História Weight of Love - Trevo(Tu)

AUTORA

Depois do Natsu colocar a Lucy no chão devagar, eles percebem que um casal passava pelo mesmo jardim, e Lucy começou a se arrumar desesperadamente com vergonha, o que arrancou uma risada gostosa do Natsu, que apenas ignorou o casal e se vestiu lentamente, não se importando com eles passando. O silêncio permaneceu até os dois estarem vestidos perfeitamente e a vergonha da Lucy ir embora junto com o casal.

‘’Agora acho que te devo uma conversa, não é?’’ Ele arrumou os cabelos.

‘’Você não precisa contar se não quiser…’’ Ela olhou para o chão.

‘’Eu quero.’’ Ele se sentou no banquinho.

‘’Aqui?’’ Ela virou a cabeça.

‘’Quer ir pra outro lugar?’’ Ele pegou a carteira de cigarros de novo, e se frustrou de novo por ter acabado.

‘’Não.’’ Ela se sentou ao lado dele.

''Eu queria muito um cigarro agora...'' Ele confessou.

''Natsu...''

Eles estavam nervosos.

Ela estava nervosa de ouvir tudo da boca dele.

Ele estava nervosa de contar tudo isso a ela.

‘’O que você quer saber? Eu fui adotado com oitos anos, depois dos meus pais terem morrido, é isso.’’ Ele falou com a boca seca, já sabendo que o Igneel havia dado detalhes.

‘’Natsu, porque você culpa o Zeref por isso? Ele era uma criança, tanto quanto você.’’ Lucy segurou em sua mão.

‘’Lucy, ele não fez nada. Ele viu a cena sem dar um passo, um grito. E quando acordei, ele me carregava no colo com um olhar apático. Ele olhou nos meus olhos e falou que não fez nada porque não teve coragem...’’ Natsu olhava para o chão.

Lucy sabia que não havia como condená-lo.

Mas ela sabia também que o ódio carregou o Natsu durante todos esses anos, e ele não fez questão de entender o irmão.

‘’Você acha que ele não sofreu?’’ Lucy tocou nos cabelos rosados.

‘’Porque ele não fez nada? Porque ele só foi embora?’’ Os olhos do Natsu ficaram vermelhos.

‘’Porque ele estava com medo. E ele tinha esse direito.’’ Lucy não parou o carinho.

‘’Eu também estava com medo!’’ Ele elevou um pouco a voz. Só um pouco.

‘’Eu sei…’’ Ela ficou sem fala.

‘’Eu não quero que ele tenha contato com você.’’ Ele a olhou.

‘’Porque?’’ Lucy não entendeu.

‘’Porque eu não quero ele na minha vida, Lucy. Eu não quero reviver tudo isso de novo, por favor.’’ Natsu colocou os braços no joelho e tampou o rosto.

‘’Tudo bem. Ele não vai ter contato comigo.’’ Lucy engoliu seco a mentira que havia dito.

‘’Foi por isso que eu te tratei daquele jeito. Eu não queria que ele soubesse da gente.’’ Ele se defendeu.

‘’Tudo bem.’’ Lucy o compreendeu.

Não adiantaria ela ficar com raiva.

A situação vai além do egoísmo dela.

‘’Você está com raiva, não está?’’ Ele tirou algumas mechas de cabelo do rosto dela.

‘’Não.’’ Ela deu uma risada.

‘’O que você está pensando?’’

‘’Que você foi muito corajoso quando tudo aquilo aconteceu.’’ Ela respirou fundo.

‘’Não, não fui.’’ Ele negou.

‘’Não acredito em você.’’ Ela ficou séria.

‘’Você sente falta da sua mãe?’’ Ele mudou o assunto.

‘’Sim.’’

‘’Eu também sinto da minha.’’ Ele desviou o olhar.

''Foi tão rápido...ela...os dois...'' Ele começou a falhar a voz e se silenciou.

Lucy o puxou para perto dele e ele caiu em seu peito e ficou um silencio gritante no fim do jardim.

‘’Natsu, está tudo bem agora, ok?’’ Ela apertou sua mão com mais força.

Depois de um sorriso sincero da loira, ele a puxou para um abraço, e sua cabeça afundou no pescoço da loira, e a mistura da pele com o do cabelo acalmou a alma do rapaz. E ela acariciava os cabelos dele com leveza.

Tudo feito em silêncio.

‘’Lucy?’’ Ele levantou a cabeça.

‘’Hum?’’

‘’Eu não sou o único que tem um passado problemático.’’ Ele a encarou.

‘’A Brandish que te contou?’’ Ela mudou o tom de voz.

‘’Sim.’’ Ele se virou totalmente para ela.

‘’Mas isso não é importante.’’ Ela desdenhou.

‘’Você ter apanhado não é importante?’’ Ele riu de nervoso.

‘’Você não acha que são muitos problemas para uma noite só?’’ Ela afastava o assunto.

‘’Acho.’’ Ele não discordou.

‘’Então é melhor conversamos sobre isso depo-

‘’NATSU, LUCY!’’ Gray apareceu de surpresa bem bêbado.

‘’Oi.’’ Lucy abriu um sorriso de alívio, ela não queria conversar sobre aquilo.

‘’Fiquei procurando vocês por um tempãoooo!!!’’ Ele tentou sentar no banco mas caiu com a bunda na grama.

‘’Achou.’’ Natsu riu.

‘’Já querem ir embora? Erza e Jellal estão exaustos de tanto dançar, e descobri agora a pouco que o Gajeel e a Levy já estão no hotel faz tempo.’’ Gray deu uma risada.

‘’A noite deles deve estar sendo ótima.’’ Natsu riu.

‘’E a sua, Dragneel?’’ Ele apontou para o zíper aberto e o chupão no pescoço do amigo.

‘’Aaaah.’’ Lucy se envergonhou e escondeu o rosto quando o Gray começou a rir alto junto com o Natsu, logo depois dele fechar o zíper.

‘’Por mim já podemos ir embora, não sei a Lucy.’’ Ele diz pegando o isqueiro para acender e apagar o fogo, apenas por diversão.

‘’Ah, pode ser.’’ Ela concordou.

‘’Ei, Natsu.’’ Gray levantou e jogou uma caixa de cigarro para ele.

E ele pegou na hora.

‘’Gray!’’ Lucy o repreendeu.

‘’Obrigado.’’ Ele agradeceu já acendendo o primeiro cigarro.

Lucy se forçava para não gostar, mas era uma das coisas mais sexys que ela via nele.

A forma como ele fumava.

Os três foram andando até o jardim principal e, por mais que houvesse menos gente, a festa ainda estava cheia de animação.

‘’Vou chamar os meninos.’’ Gray avisou entrando no salão.

‘’Vem aqui.’’ Natsu segurou a mão da Lucy e a levou até a Kagura, para se despedirem.

‘’VOCÊS JÁ VÃO???’’ Ela derramou um pouco da bebida na roupa do Natsu por conta dos movimentos bruscos.

‘’Sim.’’ Ele deu uma risada junto com a Lucy.

‘’Tudo bem, tudo bem! Obrigada por ter vindo, amigo.’’ Ela o abraçou forte e ele a acompanhou, depois ela deu um abraço amigável na Lucy.

O casal se despediu do resto dos convidados da festa e foram em direção a saída.

‘’Naaatsu, não vai se despedir de mim?’’ Uma voz conhecida o chamou.

‘’Ah, tchau, Flare.’’ Ele deu uma risada forçada.

‘’Você não precisa ir embora agora. Posso te dar carona, se quiser.’’ Ela deu uma risada pesada.

No início da festa ela realmente estava bonita, mas ao final sua maquiagem foi saindo e seu jeito foi se tornando desagradável por conta da bebida.

‘’Não precisa, meu táxi já está chegando.’’ Ele apontou para as ruas vazias.

‘’Você que sabe…’’ Ela encarou a Lucy de cima a baixo e saiu cambaleando de volta para a festa.

‘’Que cara é essa Heartfilia? Ciúmes?’’ Ele sorriu orgulhoso.

‘’Não, idiota.’’ Ela cruzou os braços.

Ele riu alto e acendeu outro cigarro.

Eles encostaram na parede e ficaram em silêncio.

Um concentrado no cigarro.

E outra concentrada nos pensamentos.

Os dois tinham muitas coisas para conversar, mas sempre que mudavam o rumo do assunto parecia um alívio, então eles iriam enrolar até o final.

‘’VAMOS!’’ Um tempo depois o Gray apareceu com todos ali.

‘’EU VI O NATSU E LUCY TRANSANDO! EU VI O NATSU E  LUCY TRANSANDO!’’ Juvia começou a gritar enlouquecidamente de tão bêbada.

‘’JUVIA!’’ Erza a repreendeu escondendo o riso.

‘’MEU DEUS!’’ Lucy escondeu a cabeça no peito do Natsu parecendo um pimentão.

‘’Gray!’’ Natsu riu e deu uma olhada para ele cuidar da namorada, que dançava ao som da música já distante de seus ouvidos.

Para a sorte de todos, dois táxis se aproximaram do local logo em seguida.

‘’Ok, hora de irmos embora.’’ Ele a pegou feito um saco de batatas, escondendo sua bunda com a mão, e entrou em um táxi com a namorada.

No outro táxi, Jellal entrou na frente, e no banco de trás o Natsu ficou no meio da Lucy e da Erza. O caminho longo não pareceu tão longo para nenhum, só para o Natsu. Todos dormiram o caminho inteiro, menos o Natsu. Erza se encostou na parede do carro e Lucy no ombro do Natsu, enquanto Jellal dormiu atirado no banco de trás.

Após o longo percurso, o Natsu pegou o dinheiro no bolso com cuidado, pagou o taxista, e acordou a Lucy, já que Jellal já havia acordado a Erza.

‘’Hum…’’ Ela coçou os olhos com o rosto amassado.

‘’Chegamos.’’ Ele sussurrou no ouvido dela.

Ela confirmou com a cabeça, desceu do carro e os quatro foram caminhando até os quartos de hotel. Jellal e Erza se despediram deles e viraram o corredor.

‘’LUCY!’’ Gray apareceu no corredor.

‘’Oi.’’ Ela se virou.

‘’A Juvia tá… tá meio que vomitando no banheiro, e eu preciso ir buscar alguns remédios, tem como-’’ Gray pediu as presas.

‘’Pode ir, eu olho ela enquanto isso.’’ Ela deu uma risada

‘’Quer ajuda?’’ Natsu se ofereceu.

‘’Não precisa. Pode ir dormir.’’ Ela se inclinou e deu um selinho de leve nele.

Ele queria ficar mais com ela.

Ele queria conversar com ela.

Ele queria dormir com ela.

‘’B-boa noite.’’ Ele não teve coragem de pedir por mais.

Lucy foi às pressas ao quarto da amiga e a encontrou com a cabeça dentro do vaso.

‘’Meu deus amiga…’’ Ela pegou os cabelos da amiga e fez um tipo de rabo de cavalo com a mão.

‘’Eu nunca mais vou beber.’’ Ela falou em meio a soluços.

‘’Claro que não…’’ Lucy ironizou.

‘’Lucy?’’ Ela engoliu a saliva e olhou para a amiga.

‘’Oi.’’

‘’Vocês dois transando foi uma das coisas mais sexy que eu já vi.'' Juvia falou antes de vomitar ainda mais no vaso.

''Você vomitando é a coisa mais sexy que eu já vi.''

Minutos depois o Gray voltou com alguns remédios nas mãos e agradeceu a Lucy, e logo depois voltou a dar atenção e cuidar da namorada, e assim, Lucy se despediu e foi para o quarto.

Ao abrir a porta, deu de cara com a Levy e o Gajeel dormindo de conchinha na cama dela. Ela respirou fundo e foi direto para o banheiro. Entrou no banheiro, abriu a torneira e lavou o rosto para tirar toda a maquiagem. Depois de um tempinho para tirar totalmente a maquiagem, tirou o vestido vermelho e colocou uma roupa de pijama com estampa de ursinho.

Saiu do banheiro e ouviu os roncos do Gajeel, deu uma risada e deitou na cama da Levy, com os pensamentos ativos. Ela se questionou do porquê estava ali naquela cama, sendo que o Natsu estava a poucos metros de distância, e ela queria ele. Ela se lembrou da época do primeiro namorado, e do primeiro trauma. O choro deu lugar a garganta e ela se esforçava para não lembrar daquilo, mas foi falho.

NATSU

Depois de ter tirado aquela roupa desconfortável, fiquei só de cueca e abri um pouco a janela, para entrar um pouco de vento no quarto. Assim que deitei na cama, ouvi algumas batidas na porta, e pensei que seria o Gajeel. Abri a porta e não tive tempo de reação, ela já estava abraçada em mim, enquanto chorava no meu peito.

‘’L-Lucy?’’ Fiquei em choque com as lágrimas dela.

Ela não parava de chorar, e meu peito nu ia ficando úmido com as lágrimas dela.

‘’Ei, calma, está tudo bem.’’ Sussurrei no seu ouvido enquanto acariciava seus cabelos.

‘’N-Natsu, eu tinha medo…’’ Ela falou em meio a soluços.

Esperei ela se acalmar e sentei com ela na beirada da cama.

‘’Vou pegar um pouco de água, calma.’’ Avisei já em frente ao frigobar.

Peguei a primeira garrafinha de água, abri e entreguei na mão dela devagar. Ela tomou bem devagar e engoliu de uma vez.

‘’P-posso dormir aqui?’’ Ela perguntou quase muda.

‘’Não vou te deixar sair daqui nesse estado.’’ Avisei.

Ela soltou uma risada.

‘’Deita aqui comigo.’’ Ela pediu com a voz ainda fraca.

Deitei ao seu lado e ela se aconchegou no meu peito, me deixando com aquele cheiro doce.

‘’Lucy, o que aconteceu?’’ Perguntei com o carinho naqueles cabelos loiros.

‘’Eu vou te contar o que aconteceu, mas você precisa prometer nunca mais voltar no assunto.’’ Ela pediu com o rosto virado, acariciando minha barriga.

‘’Não vou prometer isso.’’ Falei sério.

‘’Natsu…’’

‘’Tá, prometo.’’ Apressei.

‘’Eu tinha acabado de fazer dezoito anos. E nunca tinha feito nada, com ninguém. Então meu pai, por motivos da empresa, me arranjou um homem, filho de um amigo, para eu namorar. Mas não foi como se eu tivesse tido a opção de namorá-lo, eu fui obrigada.’’ Ela já tinha parado de chorar.

‘’Quanto anos ele tinha?’’

‘’Trinta anos…’’ Ela engoliu seco.

‘’Meu Deus…’’ Não soube reagir.

‘’No começo a idade não fez muita diferença. No início eu gostava dele, ele era gentil, educado, respeitoso, e todas essas coisas que os homens têm...mas com o passar do tempo ele foi se estressando com mais facilidade, e me proibindo de fazer certas coisas. Um dia, depois da faculdade, eu havia prometido que iria passar na casa dele, mas cheguei bem mais tarde que o normal, e ele tava muito bêbado...e quando eu vi...já estava com a marca da mão dele no meu rosto.’’ Ela se encolheu ainda mais no meu peito.

Subiu uma sensação tão ruim no meu corpo que eu não sabia reagir.

Ela estava tão vulnerável ali.

‘’Lucy..’’ A abracei com ela ainda deitada em mim.

‘’Eu perdoei. Achei que tivesse sido a bebida, porque era sempre assim com meu pai, até uma certa idade. Quando ele estava sóbrio, ele não encostava em mim, mas a bebida o fazia ficar cada vez mais agressivo, mas eu tinha controle sob meu pai, e achei que teria controle sobre ele. Mas eu não tive. E eu tinha medo de pedir ajuda, eu tinha medo dele negar, e seria a palavra de uma menina de dezoito anos contra a dele. E foi assim que vivi por um ano. As agressões foram ficando cada vez pior, e as ameaças também... Quem me ajudou a sair daquilo foi a Brandish... ela entrou com processo e no fim ele foi preso por agressão de domicílio, e meu pai finge que nada aconteceu, que eu apenas terminei um namoro casual. Enfim, depois disso não sou a fã número um de entrar em relacionamentos.’’ Ela riu ao final da frase, uma risada mistura com medo e choro.

‘’Olha pra mim.’’ Peguei seu rosto.

‘’Natsu...’’ Ela virou o rosto pelo choro.

‘’Isso não vai mais acontecer, nunca mais. Ninguém vai encostar um dedo em você, tudo bem?’’ A encarei firme.

‘’Eu tenho medo…’’ Ela voltou a molhar meu peito com aquele choro quente, e se recusou a me olhar.

Aquela era a Lucy.

Aquele era seu medo.

Aquele era seu sofrimento.

E eu não sabia a palavra para confortá-la.

Fiquei em silêncio até esperar o choro parar, de novo. Quando pensei que ela havia dormido, ela abriu os olhos e se virou na minha direção.

‘’Não precisa ficar com medo.’’

‘’Você vai me magoar?’’

‘’Não.’’ Coloquei seu cabelo atrás da orelha.

‘’Eu confio demais em você, esse é o problema.’’ Ela lambeu os lábios.

‘’Lucy, eu te amo. O amor não foi feito para doer, e eu estou me doando a você, sem que isso me doa, e eu quero o mesmo pra você. Sei que é egoísmo meu, mas eu nunca fui de ficar feliz ao acordar e saber que nesse mesmo dia, eu iria ver alguém. Eu nunca senti tanto a falta de alguém como eu sinta a sua. Você me mostrou um novo lado de mim mesmo, que eu não conhecia, mas já estava à espera disso. E eu não posso te provar nada com isso, mas eu nunca te magoaria, em nenhum sentido. Eu não sei que tipo de relação a gente tem, mas eu não quero que acabe, porque quero retribuir pra você tudo que você fez comigo em tão pouco tempo, inclusive sua confiança, por completo.’’ Confessei olhando para o teto, como se ela não estivesse ali.

Ela levantou a cabeça do meu peito, e se inclinou para me olhar, com os olhos ainda vermelhos.

Ela não respondeu nada, apenas ficou me olhando, e eu continuei.

‘’Heartfilia, você quer namorar comigo?''

A boca dela já havia invadido a minha antes deu falar mais algumas besteiras. Limpei suas lágrimas com meu polegar, enquanto o beijo era lento, mas era novo.

‘’Está preparado para me ter como namorada?’’ Ela mudou a expressão e abriu um sorriso no meio do beijo.

‘’Não.’’ Sorri.

‘’Eu também te amo.’’ Ela distribuiu um selinho longo e voltou com a cabeça no meu peito.

Aquela frase não parecia real, era a coisa mais linda que ela já havia falado.

Respirei fundo e a olhei, a olhei de olhos fechados e com a respiração pesada no meu peito, e logo em seguida, adormeci junto a ela.