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História Weightless - Camren - Chapter Two - Estou Sem Fome (Lauren)


Escrita por: miinsuga_93

Notas do Autor


Anna Wood.
16 anos. Inglesa.
(Peso desconhecido.)
Ela morreu apenas um ano após adquirir a doença, gente, você não tem controle sobre isso. Por favor, se você tem esses tipos de problemas, converse com alguém, peça ajuda. Qualquer coisa eu tô aqui.

Capítulo 3 - Chapter Two - Estou Sem Fome (Lauren)


Fanfic / Fanfiction Weightless - Camren - Chapter Two - Estou Sem Fome (Lauren)

Quando eu acordei no dia seguinte eu estava com o rosto inchado de tanto chorar. Sentei-me na cama com os as minhas mãos apoiadas no colchão, me impedindo de cair e voltar a dormir. Meus olhos estavam quase totalmente fechados enquanto tentavam se acostumar com a claridade.

Eu tossi um pouco e percebi que estava sentindo a minha garganta seca. Merda, eu estou gripada, pensei. Joguei-me para fora da cama e me obriguei à levantar e ir até o banheiro para fazer a minha higiene.

Depois de tomar banho e estar devidamente vestida eu desci para tomar café. A mesa estava simplesmente cheia, com tudo o que eu gosto. Droga. Como é que eu posso fechar a boca assim? Pensei novamente.

— É aniversário de alguém ou é alguma data comemorativa e eu não sei? É dia das mães? — perguntei e meu pai e Harry riram, dei um beijo na bochecha de cada um deles.

— É para o seu irmão. — minha mãe apareceu na cozinha trazendo mais coisas.

— Pelo jogo de domingo. Eu sei que o meu filhão vai arrasar. — mamãe disse orgulhosa e beijou a bochecha dele que sorriu.

— Claro, eu sempre ahazzo. — Harry fez uma brincadeira com o nome dele e sorriu.

— Você também vai ganhar um café assim se conseguir o intercâmbio. — mamãe sorriu e piscou para mim. Ela claramente acordou em um ótimo humor.

— Então eu vou ahazzar também. — fiz a mesma piada que ele e meu irmão piscou para mim e assentiu convencido, como se eu fosse ganhar o intercâmbio por causa dele, dei-lhe a língua e ele pareceu ofendido.

— Lauren, minha filha? — meu pai chamou e eu olhei para ele. — Sua voz está falha e mais rouca que o normal. — assenti.

— Também percebi isso. Tá doente, bolinha? — Harry perguntou e eu dei de ombros.

— Não sei. Eu acordei assim. — minha mãe entrou novamente na cozinha com alguns remédios.

— Quem está doente? — ela perguntou e eu levantei a mão. — Deixe-me ver a sua temperatura. — ela se aproximou de mim e colocou as costas de sua mão esquerda em minha testa. — Você não está com febre. Sente dor de garganta? — assenti e ela apontou para a fruteira à minha frente. — Coma uma fruta e irá melhorar.

Hoje à tarde eu passo na farmácia e compro um remédio para você tomar antes de ir para a aula de dança.

— Obrigada, mamãe. — ela sorriu para mim e se virou para tomar os remédios.

— Que remédios são esses, Clara? — meu pai perguntou e Harry e eu nos viramos para prestar atenção em sua resposta.

— São umas pílulas para emagrecer que uma amiga me vendeu. — pelo canto de olho eu pude ver Harry virar os olhos e cerrar os pulsos para se controlar.

Meu irmão sempre odiou este lado da nossa mãe, ele simplesmente não entende por que ela é tão preocupada com a aparência. Não estou defendendo a minha mãe, eu entendo o lado do meu irmão, minha mãe é linda e não precisa de nada disso. Mas nenhum homem entende porque as mulheres são tão vaidosas, e a maioria deles ainda julga. Um pensamento machista e antiquado, se me permite dizer.

Mulheres, a maioria de nós, pelo menos, não é vaidosa por futilidade e sim por necessidade. Sim, necessidade. Porque desde pequena lhe ensinam que você tem que andar sempre linda e em forma e se não for assim você é apontada e lhe descartam como se não tivesse valor. Porque se você tiver um cargo muito importante, como diretora de uma empresa, por exemplo, você tem que batalhar e se esforçar para não ser "apenas” um rostinho bonito.

“Porque mulher que anda mal vestida não serve.” É tão comum ouvir isso ainda hoje. “Você está tão gorda, podia ser um pouquinho mais magrinha, né?” As mulheres, em pleno século 21 ouvem isso desde pequenas.

Uma criança de 6 a 12 anos, principalmente, não está preparada para ouvir isso, não deveria ter que ouvir isso. Porque quando ela crescer, ela vai sempre achar que deveria estar mais magra. Eu ouvi muito isso, e olhe que eu fui uma criança no peso ideal, eu não era gordinha.

Minha mãe ainda me olhava então eu peguei uma maçã e fiquei girando-a em minhas mãos. Comecei a comer a fruta enquanto eles tomavam café da manhã. Aquilo parecia simplesmente muito delicioso.

— Você não vai comer, bolinha? — Harry perguntou e eu pensei por alguns segundos antes de negar veementemente.

— Não estou com fome. — ele assentiu devagar, estranhando.

Levantei-me da mesa para evitar aquela tortura que era assistir eles comendo toda aquela comida. Maneei a cabeça para dispersar meus pensamentos e fui para a garagem, esperar Harry. Meu pai havia dado um carro para mim e outro para Harry quando fizemos 16 e tiramos a carta, mas Harry e eu sempre íamos para a escola com o dele.

Fiquei encostada ao lado do carro mexendo no celular e comendo a minha maçã por uns cinco minutos antes de Harry chegar e destravar o carro.

— Tudo pronto, bolinha? — revirei os olhos e sorri com o apelido. Harry me chamou assim pela primeira vez quando eu tinha 12 anos e comecei com as neuras de pré-adolescente, eu perguntei para ele se estava gorda e ele pensou por uns dois minutos antes de dizer que eu parecia uma bolinha.

Na época eu fiquei apavorada, eu ficava horas no espelho e até chorava de noite. Quando Harry percebeu isso ele se sentiu culpado e me disse que só falou aquilo para me chatear, mas que eu era linda e sempre seria a bolinha dele.

— Tudo sim, palitinho. — me lembro de que eu dei o troco quando ele entrou para o time de basquete. Ele me perguntava se estava ganhando músculos e eu dizia: “está parecendo um palitinho”.

Harry entrou no carro e eu fiz o mesmo, colocamos o cinto e meu irmão esperou o portão da garagem abrir. Logo nós fomos em direção à escola, e hoje eu tinha dois trabalhos para apresentar, o dia seria bem cansativo.

*  *  *

Na hora do intervalo eu estava completamente exausta, minha cabeça estava leve e eu não conseguia focar em nada. Ally e Dinah me puxaram para o refeitório mesmo contra a minha vontade e me arrastaram para uma mesa onde eu pude ver: Harry, Camila, Mani, Bianca, Riley e Patrick. Este último é um amigo do meu irmão que joga com ele no time. Até legalzinho, em minha opinião.

— Ally, você está linda hoje. — Patrick disse para a minha amiga, que deu um sorriso de lado, pronta para revidar.

— Só hoje? — o jogador é a fim de Ally desde que chegou à cidade, mas ela nunca demonstrou muito interesse nele. Patrick é da Califórnia, ele se mudou para cá com 14 anos, junto com a mãe e dois irmãos, depois que seus pais se separaram.

— Na verdade sim. — Ally arqueou as sobrancelhas e encarou o mais alto, levemente irritada. — Eu me esqueço dos outros dias, porque toda vez que eu te vejo é como se fosse a primeira vez. — a mesa toda fez um barulhinho romântico, e aplaudimos Patrick que sorria, a baixinha terminou deixando escapar um risinho envergonhado.

— Você é um bobão, Patrick. — ele colocou a mão no peito, ofendido.

— Só por você, minha baixinha. — Ally revirou os olhos, Patrick sorriu, criando pequenos vincos em seus olhos.

— E os preparativos para jogo de domingo, como estão? — perguntei e Harry bloqueou o celular, esquecendo-o em cima da mesa.

— O último treino vai ser hoje, então não vou poder te levar pra aula de dança. O treinador achou melhor dar o sábado de descanso pra gente. — Harry falou e eu o encarei arqueando uma sobrancelha. — Você pensou que eu fosse te deixar na mão, né? Pois eu sou o melhor gêmeo do mundo, e já falei com Camila. Hoje ela é quem vai te levar. — dei o melhor de mim para não ficar vermelha, aparentemente deu certo, já que eu não ouvi nenhuma piadinha sobre meu crush em Camila.

Virei o meu rosto para a cubana e ela sorriu fraco pra mim, abaixando a cabeça e colocando o cabelo atrás da orelha. Tão linda.

— Cabello. — meu irmão chamou e ela o olhou. Ele estava fingindo estar sério, eu sabia a diferença, mas Camila aparentemente não, já que ela nem piscava, assustada provavelmente. — Se a minha irmã voltar com um arranhão sequer, nós vamos ter uma conversa. — quando Camila assentiu veementemente, eu não consegui me aguentar e soltei uma gargalhada, Harry lutava para continuar sério.

— Camz, relaxa. — falei e Harry me fuzilou. — Ele tá brincando. — ele deu de ombros e foi a vez de Camila o matar com o olhar.

— Nem tanto. — Harry disse e dessa vez eu vi que ele falava sério, mandei um beijo pra ele, que sorriu.

— Por que os meus irmãos não podem ser como vocês? — Patrick perguntou confuso, coçando a cabeça, revirei os olhos, sorrindo.

— Sei lá, pergunta pra eles. — Harry soltou.

Ouch! — Normani se pronunciou dessa vez.

— Todo irmão é diferente, Patrick. Harry e eu estamos juntos desde o útero, é natural que tenhamos uma ligação forte. — Patrick assentiu pensativo, logo se virando e abrindo um sorriso pra mim, retribui.

— Sai, ela não gosta de você, entojo. — Harry disse fazendo cara feia e empurrando o ombro do outro.

— Eu gosto sim, Pat. — falei e ele deu língua pro Harry, que o empurrou novamente.

— Lauren. — ouvi alguém me chamar e desviei o olhar da briguinha para encarar os olhos azuis de Bianca. Vi de canto de olho que Camila se remexeu na cadeira. — Eu posso falar com você? — assenti e nos levantamos da mesa, indo para um canto mais isolado.

Fomos para um canto do refeitório que ficava bem na entrada para o prédio dois, onde ficavam as salas de ciências da natureza. Encostei-me no muro de tijolos do prédio, um pouco distante da porta e cruzei os braços abaixo do peito, a encarando, esperando que começasse à falar.

— Você está bem? — a pergunta dela me pegou de surpresa.

— Sim. Tudo ótimo. — respondi desviando o olhar e dando de ombros.

— Você mente muito mal, se quiser continuar com isso é melhor aprender logo, ou vão te pegar bem no início. — ela falou e eu arregalei os olhos, desencostei-me da parede e descruzei os braços, evitando o olhar dela. — Você tá sentindo a cabeça leve, como se estivesse tonta, tá com a garganta doendo e tá mais rouca quê o normal. É meio óbvio pra quem passa pela mesma coisa. Fora a pergunta que você me fez ontem. — ela explicou e eu deixei os meus ombros caírem, como ela mesma disse, eu não sei mentir bem, não adiantaria negar.

— Adiantaria se eu mentisse? — perguntei suspirando cansada e fechando os meus olhos, apoiando minha cabeça na parede e deixando o sol escaldante de Miami tocar meu rosto.

— Você logo aprende que mentir para uma mentirosa é como pregar para um padre. — assenti e a encarei enquanto ela virava a cabeça para o lado, parecendo uma criança curiosa.

— Pode perguntar. — disse sorrindo.

— Lauren... Por que está pensando em fazer isso? — Bianca me surpreendeu com a sua pergunta e eu franzi o cenho. — Qualquer garota nessa escola daria a vida pra ser como você, e tu estais jogando isso fora. Você não precisa da Ana e da Mia, Lauren. — ela disse e foi a minha vez de ficar confusa.

— Ana, Mia? Quem são essas? — ela colocou as duas mãos sobre a boca em espanto, como se houvesse falado demais.

— A anorexia e bulimia. — foi outra voz quem me respondeu, e eu entendi o espanto de Bianca.

Não era por ter falado demais, era por ter visto quem estava ouvindo a nossa conversa. Gelei dos pés à cabeça enquanto sentia aquele olhar me perfurar, acusatório.

Tentei não demonstrar tamanho nervosismo e agir naturalmente, como se não tivesse interesse nenhum no assunto. Mas eu sabia que estava encrencada, sabia que isso me renderia uma boa dor de cabeça e que eu não teria como escapar.

Ele saberia se eu mentisse.


Notas Finais


Oiie galero. Eu ainda estou sem internet, mas consegui roubar o wi-fi do vizinho pra postar. Então, eu escrevi isso pelo celular, me desculpem se estiver repleto de erros de português e de formatação. Quando a net voltar eu corrijo tudinho.

E eu vou att TMTC, prometo. Nem que eu fique até amanhã de manhã escrevendo, com os dedos sangrando. Amo vocês :)

Nos próximos capítulos WL vai ficar mais interessante, okay? Prometo isso também. E só lembrando, a Bianca é a Ashley Benson, eu imagino, pelo menos.

Kissus,
-Lena


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