História Weight of Love - Sunday

LUCY

‘’Erza, se quiser que eu saia, é só falar. Desculpa ter interrompido sua... sua conversa com o Jellal’’ Falei mas o medo quase me impediu.

‘’Lucy, você é a única das meninas que sabe disso, e quero que fica assim por um tempo, ok? Não sei o que está rolando entre a gente, então não quero que saiam por ai falando besteira, E-N-T-E-N-D-I-D-O?’’ Perguntou dando ênfase na última palavra.

‘’Érrh, sim senhora!’’ Respondi engolindo seco.

‘’Ótimo, agora me ajuda Lucy! Preciso de conselhos!’’ Ela perguntou totalmente animada e eufórica. Ela mudava rápido de humor.

‘’Conselhos?’’ Perguntei sem entender.

‘’Ah, todo mundo sabe que essa carinha de santa está escondendo uma putinha por trás! Ninguém está te julgando Lucy, muito pelo contrário, quero é ajuda.’’ Disse sem vergonha nenhuma.

‘’É o que??’’ Fiquei indignada mas ri por dentro.

Depois disso, passei horas conversando com Erza sobre ela e o Jellal. Disse a ela que não o conhecia tanto mas ele parecia gostar dela, então ela deveria investir nisso, já que nutria sentimentos parecidos por ele. Após a longa conversa, decidi voltar para a sala e continuar meu trabalho, eu estava lotada de coisas para fazer.

Quando vou para o corredor, encontro o Natsu conversando com um casal, talvez um pouco mais velho que ele, e uma criança no colo, uma menina, para ser mais específica.

‘’Ah não Bisca, eu não sei cuidar de criança! Tenha dó de mim.’’ Ouvi o Natsu resmungar algo para uma mulher de cabelos verdes, muito bonita, aliás.

‘’Natsu, seu mal agradecido, eu troquei suas fraldas! Agora faça o favor de ficar com a Asuka.’’ A mulher retrucou.

‘’Tio Natsu, você não quer ficar comigo?’’ Disse a criança no colo com uma voz de choro.

O Natsu logo refez a fala.

‘’Claro que quero Asuka! Mas é que eu preciso trabalhar e...’’ Ele parou de falar e se virou para mim. Ele abriu o maior sorriso do mundo.

‘’LUCY! AÍ ESTÁ VOCÊ’’ Disse me puxando para perto do casal.

‘’Natsu, o que você está fazendo?’’ Perguntei baixo para o casal não ouvir.

Eles me encararam por um tempo e depois abriram um grande sorriso.

‘’Você deve ser a Lucy, nova chefe da TI, não é?’’ Um homem alto pergunta.

‘’H-hum, sim, sou eu, prazer.’’ Disse meio sem jeito.

‘’Meu nome é Alzack, e essa é minha mulher, a Bisca. Trabalhamos aqui na empresa, estávamos de férias e acabamos de voltar. A babá hoje esta de folga então preciso que alguém cuide da Asuka para nós.’’ Disse meio preocupado.

‘’O Natsu está mais que disponível, não é mesmo, chefinho?’’ Provoquei.

‘’OI, MEU NOME É ASUKA! VOCÊ É MUITO LINDA, TIA LUCY.’’ A voz da menina veio destruindo os meus tímpanos, o que fez todos nós rimos.

‘’Olá florzinha, você também é muito linda.’’ Ri em resposta.

Ela fez menção de descer do colo da mãe e segurou na mão do Natsu e depois na minha.

‘’Então, já que vocês dois iram passear comigo, para onde vamos? Eu queria ir no parque e depois tomar sorvete, será que podemos?’’ Perguntou animada e pulando.

É O QUE?

‘’Asuka, eu adoraria passear com vocês, mas eu preciso trabalhar então ach-‘’ Fui interrompida por um idiota.

‘’Asuka, vamos adorar passear com você, até porque, o trabalho da Lucy nem é tão importante assim. Não é verdade, Lucy?’’ Perguntou me provocando de volta.

‘’E o seu trabalho, chefe?’’ Perguntei seria.

‘’Ah, ele pode ficar para depois. Acho que quero um sorvete de chocolate, e você, Asuka?’’ Perguntou já indo em direção ao elevador, e me puxando junto.

‘’Até logo meninos, espero que se divirtam!’’ Disse o casal já indo para o outro lado.

‘’Natsu, seu idiota! Eu preciso trabalhar!’’ Disse em seu ouvido para a menina não ouvir.

‘’Lucy, não sei cuidar de criança, e você deve saber, me ajuda nessa, por favor!’’Disse fazendo biquinho.

‘’Você está me devendo um aumento.’’ Brinquei, já dentro do elevador.

‘’Sim, senhora.’’ Respondeu rindo.

NATSU

O caminho do elevador até o meu carro foi da Asuka fazendo todo o tipo de comentário sobre um filme que tinha visto no cinema e odiou. Até que parei na frente do meu carro e ela perguntou.

‘’Nós vamos de carro?’’ Perguntou com a mãozinha no queixo.

‘’Sim, porque?’’ Perguntei curioso.

‘’Pensei em irmos no parque, é aqui pertinho, não precisa de carro!’’ Disse seria.

‘’É Natsu, larga de ser preguiçoso!’’ Lucy pôs lenha na fogueira.

‘’Ok ok, vocês que mandam.’’ Respondi já saindo pela porta e ri sem elas perceberem.

Então saímos da empresa e andamos uns 15 minutos até vermos uma paisagem cheia de natureza, era o parque central da cidade, fazia tempo que não ia naquele lugar. Vimos as pessoas fora de um local de trabalho, conversando, rindo, namorando, pensando, vivendo. Não é atoa que a Asuka quis vir aqui, ela era uma criança muito esperta para a idade, ela gostava desse clima tanto quanto eu, mas vinha aqui na mesma frequência que a minha, poucas vezes.

‘’Eu quero um algodão doce! Natsu, compra um pra mim, por favor, por favor!’’ Ouvi uma voz gritando no meu ouvido e me assunto quando percebo que não é a voz de Asuka, é da Lucy.

Gargalhei na mesma hora.

‘’Que foi? Não deu tempo de pegar minha bolsa, estou sem dinheiro e com fome. Agora já que me puxou até aqui, pelo menos me pague um algodão doce!’’ Disse fazendo bico.

‘’Justo. Qual cor você vai querer, nenem?’’ Perguntei rindo.

‘’Lucy, ai meu deus, o moço do algodão doce está indo embora!’’ Asuka disse já puxando o vestido de Lucy para elas correrem para alcançar o homem.

‘’NATSU, O DINHEIRO, RÁPIDO!’’ Lucy gritou em meus ouvidos.

‘’Calma, pega!!’’ Disse entregando o dinheiro na mão da loira.

Foi o tempo de entregar o dinheiro para ela, que as duas já estavam correndo atrás do homem e gritando feito doidas. Eu ri da cena por um bom tempo. A Lucy corria toda desengonçada parecendo que ia cair a qualquer momento, mas ela não caiu em momento algum. Os cabelos loiros dela iam de um lado para o outro, junto com o vento. Eu sei que é clichê, mas foi uma das cenas mais bonitas que já vi.

Caminhei lentamente de encontro a elas e vejo as duas se deliciando com o doce que comiam. O da Lucy era azul, e o da Asuka era verde.

‘’Está gostoso, Asuka?’’ Perguntei me ajoelhando para a pequena.

‘’Está sim, obrigada!’’ Respondeu com um sorriso todo sujo de algodão doce.

‘’E o seu, Lucy?’’ Perguntei com uma voz de criança.

‘’Sim, está uma delicia.’’ Respondeu com a boca meio melada de algodão doce.

Ela conseguia ser uma mistura de fofura com safadeza ao mesmo tempo. Só de pensar nessa mulher na minha cama me pagando um bo-

‘’Ei, Natsu, está ouvindo?’’ Lucy perguntou me fazendo sentir vergonha do pensamento que estava tendo.

‘’Hum, que foi?’’ Disse meio avoado.

‘’Perguntei se você quer um pedaço.’’ Perguntou já vindo com um pedaço na minha boca.

‘’Não, não gosto disso.’’ Disse desviando de comer aquilo.

‘’QUEM NÃO GOSTA DE ALGODÃO DOCE?’’ As duas perguntaram em coro.

‘’Eu.’’ Disse casualmente.

‘’Lucy, seu namorado é estranho.’’ Asuka comentou na maior inocência do mundo.

‘’N-nós não somos namorados!’’ Lucy respondeu corada.

‘’Amor, não precisa negar para a Asuka. Acho que já podemos assumir nossa relação estável e saudável para o mundo.’’ Respondi para a Lucy com um olhar apaixonado, só para irrita-la.

‘’Cala boca, imbecil! Disse jogando o saquinho do doce em mim e virando as costas, mas pude perceber um meio sorriso dos lábios dela.

1 PONTO, NATSU DRAGNEEL!

Depois de caminharmos por mais um longo tempo no parque, brincando, comendo e rindo das piadas que eu fazia, a Asuka começou a se queixar de cansaço e eu resolvi carrega-la no colo, e alguns minutos depois ela já estava em um sono profundo. Acabei almoçando apenas uma pipoca junto com a Lucy.

Fiquei caminhando e conversando com a Lucy durante horas, perdi a noção do tempo com aquela mulher ao meu lado. Ela me contou detalhes sobre o ex relacionamento dela, sobre filmes que ela gostava, sobre as músicas que ela ouvia, sobre tudo. Ouvi atentamente. E por mim, poderia passar horas ouvindo aquela mulher falar, eu juro que não cansaria.

‘’Ei, Natsu, quer sentar? A Asuka deve estar pesada, você deve estar cansado.’’ Lucy perguntou me olhando com um meio olhar.

‘’Eu to ótimo, mas e você? Está cansada? Quer o colinho do Natsu também?’’ Perguntei com um olhar diferente.

‘’Se a Asuka não tivesse ai, eu juro que aceitaria.’’ Respondeu rindo e se encostando em um banco para se sentar.

QUASE QUE JOGUEI A ASUKA NO CHÃO PARA A LUCY FICAR NO MEU COLO.

LUCY

Sentei no banco para descansar um pouco e Natsu me acompanhou, ainda carregando a Asuka no colo, que dormia feito uma bebê. Ele foi muito cuidadoso com ela o dia inteiro.

‘’Lucy, está quase escurecendo.’’ Ele comentou olhando para o céu.

‘’Obrigada por hoje.’’ Disse olhando para ele.

‘’Sem ironias, Lucy.’’ Ele riu.

‘’Não fui irônica. Eu amei ter saído com vocês, as vezes é bom espairecer um pouco, obrigada, sério.’’ Disse em um tom sincero.

‘’Lucy, o parque fica há poucos minutos da empresa, você pode vir aqui sempre, e se quiser me chamar para fazer algo aventureiro, tipo um sexo selvagem no meio do parque, pode me chamar que estou disponível! Vai ser ótimo para você espairecer, juro!’’ Ele disse tentando segurar o riso.

‘’Meu Deus, você é doente!’’ Ri dando um empurrão de leve em seu ombro.

‘’Obrigada por hoje também.’’ Ele disse do nada, mudando totalmente de assunto e olhando fixamente para mim.

Por instinto, mudei a direção do olhar. Isso é o que as pessoas chamam de vergonha.

Nosso diálogo foi interrompido quando o celular do Natsu começou a tocar.

‘’Lucy, pega aqui no meu bolso, por favor, não posso me mexer, se não acordo a Asuka.’’ Ele pediu.

‘’Qual bolso?’’

‘’Esse aqui bem no meio da minha perna, pode pegar e apertar.'' Ele riu.

‘’Garoto! Você não para de ser pornográfico!’’ Ignorei o comentário e peguei o celular que estava no bolso direito de sua calça.

‘’Atende.’’ Ele pediu.

‘’Alô?’’ Atendi.

‘’Oi? Quem é? Queria falar com o Natsu.’’ Uma voz feminina percorreu os meus ouvidos atraves do telefone.

‘’Hum, é uma mulher.’’ Disse apontando o telefone para o Natsu.

‘’Poe aqui no meu ouvido.’’ Ele pediu.

E eu coloquei.

‘’Aham, aham, sim, sim, me espera que mais a noite vou estar ai, não vou demorar muito, prometo. Um beijo.’’ Disse falando ao telefone enquanto eu segurava para ele.

Quem era aquela mulher? Que sensação era aquela? Ciumes? Claro que não Lucy. Apenas curiosidade.

‘’Lucy, ela já desligou, pode tirar o telefone do meu ouvido agora.’’ Ele me despertou falando essas palavras em meio aos risos.

E sem perceber, eu só desliguei com uma cara meio brava.

‘’Que isso Lucy? Ciúmes?’’ Ele perguntou rindo de orelha a orelha.

‘’Ciúmes? Pelo amor de Deus né Natsu.’’ Disse tentando disfarçar.

‘’Você não vai nem perguntar quem era, Lucy?’’ Ele perguntou rindo baixo para não acordar a Asuka.

‘’Não, eu não me importo. Enfim, vamos? Já está ficando tarde.’’ Respondi já me levantando.