História Welcome to life - 3 meses e uma boa notícia.

- Passagem de tempo Pov Cosima - 

Se passaram exatos três meses que eu e Delphine começamos a namorar, 6 meses que ela estava vivendo em Toronto. E nesses três meses foram marcados por muito amor e alguns pequenos conflitos. 

Eu posso dizer que foram os 6 meses mais felizes de minha vida desde que Delphine chegou, tudo estava tão diferente, a cada dia que se passava eu à amava mais e mais. 

O nosso relacionamento era diferente de absolutamente todos os outros. Delphine estava sempre comigo aonde eu fosse, dividimos o nosso tempo em minha casa e na dela, o nosso amor crescia e crescia que chega à doer um pouco. 
E dói porque eu pensava às vezes que o tempo estava passando tão rápido que logo Delphine estaria formada e o que iria acontecer quando os 6 meses restantes se acabassem? Como nós ficaríamos?

Felix e minha mãe sempre conversam comigo à respeito sobre o assunto. Eles acham que eu não devo pressioná-la para ficar aqui, uma vez que ela sempre preferiu viver longe de toda essa agitação, mas que também sabem que Delphine me ama e que isso já é um bom motivo para ela ficar.

E o nosso relacionamento é bem agitado devido ao pouco tempo e nós somos bem chicletes. Quando não passávamos o dia em casa nos finais de semana, passeávamos pela cidade. Frequentávamos cinemas, restaurantes, eventos da cidade e da universidade também.

E na cama? O nosso sexo? É a melhor coisa do mundo! Eu se quer podia sentir seu cheiro que logo recebia cargas elétricas no meu corpo, bastava um simples toque, um simples beijo, uma troca de olhares e eu já estava louca para jogá-la na cama.

E ela? Bom, ela não era lésbica antes, mas eu acho que ela nasceu para ser do vale dos homossexuais assim como eu. Ela fica melhor a cada dia que se passa, costuma tomar iniciativa em muitas das vezes e tem adorado os brinquedos. Meu quarto, o quarto dela, a sala dela, a cozinha dela e em especial o banheiro feitiche favorito de Delphine. 

Estava tudo tão perfeito, podia ficar mais?

- Pov Delphine – 

Seis meses em Toronto, três meses de relacionamento sério com Cosima. Eu mal sabia que sair do Quebec para estagiar e finalizar meu último ano como estudante de medicina veterinária me traria tantas surpresas.

No primeiro momento não seria uma boa ideia até que aos poucos fui me acostumando com a cidade. Claro que namorar a Cosima ajudou para que essa adaptação acontecesse. Nós fazíamos muitos programas juntas, quando não estávamos em lugares românticos, ficávamos em casa aproveitando nosso tempinho juntas e também nos reuníamos com toda à família Niehaus.

Eu nunca fui muito de demonstrar sentimentos, mas por Cosima eu tenho essa necessidade de beijá-la o tempo todo, de abraçá-la, fazer carinho e dizer o quanto eu a amo. 

As vezes parece até que ela não acredita nos meus sentimentos e acaba se emocionando um pouco quando lhe falo à respeito. E essa é a verdade, eu a amo demais, como nunca amei ninguém em minha vida!

E nesses três meses de relação tem sido tudo maravilhoso, tirando à parte em que Cosima fica brava pelos cantos com ciúmes. Isso eu detesto, eu sei que ciúmes é natural, mas é extremamente irritante sentir ciúmes de tudo. E ela é assim, ciumenta demais. Eu fiz algumas amizades nesse período, Krystal inclusive é uma das pessoas que tenho apreço. Na universidade tem Scott, Mark, Greice e a nossa coordenadora Susan. 

Recebia alguns convites de aniversários, reuniões em geral e tive que recusar muitos. Primeiro que Cosima além de ser antissocial ainda tinha uns ataques de ciúmes. Segundo que apesar dos pesares nunca tive interesse em festas. 

Os dias se passaram muito rápido, nós comemoramos três meses de relação em casa, fiz questão de espalhar pétalas de rosas vermelhas pela casa, queria fazer algo diferente, algo que nunca tinha feito. Então decidir que jogariam as pétalas de rosas fazendo o caminho do meu quarto até à cama. Espalhei algumas velas pela casa, claro que a comida ficaria por conta dela, com isso nunca me preocupava. Apenas comprei o vinho, o melhor e mais caro que encontrei. 

Optei por músicas clássicas da década de 70 deixando o clima ainda mais romântico. Tudo o que eu queria era demonstrar todas as formas de amor possíveis que existem no mundo por Cosima.

Eu queria absolutamente aproveitar cada segundo com ela, cada momento sem pensar muito no que seria ao chegar no final do ano. Sim, eu teria que tomar uma decisão difícil, ir ou ficar! 

Minha vida nunca se resumiu à cidade e nem a ninguém. Mas Cosima existe e ela não era ninguém para eu. Ela é tudo que eu tenho de mais valioso nesse mundo juntamente com meu avô e minha fazenda. Não é uma decisão fácil!

E depois de comemorar o nosso aniversário de namoro acabamos por discutir à respeito do assunto. Não havia se quer uma mínima possibilidade de evitar conversarmos à respeito, sempre tentava não pensar que teria que tomar uma decisão definitiva mas Cosima me pressionava as vezes por uma decisão do tipo “decida agora e é só isso” como se ignorasse o fato de que minha opinião, minha vida não tivesse em jogo.

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Já era sábado por volta das 13hrs quando escutei três batidas na porta e a voz suave de minha mãe nos chamando. 

- Cosima filha.... Delphine? – escutava a voz um pouco longe embora ela só tivesse no lado de fora do quarto. 

Tentei levantar mas as pernas da minha namorada estavam sobre mim, impossibilitando que eu levantasse para atendê-la. Então tive uma ideia meio maluca de ligar para ela já que se eu fosse respondê-la acordaria Delphine. Ela atendeu o telefone no 3° toque já reclamando.

- Me desculpe mãe, acontecesse que Delphine ainda está dormindo e com o corpo por cima do meu e eu não quero acordá-la! – falava quase susurrando.

- Eu tenho uma notícia para te dá minha querida, uma boa notícia! – falou bem animada! 

- Uma boa notícia? Eu ainda estou sonhando? – fui um pouco irônica!

- Não seja pessimista filha, é uma notícia boa sim, quando puder desça que eu lhe contarei! – fim da ligação.

Como ainda estava sonolenta devido a correria da semana na lanchonete, sem falar das obras que estavam em andamento na lanchonete devido à um problema na encanação deixando tudo uma zona. O lado bom é que não teria que trabalhar hoje (sábado) porque minha mãe resolveu mandar renovar a tintura dá fachada, ou seja, final de semana todo livre! E embora eu tivesse cansada demais Delphine não me deu trégua e eu claro não recusaria fazer amor com ela, óbvio que não. 

As 15hrs nós duas despertamos, tomamos um banho juntas e depois descemos para saber da “noticia boa” e para comer alguma coisa.

- Boa tarde família! – falamos juntas e descemos as escadas de mãos dadas.

- Delphine você é tão terrível, tão maldita! Como pode acordar absurdamente linda assim? – elogiou Felix arrancando risadas de todos.

- Eu acho que você exagera demais, dormi por horas, estou sem maquiagem e estou com cara de sono ainda! – retruquei dando um leve tapa em seu ombro.

Apenas observava a interação deles rindo enquanto comia um pedaço de torrada. 

- Por favor cunhadinha, eu adoraria ser você acordando de manhã, não seja modesta! – disse sorrindo.

Todos ríamos na sala!

E então mãe, que “boa notícia” – gesticulei – que você tem para me contar?