração esta acelerado minha respiração ofegante, o carro onde Annabeth está, move-se desesperadamente rápido.

Meu coração aperta só de pensar no que eles podem estar fazendo com Annie, o que esses caras querem com ela? Sei que ela é esperta, ela dará um jeito de enganá-los.

Depois de algum tempo eles entram em uma estrada de chão batido distante da cidade. Mantenho-me um pouco distante do carro para não desconfiarem. Eles viram novamente e ao mais longe se vê uma casa de campo antiga simples de dois andares, o carro onde Annabeth esta para em frente a essa casa. Paro meu carro um pouco antes, para chegar de surpresa.

 

Annabeth

Minha vontade é pular do carro, mesmo que ele esteja em movimento, mas não posso, sou impedida por um retardado que esta com uma arma apontada para minha cabeça, tento controlar minha respiração para manter a calma. Deuses o que eu fiz para merecer isso?

Um celular toca e é o do cara do banco de passageiro.

-É o chefe. -ele diz.

-Atende logo seu idiota. -o motorista diz.

Meu coração para ao ver que eles entram em uma estrada diferente e nosso destino é uma casa de campo abandonada.

-Sim chefe, já pegamos ela e estamos quase chegando. -ele fica em silêncio, mas depois diz. -Ok, farei o que o senhor manda, ate logo.

Ele desliga o celular, o silêncio reina novamente.

-Gente... -digo limpando a garganta. -Já que ficaremos juntos por um tempo, que tal me falar os seus nomes.

Os seqüestradores se olham e o motorista bufa.

-Por que deveríamos confiar em você?

-Por favor, não quero chamá-los de seqüestradores ou homens maus o tempo todo. -digo e o cara que segura a arma ri. -Meu nome é...

-Annabeth, nós sabemos disso. -o motorista diz. -O nome do companheiro ao seu lado é Mike. O do banco so passageiro é Lucas, e o meu nome é Ethan.

-Prazer em conhecê-los. Seria mais prazeroso se não tivesse uma arma apontada para minha cabeça. -digo fazendo uma expressão de cansada.

Ethan parece avaliar por um instante.

-Mike pode tirar a arma.

O mesmo o faz.

-Obrigada, assim esta bem melhor. -digo me ajeitando no banco. -O que vocês fazem no tempo livre, digo, quando não estão seqüestrando pessoas?

-Bem eu sou...

-Cala a boca Mike, não esta vendo que ela quer nos distrair? -Ethan grita.

-Claro que não, nem tentaria fugir, minha vida é insignificante ninguém ligaria se eu sumisse ou não. -digo o que em partes é verdade. -Só fiz essas perguntas para o clima não ficar tão tenso.

-Mas é melhor ficar quietinha. -Lucas diz e eu ergo as mãos em rendição.

-Esta bem. Mas você poderia me dar água, estou com muita sede.

-Ninguém mandou você falar demais. -Ethan diz e eu reviro os olhos.

-Qualé Ethan, nós não somos tal maus assim. -Mike diz e eu sorrio.

-Quando chegarmos você terá sua água.

-Obrigada.

O carro para em frente a uma casa abandonada, Ethan desce do carro e abre a porta me puxando para fora, ele segura meu pulso em cima dos meus cortes e eu solto um gemido de dor.

-Ai! -mordo meus lábios para não gritar, aquele lugar me da arrepios. -Ei Ethan não precisa segurar tão forte. Não irei sair correndo, confie em mim.

Ele me olha meio desconfiado, mas ele afrouxa o aperto, sorrio agradecida. Ele me conduz ate uma sala onde tem um colchão jogado no chão, um armário aparentemente vazio. Ethan me joga no colchão e fica me encarando. Ele se aproxima de mim ficando centímetros apenas de distância.

-Você realmente é muito linda. -diz e eu consigo sentir sua respiração com hálito de café. Ethan roça nossos lábios, mas eu os aperto impedindo o beijo.

-Olha a água... -Mike diz entrando no quarto. Ele me entrega o copo de água com um pacote de bolacha de água e sal. - Lucas esta te esperando lá embaixo, logo o chefe chega e com certeza ira querer falar com você.

-Fica de olho nela.

Ethan sai do quarto e Mike me olha com certa pena.

-Mike, posso lhe fazer uma pergunta, você é o único em que eu meio que confio.

-Depende.

-Por que vocês estão fazendo isso comigo? -pergunto e ele senta ao meu lado no colchão.

-Logo você saberá, o chefe irá querer vê-la.

-Chefe? Quem é o chefe? -pergunto e Mike põe suas mãos em sua cabeça.

-Logo você saberá. -repete e eu reviro os olhos.

-Você parece ser uma pessoa boa, por que esta fazendo isso?

-Porque eu precisava do dinheiro, precisava para pagar a cirurgia de minha esposa. -diz e eu ponho a minha mão em seu ombro.

-Mas não havia outro jeito, um empréstimo ou...

-Não Annabeth, ela esta morrendo e eu precisava muito do dinheiro! -ele diz se levantando.

-Calma tudo vai ficar bem, ok? -digo dando um sorrisinho.

Ele volta a se sentar ao meu lado.

-Desculpa ter feito a pergunta... -começo, mas ele me interrompe.

-Não tem o porquê de se desculpar, ta?

-Posso fazer mais uma pergunta? -ele assente. -Ele, digo, o seu chefe, ele vai me matar?

-Não sei, fui contratado apenas para ajudar no seqüestro e cuidar de você.

Ficamos em silêncio e depois de algum tempo, ouvimos o barulho de alguém vindo. Mike levanta rápido ficando em pé, ele leva o dedo indicador a boca pedindo silêncio e fica encostado na parede do outro lado do quarto.

A porta se abre e Lucas aparece.

-O chefe esta ai. -diz e logo sai. Meu coração dispara ao ouvir isso.

Mike me olha com piedade e eu apenas sorrio fraco, ouço passos vindos do corredor, logo Lucas e Ethan entram no quarto acompanhados por um homem extremamente alto, com cabelos castanhos e olhos cor de avelã, esse homem me olha e sorri.

-Ora, veja se não é a pequena Annabeth. -diz se aproximando.

-Como pode ver, não sou tão pequena assim. -digo e ele sorri, seu bafo de uísque me deixa tonta.

-Ah claro, quando eu lhe conheci você tinha uns nove anos. -diz e eu o encaro bem, sua feição não me é estranha.

-Você é Encelado, um ex amigo da mamãe! -digo e ele ri alto.

-Eu mesmo, queridinha.

-Porque você esta fazendo isso? O que quer de mim? -digo esbravejando, estava ficando sem paciência.

-De você nada, eu quero atingir sua mãe, tirar dela o bem mais precioso, sua filha. Já que ela tirou o meu, roubou meu lugar na empresa!

-Você não vai conseguir nada dela. -digo e cuspo na cara de Encelado.

-Mocinha você esta passando dos limites. -ele olha para os lados. -Saiam daqui! -grita com os seus capangas, olho para Mike pedindo ajuda e ele apenas forma um pedido de desculpas nos lábios.

-Vamos, estamos sozinhos, mate-me, assim estará facilitando tudo.

-Não é bem assim Annabeth, eu quero torturá-la primeiro e fazer chantagem com sua mãe, depois eu a mato.

-Então o que esta esperando? -digo arqueando a sobrancelha.

-Você é você é corajosa mocinha. Agora fique quieta que eu ha volto.

Dou de ombros, ele passa pela porta, pego meu celular e tento ligar para Malcolm, mas aqui não tem sinal, droga. Depois de um tempo, Encelado volta com algumas coisas nas mãos e ele coloca em cima de uma cadeira, Encelado se volta para mim.

-Fique em pé queridinha. -diz e eu continuo sentada. -Anda logo! -grita. Apenas reviro os olhos e levanto-me.

Ele vem até mim e anda em minha volta me analisando, o Encelado passa a mão em minha bunda e a aperta. Ele me agarra por trás e aperta meu seio, mordo meu lábio inferior para disfarçar um soluço, pois lágrimas já rolam em meu rosto, suspiro, meus deuses me ajuda, Zeus manda um raio e parta a cabeça desse idiota.

Suas mãos vão para a bainha de minha blusa e começa a subi-la, tento impedi-lo, mas ele bate em minha mão com força, ele consegue tirar minha blusa. Encelado encara meus seios como se fosse devorá-los.

-Você é muito gostosa. -diz e me beija a força, mas eu mordo com força seu lábio inferior. -Sua vadia!

-Vadia é sua mãe, otário! -digo e ele ri.

-Minha mãe esta morta, sinto falta da velha. -diz e eu reviro os olhos. -Você é muito difícil, você pediu por isso.

Encelado me coloca sentada em uma cadeira e me amarra. Ele se ajoelha em minha frente e aperta meus seios com força por cima do sutiã. Respiro fundo para ter força para tentar desamarrar a corda. Sua mão desce até o cós de minha calça jeans, mas ele para ao ouvir um barulho.

-Mas que porra é essa? -ele se levanta frustrado e vai até a porta e fica paralisado olhando. E do nada o vejo ser atingido por um taco e ele cai desmaiado no chão.

 

Percy

Logo depois que Annabeth entrou, peguei meu taco de beisebol que esta no porta-malas, pego meu celular e verifico se há algum sinal e graças aos deuses tem e uso pra ligar para a polícia, explico direitinho a situação. Depois que desligo, me escondo no meio do mato e vou me aproximando da casa, quando estou perto o suficiente para ver quem entra e quem sai, avisto um homem diferente entrar.

Ele esta demorando muito lá dentro, meu instinto é entrar lá salvar Annie da mão desses caras, mas a polícia disse que era para eu esperar eles chegar. Quer saber, danem-se eles, eu nunca segui regras e não é agora que eu vou seguir.

Esgueiro-me para dentro da casa, ao entrar vejo três caras jogando sinuca.

-Ei cara, você não deveria estar aqui. -um deles diz e eu sorrio.

-É mesmo? Que pena, por que mandaram entregar isso. -digo dando um golpe com o taco na cabeça dele, os outros dois me atacam, mas eu consigo desvencilhar-me deles e dou um chute na cara de um e uma tacada em outro. Os três estão no chão, temporariamente desacordados.

Começo a andar pela casa a procura de Annabeth, até que a ouço gritando do andar de cima, sigo o grito, mas os corredores do andar de cima parecem labirintos. Ouço mais um barulho e consigo distinguir de onde vem. Sem querer tropeço em um balde que estava jogado no corredor e faz muito barulhos, percebo que a porta a minha frente se abre e o mesmo cara que eu vi entrar esta ali.

-Olá, não contavas com minha astúcia? -digo e dou com o taco na nuca dele, o cara cai desmaiado e passo por cima dele e eu encontro Annabeth.

Ela esta sem sua camisa, apenas de calça jeans e sutiã,  e amarrada com os braços para trás, se a situação não fosse séria eu até acharia a cena sexy. Corro até ela, que ainda me olha sem entender.

-Percy! -ela me abraça assim que termino de desamarrá-la. -Graças aos deuses, eu achava que ia morrer, ele estava prestes a me estuprar! -diz e eu a abraço com força enquanto ela chora.

-Agora esta tudo bem, eu estou aqui. -digo segurando seu rosto com minhas mãos, fazendo a olhar para mim. -Estou aqui e não deixarei que façam mal algum a você, nunca. -deposito um beijo em sua testa.

-Estou com frio, poderia me alcançar minha blusa? -diz ela delicadamente apontando para o colchão, faço o que ela pede. -Agora podemos sair daqui?

-Claro. -digo e ela agarra meu braço para andar, ela esta fraca provavelmente por fome. -Acho que isso é seu. -a entrego o seu celular que encontrei com um dos caras.

-Obrigada. -ela me sorri fraco, ouço a sirene da polícia, ajudo Annabeth a descer as escadas, os policiais invadem a casa com armas em punho, mas ficam sem entender quando encontra os seqüestradores desacordados no chão.

-O que aconteceu aqui? -um dos policiais pergunta.

-Eu dei um jeito neles, bati com um taco de beisebol. -digo orgulhoso, mas ele me olha com reprovação.

-Eu disse que era para esperar, nunca se deve reagir.

-Mas ele - digo apontando pra cima. -estava quase estuprando a Annie.

-Bem, você poderia ter se machucado.

-Eu fiz dois anos de luta livre. -digo sorrindo.

-Annabeth, você se importaria de nos relatar o que aconteceu?

Ela assente e segue até a uma das viaturas, ela relata tudo. Resolvo ligar para o Malcolm contando tudo.

-Alô?

-Sou eu Percy.

-Cara, eu estava ficando preocupado.

-Preciso que você fique calmo, de preferência que se sente. -digo.

-Percy, cadê Annie? Percy...

-Agora esta tudo bem, Annabeth foi seqüestrada, mas eu consegui salva-la, agora ela esta dando depoimento a polícia, logo chegaremos ai.

-Okay cara, mas Annie não se machucou?

-Graças aos deuses não, consegui chegar a tempo.

-Obrigada peixinho, por salvar minha maninha.

Desligo o celular e vou até Annabeth, ela esta me olhando.

-Estamos liberados senhor? -pergunto e ele assente.

-Sim, a senhorita vá para casa e descanse. -Annabeth assente.

-Te espero no carro. -ela diz e eu dou a chave pra ela.

Quando ela esta numa distância razoável, o policial põem a mão em meu ombro.

-Você deve amá-la muito para se arriscar assim. -ele diz e eu fico aturdido.

-Ela é uma grande amiga. -digo e ele sorri.

Sigo até o carro onde Annabeth me espera, quando eu entro, ela me olha e me abraça.

-Mais uma vez, obrigada Percy.

-Só fiz o que qualquer amigo faria. -digo e ela continua me olhando.

-Você não parecia meu amigo até umas horas atrás. Você não se importa comigo. -diz e eu rio sem humor.

-Não me importo? Annabeth, eu enfrentei quatro bandidos para te salvar. -suspiro. -Isso é não se importar?

-Desculpe-me, eu ainda estou muito confusa.

Dou de ombros e seguimos em silêncio até a casa dela. Ao chegarmos ela sai do carro, abro a porta da casa e todos nos olham aliviados, os pais de Annabeth a abraçam.

-Filha, eu não suportaria se eles fizessem algo contra você. -Athena diz chorando.

-Mas o importante é que eu estou aqui, não é mesmo? -ela sorri e me olha. -Percy me salvou mãe.

Malcolm me abraça agradecido, logo seus pais fazem o mesmo.

-Perseu, seremos eternamente agradecidos por salvar nossa filhinha. -Frederick diz e eu sorrio.

-Só fiz o meu papel de melhor amigo do irmão dela. -digo e eles riem. -Bom já que esta tudo bem vou indo.

-Fique e jante conosco, ficaríamos honrados. -Athena diz e eu agradeço.

-Bom, eu vou tomar um banho para descansar. -Annabeth diz.

-Quer ajuda? -pergunto e ela me olha com reprovação. -Digo ajuda para subir até o quarto, você esta fraca.

-Agradeço a ajuda, mas consigo subir sozinha.

Sorrio, vejo-a subir, Malcolm diz que me emprestará roupas para eu poder tomar banho, me lavo rapidamente e logo desço em seguida. Depois de algum tempo ela desce e ela esta incrivelmente linda, com seus cabelos cacheados caindo em cascata sobre seus ombros, seus olhos mais cinzentos do que nunca.

-Podemos comer, estou morrendo de fome! -diz sentando-se a mesa conosco.

-Claro querida. -Athena coloca peixe assado, o meu preferido por sinal. Nós nos servimos e conversamos, conto detalhadamente como consegui resgatar Annabeth apenas usando um taco e táticas de luta.

-Sra. Chase, este peixe esta maravilhoso. -digo e ela sorri.

-Muito obrigada Percy.

Seguimos conversando o resto da noite, até que fica apenas Malcolm, Annabeth e eu assistindo um filme.

-Acho que eu vou ir dormir beijos. -Malcolm diz subindo as escadas.

Annabeth coloca os pés onde seu irmão estava sentado e não fala uma palavra se quer, apenas fica assistindo. Depois de alguns minutos a sinto pousar sua cabeça em meu ombro, a olho e vejo que adormeceu, sorrio e penso o quanto eu sentia falta dela. Levanto-me cuidadosamente e a pego no colo, a levando até seu quarto, a coloco na cama e retiro sua pantufa de vaquinha, e puxo a coberta. Dou um beijo em sua bochecha e a fico observando por algum tempo.

-Por que você está me olhando, Cabeça de Alga? -pergunta ainda com os olhos fechados.

-Estou conferindo se esta em segurança, bem, agora vejo que sim, eu vou indo. -digo me encaminhando até a porta.

-Percy - ela me chama. -Eu queria te pedir uma coisa.

-Fala.

-Eu queria que você ficasse aqui. -diz apontando para o seu lado. -Só hoje, okay?

-Okay.

Deito-me ao seu lado e ela se aconchega em mim, ela encontra um jeito confortável, deitada com sua cabeça em meu peito. Ela boceja e resmunga algo antes de dormir que eu consigo ouvir:

-Sentia falta de quando deitávamos assim.

Eu apenas sorri e a abracei, repondo:

-Eu também senti Annie.