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História Welcome to Mount Massive - Três segundos.


Escrita por: Anagassen e AlmostLove

Notas do Autor


AlmostLove: MAIS UM DIA DE ATRASO E MAIS UMA VEZ A CULPA É MINHA. PERDÃOOOOO!
Eu sei que isso é péssimo, principalmente porque eu me propus a cumprir o prazo com a Ana todos os domingos. Mas eu não estou exatamente cumprindo isso, então, sinto muitissimo... Me perdoem. E eu realmente espero que vocês não me odeiem muito nesse momento. ç-ç MAs por favor, não culpem a Ana, é totalmente minha culpa e eu prometo tentar não deixar isso se repetir.
Eu espero sinceramente que curtam o cap e se divirtar. See ya o/

Anagassen: HELLOOOOOOO AMIGUINHOS! Como vocês estão?
Só quero dizer que agora após uma leve pausa pra vocês respirarem(pro povo da fic tbm tadinhos) aqui estamos de volta com as fortes emoções :v
Vejamos... Quem ainda não se ferrou do grupinho dos migos? Huuuuuuuuuummmm... Apenas aguardem! *risada maligna*
Gostaríamos de saber o que vocês estão achando da fanfic, então se possível deixem um comentário! <3 E caso queiram que adicionemos algo do jogo na fic... Só dizer!
Não corrigimos e nos perdoem por isso! E pelo atraso também...
Uma boa leitura!
E ESSA CAPA BABADO QUEM FEZ FOI A LINDA DA LIDI! <3333 (sou dessas que já chega com apelidos) Cujo nick é: LIhTNYS
HAZZOOOOOU <3 Dedico minha parte do capítulo pra você, molier! <333
ps: Realmente existe um shampoo com esse nome, me acabei de rir quando ela mandou a foto!

Capítulo 12 - Três segundos.


Fanfic / Fanfiction Welcome to Mount Massive - Três segundos.

Irene mal podia lembrar qual fora a ultima vez que tivera um momento de calmaria como aquele. Ela podia sentir a tensão por cada terminação nervosa do seu corpo. Perto de Jihyun mal falava e quando a mesma se foi com Hyomin para o quarto, sentou-se no chão, apesar das diversas poltronas na sala de Chanyeol e guardou o walk-talk no bolso do jaleco que usava.

Finalmente respirou profundamente, se permitindo relaxar. Acabou por passar grande parte do tempo apenas observando o jovem rapaz que ficara na mesma sala que ela. Ele brincava com o pequeno ratinho Péricles e vez o outra a olhava, mas quase sempre desviava o olhar quando ela o encarava de volta.

A mulher bufou e sorriu maliciosa, indo para o lado do mesmo com passos leves e sentando ao lado dele. Ambos sentados no chão abaixo de um duto que ficava no alto da parede. Ela entendia que na mente dele, aquele era um ponto estratégico para se estar porque por muito tempo para ela foi daquela forma que as coisas funcionaram.

– Sehun, você não pensou duas vezes antes de ser leal a Jihyun, mesmo sabendo que ela não pretende sair daqui. Você... Você não pensa em sair daqui um dia? Sei lá, voltar para sua provável namorada e sua família, sabe? – A experiente mulher murmurava com a voz leve demais para a personalidade que possuía, estava claro que com todo aquele questionamento, o que ela realmente queria saber é se ele tinha uma namorada para quem voltar.

– Namorada? – Sehun piscou confuso com o que acara de ouvir, fitando-a com a testa franzida e em seguida rindo baixinho. – Eu não tenho namorada. Bem... Sobre a minha família é que creio que não buscaram saber muito sobre mim, não é todo mundo que gosta de um rapaz que anda com um hamster nos ombros. – Sorriu de leve e evitou fitá-la. – E não é que eu não queira sair... É que eu não consigo confiar na médica de jeito algum, a Lee é aquela coisa... É louca, mas sei que se eu não ficar contra suas decisões... Nada de ruim acontecerá comigo. Sem contar que também não confio no Park...

– Sei que isso pode parecer equivocado, mas se sairmos daqui, eu tenho um apartamento bem legal sabe? E grande. E eu acho o Péricles adorável. O que me diz? – A mulher murmurava tudo com um sorriso levemente sacana e no final ainda deu uma piscadela maliciosa. Irene não via alguém interessante há muito tempo e o seu interesse no rapaz só crescia. Ele era bonito, educado e apesar de muito jovem, ao ver dela, seria ótimo. Considerando que não via um bom homem hetero, jovem e bonito há um longo ano. Era concreto dizer que aquela mulher subia pelas paredes e Sehun era sua cobaia. A não ser que ele não fosse Hetero, aquilo fez a mulher refrear-se um pouco. – Espera... Você é hetero, certo?

– Como é? – Sehun lhe fitou agora com os olhos arregalados. O hamster até mesmo descera e saíra correndo pela sala pelo susto que recebera do leve pulo que o dono dera. Sehun ainda estava sentado, mas fitava Irene com a sobrancelha erguida. – Eu sou hetero, mas isso soa-me um tanto quanto... Estranho. – Semicerrou os olhos para a moça. – Está tudo bem, Irene? Não sei... Não compreendo onde você quer chegar, mas sobre a sua pergunta sobre sair daqui: Até pretendo, porém só o faço com segurança e garantias de que não vou ser seguido por uma médica psicopata e louca.

A mulher sorriu da forma mais deleitosa que estar em um lugar como aqueles permitiria e tocou de leve o rosto do jovem, acariciando-o com um sorriso malicioso.

– Eu te darei as garantias que sairemos daqui vivíssimos e seguros, que tal? – Perguntou num tom baixo, com a voz um tanto quanto rouca e se aproximou mais do jovem, espremendo os seios no braço dele. – Quer sair daqui comigo? 

– C-c-como? – O susto que o rapaz levou ao sentir e ver o que a moça fazia fora tão grande, mas tão grande que Sehun caiu deitado no tapete da sala de Chanyeol com seus olhos muito arregalados. – V-você tá bem? – Indagara assustado e rindo pela respiração. – Acho que lhe falta uma boa noite de sono, Irene... Além do mais, não tem como termos garantias de nada aqui dentro. Nada.

O sorriso da doutora Bae só se alargou ao ver a posição do rapaz, engatinhou por sobre ele até estar com a face sobre a do mesmo e deitou-se sobre ele. Colando completamente o corpo ao dele.

– Meu querido Sehun, acredite, iremos sair desse lugar, todos nós. E você sairá comigo e irá morar comigo. Não porque seus familiares são uns bostas que não te procuraram, ou porque você é bonitinho demais para ficar sozinho e sim porque eu quero e sei que conseguiremos isso. Além do mais... Eu nunca estive melhor. – Sussurrou roçando os lábios pelo pescoço do rapaz. – Sabe, você é realmente muito fofo, como pode não ter uma namorada? Temos que reparar isso. – Sussurrou maliciosa bicando os lábios dele em um selar rápido para em seguida voltar a roçar os lábios pelo pescoço do mesmo.  Os homens costumavam fugir de Irene, porque ela era uma mulher de iniciativas e aquilo afetava o ego frágil de muitos deles. Mas ela sabia que com Sehun seria diferente, pelo simples fato dele ser jovem e inexperiente demais para se preocupar sobre quem toma ou não iniciativa.

– M-mulher... Você está bem? – Até tentou se desvencilhar, mas era difícil o fazer quando a mulher em cima de si tinha lábios macios. Sehun pensou em gritar pelo Hamster, mas era bem capaz de Irene ignorar o pobre bichinho... – C-como assim você quer e que vai conseguir isso? Acho que você não está nada bem, Irene, creio que tenha algo de errado... Você não era assim! Não agia assim! E além do mais, você é linda... Só que não me engana. Não confio em vocês médicos, principalmente as que decidem ficar e ainda por cima escondendo um walk-talk para passar informações aos outros.

 – Você ainda não entendeu, Sehun. – A mulher sussurrou maliciosamente e roçou o corpo por inteiro ao dele voltando a roçar os lábios pelo pescoço do mesmo. – Você é muito inocente para entender o que está acontecendo aqui, mas não se preocupe, eu irei te ensinar. – Ela falou baixinho e beijou-lhe os lábios de forma possessiva, com um tanto de ferocidade e muita paixão. – Ah... Eu não beijava há um ano. Que lugar maldito. – Murmurou baixinho voltando a beijar ele e agora todo o corpo se espremia ao dele. – E eu vou te levar comigo pelo simples fato de que você é meu agora. – Ronronou baixinho mordendo de leve a orelha dele, para em seguida o beijar novamente. 

– O SANGUE DE JESUS TEM PODER! – Sehun gritou tão assustado que até mesmo empurrou a mulher com tudo e se levantou na pressa e pronto para pular no duto de ar. O problema fora justamente no fato de que Irene lhe agarrou o calcanhar e o fizera se desequilibrar ainda de pé, caindo e dando com a cara no chão. – EU NÃO SOU A HYOMIN, EU NÃO TENHO DONA! – A sorte mesmo era que somente os variantes os escutavam... Ainda que de longe. Jihyun e Hyomin estavam tão longe que nem mesmo podiam ouvi-los. – PÉÉÉÉRICLES, SOCOOOOORRO!!

Irene subiu por sobre ele novamente, dessa vez, sentou-se na bunda do rapaz e passou a massagear as costas dele de forma carinhosa e cuidadosa.

– Não, meu amor, não é assim que serão as coisas. Eu e você apenas iremos ficar juntinhos, com muitos beijinhos e comidinhas e no meu apartamento, porque sinceramente, querido, eu não pretendo morrer aqui dentro. – Murmurava tudo com a voz aveludada, deixando leves beijos pela nuca do rapaz. – Eu não te farei mal, querido.

– PÉÉÉÉÉÉÉRICLES! – O grito fizera o Hamster reaparecer e rapidamente morder o dedo indicador da mão do braço que estava esticado, o pequenino batia as patinhas para trás tentando puxar seu dono, mas Sehun era muito pesado para um pequeno Hamster lhe puxar... O pobre voltou a correr quando percebeu o olhar de Irene para si. Até mesmo aquele ratinho tinha medo da Bae... – Meu amor? Desde quando? Você não era assim quando tinha mais gente junto... – Tivera uma ideia, mas para isso teria de dar o melhor desempenho de sua vida. Respirou fundo, puxando todo o ar possível para então gritar em alto bom tom. – JIHYUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUN!

– Eu não acredito nisso. – A mulher o encarou suspirando e o virou para si, sentando dessa vez na barriga do mesmo. – Qual o seu problema? Você é virgem? É isso? – Ela questionou com um olhar confuso, mas ainda havia um tanto de malícia no olhar da mesma. – Você ainda não entendeu o que eu estou querendo? Eu preciso desenhar? Quer que eu mostre como? – Questionava tudo pacientemente ignorando os gritos do mesmo. Deslizou o quadril para baixo, passando a pressionar-se sobre a região pélvica do rapaz. – Tudo bem, eu vou mostrar que pode ser bom. – Sussurrou maliciosa roçando-se contra ele e voltando a roçar os lábios pelo pescoço dele. – E claro que não fiz antes... Como faria? Para o que eu quero, é necessário privacidade, meu caro Sehun.

– Irene... Não sei se você reparou... Mas eu sou o cara que anda com um Hamster nos ombros mesmo antes de entrar aqui. – O rapaz lhe fitou com a testa franzida. – Não sei se você lembra, mas eu tenho dezoito. – Irene até mesmo parara de se movimentar e voltou a se sentar, fitando-o com os olhos arregalados. – Eu cheguei aqui com dezessete. – E quando Sehun já ia aproveitar a oportunidade de se levantar... Eis que a Bae lhe empurrou com tudo de volta para o chão, fitando-o seriamente, porém deveras maliciosa. A loira somente se levantou enquanto cantarolava uma música qualquer, empurrando calmamente uma das prateleiras de rodinhas de Chanyeol para a entrada no duto de ar, assim como se locomoveu até a porta e a fechando. E o pior? Ela tinha chave para trancar...

– Bem, isso torna tudo ainda melhor, sabe porque meu querido? – Ela sussurrava tudo de forma maliciosa a medida que o mesmo levantava e ia se afastando dela com um olhar nervoso. – Por que eu serei sua primeira. – Ela deu outra piscadela sacana e o pressionou entre a mesa de Chanyeol e ela. – Vai ser ótimo.

 

//

 

 

Depois de muitas risadas por parte de Yuri e Taeyeon e de um plano um tanto quanto estranho começar a ser formado, todo o prédio começou a soar um alarme o que fez Yuri ficar paralisada, para em seguida uma expressão feroz assumir seu rosto. Alguém estava invadido seu prédio e não era qualquer variante. A forma como o alarme soava deixava claro que as portas foram forçadas, provavelmente explodidas e por conhecer tão bem o sistema de segurança daquele prédio ela sabia que se vinha de fora e tinha poder de fogo bom o suficiente para explodir a entrada, só poderiam ser mais soldados das corporações. A expressão da morena se fechou e ela encarou a todos com seriedade.

– Se escondam! Todos vocês. – Ela ordenou já abrindo um dos dutos e ajudando Jessica a subir no mesmo. Depois da sua namorada, ela ajudou cada um deles a entrar lá e depois sorriu. – Vou ganhar tempo, vão. – Ela falou com um sorriso mínimo nos lábios, mas somente Taeyeon entendeu as intenções da mesma.

– GANHAR TEMPO É A MINHA MÃO NA SUA CARA! – E tudo o que Yuri vira antes de ser puxada pelo colarinho para subir, fora justamente a mão de Jessica. – SOBE AGORA MESMO, KWON YURI! EU NÃO SOU PAGA PRA ISSO! – Yuri subiu no duto com um enorme beicinho. Nunca conseguia executar seus planos bem quando Jessica decidia que o plano dela tinha de ser executado e não o da namorada.

Taeyeon tentava a todo custo conter as risadas, o que conseguiu com sucesso após receber um olhar frio de Tiffany que engatinhava a sua frente. No fim das contas, depois de Jessica revirar todos eles para puxar Yuri para dentro, a ordem da filinha mudara.

Chanyeol e Baekhyun iam mais a frente, Tiffany e Taeyeon atrás deles e por fim Yuri e Jessica. Até então, iam tranquilamente pelos dutos, a coisa só ficou caótica quando começaram a ouvir tiros sendo disparados pelo prédio. Aquilo deu a certeza que precisavam de que mais soldados realmente haviam sido enviados. Mais a frente Yuri puxou Jessica consigo, para olhar para baixo através de uma das entradas dos dutos e todo o grupo acabou por parar também, a não ser por Baekhyun e Chanyeol que continuaram seguindo caminho por não perceberem o que acontecia.

– Quem são eles? – Taeyeon cochichou lançando um olhar sério para a melhor amiga que deu de ombros com o mesmo olhar curioso. Mas a curiosidades de ambas se foi, dando lugar a um olhar de completo horror ao notarem pelo menos cinco homens serem mortos por um único. E o mais assustador, era a forma como ele o fazia. Ele desmembrava cada soldado com as próprias mãos e com o uso de tanta força e tanta velocidade que chegava a ser assustador.

Jessica teve que conter um grito quando o estranho variante olhou para cima, olhando-as diretamente, como se soubessem que estavam ali. Um pequeno sorriso torto tomou a face desfigurada, que logo seguiu adiante pelos corredores.

– Temos que sair desse prédio, agora mesmo. – Yuri falou com um olhar apavorado.

– Eu concordo seriamente com você. – Taeyeon falou puxando a namorada consigo pelos dutos. As quatro andavam as pressas, mal notando que acabaram por se distanciarem demais de Baekhyun e Chanyeol.

– Quem é aquele cara? Meu Deus... – Tiffany de tão assustada chegava até a abraçar a pobre Taeyeon, dificultando o engatinhar da mais velha. A ruiva estava com os olhos bem arregalados. – Acho que a gente devia voltar pro prédio um e pedir paz pra louca da Lee...

– O pior é que eu sou obrigada a concordar... A gente se faz de quem também não quer sair daqui, ao menos estaremos todas seguras e eu poderei ficar perto da minha irmã, que apesar da lavagem cerebral ainda é a minha irmã... – Jessica estava praticamente em cima das costas de Yuri e era carregada pela mesma. – Isso aqui não está de Deus não... Socorro...

– Aquele é o super soldado do doutor Lee. Ele nunca saiu do prédio cinco. Se ele saiu agora significa que ele pode sair mais vezes. – Yuri falou baixinho, ela carregava a namorada sem esforço, diferente de Taeyeon, que ia a frente se arrastando com Tiffany ainda grudada nela.

– Espera. – A baixinha parou, tomando folego e olhando para trás para encarar as outras duas. – Isso significa que ele pode ir até mesmo no prédio um. Não tem lugar seguro aqui dentro. Não mais... C-certo? – Perguntou incerta com um olhar temeroso.

– Sim. Não existem lugares seguros agora que ele resolveu sair. – A morena falou com pesar achando uma saída do duto. – Vamos sair dos dutos, é mais fácil sair desse prédio pelos corredores, além do mais... Ele está ocupado desmembrando aqueles soldados. – A voz dela soava confiante, mas o olhar era opaco, Yuri parecia estar escondendo algo. Fora a primeira a descer dos dutos, olhando em volta atentamente, para em seguida ajudar Jessica, Tiffany e Taeyeon a descerem. – Vamos devagar, sem barulho e com cuidado. Qualquer coisa se escondam no primeiro lugar que acharem.

– Sim, mas ao menos no um nós estaremos mais próximos a saída. – Jessica olhava todo o corredor com grande receio, fitou Yuri em seguida. – E além do mais... Para chegar lá é mais dificultoso, creio que ainda seja a nossa melhor opção. Nunca tivemos lugar seguro aqui dentro... Sejamos sinceras, ainda mais agora que a Yuri não tá mais louca... Tudo bem que na teoria isso deixa Mount Massive mais seguro, mas né? Ainda tem muito variante maluco por aí!

– A gente deixa pra falar sobre esses assuntos quando estivermos no prédio um, ok? Nos organizamos para falarmos baixo e sempre longe de quem possa nos ouvir e nos ferrar a vida! O mais estranho é que até agora a nossa querida informante, a doutora Bae, ela nem mesmo nos atualizou de nada! – Tiffany exclamou sem muita paciência e certamente bem desconfiada.

– O outro walk-talk está com quem? – Taeyeon perguntou com um olhar curioso, mas parou completamente estática ao notar cinco soldados mais a frente. Todas pararam em silêncio e estavam prestes a voltar pelo caminho que vieram quando um  dos soldados as viu, alertando aos outros que apontaram as miras para elas.

Yuri até mesmo tomou a frente, pronta para enfrentar todos eles, mas não precisou fazer nada, já que o variante estranho apareceu mais uma vez. Dessa vez o mesmo pulou de um dos dutos, aterrissando entre os soldados e repetindo o que fizera mais cedo. Desmembrou todos eles com facilidade e velocidade, para logo em seguida sumir por outro duto. Seus movimentos eram sempre tão rápidos que até aquele momento fora impossível realmente notar a aparência do mesmo. Elas só tinham certeza de três coisas, ele era alto, forte e veloz.

– Okay... Temos que sair daqui agora! – Falou passando a correr sendo seguida de perto por Jessica, Taeyeon e Tiffany. Depois de cruzarem alguns corredores, chegaram a porta principal. Porta esta que havia sido explodida para dar passagem aos soldados, curiosamente, não havia nenhum soldado vigiando, já que o que encontraram foram somente os cadáveres dos homens. Yuri parou momentaneamente, para analisar a cena e olhar os mortos, todos desmembrados o que a deu certeza de quem havia sido o autor daquela cena. Em seguida, guiou as outras para fora, mesmo tendo que passar por cima dos três corpos. O dia não era nublado, por isso a temperatura era um tanto quanto agradável. No lado de fora não havia nenhum variante, era como se todos soubessem o que acontecia ali e estivessem escondidos.

– Entraremos no um por alguma janela quebrada. Vamos por fora mesmo, parece ser seguro. – Yuri murmurou voltando a segurar Jessica pela mão, enquanto andavam. Elas tinham pressa, mas mais uma vez, Yuri refreou-se e as encarou incrédula. – Não sentem falta de nada?

– O BAEKHYUN! – Tiffany e Jessica gritaram em uníssono e se entreolhando assustadas. Até pensaram em voltar para o prédio, mas foram puxadas por Yuri, que também puxava Taeyeon. Aquele prédio já não era mais seguro, além do mais era o doutor Park quem tinha ficado com o outro walk-talk.

 

 

//

 

O caminho para Baekhyun e Chanyeol até então havia sido tranquilo. Cruzaram alguns dutos e viraram sempre para a direita, mesmo que aquilo pudesse significar que estavam andando em círculos. Vez ou outra o doutor olhava para baixo, a única coisa que via eram corpos, pedaços de braços, pernas e até mesmo algumas cabeças. Alguém estava desmembrando todos os soldados e o mesmo temia por si mesmo e por Baekhyun, já que sabia que aquilo não poderia ser obra de Yuri.  Somente com esse pensamento o médico percebeu que ele e Baekhyun se perderam das outras, olhou para trás com um olhar preocupado, notando que o mais jovem ainda não percebera.

 

– Nos separamos delas de novo. – Park resmungou parando um pouco para descansar, a dor dificultava o caminho para ele, o que o fazia ir um tanto mais lento a cada engatinhada. Baekhyun estava prestes a retrucar, com um olhar de que não entendera o comentário do psiquiatra.  – Nós nos perdemos das outras. – O homem voltou a repetir, finalmente sendo possível notar entendimento no olhar do Kim mais novo, entendimento e pavor.

– POR ESSA ÁGUA DE JES- – Tivera a boca tampada por Chanyeol, que lhe fitou assustado. Aquela era sempre a reação automática de Kim Baekhyun, o rapaz tinha que gritar para poder exaltar o quão assustado estava. O moreno até acreditava que isso ajudava a espairecer do medo. – O que nós vamos fazer? Onde nós estamos? Qual era o maldito plano?

– Vamos para o prédio da Jihyun, lá é seguro. – Falou baixinho se arrastando para a saída mais próxima do duto. A abriu devagar e olhou o moreno. – Eu sei que pode parecer covardia, mas você precisa descer primeiro para me ajudar a descer, porque eu não sei se vou conseguir sozinho. – O psiquiatra falava se referindo as costelas e todas as feridas que conseguira no ultimo dia.

– Ai Jesus... – Baekhyun sussurrou baixinho e saindo lentamente do duto. Observou todo o local antes de ficar na ponta dos pés para fitar Chanyeol novamente. – Tá tudo certo, viu viado? – Ajudou-o a descer lentamente e coçou a nuca antes do psiquiatra se apoiar nele. – Bicha... Onde é que nós paramos? – O local mais parecia uma enorme garagem do que qualquer coisa. Haviam carros intactos e um túnel que parecia descer, mas que estava com uma porta de vidro transparente.

– Essa é a entrada do prédio cinco. – Chanyeol falou baixinho olhando em volta para se certificar de que não havia nada nem ninguém ali. – Acho uma boa ideia voltarmos pelos dutos. Aqui não é seguro. – O psiquiatra falava com um olhar focado. – Como vamos subir de volta? Eu não vou conseguir te ajudar a subir e se subir primeiro não vou conseguir te puxar lá de cima.

– Olha, viado... A gente pode tentar assim, eu tentou abrir um dos carros ou ir empurrando até a entrada do duto depois que você subiu, assim eu consigo subir pelo capô. Pode ser? – Baekhyun colocou as mãos na cintura e rira pela respiração. – Que merda... Se a gente quisesse vir pra cá, teria sido bem mais difícil, mas como a gente queria evitar... Paramos aqui na maior facilidade. Que morte essa nossa!

– O que te faz achar que pode empurrar um desses carros sozinho? – Chanyeol perguntou olhando para o rapaz, para em seguida olhar o duto, depois ele e o carro, mais uma vez o duto, para por fim, olhar o mais novo nos olhos. – Esse plano não parece bom. E se você não conseguir?

– Oras! Se eu não conseguir, então usamos o raio do walk-talk! Você diz pra sua queridinha Lee que o Super Soldado está atrás de nós e ela vem correndo te ajudar em nome da velha amizade e blábláblá! – Baekhyun rolou os olhos como se aquilo fosse a coisa mais óbvia do mundo, observou bem o interior dos carros. Pareciam ser tão confortáveis... Já sonhava acordado com uma boa soneca em cima daquele banco macio!

– Duvido que Irene arriscaria a vida por mim. – Falou simplesmente e seguiu o olhar do rapaz com curiosidade. – O que está pensando para ficar com essa expressão tão feliz? – O psiquiatra perguntou se aproximando mais dele para olhá-lo atentamente. Apertou as bochechas do mais jovem o encarando de perto. – Baekhyun, foco! – Murmurou com um olhar sério.

– Deixa eu sonhar, seu venenoso! – Baekhyun ergueu o queixo e então ouvi um barulho estranho vindo do túnel. Reparou que no cantinho, bem no cantinho mesmo havia um buraco. – Viado... Se a gente correr daqui pra esse carro mais pertinho, a gente morre ou dá tempo? – O moreno nem mesmo esperou a resposta, já fora correndo e puxando Chanyeol loucamente. Tentou abrir as portas de um dos lados, mas todas estavam trancadas. Ele nem mesmo sabia porque estava tentando o porta-malas, mas acabara por abri-lo no mesmo instante. – Entra! – Sussurrou entredentes e assustado.

– Mas o... O que? – O psiquiatra entrou completamente confuso e viu Baekhyun fazer o mesmo, se espremendo sobre ele.  – O que está acontecendo, afinal? – Chanyeol perguntou com o olhar ainda confuso.

– Acho que vi alguma coisa ali dentro... – O mais novo fechou o porta-malas e observou cuidadosamente o lado de fora pela pequeno espaço que deixara aberto. – Estou com medo de ser o tal do soldado de novo. – Engolira em seco. – Foi uma péssima ideia ter descido aqui. Talvez seja melhor você esperar dentro do duto ou aqui, enquanto eu procuro alguma coisa para poder subir no duto depois.

– Nem pensar. Eu não vou deixar você ir lá fora sozinho. – Chanyeol o encarou com seriedade. – Além do mais, o que poderia ser lá fora? Você sozinho enfrentando um variante perigoso não me agrada.

 

 

//

 

 

Depois de alguns minutos de correria sem tempo para descanso, finalmente chegaram ao prédio um. Estavam se encaminhando para uma das janelas, quebradas, quando Yuri, gentilmente, quebrou uma das portas, a adentrando impaciente. Aquela altura, Jessica era carregada pela namorada no colo, já que assim que saíram do pátio do prédio quatro a loira já alegara cansaço.

Quando finalmente adentraram o prédio, não pensaram duas vezes, foram diretamente a sala de Chanyeol. Os variantes do prédio um eram até calmos, nenhum deles mexeu com eles e alguns até mesmo gritavam e saiam correndo quando as via. Era óbvio que a fama de Yuri ainda mexia com todos os residentes daquele lugar.

Taeyeon resfolegava quando chegaram à da sala do psiquiatra e estava para bater na porta quando começaram a ouvir uns barulhos estranho. As quatro se posicionaram em volta da porta para ouvir do que e tratava. Alguns gritinhos pareciam vir de dentro da sala.

– Okay... O que acham que está rolando lá dentro? – Taeyeon perguntou baixinho com um olhar confuso. – Será que Irene está sendo atacada por algum variante raivoso?

– Gente... Acho que nós devíamos procurar a Hyomin direto, sim? – Jessica tinha uma leve careta no rosto. – Não acho que seja um variante em especifico...

– Ué. – Tiffany piscou confusa e aproximou-se da porta junto com Yuri, que também queria entender o que estava acontecendo. Afastaram-se ambas em um pulo quando ouviram um gemido alto e rouco.

– Não me diga que... – O queixo de Jessica caiu no mesmo instante.

– Taeyeon, faça alguma coisa! A Bae tá atacando nossa criança do Hamster! – Tiffany começara a balançar a namorada pelos ombros. Estava incrédula, ainda mais por Baekhyun não estar ali para lhe ajudar a descer um barraco!

– E o que você espera que eu faça? – A baixinha perguntou com um olhar incrédulo. – Quer que eu simplesmente interrompa o coito alheio?

– Olha, não é por nada não, mas se eu fosse o garoto não estaria achando ruim. Não é como se a gente precisasse salvar ele ou algo assim. Eu não iria querer ser salva daquela mulher. – Yuri comentou baixinho para a amiga que acenou positivamente.

– VOCÊ O QUÊ, KWON YURI? – Jessica gritou enfurecida enquanto começava a estapear a namorada. – SAFADA! SEM VERGONHA MESMO! E EU VIM ME ARRISCANDO POR VOCÊ HÁ DIAS!

– ACABA COM ELA, JESSICA! – Tiffany batia palmas para demonstrar apoio a amiga.

– EU VI A SUA NAMORADA CONCORDAR COM A CABEÇA NA HORA DO COMENTÁRIO, TIFFANY!

– O QUÊ? – E agora eram duas batendo nas namoradas, empurrando-as contra parede e até contra a porta.

 

Eis que nem mesmo imaginava que no lado de dentro ambos paravam o que faziam e a doutora simplesmente tampava a boca do rapaz, tendo de um olhar estranho para a porta. Estavam tampados somente por um lençol.

– Eu acho que tem alguém lá fora. – O rapaz dizia tudo muito baixo devido a mulher lhe tampar a boca e não parecia ter uma pretensão de tirar aquela mão daquele local tão cedo.

 

– J-Jessie, por favor, calma, meu amor, olha... Olha só, eu falei se. SE, eu fosse ele. Entendeu? Eu não tenho olhos para ninguém... Ai, JESSICA! –  Yuri gritou ao sentir um tapa mais forte no ombro. – Pelo amor da santa água de Jesus! – A morena esbravejou segurando ambos os pulsos da namorada com firmeza e a encarando furiosa. – JESSICA JUNG, SE FOSSE EU E VOCÊ LÁ DENTRO TIRANDO OS ATRASOS, VOCÊ IRIA GOSTAR QUE ALGUÉM INTERROMPESSE?!

– É EXATAMENTE ISSO! – Taeyeon gritou em apoio a Yuri, pegando as mãos da própria namorada para impedir mais tapas. – Qual é vocês querem simplesmente interromper os dois?!

– ACHA QUE EU SOU SURDA? ACHA QUE EU NÃO OUVI O “DAQUELA MULHER”? FALSIANE! – Jessica cutucava o ombro alheio. Mal ela sabia que havia chamado atenção até de quem não estava naquele andar.

– EU VOU TE MATAR, KIM TAEYEON! CADÊ O BAEKHYUN PRA ME AJUDAR A TE BATER? SUA MAU CARÁTER!

Yuri estava para recomeçar as próprias explicações, quando uma Irene descabelada, com as roupas pelo avesso abriu a porta. Atrás dela Sehun tinha um olhar arregalado e assustado e o pequeno Péricles em cima da sua cabeça. Curiosamente, até o rato parecia ter medo da mulher naquele momento. Irene sorriu, claramente um sorriso completamente forçado e as encarou de forma assassina.

– Eu vou ser legal... Vocês têm três segundos. – A mulher sussurrou de forma fria sorrindo de forma um tanto quanto furiosa.

– COOOOOOOOOOORR- – Jessica até se virou para começar a mancar para longe da psiquiatra, mas dera literalmente de cara com a irmã, caindo de bunda no chão. E quando aquele grupo acreditava que as coisas não poderiam piorar... Eis que logo atrás de Hyomin estava uma Jihyun nada contente. O olhar da residente era frio, mas nem mesmo era capaz de fazer com que Bae Irene evitasse dar um passo a frente e mostrando ao grupo que aquilo era realmente perigoso. Ou corriam, ou estavam ferradas. – AI MISERICÓRDIA!

 – CHAMA A MINHA MÃE, JESSICA! – Tiffany gritou assustada e rapidamente ajudou a amiga a se levantar.

Jihyun as olhou com frieza e incredulidade, afinal, elas pareciam ter mais medo da Bae do que dela. Porém, ao notar o olhar da Bae, apenas deu espaço para que a mesma passasse em direção as duas amigas. Tiffany tentava desesperadamente correr, mas com Jessica mancando se apoiando em seu ombro elas mal conseguiam andar rápido, quanto mais correr.

– Eu avisei... – Irene sussurrou friamente, depois de alcança-las, de alguma forma misteriosa, arranjara uma vassoura, vassoura essa com a qual começara a bater nas duas mulheres de forma furiosa, focando sempre o bumbum de ambas. – O QUE DROGA VOCÊS DUAS TÊM NA CABEÇA?! – A médica gritava irritada jogando a vassoura longe para encará-las furiosa. – EU ESTOU HÁ UM MALDITO ANO SEM SEXO! SABEM O QUE É ISSO? UM ANO, UM FODENDO ANO! E AI DEPOIS QUANDO FINALMENTE ENCONTRO UM HETERO NESSE LUGAR QUE MAIS PARECE UM ASILO PARA GAYS, VOCÊS DUAS VÊM E ESTRAGAM TUDO! – A mulher gritava com toda a sua fúria passando a bater em ambas agora com as mãos.

– EU CAÍ DA JANELA DO SEGUNDO ANDAR, TENHA PIEDADE! – Jessica tentava se desvencilhar dos tapas, mas tivera de Yuri intervir para puxar a namorada para fora daquela briga. Taeyeon até tentou fazer o mesmo... Mas acabou apanhando junto.

– QUE ISSO, MULHER! QUER FAZER SACANAGEM ENTÃO ARRUMA UM QUARTO! – Tiffany gritou e se escondeu atrás de Hyomin. Irene parou de tentar assassiná-las quando percebeu que se desse um tapa errado e acabasse acertando Hyomin ou a própria Jihyun... Que aquilo iria piorar.

– O que está acontecendo aqui? – Hyomin indagara curiosamente e indo até a irmã ao vê-la mancando. – Que covardia... A coitadinha não tá bem! Toma vergonha na cara, Bae! Cuida do teu boy e deixa minha irmã em paz! Cuida bem dele, já que ele tá quase subindo no duto... – Dissera como quem nada quer e notando Irene puxar Sehun com tudo para longe do duto.

– FOFOQUEIRAS! – Sehun gritou indignado e notando Péricles correr dele, levantou somente a cabeça e entendera. Irene os fitava... E não parecia ser calmamente.

– EU AQUI TENTANDO NOS DEFENDER E VOCÊ TENTANDO FUGIR?! SÉRIO?! – A mulher agora descontava toda a sua fúria no rapaz, dando tapas nos braços do mesmo. A situação só teve um fim definitivo, quando Jihyun em pessoa a separou do garoto.

– Nada de entrar no duto. – Jihyun falou para Sehun, antes mesmo que ele pensasse em fazê-lo. – Agora será que vocês quatro podem me explicar o que fazem no meu prédio? Que eu saiba não queriam ir embora? Será que vou ter que jogá-las para os variantes? – Ela questionava pensativamente com um olhar frio e um sorriso maldoso.

– Isso vai depender se você ainda os quer inteiros. – Yuri sussurrou encarando a mais nova com uma expressão ainda mais fria. Logo tanto ela quanto Yuri aproximaram-se uma da outra e o tipo de tensão daquele lugar se tornou diferente. – Lee Jihyun, vamos mesmo recomeçar isso?

– Isso depende... Você quer mesmo me desafiar dentro do meu próprio prédio? – As duas estavam muito próximas e os olhares nada amigáveis.

– Certo, certo, eu sei que vocês se odeiam e querem se bater e blá, blá, blá. Mas meu irmão ainda está no prédio quatro com o monstro e o tal do doutor Park também. Então, podem parar essa droga por uns minutos? – Taeyeon falou com calma e um olhar levemente irritado, a baixinha não parecia paciente para lidar com aquilo, ainda assim, maneirava no tom, considerando que não conseguiria lutar com aquelas duas caso as irritasse.

– Viemos em paz! – Jessica se pronunciou e rapidamente se colocando na frente de Yuri e fitando Lee Jihyun calmamente. – Levantar a bandeirinha da paz, sabe? Pensamos melhor e chegamos a conclusão de que você realmente estava certa. – A atuação era tão boa que até mesmo Hyomin lhe fitava surpresa. – Lá fora não é seguro... E tão pouco o prédio quatro já que agora o amiguinho do seu pai se soltou, né? A coisa ficou tensa...

– Aí quando estávamos tentando fugir, bem... Perdemos o Baek e o Park tudo de uma vez só. – Tiffany rira nervosamente. Jihyun estava pensativa sobre todo aquele assunto, se as deixava ficarem. Porém... Fora retirada de seus pensamentos quando Sehun se manifestou.

– Tá que a vida de vocês ficou bem merda lá no prédio quatro, mas é sério que vocês atravessaram o terreno inteiro só pra atrapalhar e empatar a nossa foda? – Indagara confuso, tendo Irene a apontar para ele e assentir rapidamente enquanto fitava Jihyun. Agora a residente compreendia do porquê a pobre Bae tentou assassinar aquelas duas.

– Você quer me dizer, que essas pessoas chegaram aqui e atrapalharam o que poderia ser a criação do primeiro bebe de Mount Massive? – Jihyun perguntou com um olhar sério e teve Irene a confirmar com o olhar assassino novamente na face. – COMO OUSAM?! VOCÊS PERCEBEM QUE PARARAM O CURSO DA NATUREZA?! VOCÊS PODEM TER DESTRUIDO MINHAS CHANCES DE SER TITIA DE UMA CRIANÇA UM DIA! – Jihyun esbravejou com uma expressão furiosa, encarando-as com um ar nada amigável. Atrás de Jihyun, Irene sorriu maldosamente e deu uma piscadela para Jessica.

– Sim, sim, para você ver como elas são cruéis. Elas pararam eu e o Sehun bem no meio de ato! – Irene voltou a se pronunciar, com um olhar triste e com olhos marejados. Jihyun a olhou com compreensão, mas também pena, aparentemente, comprando a atuação da loira que, assim que a residente voltou a encarar as quatro invasoras, voltou a sorrir maldosamente.

– E AINDA ENTRARAM NO MEU PRÉDIO NOVAMENTE! VOCÊS QUEREM MESMO MORRER! – Ela gritava tudo de forma tão furiosa que até mesmo Hyomin se encolhia de medo.

– Em minha defesa, eu e Taeyeon tentamos salvar a foda deles dois. – Yuri falou num tom baixo e Taeyeon acenou freneticamente, como se sua vida dependesse daquilo.

– Olha, não é por nada, mas na minha opinião, assim, na minha humilde opinião, você como dona desse prédio, não deveria permitir coisas assim, sabe? Da mesma forma que aconteceu comigo. Elas poderiam interromper você e Hyomin. Já pensou como seria trágico? – Irene retomou com a voz chorosa e o mesmo olhar insatisfeito, para no fim de tudo fazer beicinho.

– Eu não vou dar três segundos coisa nenhuma. Eu quero todas vocês fora do meu prédio, agora mesmo! – A residente ordenou com uma expressão feroz e depois olhou para Irene com compaixão. – Vocês dois podem usar um quarto, sabe? Com cama e tudo. Eu posso mostrar um confortável a vocês dois e ai poderiam continuar, que tal? – A residente perguntou esperançosa e olhou Sehun a espera de uma resposta, já que Irene tinha os olhos a brilharem naquele momento, como se estivesse deveras emocionada.

– Mas a gente não era do mesmo time? – Tiffany indagara incrédula para Irene, que fingiu não ouvir. – Que bicha maligna essa Bae...

 – Isso pareceu tão maldoso... – Sehun tinha uma leve careta no rosto. – Eu sou muito novo pra ter um beb- – Quando percebeu a força de suas palavras e o que fora dito até então, eis que o rapaz dera um pulo e se levantou, sendo ele a correr para trás de Jessica e se esconder ali mesmo.

– Pior que a Bae, só essa Jihyun falsiane que além de ferrar a nossa vida ainda fez lavagem cerebral na minha irmã! – Jessica rira pela respiração e então fitando Yuri e Taeyeon de cima para baixo. – Vocês duas aí só tem pose, certo? – A loira balançou a cabeça em negação. – Isso não vai ficar assim. – Retirou o celular do bolso e rapidamente apertou no botão que começaria o áudio. O problema... É que tocou justamente a versão remixada. E enquanto Taeyeon e Yuri riam que se acabam, eis que uma figura atrás de Jihyun as fitava com asco. Jessica tratou de por a versão certa, o que ocasionou Hyomin a justamente fazer o inesperado.

– E você acha que é quem para expulsar a minha irmã manca e machucada desse prédio? – Hyomin indagara friamente e colocando-se na frente de Jihyun. Tamanha astucia nunca antes vista! – Se elas vieram até aqui é porque tem algo a dizer, tem algo de importante a dizer. Você só está pensando nos seus interesses, no que você quer. Quem morreu e lhe nomeou a rainha do Mount Massive, querida? – Semicerrou os olhos e dera uma risada irônica, notando a mulher a sua frente lhe fitar de forma séria. – Nós entramos aqui e só nos ferramos, desde o primeiro segundo. Desde que pisamos dentro daquela merda da janela. Quando não foi você... Foi a merda da minha cunhada, ex-cunhada... Essa aí mesmo. – Forçou um sorriso de canto. – Quando não foram ambas... Foi a merda do Walker... Quando não foi o Walker... Foi o Canibal. E claro, uma menção honrosa aos gêmeos. Todo mundo aqui dentro tentou ferrar a gente. Todo mundo. Inclusive você. Meus olhos estão bem abertos agora sobre você, Lee. Você quer se foder aqui dentro e quer me levar junto, mas você não vai.

– PUTA MERDA, EU SEMPRE SOUBE QUE TU ERA DO NOSSO TIME, HYOMIN! NUNCA DUVIDEI! – Tiffany fora a primeira a bater palmas, tendo Jessica ao seu lado a secar suas lágrimas de emoção.

– Tudo bem que agora a Lee vai quebrar, eu, tu e a Hyomin junto, mas isso foi muito lindo. – Jessica tinha um sorriso largo nos lábios, até se esquecia da dor das vassouradas.

 – Estamos de saída. – Hyomin dissera naturalmente e como se nada fosse... Arrancou o walk-talk das mãos de Irene. Dera as costas para uma Jihyun incrédula e de punhos cerrados, assim como saíra puxando Jessica e rapidamente sendo seguida por Sehun e Tiffany.

A expressão de Irene se fechou de imediato, quando viu Sehun acompanhar aquelas mulheres, suspirou e cruzou os braços. Não era somente aquilo que a incomodava. Afinal, como levaria o plano adiante, sem o walk-talk? Tudo aquilo teria sido atoa, inclusive conquistar a confiança de Jihyun. Suspirou irritada e cruzou os braços pensativa. Aqueles jovens nunca acompanhavam o plano, somente Chanyeol poderia entender de cara o que ela pretendia.

Jihyun as olhou com tanta frieza que parecia impossível, o que realmente deixou tudo naquele momento ainda mais confuso foi Yuri. Que encarou a cena com seriedade foi ao lado de Jihyun, pondo a mão no ombro da mesma.

– Mulheres... Como viver com... Como viver sem... – Sussurrou baixinho dando leves afagos nos ombros da jovem residente.

Taeyeon por outro lado, seguira as outras, ela sabia que Yuri ficaria por causa da promessa com Boram, mesmo que não entendesse aquilo. Assim que as alcançou as olhou séria, se pondo na frente do grupo e respirando profundamente.

– Eu não sei se vocês perceberam, mas... – Murmurou a Kim mais nova tomando fôlego, pois tivera que correr para alcançar as outras. – A Yuri não veio com a gente. E Precisamos de ajuda para poder salvar o Baekhyun e o Chanyeol.

– Se você acha ruim que ela não veio junto e se por um acaso não tem um único pingo de coragem para continuar... Então volte. Eu sei bem quem fez aquele áudio... E quem riu também. – O olhar era assustador para a mais baixa do grupo. – Não precisamos de ninguém para salvar aqueles dois, eu não dependo da Kwon e nem mesmo dependo de você, Kim. Então se quer vir... É melhor começar a acreditar mais na merda do seu grupo ao invés de ficar dependente de um monte de gente e acabar por nos deixar para trás. Como sempre. – Tinha um sorriso forçado no rosto. – Nós vamos direto no quatro, não vamos usar o walk-talk por enquanto. Eles devem estar em perigo já que não nos contataram até agora. – Hyomin ia andando na direção de uma janela quebrada, pulando-a com extrema facilidade e ajudando Jessica a passar pela mesma.

– Você está bem? – Sehun indagara assustado para Hyomin, que apenas lhe fitou e nada falara em resposta.

Taeyeon encarou Tiffany pensativa, mas a namorada mal a olhava. A loira bufou e desceu pela janela sem nenhuma dificuldade. Deixou que as mesmas fossem na frente e ia mais atrás com Sehun e o ratinho. Um pouco depois, puderam ouvir algum barulho por todo o prédio um e numa porta mais a frente Jihyun e Yuri saíram acompanhadas de Irene que tinha um olhar entediado.

– E vocês acham mesmo que simplesmente irão e a gente vai ficar aqui? – Yuri falou com um olhar sério e foi para o lado da Jung loira que tinha um olhar frio para a mesma. – Mais a frente, talvez você compreenda o que me move nesse lugar, mas até lá, eu serei bondosa e farei o favor de perdoar cada vez que você for estúpida. Como na vez que pulou da janela, como agora. Sabe... As vezes em que deliberadamente tenta se matar. – A morena falava tudo com frieza as acompanhando com os passos leves.  – E eu trouxe a Jihyun comigo, porque, como bem sabemos, quando a merda aperta a única pessoa que percebe que você, Hyomin, ficou para trás, é justamente ela. – Yuri alfinetou com um olhar maldoso e continuou a andar, tomando a frente do grupo.

Jihyun nada falou, mal olhou Hyomin, depois de tudo ela estava tendo que se submeter a uma situação como aquela novamente, mas o que ninguém imaginaria é que ela estava indo por Chanyeol. Mesmo com tudo o que dissera e fizera, ele ainda era importante. Ainda era o pai de consideração da mesma e ela não poderia deixar ele morrer. Em sua mente, estaria tudo bem retomar o plano de manter Hyomin consigo ali depois de salvar o seu quase pai.

Irene era a única que não se pronunciava, mas era possível notar que a médica já estava em seu estado normal. Tinha o mesmo olhar desinteressado de sempre e uma expressão um tanto quanto fria para o restante do grupo.

– Essas crianças são mesmo burras... – Sussurrou baixinho, para si mesma, seguindo Yuri de perto.

 

//

 

Chanyeol e Baekhyun continuaram por muito tempo no carro. O psiquiatra estava começando a se incomodar com o aperto, as dores nas costelas e barriga e ainda por cima o jovem em cima de si se remexendo toda hora para olhar para fora pela pequena brecha que deixara aberta. Chanyeol estava com o nariz muito próximo a nuca do moreno e não pode evitar que a respiração roçasse a nuca do mesmo, o que o surpreendeu nisso, foi ver o rapaz se arrepiando. Aquilo o fez sorrir malicioso, o médico, enfim, concluiu que aquela provavelmente seria uma das únicas oportunidades que teria.

– Baek... – Sussurrou com uma voz rouca, um tanto quanto sedutora e roçou os lábios na nuca do rapaz. – Sabe o que acabei de perceber?

– Não, viado... Tô aqui na maior concentração pra ver se estamos seguros ou mortos. – Baekhyun comentou enquanto mais uma vez tentava enxergar o lado de fora. – Acho que tem alguém ali.

O médico continuava com o mesmo olhar malicioso e agora abraçara o mais jovem, passando a mão pela barriga do mesmo, por dentro da roupa que ele usava.

– Eu e você nunca ficamos sozinhos... Digo... além daquela vez horrível com aquele variante estúpido que te chamava de frango. – Ele murmurou baixinho, ainda roçando os lábios na nuca do mesmo e dando leves fungadinhas ali. – Não é segredo que eu estou um tanto afim de você... E... Eu realmente quero que me dê atenção agora.  – Murmurou baixinho e fez o rapaz se virar para si, já atacando os lábios do mesmo. O médico realmente acreditava que não tinha nada do lado de fora, considerando o tempo que já estavam ali. De cinco em cinco minutos o moreno falava a mesma história de ter alguém do lado de fora, mas nunca tinha alguém. Era só o medo aliado ao desespero que a situação estava causando no mesmo. Ou pelo menos era isso que o psiquiatra acreditava ser.

– B-bicha, mas o senhor é do ousado mesmo, viu? – O moreno indagara após o beijo, tendo seus olhinhos a se arregalar e o mesmo a abrir um lindo sorriso. – Também tô louquinho na vontade, até ia esperar quando a gente finalmente saísse daqui, seu danadinho. – Semicerrou os olhos para o médico. – Não é meio que suicídio trocarmos uns beijos bem quentes por aqui? Sei lá... A vontade de dar é grande, mas a vontade de viver também é... Fico aqui no meio fio, indeciso... Querendo muito! Mas e o medo?

– Shiu... – O médico sussurrou antes de voltar a colar os lábios no do mais jovem. Ele realmente queria aquele beijo, tanto que nem se importou com a dor, quando o mais novo o abraçou, apenas o abraçou de volta o apertando a si. – Ninguém vai nos achar aqui, só não fazermos barulho. – Distribuía beijos pelo queixo do mesmo, pela linha do maxilar, para enfim voltar a colar os lábios no do mais novo.

– Ousado mesmo, viu? Por essa água de Jesus! Dessa vez eu vou me dar bem! – Exclamara em meio a um suspiro de alívio e sem nem se importar com nada a sua volta. Beijava o médico sem nem medo e muito concentrado naquilo. Nem mesmo lembrava mais que estavam em um estacionamento que levava até um prédio subterrâneo. Naquele momento Mount Massive estava mais para Mount de amor mesmo.

– Ousado? Huhu... Você ainda não viu nada. – Chanyeol era malicioso e apesar dos beijos e do clima começar a esquentar o médico arrepiou-se repentinamente e esse era tipo de arrepio que se tinha quando algo estava errado. Ainda assim, ele ignorou a própria intuição, voltando a se concentrar no beijo com o mais novo. Um grande erro, afinal, havia alguém com um sorriso muito satisfeito os vigiando do túnel realmente havia alguém os vigiando atentamente.

Nem mesmo Baekhyun prestava atenção mais naquela bendita porta, assim como literalmente ignorava o ser que lhes observava... De dentro do carro. O ser aproximou-se lentamente, tendo toda a atenção para o moreno que estava agora por cima. Aproximou-se tanto que cheirava seus cabelos tentando reconhecer e após isso abrira um largo e maldoso sorriso.

 – Frango... – Sussurrou lentamente sobre a orelha de Baekhyun.

– Bicha, me chamar de frango no meio da coisa é meio uó, tá? – O jovem Kim indagara seriamente e notando Chanyeol arregalar os olhos no mesmo instante. – Puta merda... Não me diga que...

– FRAAAAAANGO! – O canibal gritou bem atrás de si.


Notas Finais


ATÉ A PRÓXIMA, AMIGUINHOS!


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