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História Weakness - Suicida. - Meeting - Poor fallen Angel.


Escrita por: baekonnie

Notas do Autor


É a primeira fanfic que eu escrevo e que tenho coragem/disposição/vontade de continuar, então... Aproveitem.
Não julguem por ser Yoonmin, sei que pouca gente shippa, mas o que vale é a interação deles no contexto da história, valendo ressaltar que eles não são famosos ou coisa do tipo, são apenas jovens normais. (Não normais, mas vocês entenderam :v)
Se quiserem falar comigo ou fazer amizade, to aí né 0//
Espero que gostem, fiz com todo o carinho. <3
P.S.: Essa temporada vai ser narrada pelo ponto de vista do Jimin. (Sim, temporada, ou seja, vão haver mais de uma hehe)

Capítulo 1 - Meeting - Poor fallen Angel.


Fanfic / Fanfiction Weakness - Suicida. - Meeting - Poor fallen Angel.

Minha cabeça latejava. O mundo ao meu redor estava girando e girando até quando tudo se apagou. Só pude me lembrar do que aconteceu.

A famosa sirene tocou, finalmente. Não aguentava mais de fome. Viver nessa clínica nem é tão ruim, pelo menos eu posso dormir o dia inteiro... Mas em questão de alimentação? Eu hein, eles são capazes de nos deixar morrer de fome. Na verdade eu acredito que eles só nos mantém vivos por que o tratamento está sendo pago. Se isto aqui fosse público, já estaríamos mortos.

Caminhei calmamente para o corredor quando minha porta se abriu, andando lentamente entre os loucos e esquizofrênicos. Incrível, em tantos lugares aonde eu podia estar, eu estou aqui. Um único... Espera, um não. O único suicida no meio de um monte de gente com problemas mentais. Realmente incrível. Pleno século 21 e as pessoas ainda tratam depressão como um problema mental? Não é mental, eu faço as coisas consciente das mesmas. Ugh, Jimin, pare de neura. Vamos só andar até o refeitório como se eu fosse mais um louco nesse inferno.

- Misericórdia. - Murmurei ao ver todos aqueles dementes correndo, alguns gritando, outros conversando sozinhos e alguns tendo alucinações. Como um cidadão normal, fui á fila que estava sendo formada apenas por um garoto, nunca tinha visto ele.

Eu sempre fui o primeiro da fila por não ter doença mental, então pela minha lógica e cálculos matemáticos, esse menino também era normal.

Peguei minha bandeja e continuei atrás do menino, observando cada ato dele, verificando-o para saber que o mesmo não era louco. 

- Por que está prestando atenção em mim? - Uma voz grave invadiu meus pensamentos. Assustado, olhei para a figura maior á minha frente.

- E-Eu não estou prestando atenção, eu só... - Comecei a gaguejar. Admito, tenho vergonha de falar com as pessoas, e nesse momento, eu estava suando frio. - Só estou esperando a fila, moço.

- Sinto os olhares e as presenças sobre mim e no momento... - O misterioso garoto deu uma olhada para os lados, observando e guiando uma mulher que estava correndo descabelada pelo local. Continuou. - Você é a única pessoa sã olhando para mim.

- Qual sua queixa? - Perguntei, engolindo em seco e abaixando olhar, mudando de assunto para disfarçar.

- Psicopatia. E a sua?

- Depressão aguda. Não sei pra que me trouxeram pra cá, a única coisa que eu queria era ficar no meu canto me cortando.

- E a única coisa que eu queria era continuar matando pessoas. - Ele arqueou as sobrancelhas e deu de ombros, num ar irônico. Se distanciou após ter pego a sua comida e eu fiz o mesmo. Garoto estranho. Caminhei para a minha mesa sozinha no canto, aonde eu podia observar todo aquele salão. Comi cada grão do meu prato com calma, recolhendo o que sujei e pondo em cima da bancada. Resolvi passear pelo local, coisa que eu sempre fazia depois de almoçar, já que o sino bate apenas ás 13:00 e ainda são 12:30, então eu tinha um tempinho.

Caminhei pelos corredores e atravessei a quadra de fisioterapia, finalmente chegando no meu lugar preferido: o jardim.

Na verdade o jardim nada mais servia como horta ou local para cultivar plantas que aquelas freiras idiotas acham que servem pra alguma coisa, ou seja, ninguém além delas mesmas (e eu) frequentavam aquele local. 

Retirei os sapatos, segurando-os em uma das mãos e coloquei os pés na grama verdinha. Estava úmida. O contato com a terra me deixava melhor, me fazia desestressar e esquecer do inferno que era lá dentro. Fechei os olhos e caminhei pelo o local aonde eu já sabia o caminho, sentindo a brisa gostosa bater sobre minha pele. Abri os olhos quando eu senti que estava próximo da minha "árvore do pensamento." Era uma sakura enorme no meio do campo, eu sentava embaixo dela e ficava pensando nas coisas da vida. Mas, para a minha surpresa, alguém estava no meu lugar.

- Bonito, né? - O garoto disse, me fitando com o mesmo rosto de paisagem que estava na fila do almoço.

- É. Eu venho aqui e me sento embaixo dela pra pensar. - Murmuro e estico o braço, apanhando uma flor da árvore e me sentando ao lado do garoto, observando a cor rosada da planta.

- É um contraste. Tudo aqui é verde, só isso é rosa. Diferente. - Ele disse, fitando o céu, que por incrível que pareça, estava azul hoje.

- Eu esqueci de perguntar seu nome. - Fechei os olhos e balbuciei, com receio da resposta. Aliás, mesmo que ele fosse a única pessoa que eu conversei ali além dos próprios médicos, ele poderia não gostar da minha presença, não é?

- Você não precisa saber de muito. Me chame do que quiser. - Ele juntou os braços atrás da cabeça, fechando os olhos. Hmm, ele era bonito. A brisa fresca batia sobre seu corpo e pairava sobre seus fios escuros, movendo-os lentamente e em perfeita sincronia. Comecei a observar todo o corpo dele em busca de alguma característica específica para apelidá-lo, tomando muito cuidado para não ofendê-lo com minha escolha. Percebi que seu perfume era doce, logo reconheci o cheiro. Era um aroma parecido com o que meu melhor amigo usava, antes de morrer. Senti meu coração apertar. Fechei os olhos e arfei, pronunciando a exata palavra:

- Sugar. 

- Acertou.

- Uh? 

- Meus amigos costumam me chamar assim, nem eu sei por que. Eu tenho cara de ser uma pessoa doce? - Ele abriu os olhos. Trocou a posição, se apoiando nos cotovelos para me olhar e me fitar com o olhar mais negro que eu já vi.

Engoli em seco. Não optei por responder. Respirei fundo e fiz pose confiante.

- Te chamarei assim.

- Pois bem, eu te chamarei de Garoto que eu conheci no inferno. - Ele disse num tom sarcástico, rindo e voltando a se deitar para fitar o céu. - O inferno de onde nós podemos ver o maravilhoso céu. Irônico, não?

- É. - Suspirei profundamente e comecei a sentir a brisa fria, levando um susto e me levantando rapidamente, para ir embora.

- Aonde vai? - Ele perguntou, se levantando também.

- Está na hora de entrar. Toda vez que essa brisa bate, indica que são 13:00 ou mais. E é justamente o horário em que todos se recolhem. O castigo pra quem fica fora até depois desse horário é cruel. - Senti minha voz falhar nessa hora, então suspirei mais ainda. Comecei a andar e vi que ele vinha logo atrás. Dedilhei indicados até a lateral de minha cabeça, entreabrindo alguns fios e deixando uma cicatriz á mostra. - Ganhei isso na primeira semana em que cheguei aqui.

Ele pareceu surpreso, ou assustado. O que me fez pensar em algo. 

Bem, ele era um psicopata, ele matava e machucava, certo? Era exatamente o que aquela clínica usava como punição, dor aguda. Machucavam muito. E ele se sentiu receoso, o que me levou a pensar que ali dentro, ele nada mais era do que uma pessoa fraca e vulnerável, assim como eu e todos os que estavam submetidos ao tratamento.

Um pobre anjo caído.

 

Estávamos caminhando para dentro da clínica, com cuidado para não sermos vistos pelas câmeras.

- Pode me dizer como chegou aqui? Digo, o por que de ter depressão... - Ele perguntou, hesitando e tentando fazer a pergunta soar o menos cruel possível.

- Meu melhor amigo morreu, e estávamos indo para o funeral dele. Torturaram meus pais e mataram eles logo depois, durante nossa viagem para o velório, em Jeju. Estávamos na estrada e eles pararam para abastecer e comprar comida. Eu resolvi dormir já que tudo o que tinha feito era chorar, e eles saíram do carro. Quando eu acordei, ainda estávamos no mesmo lugar... Desci á procura deles e procurei por todo o local. - Engoli em seco, tentando não travar ao falar aquilo, ao que ia me encolhendo até o ponto de abraçar o próprio corpo. - Eu os encontrei após seguir um rastro de sangue, que levava aos fundos da loja de conveniências. Seus corpos estavam com queimaduras, marcas de facadas e chicotadas. Estavam amarrados juntos, com vendas nos olhos e um pano na boca. - Sem perceber, lágrimas já escorriam pelo o meu rosto, logo estando imerso em choro. - Desculpa, não consigo falar mais... 

- Shh, não precisa. - Ele automaticamente me abraçou, enxugando minhas lágrimas e tentando me consolar. - Sinto muito.

Andamos até nosso ponto num silêncio mórbido. 

- Bem, você é meu primeiro colega aqui. - Eu disse, suspirando ao chegar nos corredores dos quartos.

- Amanhã... Esteja na árvore, no mesmo horário. - Ele murmurou, franzindo o cenho e retirando algo do bolso. Uma pequena flor da árvore, um pouco amassada por conta de estar guardada. - Fica com ela, talvez, se a gente não puder e ver ou contar um com o outro, você se lembrará de mim. - Senti que o sorriso que ele deu foi falso, eu conseguia ver que ele estava intrigado com o fato de mais machucarem do que cuidarem naquela clínica, ou o ocorrido com meus pais.

Corri para ele e o abracei.

Era o primeiro abraço que eu havia compartilhado em 6 meses.

- Tudo bem. Obrigado.

- Se cuide, pequeno.

Entrei no meu quarto, me sentando na minha escrivaninha e puxando uma folha branca, posicionando a mesma de modo reto, pegando o primeiro lápis que vi pela frente, e deixando a flor ao lado da folha. 

Sempre tive uma paixão por arte, é o que me deixa mais calmo. Seja desenhar, pintar, cantar, escrever ou tocar. 

Desenhei cada detalhe da pequena flor e animado, saltitei para o outro canto do quarto, posicionando uma tela pequena no cavalete, me sentando no banco em frente ao mesmo e esticando o braço para pegar minha aquarela, misturando algumas cores para chegar nos tons certos. Começo a traçar algumas linhas e continuo a retratar os detalhes da planta, com sorriso bobo no rosto.

Fitei o relógio. Eu havia passado quase 1h naquilo e não cheguei nem na metade. Suspirei, era hora do teste de resistência. 

Guardei todo o meu material e fui lavar as mãos, tirando todo o resíduo de tinta. Enxuguei as mesmas e voltei para minha maca, deitando na mesma e deixando meu braço no local para injetar, já preparado para o que ia acontecer.

Minutos depois, Chloe entrou no quarto. 

- Boa tarde, Chim Chim. 

- Oi, desgraça.

- Olha a boca.

- Eu falo o que eu quiser.

- Relaxa, é a mesma coisa de sempre, eu só vou injetar e não vai doer nada.

- Eu sempre sinto dor naquela sala.

- Você sabe que se eu pudesse eu te tiraria desse lugar há séculos. Odeio te ver sofrer. - Chloe era minha enfermeira. Ela cuidava de mim. Infelizmente, nunca confiei nela o suficiente. Virei o rosto ao olhar que ela estava preparando a agulha e pegando aquele líquido roxo. Apertei os olhos e senti a agulha perfurar minha pele, arfando ao que minha veia começou a arder logo que entrou em contato com a substância. - Logo logo você...

Eu a interrompi.

- Vai embora daqui.

Ela suspirou e deu um beijo em minha testa, recolhendo suas coisas e saindo do quarto.

Fiquei com a porcaria do braço ardendo até que entraram no meu quarto para me levar para o teste de resistência. Era o pior dia da semana, toda quinta-feira a cada duas semanas nós fazíamos. 

Entrei na sala e me jogaram na cabine. Ela estava com as paredes todas pretas, e a única coisa que eu podia ver era a pequena janela no alto da parede, aonde a dona da clínica observava tudo. 

Senti um odor específico, era um gás que eles sempre lançavam, me fazia ficar descontrolado. 

Um laser vermelho surgiu no quarto, me guiando até uma mesa.

Haviam lâminas, facas e objetos cortantes, além de pílulas e substâncias. 

Era o paraíso.

Abri o maior dos sorrisos e avancei na maior lâmina, levando contra meu pulso e sem hesitar, fiz o primeiro corte. Sorri ao ver o sangue escorrer, mas ainda assim, não estava sentindo dor. Maldita substância que a Chloe me deu.

Fiz mais um corte, bem abaixo daquele. Mais outro, mais outro, e mais outro. Ao chegar até a metade do ante-braço e ter o mesmo todo sujo de sangue, já começando a sentir certa ardência (sinal de que o efeito da anestesia estava passando), caminhei novamente para a mesa, pegando as pílulas e derramando várias na minha mão. Comecei a ingerí-las uma por uma, até que ouvi passos e gritos descendo as escadas para a sala aonde eu estava, como se quisessem me impedir. A luz que me guiava se apagou e eu só consegui sentir uma forte pancada na minha cabeça.

 Meu corpo caiu ao chão, senti minha audição aguçar, e logo, apaguei de vez.

A última coisa que eu lembrava era da pequena flor que estava no meu quarto.

A minha florzinha.


Notas Finais


Eu acho que vocês não entenderam N A D A desse capítulo, mas é assim mesmo. A partir do segundo vocês vão entender mais coisa, e prometo que vai ficar bom
Vou fazer o meu melhor!~~~~~
Até o próximo capítulo.


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