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História Welcome to Mount Massive - Final.


Escrita por: Anagassen e AlmostLove

Notas do Autor


AlmostLove: Eu não sei como me despedir ç-ç Espero sinceramente que gostem do final. ç-ç ❤ Love u, guys e mais uma vez perdão pelo atraso. <333 TT^TT <Eu realmente não sei o que por aqui agora, além de um agradecimento a todos os que acompanharam até aqui. ❤ Atenção para o meu momento divulgue aqui e agora: leia The Missing Girl, da Ana gente, fanfic maravilhosa. Leiam também Kill Me, tbm da Ana. e-e E a A Rainha Do Brega... Preciso dizer que é da Ana? -v- Stou aqui só para exaltar e enaltecer essa escritora maravilhosa. ❤ bjs o/

Anagassen: HELLO LIROU FRIENDIX!!
Chegamos a mais um final de fanfic, mais um ciclo que se chega ao fim! Só tenho a agradecer a todo o apoio que deram para essa fanfic! Escrever o capítulo final nunca é fácil, então esperamos que vocês gostem!
Perdoem os erros de digitação, terminamos por agora! Foi o dia todo escrevendo. T_T
PS: Não vai ter bônus por conta da presença de cenas adicionais mostrando o que acontece depois.
PS.2: morri com a divulgação acima AUEHAEIUHAEHIUAEHIUAEHIUAEHUIUHAEAE
Uma boa leitura! <3

Capítulo 16 - Final.


Não foi difícil acharem um armário cheio de walk-talks com baterias novinhas em folha. Aquela era a sala de controle mais completa do prédio, acharam, inclusive, três cartões chaves do tipo que abriam todas as portas. Casacos melhores, sprays de pimenta, sprays com soníferos e mascaras. Mas, a decisão, fora usar apenas o necessário, tendo eles a pegarem apenas os cartões e os walk-talks. A divisão fora simples, cada grupo teria um walk-talk. Jessica e Chanyeol teriam um dos cartões de acesso. Irene e Sehun o outro e o restante ficou nas mãos de Baekhyun.

– Temos tudo pronto, vamos. Vocês ficarão seguros nessa sala aqui? – Yuri tinha uma feição preocupada enquanto olhava a namorada e o psiquiatra. Os dois eram os mais lentos, se precisassem fugir daquela sala teriam problemas. Assim como se defender caso Jihyun ou Boram aparecessem não seria fácil.

– A única certeza que eu tenho é que se ela ou a Jihyun nos achar antes, nós podemos morrer. – Irene murmurou com um olhar frio e cruzou os braços com um sorriso amargo tomando os lábios lentamente. – Não que eu vá simplesmente morrer, eu levo a maldita comigo! Vamos Sehun?

– Mulher, nenhuma delas tem o mínimo nível de fuga, velocidade e habilidade para fugir dentro de dutos como nós dois. – Sehun inflou o peito como se fosse o mais corajoso do grupo. – Claro, com a exceção de que a tal da doutora tenha treinado fugas em dutos ou que a droga da Jihyun dê uma super corrida de engatinhar. – Dissera agora pensativo e dando de ombros. – Resumidamente, Irene... Se nós vamos morrer, que ao menos levemos a inimiga junto, né? Ainda mais que ela era a sua crush, então assim eu posso morrer feliz e aliviado.

 – Qualquer coisa que aconteça aqui dentro, nós dois vamos nos esconder ou nos armários ou nos dutos. Se elas se aproximarem, bem... Estamos na vantagem de basicamente ver tudo o que acontece, certo? – Jessica sorriu de leve. – Tomem cuidado...

– Bichas vamos lá! Bem deve ser tão difícil! No final ainda vou sentar no lado da Doutora Falsiane e dizer que achei fácil. – Baekhyun dissera como quem nada quer e saindo a contragosto junto com Kwon Yuri.

– Tomem cuidado. – Taeyeon fitou Jessica com seriedade para em seguida apertar a mão do doutor Chanyeol e sair com a namorada. – Vamos lá, qualquer coisa a gente corre, certo? – Entrelaçou os dedos aos da namorada, puxando a mão dela para deixar um leve beijo e sorriu para a mesma. – Vamos vencer.

– Agora é a hora que me diz por que está com essa cara de desagrado, Baekhyun. – Yuri tinha um sorriso calmo e apesar do andar firme, o olhar era atento e os ouvidos ainda mais atentos – Queria ter vindo com quem?  

– Com literalmente qualquer pessoa, viu? Sendo bem sincero. – Baekhyun fitou-a de cima para baixo. – A senhora me tacou em uma banheira com sangue, cerrou a madeira que geral estava se segurando... Bicha, mas tu é muito da louca e da ousada sim, Jessica deve sentir é aquela adrenalina no corpo em namorar com você. Eu perdoo você, mas isso não quer dizer que eu confie cem porcento, sim? Ainda consigo sentir o gosto daquele peixe estragado do lago... Bicha, tu não me afronta, viu? Tenha amor a vida, pois bem que dizem que não se deve meter com quem está quieto.

– Eu acho que todos vocês estão exagerando. Considerando os efeitos da droga... Deveria ser meio óbvio que eu não faria nada daquilo. – Ela tinha um sorriso calmo nos lábios, pela primeira vez não tinha vontade de ceder as provocações do amigo. – É por isso que eu me preocupo com o que vai acontecer com a Jihyun... A droga apaga por completo sua mente. Você se torna um HD vazio e obviamente a Boram com certeza já deve estar preenchendo a mente dela de todas as piores coisas. – A expressão de Yuri tornou-se tensa. – E se os estragos forem irreparáveis assim como parecem ser comigo? E se vocês não conseguirem a aceitar de volta? Eu tenho mais pessoas lá fora, Baekhyun. Eu sei que mesmo que todos vocês me abandonem eu ainda terei minha mãe. E meu pai, apesar dele ser um porco mentiroso. – Yuri falava tudo com uma voz velada a preocupação e cuidado. – Eu não quero que isolem a Jihyun e a transformem no mártir. Ela não merece. E ela não tem ninguém lá fora além de mim. Meu pai não se importa com ela. Sua mãe está morta. A sua segunda mãe é uma manipuladora cruel... Ela só tem a Hyomin e vocês.

– Vou te dizer uma coisa, Kwon... – Baekhyun parou de andar e cruzou os braços. – Ninguém aqui está te isolando das coisas, caso contrário você não estaria aqui com todos nós no prédio cinco. – O moreno rira pela respiração. – E tu ainda tens a coragem de dizer que mesmo que todos nós lhe abandonemos você ainda terá mamãe e papai? Não seja tola. Jessica arriscou a própria vida várias vezes para lhe salvar, ficou ao seu lado até quando você era uma louca com a porcaria de um cutelo em mãos... Ficou contigo até mesmo depois de pular de uma janela do segundo andar! A mulher tentou de todas as formas te dar o antídoto! Suas suposições dramáticas chegam a ser tolas e ofensivas. Acho interessante que você já fala de uma forma que se alguém daqui ficar chateado contigo... Que tu já vais largar de mão! Engraçado, né? Gosta de citar os seus pais, mas se esqueceu o quanto eles pisaram na única pessoa que ficou do seu lado até quando tu estava drogada e matando meio mundo. Acorde e se toque, Kwon. Ninguém vai isolar você ou a Jihyun. Só porque EU, BAEKHYUN! Não me sinto a vontade ao seu lado depois de literalmente receber um banho de sangue... Não quer dizer que eu estou lhe isolando. Estou farto do seu drama, se vai continuar querendo bancar a pobre coitadinha então pode voltar para a sala de controle e bancar a guarda. – Sorriu de canto. – Com a sua licença, vossa Majestade injustiçada pela vida. – Voltou a andar como se nada tivesse acontecido.

– Essa é a parte engraçada sobre tudo o que você disse. Eu nunca disse que a Jessie estava no mesmo grupo que vocês.  Eu nunca disse que ela vai fazer algo do gênero. A Jessica pode ser muitas coisas, mas isso eu sei que ela não faria. De todas as pessoas, ela é a única que sei que nunca duvidaria de mim. Ela confia em mim.  – Yuri continuava o fitando com calma, ela achava engraçado as explosões do rapaz, então, quase sempre as provocava.  – Mas meu problema não é não ter a confiança de vocês. Meu problema é não conseguir sair daqui. – Yuri sorriu para o mesmo e o guiou por outro corredor. – Eu sei um atalho. – Depois de mais dois corredores estavam na saída. Ela sorriu para o mesmo. – Aliás, as suas suposições sobre o que eu estou fazendo são incríveis. Essa viagem te fez bem. Considerando que se tornou mais perspicaz. Se isso aqui der merda, só arrasta a Jessica e todos os outros para fora. Eu sei como explodir todo esse lugar. O problema é que para fazer isso, eu teria que ficar aqui dentro. Eu não fui a melhor pessoa nesses últimos meses. Mas eu não deixaria nenhum de vocês morrerem aqui dentro por minha culpa. Desde o começo eu deveria só ter avisado o que realmente vinha fazer aqui. A Taeyeon nunca esteve errada em brigar comigo quando eu decidi não contar a ninguém. Eu só não queria ver nenhum de vocês se arriscando aqui, eu já tinha uma noção desse lugar por causa do que a Boram contava. – Yuri tinha um olhar frio e analítico. Entrou em um dos carros, sendo acompanhada por Baekhyun. O deixou no lado do motorista. Era o esconderijo mais pratico que poderiam arranjar ali. – Eu não sou santa, Baekhyun, mas eu sei mais coisas sobre esse lugar do que o que admiti saber. Eu posso esconder muitas coisas e posso ter feito ainda mais coisas, mas eu jamais tive a intenção de machucar nenhum de vocês. E sobre aquele lance do sangue na banheira. Eu sinto muito. Esse lugar enlouquece você. Esse lugar mais a droga... Bem... Eu só era insana e só lembrava da Jessie por causa de uma foto que tenho dela. – Yuri cruzou os braços sobre a cabeça, relaxando e olhou para fora. – Talvez pudéssemos ter evitado tudo isso se eu tivesse desde cedo tentado conversar com algum dos variantes... Aparentemente todos eles estão sob as ordens dela. E seria fácil os convencer a me contar a verdade, considerando a fama que eu consegui aqui dentro. Eu só preciso que você os arraste para fora, caso seja necessário que eu fique. Eu tenho esse plano B, caso tudo dê errado.

– Sabe que é por isso que quase ninguém além da Jessica confia em você? – Baekhyun rira pela respiração e se preocupando com o essencial: Ficar de guarda no local. – Porque você age sozinha, cria os seus planos sozinha, faz tudo o que vem na sua cabeça sem nem mesmo questionar se é isso o que a Jessica quer... – Procurou a chave do carro, tateando o chão. – Jessica esta ao qual você também não citou nas pessoas que lá fora estariam por sua pessoa. Yuri, deixa de ser dramática e por favor, de verdade... Chega disso, ok? Chega. Eu já não tenho mais paciência para aturar showzinhos de dramas e tão pouco louco o suficiente para apoiar um plano idiota e suicida. Você está sendo patética, pois além de que os arquivos da sua irmã e dos médicos do bem não estarem deletados... Tu ainda vais acabar com o psicológico de quem se lascou horrores pra te salvar, de quem passou anos sendo mal falada pela sua mamãe. É como eu lhe disse, se vais querer continuar com o seu show de drama, então volte para a sala de controle que ao menos lá tu vais ser útil ficando de guarda.

– É por isso que eu costumo agir só. – Sussurrou com desdém e olhou para a porta da frente com uma expressão entediada. – Eu não acho que ela vá sair por aqui, muito óbvio. 

 

//

 

Taeyeon e Tiffany estavam na segunda saída daquele prédio. No caso aquela era a saída de emergência. Tratava-se de um enorme elevador com portas de vidro. As duas ficaram sentadas do lado do fora do elevador. Caso alguém ou algo se aproximasse, Jessica e Chanyeol deveriam as alertar, o que de certa forma, as deixava um tanto mais tranquila.

– Você já pensou em qual vai ser a primeira coisa que fará quando chegar em casa? – Taeyeon perguntou num tom de voz baixo e dócil, ficando o mais próximo que podia de Tiffany.

– Tomar um banho... Comer... Dormir. – Tiffany encostou a cabeça no ombro da namorada. – Tudo o que a gente não consegue fazer aqui dentro direito. – Rira baixinho e fechando os olhos momentaneamente. – Quero férias e você?

– Quase o mesmo que você, com a diferença que vou fazer tudo com a sua presença. Essa viagem foi a coisa mais louca que eu já fiz com você. – A Kim mais velha tinha um sorriso leve nos lábios e olhou a ruiva com carinho. – Nós já quase morremos milhares de vezes, acho que depois disso, você vai repensar antes de dizer sim a Jessica? Apesar que é meio difícil dizer não a ela quando ela quer algo. – A mais velha fez um bico leve nos lábios e puxou a namorada para si, a aninhando em seu colo. – A sua mãe vai ficar bem zangada dessa vez. 

– Ela só vai soltar alguns gritos, mas nós podemos inventar que recebemos de última hora uma viagem com tudo pago para o Alasca, assim conseguimos explicar porque estamos tão pálidas. – A ruiva dissera como quem nada quer. – Jessica é a minha melhor amiga, se um dia ela me meter em outra furada dessas... Bem, eu vou gritar com ela, mas vou estar ao lado da minha melhor amiga. – Dera de ombros e se acomodando sobre o colo da outra. – Essa foi definitivamente a coisa mais louca que já fizemos... E sabe do pior, TaeTae? É que essa saída deve ser a que a Jeon Louca vai usar... A nossa sorte é que eles vão passar na sala da Jessie e do Chanyeol antes, assim dá tempo deles nos avisarem.

– Fany, as vezes eu acho que se ela quisesse sair, ela já teria saído. – A baixinha murmurou baixinho abraçando a namorada e escondendo o rosto nos cabelos ruivos. – Deve estar faltando algo para ela poder sair. E se ela vai passar na sala em que estão o psiquiatra e a Jessica, porque não esperamos todos lá? Não faria mais sentido?

– Bem, aí a Jihyun iria matar todos nós de uma vez só, certo? E eu acho que ela só deve estar esperando o efeito do antídoto do Chanyeol para não matar a Hyomin no meio do processo. – Semicerrou os olhos para o nada. – Temos de esperar a Bae... Talvez seja melhor, porque como o casalzinho consegue se esconder rápido e tem a fuga mais elevada, é bem possível que consigam alguma coisa.

– Eu espero que realmente consigam. Eu não aguento mais esse lugar. Quando sairmos daqui, vamos ao cinema? – Taeyeon fazia um leve cafuné na ruiva e vez ou outra deixava um beijo leve nos cabelos da mesma. – Porque eu lembro que você me deve uma ida ao cinema. E eu acho que é a coisa mais normal que faremos lá fora. Considerando que Yuri vai sair e provavelmente Jihyun também.

 

//

 

Irene nunca pensou que um dia suas habilidades em dutos seriam tão úteis como naquele momento. Ela agradecia mentalmente por ter vivido em dutos durante um ano. Ela e Sehun engatinhavam pelos dutos com agilidade e sem nenhum ruído a não ser as respirações de ambos. Já percorreram quase todo o prédio e vez ou outra olhavam por uma as saídas para mapear em qual ponto desceriam ou em qual ponto achariam uma entrada fácil para dutos.

 – Eu gosto de pensar que vamos conseguir e que eu e você estaremos na enorme banheira da minha suíte.  Porque, meu caro Sehun, eu não sou somente médica, eu sou riquíssima, graças a papai, que Deus o tenha. – A mulher falava tudo com um tom de voz baixo e vez ou outra olhava para trás para ver se o rapaz a estava acompanhado de perto. – Você é o único que consegue me acompanhar em dutos sem ficar para trás.

– Eu não sei se vamos sair dessa, mas é como você disse... Se vamos morrer, ao menos temos a obrigação moral de levar ela junto. – O rapaz sussurrava baixinho e vez ou outra conferia se Hamster ainda estava em seus ombros. – Já faz muito tempo que eu estou aqui e até hoje me pergunto porque aceitei aquela aposta... Ao menos sei que é a primeira e última vez que entro em algum local falsamente abandonado.

– Meu amor, depois daqui, o único lugar falsamente abandonado que você vai entrar é a minha suíte na minha belíssima cobertura. E pode apostar que só tem a ganhar fazendo isso. – A médica tinha um leve sorriso malicioso e o tom de voz fora rouco e um tanto ronronado. – Mas antes de tudo, vamos nos concentrar em sair daqui. E dessa vez, meu bem, dessa vez ninguém me para ou deixa para trás.

– Sabe que eu tenho que ir para casa também, certo? – Sehun parou logo atrás de Irene, olhando o que parecia ser a sala que procuravam. Entreolharam-se e em seguida analisaram silenciosamente na procura das três pessoas. Devido a um resmungo alto e cansado, constataram que o duto estava logo acima do sofá onde Hyomin se encontrava deitada. Era provável que Jihyun estivesse do lado da mesma, já que Jeon Boram se encontrava trabalhando.

Irene fez sinal de silêncio para o rapaz com o dedo indicador e desligou o walk-talk para não correr o risco de alguém resolver se comunicar naquele momento.  A expressão da médica era de puro ódio e rancor, enquanto olhavam pelas brechas do duto para o que fazia Boram.

 

//

 

Jihyun tinha Hyomin em seu colo, acariciava o rosto da mesma e fazia um leve cafuné. A Jung mais nova caíra em um cochilo leve e tranquilo. Apesar da situação, a exaustão a vencera.  Por mais que tentasse lembrar de Chanyeol a jovem Lee não conseguia. A única coisa que sabia era que ele causara tudo aquilo a Hyomin e isso a deixava furiosa. Em sua mente mata-lo seria pouco. Deixá-lo apodrecer naquele lugar seria o mais sensato a se fazer. Enquanto ela sairia dali com sua mãe e sua preciosa Hyomin.

– Eu não entendo, mamãe, por que o Chanyeol  iria machucar a Hyomin e por que fui andar com ele? – Ela questionou num tom baixo, buscando as respostas em Boram.

– Porque antes você pensava que ele era bom, ao menos até o Park trair a sua confiança. – Boram respondera com tanta naturalidade que chegou a assustar Irene e Sehun dentro do duto. – Ele machucou a Hyomin por saber que isso lhe afetaria.

– Ah ta... – Hyomin respondera em um sussurro baixo, mas ainda fingia estar no quinto sono. Estava fraca e quase não enxergava, mas ainda sim tinha uma enorme vontade de dar um tapa na cara de Boram.

– Park Chanyeol fora muito mau, você sabe disso. Não consegue nem ao menos se recordar que ele fazia testes em você? Que lhe via como uma simples arma de combate e defesa? Chega a ser ofensivo me indagares coisas assim, Jihyun. – Boram parou tudo o que fazia e fitou Jihyun com frieza. – Sabe o que vai acontecer se você se desvirtuar? O Park... Que além de ter feito tudo isso e de estar armando para cima de nós... Ele ainda virou todos contra a minha pessoa. Você realmente quer saber mais sobre a história ainda estando presa aqui? Tais perguntas me atrasam... E quanto mais atraso tivermos, mais chances a querida Hyomin tem de ficar cega permanentemente. – E nesse momento até mesmo Jihyun sentiu a castanha engolir em seco em seu colo.

Jihyun abraçou Hyomin de um jeito automático, enquanto flashs estranhos invadiam sua mente. Ela se via fugindo de uma sala escura, para buscar antídoto para sua amada Hyomin. A jovem fechou os olhos e apoiou a testa na testa de Hyomin.

– Eu não consigo lembrar. – Sussurrou tão baixo que provavelmente só Hyomin ouviria, considerando que a mesma estava em seu colo. A jovem, deitou ao lado da castanha, a abraçando. – Eu sinto muito. Eu tenho certeza que é tudo minha culpa. – Murmurou para a castanha com uma expressão cansada. – Mas a mamãe vai criar uma cura, eu prometo. – Beijou a testa de Hyomin e acarinhou-a na face.

– A culpa não é sua, mas eu prefiro não apontar os culpados nessa situação. – Fechou os olhos em meio a exaustão e respirou fundo. Falava muito baixo e certamente tentando evitar que Boram as ouvisse. – Só gostaria que você refletisse um pouco, Jihyun... Tente se lembrar de quando saiu para ajudar o grupo e o Chanyeol, recorde-se do momento em que quando estávamos para descer ao subsolo... Que Baekhyun e ele viram um certo alguém armado. – Aproximou-se para sussurrar no ouvido da mais velha. – Você sabe bem quem é o inimigo...

– Eu estou tentando entender a bagunça que minha mente se tornou. – Murmurou no ouvido da castanha, a abraçando mais forte, porém, ainda carinhosamente. – Eu quero sair daqui com você. Eu lembro disso.

– Iríamos sair eu, você, a minha irmã e os meus amigos. – Hyomin sussurrou em resposta e já temendo que Boram estivesse próxima. – Jihyun... Em algum momento eu vou deixar de ser útil para a sua mãe... E serei somente um peso morto, ainda mais se ela não conseguir produzir o antídoto. – Abraçou-a com carinho. – Tente se lembrar enquanto ainda há tempo.

 – Acho que talvez tenha conseguido fazer algo, mas vou precisar de um equipamento melhor que tem na sala de testes, é uma enorme que fica na parte mais profunda do prédio. – A doutora se levantou, fitando-as com uma sobrancelha erguida. – Vamos pegar tudo o que precisamos e de lá já vamos para a sala de controle e então sairemos, sim? – Jihyun prontamente assentira.

– A minha mãe vai salvar você. Ela nunca faria mal a você sabendo que és importante para mim.  – A jovem residente sussurrou baixinho e deixou um ultimo beijo nos lábios de Hyomin, antes de aninhá-la em seu colo cuidadosamente para ir com Boram. – Vamos fazer dar certo, eu prometo. – Deixaram a sala sem saberem que naquele momento, dentro dos dutos Irene e Sehun se entreolhavam significativamente.

 

//

 

Chanyeol tinha um olhar atento a todas as câmeras e ao notar uma movimentação em um dos corredores, se focou naquele monitor, chamando Jessica apressadamente e a indicando o que via. Era Boram, Jihyun e Hyomin. Ele não sabia exatamente para onde iam, mas sabia que não era uma das saídas.

– Eu acho que a Bae não as encontrou. – Ele encarou a loira pensativo e sorriu. – Temos que mudar o plano, eu não acho que a Boram vá sair daqui assim sem nem mesmo tentar apagar todos os dados sobre ela. E só eu e você aqui não conseguiremos pará-las. Além do mais... Eu não acho uma boa ideia deixar a Yuri perambulando sozinha por ai. Ela é meio dessas loucas que tem a síndrome do super herói... Gosta de resolver tudo sozinha. – O psiquiatra tinha um olhar pensativo e passou a olhar para Jessica. – Acha que a Hyomin conseguiria fazer a Jihyun lembrar? Em sua experiência com a Yuri, acha que pode ocorrer o mesmo com a Jihyun?

– Eu não sei... A cabeça da Jihyun é uma confusão e até mesmo talvez pior do que foi a de Yuri. No nosso caso não tinha ninguém a fazendo de marionete... Mas tem aquela coisa que a Jihyun se lembra muito melhor da Hyomin do que a Yuri se lembrava de mim, já que ela achava que eu estava morta. – Jessica analisava as câmeras pensativamente. – Não acho que a Bae tenha se perdido... Com todo respeito, Chanyeol, mas você a Doutora Falsiane subestimam muito a Bae. Acho que ela pode ter os encontrado, mas desligou o walk-talk para não chamar a atenção. – Cruzou os braços e suspirou pesadamente. – Talvez seja melhor colocar ambas as duplas para ficar de guarda na saída mais rápida, o que achas? Ainda temos tempo, pois pelo o que estamos a ver a Jeon ainda não conseguiu desvendar o seu antídoto.

– Eu não subestimo a Bae... Eu sei exatamente o que ela pode fazer. Mas... Eu também sei o que pode a Boram. – O psiquiatra olhou Jessica por breves momentos, para em seguida olhar a tela novamente. Jihyun e Boram iam com Hyomin para a sala de testes. – Eis o que acho que acontecerá. Ela irá criar uma cura para deixar Hyomin operante novamente, usará Hyomin para se livrar de todos os dados sobre ela e para sair daqui. Mas, diferente do que parece, a Hyomin sempre será útil, porque ela deve ter percebido que é impossível fazer Jihyun esquecer da sua irmã. Eu acho que ela tentará, talvez, transformar a Hyomin em uma marionete, assim como a Jihyun. – Chanyeol falava tudo de forma amarga. – Elas virão para cá. Somente eu e você não podemos encará-las, mas com todo o grupo, talvez exista uma chance de imobilizarmos a Jihyun. Além do que, as duplas não conseguiriam detê-la na saída. É um beco sem saída, não temos alternativas, só podemos contar com a Jihyun fazendo uma boa escolha.

– Então vamos seguir o seu plano, mas acho muito válido falarmos com a Bae e orientarmos para ela e o Sehun seguirem o rastro da Boram, pois ela pode até mesmo mandar a Jihyun atrás de nós... E os dois teriam uma chance de tentar tirar a Hyomin de perto da inimiga. – A loira efetuou duas chamadas pelo walk-talk, a primeira para Yuri e Baekhyun e a segunda para Tiffany e Taeyeon. Em ambas pediu para que as duplas voltassem, pois era necessário recapitular o que fazer. Eis quando iria chamar Irene e Sehun, notou que ambos efetuaram antes– Alô?

Seguinte... Mudança de planos! A Jeon montou uma mentira enorme sobre todos nós. – Sehun fora o primeiro a se pronunciar. – Ouvimos toda a conversa pelo duto, chegamos bem próximos delas e agora estamos indo atrás.

– A Bae conseguiu. – Ele falou com um sorriso para Jessica e pegou o walk-talk dela. – Bae, no primeiro sinal de algo errado, voltem, ok? – Falou calmamente tendo um aceno positivo de Jessica.

Relaxa, Park. Ela não pensou que poderíamos estar agindo. Acho que é tão prepotente que nem espera que estejamos prontos para ela e as mentiras dela. – Irene falava calmamente. – Qualquer coisa entraremos em contato, por hora, voltaremos a desligar o walk-talk. Estamos tentando fazer o mínimo possível de barulho.

 

//

 

Já havia algum tempo que Boram trabalhava no antidoto. Jihyun continuara grudada a Hyomin, por vezes dando beijos leves na testa e lábios da mais nova.  Boram parecia as ignorar, mas prestava atenção a cada coisa que ambas faziam. Ela sabia que a mente de Jihyun se recuperava  rápido de drogas como aquela, considerando o tanto de tempo que ela trabalhara a mente da jovem moça.

Jihyun ainda tinha Hyomin em seu colo, até notar o anel no dedo da mais nova. Era uma aliança delicada e muito bela o que fez a jovem sorrir e automaticamente olhar a própria mão, notando a própria aliança. Ela tocou a aliança da mais jovem com cuidado, beijando a mão da mesma em seguida.

 – Quando? – Sussurrou baixinho fechando os olhos, tentando se forçar a lembrar de algo.

– Alguns dias no prédio três... Quando você resolveu que iria nos ajudar em relação a Yuri. – Hyomin tentava ver algum vulto mais próximo. Não muito longe daquele local em especial e literalmente em frente a mesa de testes... Eis que dentro do duto Irene e Sehun observavam toda a movimentação em volta. – Chanyeol não é o seu inimigo, nenhum de nós somos. – Sussurrava no ouvido da jovem. – Como você pode me acusar de coisas terríveis e acreditar em tudo o que ela fala sendo que não se lembras de nada? Não faz sentido, Jihyun.

– Me promete que vai me levar com você? – A jovem residente sussurrou com uma voz quase infantil. – Se um dia você for, me promete isso? – O rosto estava completamente enfiado no pescoço de Hyomin e novamente, ela abraçava do seu jeito possessivo e cuidadoso. – Eu não quero me afastar de você. Eu não posso desacreditar da mulher que vem salvando minha vida desde sempre.

– Ela só está te usando, assim como usou o Chanyeol... Assim como usou a Irene... E assim como usou cada pessoa dentro desse lugar. Se você está assim até hoje, Jihyun, isso é culpa unicamente da Boram. Chanyeol cuidou de você durante esse ano inteiro, não deixou nada acontecer de ruim contigo! O plano sempre foi sairmos todos juntos, é você quem está desviando, Jihyun. – Hyomin parou de falar imediatamente ao notar um vulto próximo.

– Creio que alguém aqui está muito melhor, não é mesmo? –A voz fria de Boram fizera até mesmo Jihyun se virar assustada. – Já está quase na hora de você começar a trabalhar, minha jovem. Eu vou aplicar algo que lhe trará a visão de volta momentaneamente, pois precisamos acelerar. Vou perder muito tempo para fazer o antídoto completo aqui dentro e isso não é seguro para todos nós. – Tinha um pequeno frasco em mãos e uma seringa enorme. – Eu vou ser direta, Park... Você vai ter que hackear o sistema pelo computador desta sala e vai apagar todos os arquivos sobre a minha pessoa e Jihyun, além de apagar todas as filmagens onde nós três aparecemos.

Jihyun não se afastara muito de Hyomin, nem mesmo quando a mãe se aproximou mais para lhe injetar o antidoto temporário.  Hyomin tinha uma cara de poucos amigos e apesar de não enxergar bem, se debateu nos braços de Jihyun, enquanto sentia a agulha sendo injetada.  As primeiras reações de Hyomin fora se debater ainda mais forte. O corpo da jovem fica mole em seguida, a medida que os olhos voltavam a adquirir coloração. Olhava em volta devagar, suas orbitas focalizavam lentamente e Jihyun, para em seguida olhar Boram, o que fez a jovem voltar a se debater na esperança de se soltar, não que ela tivesse força ou agilidade para fugir, era apenas instintiva a necessidade de evitar Boram.

– És mais difícil do que eu pensava. – A médica dissera surpresa e então rindo pela respiração. – Jihyun, coloque-a em frente ao computador. – Ordenou calmamente e esperando que a moça o fizesse. Hyomin fora muito a contra gosto, sentia suas mãos formigarem e seu organismo começar a reagir positivamente. O computador já estava todo organizado, faltava apenas a moça começar a trabalhar. E fora justamente isso que a Jung mais nova não fizera. Fitava Boram com um semblante rígido, aquilo quase soava como uma briga silenciosa. – Trabalhe. – A médica fitou-a seriamente. – Se você quer sair daqui com vida, é melhor começar a trabalhar, Jung. – Abaixou-se para poder passar uma pressão maior sobre a mesma. – Entenda uma coisa... Vocês todos sempre estiveram destinados a morrer. Todos. Estou gentilmente abrindo uma exceção para a sua pessoa em respeito a minha filha. Caso não faça por bem... Fará por mal. – Hyomin arqueou a sobrancelha e esticou-se para agora ela ficar com a cara próxima com a da médica.

– Me obrigue. – Dissera entredentes.

– Vamos. –  Jihyun ignorou o estranho clima que nascia entre as duas mulheres. Ela sabia bem que Boram iria ser agressiva se as coisas continuassem naquele ritmo.  – Por favor, Hyomin, vamos.

– Acho curioso que alguém que sempre demonstrou covardia por coisas tão simples... Ser tão audaciosa assim. – Boram rira de maneira estranha, causando um efeito ainda pior em Jihyun. – Você ainda chegou longe, Jung... Eu esperava que você fosse morrer na metade do avanço. Acreditei que nenhum de vocês teria chego até aqui, mas... Isso é surpreendente vindo de criaturas tão burras. – Dera de ombros e andou até uma de suas maletas, abrindo-a ainda de costas para ambas as moças. Mal Boram imaginava que estava sendo muito bem ouvida pela dupla dentro do duto e por todos dentro da sala de controle. – Mandei todo tipo de gente para eliminar vocês, mas... Todos curiosamente falharam. Eu até tinha bons pensamentos sobre você, Jung. Acreditei que poderias se tornar uma nova e útil ajudante, entretanto... – Virou-se apontando uma pistola com silenciador. – Vejo que estava errada a seu respeito.

– Assim como todos os seus antigos seguidores que acreditavam fielmente que eras uma santa, enquanto na grande verdade não passava de uma mulher estúpida e sedenta por poder? – Hyomin retrucou naturalmente e cruzando os braços. – Eu não vou livrar você, Doutora Falsiane. – Sorriu de canto. – Eu quero que você se exploda.

–Não... – A expressão de Jihyun se tornou dolorida e massacrada a medida que lentamente ela se punha na frente de Hyomin. – Por favor, mamãe, não. – Ela pediu num tom baixo e triste, cobrindo Hyomin completamente, com o próprio corpo e uma feição assustada e chocada.

– Saia da frente, Jihyun. Quem não aprende no amor, aprende na dor. – Boram forçou um sorriso, puxando sutilmente a mulher para o lado. A cena para quem assistia pelas câmeras e pelo duto era muito assustadora. Aquela médica não era de apenas ameaçar... Dera com toda força a arma na cara de Hyomin, ouvindo um grito e em seguida notando que o sangue começava a escorrer pelo nariz da mesma.

– Então na sua definição aprender no amor é tendo um falso antídoto sendo aplicado no seu corpo? Não adianta dizer que foi o Chanyeol, quando todos sabemos que foi você. – Apesar da dor a castanha retrucava friamente, levantando-se e recebendo outra pancada com a arma em si, desta vez no estômago. Devido a fraqueza que ainda estava em seu corpo, a reação fora cair de bunda no chão.

– Se vai atirar... Então que o faça de uma vez.

– Vamos tornar isso divertido? – A médica indagara como quem nada quer e puxando Jihyun pela mão, colocando-a de frente para Hyomin, mas de pé. Colocou a arma na mão da mais nova e começara a sussurrar para a mesma. – Ela é nossa inimiga, você sabe disso. Ela fugiu de ti, trabalhou com o seu inimigo! Ela causou discórdia na nossa família, Jihyun! Não temos outra alternativa! – Dizia tudo em um tom de manipulação. O que era óbvio para Hyomin e todos que ouviam, soava como verdade para Jihyun.

As mãos de Jihyun tremiam e a jovem residente tinha um olhar confuso. Apontava a arma para Hyomin com incerteza, enquanto Boram trabalhava sua mente com manipulação e frieza. Jihyun se forçava a tentar lembrar de algo além do que lembrava. A única coisa que sabia era que já vira Hyomin quase morrer uma vez e não era uma cena que queria repetir. Ela olhava Hyomin com tristeza e angustia, as lágrimas já rolavam por sua face e ela deu um passo para trás. Mas a cada palavra dita por Boram a expressão da jovem mudava para uma expressão irritada e raivosa.  Jihyun parecia ser um cão raivoso prestes a obedecer ao seu dono, ao mesmo tempo em que parecia incapaz de ir adiante.

– Vai atirar, Jihyun? – Hyomin indagara agora com uma tonalidade mais suave. – Vai mesmo fazer isso? Compreendo que ela foi quem cuidou de ti... Assim como você deveria compreender que ela só fizera na intenção de lhe tornar a melhor criação dela. Lembra quando lhe disse que quando eu não fosse mais útil ela iria se livrar de mim? Pode atirar, querida. Eu morro, mas com a consciência limpa de que não fiz nada de errado. Você vai passar o resto da sua vida se culpando se puxar o gatilho. – Sorriu de leve. – Se vai fazer... Então faça de uma vez. – Retirou o anel do dedo e jogou nos pés da mais velha, pendendo a cabeça para o lado. – Mas não se considere nada mais minha se o fizer.

Jihyun olhava a aliança aos seus pés com uma feição triste. Ela lembrava do dia em que Boram as dera a ela. “Para quando você achar a sua pessoa especial.” Foram as palavras de Boram naquele dia, alguns dias depois tentaram fugir e Boram morreu. E isso fora o gatilho para a confusão em Jihyun crescer, ela lembrara a morte de Boram. Sua mente era um turbilhão de confusão e escuridão, ela não conseguia lembrar de nada, além de rostos e de quais sensações eles a faziam ter.

– Eu sempre confiei na minha mãe. – Sussurrou num tom frio, com a expressão opaca. – Ela nunca mentiu para mim. Nunca me feriu. Nunca me abandonou... – Jihyun falava tudo aquilo como se tentasse se convencer de que aquele era o caminho, de que Hyomin sempre fora apenas mais uma traidora. Mas aquela aliança no chão não parecia o certo, não parecia o melhor caminho. Ela se agachou, pegando a aliança e ficou em pé novamente, com uma mão apontava a arma para Hyomin com outra olhava a aliança. – Então, por que ela começaria a mentir para mim agora? – A jovem residente já chorava, premeditando o que aconteceria. A expressão opaca deu lugar a uma de pura dor e toda a esperança que já tivera até aquele momento se fora. – Porque eu sou insignificante e resistente o suficiente para ser a marionete que sobrevive as drogas. – Mal terminou de falar e virou-se para encarar Boram, apontando a arma para a cabeça dela. – Porque eu sou o projeto indefinido que você queria levar para fora desse prédio. Porque eu sou... Sua arma particular. E porque... Você realmente nunca foi minha mãe. Uma mãe não forja a própria morte. Nem abandona a filha em um lugar como esses sozinha! – Murmurou com a voz falha e sorriu triste. – Uma mãe não pede a própria filha para se tornar uma assassina. E o principal... Uma mãe não diz que isso vai tornar tudo mais “divertido”. – Jihyun apertou o gatilho fechando os olhos em seguida.  O silenciador fez o trabalho de tornar aquilo menos barulhento, mas a audição da jovem residente era boa o suficiente para ouvir a colisão da bala com a carne de Boram. Imediatamente, ela largou a arma, ainda de olhos fechados, se agachou e escondeu a face nos joelhos.  – Eu sempre fui só o rato de laboratório... Não é?

Hyomin nem mesmo esperou, somente jogou a arma para longe e constatou que o tiro havia pego em um local vital. Aproximou-se de Jihyun, trazendo-a para si e lhe abraçando com força. Ainda sentia muita dor pelas pancadas, mas pudera ouvir um duto se abrir e em seguida a porta. E pela primeira vez... Ela tinha a certeza de que aquilo havia finalmente terminado. Não fora necessário muito esforço para que a moça desativasse todas as câmeras do terreno e deletasse os arquivos relacionados a Jihyun, Chanyeol e Irene. Apenas demorou um pouco para deletar todas as filmagens, tendo a ajuda da própria Jihyunl, mesmo que ainda inconsolável. Trocou poucas palavras com todos, pois ainda se encontrava impressionada com o que havia acontecido. Não estar morta naquele ponto já era um milagre a se acreditar. Optaram por levar junto a maleta de Jeon Boram consigo e que apenas na rua iriam ver sobre os antídotos certos para ambas as garotas. A saída não fora demorada, pegaram todos os atalhos possíveis e a conversa era quase inexistente. Se tivessem sorte os carros de Yuri, Taeyeon e Baekhyun ainda estavam no lado de fora. Como Jihyun era quem tinha todas as chaves importantes, eis que puderam sair pela porta da frente. Aproximaram-se do estacionamento, tendo as irmãs Jung imediatamente a parar após ver uma movimentação suspeita. Não era uma movimentação suspeita qualquer... Elas conheciam aquele carro de longe. Entretanto não contavam que o ataque iria sair pelas costas. Foram afastadas de ambos os pares e tiveram as orelhas puxadas com toda a força do mundo. Eis que um grito muito conhecido ecoou por todo o estacionamento, possivelmente assustando todos por perto. Incluindo os variantes.

– JESSICA E HYOMIN JUNG! SUAS INGRATAS! COMO PODEM TER IDO VIAJAR PARA UM LUGAR NO MEIO DO NADA SEM AVISAR A MÃE DE VOCÊS? – Eis que do carro saía a jovem Sinb que ria que se acabava, sendo praticamente segurada pela amiguinha que nada entendia. – E AINDA POR CIMA SAÍRAM SEM O CASAQUINHO! EU NÃO ACREDITO NISSO, DUAS IRRESPONSÁVEIS! EU NÃO CRIEI VOCÊS PARA ISSO! – Os gritos em frustração da Senhora Jung assustaram a todos, aquela mãe ia puxando suas duas filhas sem dó pelas orelhas. Ambas as filhas tinham caretas em seus rostos

– TÁ DOENDO, MÃE! PARA! – Jessica fora a primeira a gritar enquanto era arrastada até o carro da Senhora Jung.

– PARA? PARA É A MINHA MÃO NA SUA ORELHA, SUA SEM VERGONHA! ACHA QUE EU NÃO VI KWON YURI ALI ATRÁS? É MUITO DA SAFADA MESMO! – Gritou a mãe enfurecida.

– SANGUE DE JESUS TEM PODER, MULHER! A SENHORA TÁ MACHUCANDO! – Hyomin tinha a pior das caretas no rosto.

– EU VOU CORTAR A MESADA DAS DUAS! UMA VAI FICAR SEM MAQUIAGEM DURANTE UM MÊS E A OUTRA EU VOU JOGAR O COMPUTADOR PELA JANELA!

– É sempre assim? – Yerin sussurro com uma expressão completamente perdida, para em seguida olhar para Sinb. – A sua mãe é legal.

Jihyun até tentara se aproximar de Hyomin novamente, mas fora impedida por Yuri que tinha um olhar de aviso bem claro. Ela conhecia bem a Sra. Jung e sabia que naquele estado a mulher não ouviria ninguém.

– Quem são elas? – Jihyun perguntou com uma expressão confusa. – E por que ela está machucando a Hyomin?

– Aquela, minha cara Jihyun, é a nossa sogra. E acredite, ela é maravilhosa, menos quando está furiosa. É como eu sempre digo, minha Hellsica tem a quem puxar. – Yuri falava tudo baixinho com um sorriso calmo nos lábios. – E aquela é a irmã da Jessica e da Hyomin. A caçula da família. – Falou apontando para Sinb. – A outra deve ser alguma amiguinha da Sinb.

– Mas, a Hyomin ainda não tomou a cura, não podemos deixar ela apenas ir com essa mulher. – Jihyun falava baixo com uma expressão irritadiça. – E a Hyomin prometeu que eu ficaria com ela.

– A gente vai para a casa delas também. Só que no meu carro. Confie em mim. – Yuri falou baixinho e sorriu para a mesma. Em seguida foi até o resto do grupo. – Vamos todos nos encontrar na casa da Jessie? – Todos assentiram concordando, pois naquela altura do campeonato qualquer cafezinho com bolacha já desceria como se fosse lasanha.

 

//

 

Já havia se passado algum tempo desde que saíram de Mount Massive. Primeiro de tudo eles trabalharam em uma cura para Jihyun e Hyomin, o que fora um tremendo sucesso, graças ao investimento de Irene em equipamento de ponta para produzir os antídotos.

Depois disso Chanyeol precisou, pacientemente, explicar a Jihyun cada um dos traços da história dela, mas o essencial fazê-la entender que ela e Yuri eram irmãs e que ela teria que conviver com Yuri mesmo fora do Mount Massive. Yuri se provara uma pessoa paciente e atenciosa, levando Jihyun aos lugares, a ensinando sobre a vida do lado de fora. A ensinando a lidar com a mãe de Hyomin e a explicando como agradar a Sra. Jung. Yuri ensinava a Jihyun, tudo o que a mesma tinha interesse em aprender sobre o lado de fora.

Além disso, a descoberta de que Jihyun era a única herdeira da falecida e rica mãe dela, também veio a calhar. Por ter deixado tudo no nome de Jihyun, o doutor Lee jamais pode mexer em nada da falecida esposa. Yuri não tinha interesse em possuir os bens da irmã mais nova e Jihyun não saberia lidar com aquilo, então, a escolha de transformar o Chanyeol em tutor da mesma, fora fácil. Além do mais, ele já se considerava pai de Jihyun e a própria o tinha como pai e o chamava de pai vez ou outra.

A vida de todos se aquietara e apesar do encontros do grupo e de alguma ou outra discussão, acabaram por se tornarem amigos. Chanyeol e Baekhyun passaram a namorar e Chanyeol, não somente se tornou o namorado mais velho e cobiçado de Baekhyun que o Kim mais novo vivia de exibir, como também se tornara professor de psiquiatria em uma universidade próxima a de Baekhyun. Naquele dia, em particular, o homem ia buscar o namorado na universidade dele, sabendo que aquele era o ultimo dia de universidade, ele pretendia levar Baekhyun para comemorar. O psiquiatra esperava o namorado, encostado no carro com os braços cruzados e um olhar paciente. Ele sabia o quão demorado Baekhyun poderia ser, então, quase sempre ia preparado para longas esperas.

– AHHHHHH VIADO! – Baekhyun gritou ao se aproximar do namorado, abraçando-o e dando um selinho na frente de todos. O jovem Kim era um rapaz que adorava ser citado nas rodinhas de conversa, seja falando bem ou mal, não importava. O que realmente era do agrado era que falassem! E após apresentar o seu namorado psiquiatra renomado para todos, eis que ficou muito bem citado na universidade. – Achou que eu fosse demorar, né não? Pois o Senhor fique esperto, viu? Sou bicha ninja! Poderosíssimo! – Usava óculos de sol mesmo que estivesse frio e nublado. – Vamos embora por essa água de Jesus! Quero é ir pra hidromassagem, sou bicha delicada. – Dissera como quem nada quer e esperou Chanyeol abrir a porta do passageiro para si. Baekhyun apenas desceu os óculos e fitou um grupinho que sempre até então falara mal do mesmo. – Um beijo para as inimigas encalhadas! – Dissera em alto bom tom e adentrando ao carro.

– Como foi na universidade, passou em todas as matérias? – Chanyeol perguntou com um sorriso calmo, enquanto dirigia para o apartamento onde vivia com Jihyun. O apartamento era enorme e Baekhyun passara a frequentar o mesmo com frequência, o que não era problema, já que Jihyun gostava muito do mesmo.

– Claro, né bicha? Eu sou muito do inteligente! – Exclamara convictamente e relaxando sobre o banco, ao menos até Chanyeol ligar o rádio em uma estação. Ambos ouviram atentamente a previsão do tempo e em seguida uma forte notícia que começava. – Você... Ouviu falar sobre? – Baekhyun olhou para o namorado com receio. – Falaram sobre o Mount Massive hoje nos corredores da universidade. – O moreno podia observar o olhar vago do psiquiatra para a estrada. – Você está bem?

– Não se preocupe, eu estou bem. Eu só... Lembrei um pouco de algumas coisas. – Falou com um olhar menos vago e sorriu para o namorado. – Pronto para hidromassagem e morangos com chocolate?

 

//

 

Taeyeon e Tiffany eram as que menos tiveram problemas com a saída de Mount Massive. A mãe da ruiva realmente só dera alguns gritos e em seguida abraçou a mesma e preparou um lanche para ela e Taeyeon. As coisas entre as duas continuaram bem e apesar de alguma ou outa loucura de Jessica, elas continuaram a próximas as outras.  Naquele dia Taeyeon finalmente cumpriria o que combinaram, iriam ao cinema, depois de toda a loucura que fora o Mount Massive, ir ao cinema fazia tudo parecer apenas um pesadelo distante. As jovens optaram por uma comédia romântica. Evitavam a todo custo coisas relacionadas a terror.

– E ai o que quer ver no próximo fim de semana? – Taeyeon sussurrou baixinho olhando para a namorada com um sorriso pequeno brincando nos lábios. Ambas andavam de mãos dadas pelo cinema, observando o que tinha em cartaz e pensando o que veriam no próximo fim de semana.

– Algum filme da Disney, algo bem fofinho! – Tiffany tinha um sorriso doce nos lábios. Ir ao cinema sempre lhe fazia se sentir bem e confortável. E ver um filme logo após o fim das aulas era maravilhoso! Caminharam até a fila para comprar o ingresso, tendo a ruiva a deitar a cabeça no ombro da loira. O silêncio era algo que agradava aquele casal em momentos como aquele, mas a conversa do grupo a frente parecia ser interessante a um ponto em que não podiam evitar ouvir.

– Aquele hospício famoso, sabe? Apelidaram até mesmo de Casa dos Horrores! – Um rapaz exclamara animadamente para os amigos. Tiffany e Taeyeon apenas se entreolharam. – Está bombando em todos os lugares, muita gente quer fazer até filme da história do local!

 

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Irene levara Sehun de volta para a casa do mesmo, lugar esse que passar a frequentar já que oficialmente, se tornara a namorada de Sehun. Apesar do descaso com o sumiço do filho, os pais do mesmo eram gentis e sempre tratavam a médica muito bem. Aquele natal, passariam ambos na casa dos pais do rapaz, que fizeram questão em receber Irene.

Sehun e Irene assistiam tv com desinteresse, era dia de véspera de natal e não havia nada de interessante na tv. Sehun tinha a cabeça deitada no colo da mulher que lhe fazia um cafuné suave, enquanto Péricles, dormia tranquilamente sobre a barriga do dono.

– O que quer ganhar de natal? – Irene perguntou com um sorriso divertido  e malicioso nos lábios. – Coelhinha ou policial?

– Você não perde uma, não é? – Sehun indagara divertidamente e acomodando-se melhor sobre o colo da moça. Virou o rosto na direção para a televisão e calmamente murmurou. – Surpreenda-me. – Dissera como quem nada quer. – Será que eles vão demorar muito para terminarem os biscoitos?

– Acho que não. Está com fome? – Irene e Sehun conversavam suavemente, até o filme que passava a tv ter fim, dando lugar a uma reportarem sobre o Mount Massive. – Acho que já deu de tv, certo? – A médica murmurou baixinho desligando a tv. – Vamos ver se os biscoitos estão prontos.

– Também prefiro os biscoitos! – Levantou-se e colocou o pequeno Péricles em seu ombro. Dera a mão para Irene e a ajudou a ficar de pé. O que realmente chamou a atenção do casal fora um ruído estranho vindo do pequeno duto de ar da parede. Entreolharam-se e ambos riram pela respiração. – Bem... A gente não cabe ali, certo? – Sorriu marotamente para a médica e saiu puxando-a em direção a cozinha.

 

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Jihyun e Yuri foram conviddas a passarem o natal na casa da Sra. Jung. O lugar estava repleto de comida por toda parte e Jihun estava sentada na sala, com uma expressão confusa enquanto tentava entender o jogo que Sinb jogava. Ela não conseguia entender como funcionava e ocasionalmente fazia perguntas a Sinb, que respondia tudo com impaciência.

Ela só relaxou quando sentiu Hyomin sentar em seu colo, passaram assim grande parte do tempo vendo Sinb jogar ou conversando coisas aleatórias sobre as novas experiências de Jihyun com o celular que ganhara de Chanyeol.

– Jessica, eu quero suco! – Sinb exclamara em um tom manhoso, enquanto ativava um cheat usando alguns botões do controle. Jihyun ficara maravilhada em ver que surgira um tanque de guerra do nada ao lado do personagem que a Jung caçula jogava. – Eu vou explodir todo mundo! – Os olhinhos chegavam a brilhar devido a animação da menina. – JESSICA, O SUCO!

 – Que Jessica, menina? Ela está lá na cozinha! – Hyomin retrucou indignada e rolando os olhos. – Sabe, Sinb... Você está muito aproveitadinha. Imagina o que a Yerin vai pensar vendo você exigindo as coisas dos outros?

– Oras! Quando ela chegar aí eu mando ela pegar e ela pega, ué! – Sinb pausou o jogo e olhou para o lado, dando um pulo quase de imediato. – A MINHA VIDA FOI UMA MENTIRA!

– O QUE FOI? – Gritou a irmã assustada.

– Nossa era a Jihyun e eu aqui pensando que era Jessica! – Retirou os óculos de sua face e os analisou assustada. – Que loucura...

Jihyun revirou os olhos com um sorriso nos lábios, sempre que chegava a casa de Hyomin, Sinb ou pensava que ela era Jessica ou pensava que ela era Hyomin e por não tirar os olhos da tela um único minuto raramente percebia que se tratava na realidade de Jihyun. A moça estava para provocar Sinb, quando a amiguinha da mesma chegou. Sinb, finalmente largara o videogame, indo para o próprio quarto com a amiga para mostrar um jogo novo.

– Elas são namoradas? – Jihyun perguntou aos cochichos olhando para a castanha com curiosidade.

– Não acho que Sinb já tenha interesses maiores que o videogame nessa idade, mas bem... Ela sempre larga o controle quando a Yerin chega, certo? Sem contar que são grudadas... E a Yerin tem uma cara de trouxa quando fica olhando a Baby Jung jogar. – Hyomin rira divertidamente e se deitou no sofá, esticando suas pernas no colo da namorada. Apesar de oficialmente só namorarem, ambas ainda usavam os anéis que trocaram dentro de Mount Massive. – Eu te dou um bombom se você descobrir o que lhe comprei para o natal!

– Isso é injusto, você sabe que eu nunca vou acertar. – A expressão da jovem se tornou acusadora e ela semicerrou os olhos. – Por que simplesmente não me conta?

– Porque a graça é você tentar adivinhar! – Mostrou a língua para a mesma e rira alto quando Jihyun lhe fitou friamente. – Então vai ter que esperar até depois do jantar. – Hyomin dera de ombros e então reparou que o olhar da mais velha se direcionou a um jornal que estava em cima mesa. Lentamente a mulher se esticou para pegá-lo, tentando ler o título da matéria e logo sentindo a mão de Hyomin lhe arrancar o jornal rapidamente. – Eu acho que você já sofreu muito com isso e que não precisa mais pensar naquele lugar. – A castanha se levantou e fora até o lixo, agora sendo ela a ler atentamente a manchete e então jogar o papel fora. – Apenas precisa se lembrar que acabou... E fingir que nunca aconteceu. – Voltou para o sofá e se direcionando para o colo alheio.

Jihyun a abraçou e sorriu, mesmo que minimamente e mesmo que os olhos deixassem claro o quanto tudo aquilo ainda a feria. Escondeu o rosto nos cabelos castanhos e inspirou profundamente.

– Eu sei, tenho feito isso sempre. Da melhor maneira que consigo. Eu juro. – Sussurrou num tom de voz suave olhando Hyomin nos olhos. – Mas foi lá que eu conheci você. Eu valorizo isso, Darling.

 

//

 

Yuri e Jessica tomavam uma xícara de café, enquanto comiam bolinhos. Apesar dos gritos de Sinb, aos quais Jessica ignorou, as moças não saiam da própria bolha. Completamente alheias a tudo e todos, enquanto Yuri puxava para si o jornal e as duas iniciavam a leitura sobre o Mount Massive. O escândalo da médica que testava drogas em humanos e do hospício que não era abandonado e que fora achado com centenas de pacientes dentro.

– Eu juro que não sou responsável por essa matéria. – Yuri murmurou baixinho e encarou a namorada com seriedade. – Eu só quero esquecer aquele lugar.

– Bem... A policia realmente chegou lá. – Jessica passou de leve a língua sobre os lábios para limpá-los. – Parece que... Ela realmente morreu. – Comentou e apontou a parte da matéria onde dizia que no quinto e subterrâneo prédio foram achados vários corpos, incluindo o de Jeon Boram, a criadora da droga. Uma explosão no prédio teria deteriorado o corpo da mesma. – Ao menos vamos conseguir voltar a dormir bem a noite com a completa certeza de que ela está morta. – Sorriu levemente de canto. – Demorou, mas... O império da Doutora finalmente caiu, todos agora tem a devida certeza de que ela não passava de uma pessoa horrível.

– E todos estão livres. Graças a vocês, sabes disso.  – Yuri tinha um sorriso doce nos lábios e puxou a própria cadeira para mais perto da de Jessica.  – Obrigada por ser louca o suficiente para enfrentar tudo e todos para me salvar. Eu realmente amo você. – Murmurou selando os lábios aos da loira. – E isso não vai se repetir, eu prometo. 

– Eu também te amo! E por favor, nunca mais entre em um prédio supostamente abandonado, sim? – Jessica beijou a testa da namorada e levou o olhar até a porta, arregalando os olhos e rapidamente pulando para a cadeira ao lado. A Senhora Jung a fitava com os olhos semicerrados. Era regra! Em terra santa pouca vergonha não podia ser exercida.

 

//

 

Eis que aquele dia terminaria em grande harmonia para aquelas dez pessoas que bravamente saíram de Mount Massive e que jamais vieram a ser procurados por quem quer que fosse. Yuri conseguira outros furos de reportagem importantes, mas nada relacionado ao hospício. Jessica finalmente conseguira se formar juntamente com os amigos e a irmã mais nova. Jihyun fora aprendendo tudo com calma, mas precisão. Mais tarde Chanyeol e Irene começaram uma parceria importante de uma clínica particular que exercia somente consultas. Tudo com paz e sem um único pingo de preocupações. Aquela que um dia os atormentou e causou dor já não estava mais entre os vivos, os heróis finalmente puderam seguir com as suas vidas.

A experiência era a mãe de toda a humanidade, portanto agora todos estavam bem.

E de tão experiente... Eis que do lado de fora do prédio onde as irmãs Jung moravam e que ambos os casais passavam felizmente o natal, alguém apenas olhava para o prédio.

Sua pele pálida como a neve já não chamava tanta atenção devido a estação do ano. Usava somente uma jaqueta preta e uma calça jeans, tendo botas para o inverno. Em sua cabeça uma toca e em seus lábios um sorriso doentio. O que chamava a atenção, mas que jamais fora notado pelo grupo dentro de Mount Massive... Era a pequena marca permanente de uma injeção bem aplicada em seu pescoço. Os deixaria em paz, com toda certeza. Perdera aquela briga e era humilde o suficiente para admitir e nunca mais se intrometer na vida alheia. Dera as costas para o prédio e retornou a caminhar. Não ficaria nem mais um dia naquele país.

Estava na hora de buscar por novas vítimas que pudessem proporcionar o mesmo tipo de diversão que tivera no hospício, pois a Doutora só está começando.



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