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História Welcome to Mount Massive - Sabor frango.


Escrita por: Anagassen e AlmostLove

Notas do Autor


AlmostLove: PRIMEIRO DE TUDO, VAMOS TIRAR UM MOMENTINHO PARA COMEMORAR QUE ATENDENSIC É REAL. sério, quem não lê Hello Neighbor, vão LÁ!
v-v Agora, vamos comemorar que o senhor Baek está vivo!!!!! Queria dizer obrigado ao pessoa que tá lendo e perguntar, estão gostando?
As coisas vão começar a mudar na fanfic, o povo vai sofrer uma pressãozinha na mão dos variantes, eu espero que sejam pacientes com algumas maldades que eu pretendo. ~<3 Sorry, eu curto o job de vilão.
v-v Espero que gostem! ~<3

Anagassen: HELLOOOOOOOOOOOO AMIGUINHOS! <3
Olhó o outro ali se achando o maior divulgador que você respeita AEHUHEUHUAEHUAEHUAEUH (buy Hello Neighbor on itunes -n)
A MAIOR PRINCESA RENEGADA DESSA FANFIC FARÁ UMA PONTA NO CAPÍTULO, APENAS AGUARDEM A NAJA CAÇULA /parei
Ignorem os erros de digitação <3
Uma boa leitura! <3

Capítulo 7 - Sabor frango.


O primeiro a reagir ao grito fora Chanyeol, que praticamente correu de volta para a banheira e puxou o pobre rapaz para fora da mesma. Apesar de ser complexado com limpeza e odiar sangue, o psiquiatra puxou o rapaz para um abraço cuidadoso o prendendo a si.

– Graças a Deus. Eu juro que eu nunca mais falto com a dieta, senhor. – O homem sussurrou visivelmente perturbado, ainda prendendo o jovem moreno aos seus braços. Mas, logo o Kim mais novo fora puxado de si, ele até mesmo pensou em relutar, mas era óbvio que a pessoa que puxou Baekhyun para si era mais forte.

– Seu filho de uma mãe... VOCÊ QUER ME MATAR DO CORAÇÃO, KIM BAEKHYUN?! – Taeyeon gritou exasperada dando tapas nele, em meio ao abraço torto e preocupado.

– Cunhado! – Tiffany exclamara abraçando-o também, mesmo Taeyeon não o tivesse largado. Todos os quatro muito bem distraídos e três dos mesmos muito emocionados pelo fato do rapaz realmente estar vivo, mas Hyomin analisava algo que ninguém parecia ter visto antes. Havia algo preso na cintura de Baekhyun, algo como um papel protegido com um plástico e amarrado com uma cordinha. Lentamente a moça se aproximou e arrancou o papel com plástico e tudo, fazendo Baekhyun dar outro pulo e gritinho devido ao susto. Todos a fitaram assustados, mas ao perceberem o pequeno papel, que agora tivera o plástico arrancado e jogado em qualquer canto, eis que Hyomin lera atentamente o tal recado.

– Isso não é nada bom... – A castanha sussurrou para si mesma. Levantou o olhar e percebeu que todos esperavam a leitura em voz alta. – "Levem isso como um aviso do que vou fazer com cada um de vocês caso entrem no prédio quatro.", foi escrito com uma caneta normal dessa vez... Mas curiosamente ela não falou nada sobre a Jessica. Nada! Nem uma única citação ou ameaça... Quase como se fingisse que a minha irmã não existe. – Piscou em confusão.

– A Jihyun me falou diversas vezes que no quatro nem mesmo os outros os residentes ousam entrar. Nem mesmo Walker... Eu... Eu nunca pensei que fosse assim tão...  – Chanyeol sussurrou chocado sem conseguir achar uma palavra para descrever o que sentia. Tirou o jaleco, o usando para limpar o sangue nas mãos e braços. Acabou por se livrar do colete e da camisa branca social, ficando apenas com uma camiseta branca que usava por baixo de tudo. Depois com o jaleco ainda em mãos deu de ombros e se aproximou de Baekhyun, limpando-o com o jaleco. – Olha, talvez só um banho para resolver essa bagunça que ela fez com você.

– Precisamos ir até o prédio quatro. – Taeyeon falou de forma convicta e encarou as outras três com um olhar sério. – Pensem bem... A Jessica só pode estar nesse tal prédio. E se ela não matou o Baekhyun, existe a possibilidade de ainda não ter matado a Jung. – A loira falava com um olhar sério e convicto. Tentava convencer a si mesma e as outras que Jessica estaria sim viva e que elas precisavam ir salvá-la.

– Eu vi ela de longe, gente... Aqueles olhos tem umas manchas muito estranhas! A médica é assustadora! E... E-e-ela fica andando de um lado para o outro com aquele cutelo demoníaco! Arrastando nas paredes! – Baekhyun tinha um biquinho trêmulo. – Quero nem pensar que ela já pode ter fatiado a Jessica em vinte e quatro pedacinhos... – Suspirou pesadamente.

– Vocês não conseguem entender? – Hyomin indagara incrédula. – Ela nem mesmo citou a Jessica em absolutamente nada! Não acho que tenha a matado e quiçá nem a machucou... Mas por que nem mesmo um aviso de que não a veremos mais? De que temos que fazer algo para conseguir salvá-la? Por que a médica não citou a Yuri como exemplo? Vimos a Kwon na merda das câmeras do Prédio Quatro! Pelo amor de Deus!

Chanyeol estava absorto no que tentava fazer, limpar o sangue do corpo de Baekhyun, que o olhava com certa malícia no olhar.

– Vamos por etapas meninas. Quem atraiu Jessica e Baekhyun para o que parece ter sido uma armadilha? – O psiquiatra falou baixinho e deu o jaleco ao Kim mais novo para ele tentar se limpar sozinho.

– Se parar para pensar... Faz muito sentido que a médica seja a Yuri. Ela não citou a Jessica, ela não tentou seguir o Baek pelos dutos. Ela só drogou a Jessica. Ela nem mesmo bateu ou cortou a mesma... Se a Yuri realmente é a médica, ela tá muito pirada, é perigosa o suficiente para deixar residentes desse lugar com medo e acabou de ameaçar a vida do meu irmão mais novo e as nossas! – Taeyeon falava sem nem mesmo respirar e a medida que ia falando a voz ia aumentando o tom. – Vocês sabem o que isso significa certo? EU VOU MATAR ESSA FILHA DA PUTA! – Taeyeon gritou enfezada saindo da sala com um olhar duro, mas logo voltou correndo para a mesma e com um olhar completamente aterrorizado começou a procurar uma saída da sala dentro da própria sala. – Se mexam, rápido! Achem um jeito de sair daqui sem ser por essa porta! – Falou exasperada em um tom de voz consideravelmente baixo.

– Ela... Ela está do lado de fora? – O doutor Park perguntou com um olhar temeroso e começou a procurar por uma saída.

– Não... Muito pior... Walker está lá fora. E deve estar vindo para cá. – Falava a loira com um olhar nada feliz, até achar um buraco no chão do lado da banheira. – Gente, isso aqui vai ter que servir. – Falou se jogando no buraco, a queda fora suave, considerando que caíra num amontado de corpos no que parecia ser o esgoto do hospício. – PODEM VIR! É SEGURO, nojento, mas seguro... – Falou já saindo do cume do pequeno monte de cadáveres e olhando em volta assustada.

– Ai... – Tiffany fizera uma careta e descera com certa dificuldade devido o medo de cair no chão ou nos cadáveres, ou seja, de cair num geral. – QUE NOJO! – A careta só piorou ao cair em cima de alguém. – AH NÃO! QUE NOJO NÃO! A QUEDA FOI MENOR! – Gritou ao perceber que tinha caído bem em cima da namorada. – MAS NÃO CAI NELA NÃO! COITADINHA!

– Aiin, viado... – Baekhyun pensava em como iria descer aquilo e Chanyeol ao seu lado a mesma coisa. Por mais que fosse um médico do local, o mesmo não tinha nem o mínimo de coragem... Pois o resultado fora simples! Hyomin empurrou os dois!

– LERDOS! – Hyomin pulou no buraco logo em seguida e soltando um grito desesperador, pois a última coisa que vira da sala fora justamente as mochilas de Jessica e a de Taeyeon, aos quais ela puxou com muita força e dedicação.

– Se fosse qualquer outra pessoa eu ficaria muito brava. –  A baixinha murmurou num tom de voz quase inaudível, porém, logo tratou de abraçar a namorada. – Que bom que conseguimos. Você viu o tamanho daquela coisa no refeitório certo? – Sussurrou baixinho enfiando o rosto na curvinha no pescoço da ruiva.

 Chanyeol, caíra em cima de um cadáver que aparentemente, tinha acabado de ser jogado ali e Baekhyun em cima do mesmo. Levantou-se com certa dificuldade e ajudou o Kim mais novo a levantar, logo se aproximando do casal.

– Meninas, desculpem interromper o momento, mas temos que correr, existem outras formas de chegar nesse esgoto. – Falou com um tom de voz bem preocupado e olhando os lados assustado. – Não é por nada não, mas o Walker é veloz e já deve estar quase aqui. – Falou baixinho, como se aquilo fosse um segredo.

– Que droga! – Tiffany ligou a lanterna enquanto Hyomin entregava a mochila de Taeyeon para a mesma. – Não parece ter saída... – Dissera um tanto quanto assustada e respirando fundo. O espaçamento para as portas estavam todos tampados com tijolos e o que parecia ser cimento, além de que o local em si tinha um cheiro absurdamente forte e terrível.

– Gente... – Baekhyun apontou para o que parecia ser um buraco, bem mais a frente de onde o grupo se encontrava. Era uma sala enorme! Todos andaram já com certa pressa, notando que realmente se tratava de um buraco com tamanho mediano e que ia descendo pela terra, como uma escada.

– Dá pra passar uns dois por vez... – Não aguento passar nem mais um minuto aqui, vou primeiro e digo se está tudo bem! – Hyomin já fora adentrando o buraco e se agachando. – Baek...

– Sim? – O rapaz cruzou os braços.

– Jessica chegou a lhe entregar a câmera? – Indagara-lhe curiosamente.

– Está na mochila. – O moreno sussurrou em resposta, um tanto quanto abismado.

 – Ótimo, preciso da visão noturna. – Hyomin retirou a maquina de dentro da mochila e a entregou de volta para Baekhyun. Ligou a câmera e descera outro enorme degrau de terra, notando que em seguida dava em uma espécie de túnel.

– O que você está vendo aí de baixo, Hyomin? – Tiffany perguntou preocupada.

– Um esgoto! – Exclamara a castanha em resposta e todos puderam ouvi-la suspirar pesadamente. – Acho que é grande, muito grande na verdade... Existe a possibilidade desse lugar nos levar ao lado de fora do Mount Massive?

– Creio que não...  Não acho que com o cuidado que tinham aqui, iriam deixar um furo desses na segurança. Mas podemos transitar facilmente entre os prédios usando os esgotos. Aliás, o Walker e a própria médica o usam, se não me engano e até alguns piores que eles. – Chanyeol falou entrando em seguida no buraco. – Eu acho bom todos nós nos apressarmos. Walker não é burro e quer nos pegar. Vamos!

Taeyeon olhou para o médico pensativa e depois para o irmão.

– Pode ir entrando senhor Kim Baekhyun, a partir de agora, você anda bem na minha frente para não fazer merda outra vez. E se fizer, eu verei e te pegarei. – A loira ameaçou com um olhar rabugento e indicou que ele fosse após o médico. Ela e Tiffany entrariam depois.

Sendo a loira a ultima do grupo a entrar, pode notar que para passar, teria que se agachar. Depois de virar a esquerda, teve que dar um pequeno salto, no que parecia ser um tipo de degrau. Era extremamente escuro e ela segurava a lanterna com um olhar nada feliz em ter que entrar ali.

A essa altura todos já estavam no túnel, Taeyeon, ia mais devagar, tinha medo de se machucar, pois era desastrada. Por isso, acabava por ir de forma mais lenta.

Depois de pular mais dois do que pareciam ser degraus improvisados, parou em um espaço com um buraco na parede, que dava para o túnel de esgoto que Hyomin antes dissera.

– Se a médica tem o cartão que dá acesso a todos os prédios... Por que ela usa o esgoto? – Baekhyun cruzou os braços e erguera as sobrancelhas. Todos menos o mesmo usavam algo para clarear o local.

– É mais fácil para transitar as vitimas? – Hyomin rira pela respiração. – O pior é que toda essa suposição me faz temer ainda mais pela minha irmã.

– A sobrevivência dela seria mais facilitada se estivermos certo, não é mesmo? – Tiffany piscou em confusão. Hyomin e Chanyeol faziam a "linha de frente" pelo túnel.

– Já viu Jessica quando a mesma descobre que alguém que ela gosta está fazendo alguma merda? Pois é... – A castanha dera de ombros.

– Deus nos proteja. Se estivermos certos... Ela fará picadinho de Yuri, sendo Yuri a médica ou não. – Taeyeon falou com um olhar vago e se aproximou dos que estavam na linha de frente. Chanyeol a encarava confuso, não entendia como uma pessoa não afetada poderia fazer picadinho de alguém que claramente estava afetada pela droga. – Vai por mim doutor, você nunca viu a Hellsica em seu estado mais puro de ódio e rancor. Só falta destilar veneno que nem uma cobra. – Murmurou baixinho, recebendo um olhar mortal de Hyomin.

 

//

 

Longe de onde estava o resto do grupinho, estava Jessica, ainda nos braços de sua querida namorada, que a olhava de forma tão carinhosa e curiosa que chegava a ser engraçado.

– Você é realmente louca em ter vindo aqui, Jessie... – Yuri murmurou baixinho, beijando-lhe a testa de forma cuidadosa. Tocava Jessica com tanto cuidado, que parecia temer machuca-la. – Você não tem ideia do quão horrível esse lugar e as pessoas que estão aqui são.

– Não import- – Jessica parou de falar repentinamente, sentindo um arrepio na espinha e semicerrando os seus olhos de forma mortal. Yuri lhe fitava sem nada entender, ainda mais pela loira cerrar os punhos e pender a cabeça para o lado. – A danshin tá falando mal de mim... – Sussurrou friamente e rapidamente se recompôs. – Onde eu parei? Ah sim! Não importa! Mas agora que eu te achei, nós podemos achar os outros e irmos embora! É só dar no pé, Yuri! – segurou-lhe as mãos e tendo de um sorriso confiante nos lábios.

– Claro, meu amor... Mas, como pretende sair daqui? Eu mal consegui sobreviver. E eu tentei sair de muitas formas. – Yuri falava com uma expressão abatida, mas ao ouvir o arrastar de algo do lado de fora, puxou Jessica consigo, para se esconderem em um armário. Depois que o barulho cessou, ela saiu devagar do armário e abriu a porta conferindo o corredor do lado de fora. – Jessie, temos que sair daqui. Meu esconderijo é do outro lado do prédio e é perigoso continuarmos nessa sala. 

– Mas e se a médica voltar? – Jessica indagara temerosa, abraçando a cintura de Yuri com força e escondendo seu rosto no pescoço alheio. – Eu tenho um plano, mas temos que achar os outros e retornar ao prédio um. Aquela tal de Jihyun tá caidinha na minha irmã, a Hyomin... E podemos convencê-la a abrir a porta, não é tão difícil! – Suspirou pesadamente. – Em que prédio nós estamos? A maluca do cutelo me pegou ainda no prédio dois... – Levantou a cabeça com os olhos bem arregalados ao se dar conta de algo. – O Baek! O Baek! Meu Deus... Ele ficou sozinho... E se ela pegou o Baek, Yuri?

– Calma, Jessica. – Yuri sussurrou de forma tranquilizadora acariciando a face da loira e selando os lábios rapidamente aos da mesma. – Primeiro temos que ir para o meu esconderijo. Lá estaremos seguras e ai pensaremos nos outros e no seu plano. Tudo bem? Podemos fazer isso. – Murmurou baixinho abraçando a namorada e apoiando o queixo na cabeça da mesma. – E estamos no prédio quatro. Meu anjo, não tem como a medica ter machucado ele e nos trazido para cá ao mesmo tempo. Com certeza ela deve estar procurando por ele agora, é nossa chance de sairmos daqui em segurança e chegarmos inteiras ao meu esconderijo.

– Tudo bem, então vamos logo! – A loira dissera com um leve biquinho e fitando aquela sala com certo receio. Separaram-se do abraço, mas a mais nova rapidamente pegou a mão da morena e observando Yuri procurar por alguma saída. – Como ela te pegou? – Indagara curiosamente e franzindo o cenho. – Foi depois de mim ou antes?

– Parece que realmente só tem como sair por esta porta. – Murmurou baixinho e abriu a porta. O corredor que estavam era claro, todo o lugar era tão bem iluminado que chegava a ser estranho. E limpo, extremamente limpo. Tudo era branco e o chão chegava a reluzir. – Bem... Eu lembro que estava para sair do prédio dois e vi vocês dois, ai ela apareceu e eu corri para dentro, para não deixar que ela visse vocês dois do lado de fora. – Yuri falava com pesar e andava devagar pelo corredor, atenta a tudo, segurava a mão da loira com firmeza. – Depois disso, senti uma picada no pescoço e apaguei.

– Ela deve ter nos levado na mesma maca para o prédio quatro... Que romântico! – Jessica exclamara ironicamente e vendo Yuri rir baixinho e divertidamente. Dera um leve sorriso por isso. – Aqui chega a ser... Mais assustador do que o prédio um e dois. É estranho... Porque eu tenho o pressentimento que a médica pode aparecer a qualquer hora. – Analisava as macas vazias e bem limpas em meio ao corredor. – Tenho medo dela nos machucar. – Engolira em seco. – Você tem alguma aliança aqui dentro?

– Só tinha uma pessoa. A doutora Boram. Eu vim para ajudar ela. Mas cheguei tarde demais... Ela estava morta, tentei fugir, mas acabei ficando presa aqui e a cada dia só ficou mais difícil sair. Até que comecei a me esconder na sala da doutora Boram e estranhamente, ninguém vinha aqui. Acredite se quiser, só recentemente descobri que era porque a médica vem muito a esse prédio aqui. Aparentemente, a “casa” dela é em algum lugar desse prédio. – A morena murmurava com certo desgosto. Depois de cruzarem vários corredores, salas e até mesmo um saguão, chegaram a uma ala que parecia ser somente de escritórios/dormitórios de médicos.

A porta que adentraram era uma de madeira e, assim como tudo naquele estranho prédio, estava limpa e intacta. Yuri abriu a porta com as chaves que puxou do bolso e deixou a loira entrar primeiro, entrando em seguida e trancando o mesmo por dentro. Logo depois, puxou um armário, o arrastando com muito esforço para frente da porta, como um reforço caso algo muito forte tentasse invadir.

– Bem... Tem um sofá cama. Mas eu durmo no chão mesmo. Ali. – Murmurou apontado para três coxões de solteiros que estavam no chão de uma parte da sala, haviam cobertas e até mesmo travesseiros. – Eu tive muito tempo para achar as coisas que precisaria para ficar confortável... Ou pelo menos tentar... – Sussurrava baixinho e por fim, olhava a loira. – Tem comida e água. E quando acaba eu vou procurar por mais. Tem até doces. Podemos ficar confortáveis agora e ai você me conta o seu plano.

– Eu vou te contar tudo de uma vez, pode ser? Antes do plano vou lhe explicar como paramos aqui. – Jessica sentou-se no sofá e cruzou as pernas. A morena calmamente sentou-se ao seu lado. – Eu já não sei se estamos aqui há um ou dois dias, acho que já são dois... – Dera de ombros. – Digamos que no dia em que viemos para cá, naquela mesma manhã... A sua mãe me procurou. E você sabe o quanto ela me odeia, né? – Yuri assentira. – Bem, durante o último ano inteiro eu achei que você tinha terminado comigo de uma forma muito babaca, mas a sua mãe veio me confirmar que você tinha realmente sumido e dissera que tinha vindo pro Mount Massive. A sua mãe estava muito desesperada... E eu acabei ficando junto, porque a ficha caiu. – Pendeu a cabeça para trás e encostou-a no sofá. – Graças a Deus eu fui muito da trouxa e rancorosa e não fiquei com ninguém nesse meio tempo... Eu estaria me sentindo bem culpada agora. – Fizera o comentário com um leve biquinho. – Mas enfim! Eu chamei a minha irmã que é boa com esses eletrônicos, o Baekhyun e a Tiffany. Aí aquela sua amiga babaca e baixinha, que ainda namora a Tiffany... Veio junto, né? Fazer o quê...

– Entendo... Então, estão todos agora procurando por mim e você, certo? – Ela falou baixinho e sentou-se ao lado da loira, a puxando para si e a abraçando carinhosamente. – Acha que, podemos descansar por hoje? Eu realmente estou exausta... Não sei se aguento mais alguma correria ou susto.  Eu nunca esqueci você... Na verdade, das coisas que eu trouxe, só sobrou uma coisa. É a mais importante e eu sempre cuidei muito bem, para nunca perder. – Sussurrou baixinho, tirando do bolso do moletom uma foto dela com Jessica. – Você... Você é tudo o que me restava aqui... Tudo o que me prendia a minha sanidade. Eu te amo, Jessie.

– Eu também te amo! – Jessica exclamara com um lindo sorriso, beijando-a na testa e em seguida subindo e se acomodando no colo alheio. Esticou suas pernas para o sofá e deitou sua cabeça no ombro alheio. – Eu também acho que não aguento mais correrias e sustos por hoje... Na noite passada dormi em um duto de ar e foi horrível! – Dissera manhosamente e com um biquinho enorme. – Mas o que importa é que agora eu te achei e vamos sair juntas dessa! Você vai ver, Seobang! – Notou que pelo o que conseguia ver pela janela, deveriam estar em um andar alto. – Você deve fazer muito silêncio pra médica não te achar, né? Poxa... – Fizera uma careta. – E bem... Continuando a minha dramática história... Eis que entramos, nos assustamos muito, demos de cara com a tal da Jihyun lá, que é bem louca, mas que parece bem poderosa... Só que a gente acabou se separando em dois grupinhos, bem... Até agora não entendi porque deixaram-me sozinha com o Baek... Logo eu e ele de dupla? Não foi atoa que a médica nos pegou...

– Essa Jihyun tentou me matar. Ela é perigosa, Jessie. Talvez mais que a médica. – A morena falava nervosamente, enfiando o rosto nos cabelos loiros da namorada. – Você... Ela machucou você?

– Não, claro que não! Eu te disse que ela ficou super afim da minha irmã! – Jessica rira pela respiração. – Mas ela parece bem perigosa mesmo... Mas acho que é domável, ao menos se a Hyomin fizer manha. – Coçou o queixo. – Essa coisa que a médica aplicou na gente deveria ser bem forte, eu estou morrendo de dor de cabeça... Me sinto tonta até. – Bocejou e esticou os braços para cima, tentando se alongar um pouco. – Quando essa louca do cutelo me pegou... Achei que fosse o fim. – Dissera sinceramente. – Porque todo lugar que íamos tinha alguém nos alertando que a médica era mortal... Não sei porque ela não nos matou então.

– Dizem que ela faz isso quando a vítima parece interessante. Ela a droga para levar para sua área pessoal, onde poderá “trabalhar” com liberdade... Eu não esperava que ela gostasse de mim a ponto de fazer isso comigo. Acho que ela só queria me ter como isca para pegar vocês. – Yuri murmurava baixinho com um olhar vago, abraçando Jessica. – Podemos deitar nos colchões... Será mais confortável e você pode descansar.

– Não sei se fico com mais medo de ser uma vítima interessante ou não... Achei suspeito isso de você dizer que ela pode trabalhar melhor. Não vou mentir, senti até um ponto de malícia nisso, cruzes... Será que a médica é uma mulher lésbica ou na verdade é uma mulher hétero com atração em gays cintilantes? – A pergunta fizera Yuri rir verdadeiramente alto. – YAAAAAH! NÃO RIA! – Gritou indignada.

– Desculpa, Jessie... É que isso foi tão... Tão tosco. – Sussurrou baixinho pegando a namorada no colo e a guiando para os colchões. Deitou com a mesma no meio do amontoado de cobertores e travesseiros e a puxou para si, a abraçando. – Talvez ela só goste de asiáticos. Pensa bem, ela me pegou, pegou você e tentou pegar o Baek. Ela deve curtir desmembrar asiáticos. – Yuri sussurrou baixinho, num tom de voz tenebroso e se arrepiou, como se temesse algo. Escondeu o rosto na curva do pescoço da namorada e depositou um leve beijo ali. – Não precisa ter medo. Estamos bem escondidas.

 

//

 

Chanyeol ainda estava confuso sobre como Jessica poderia ser um perigo para a própria médica, caso a médica fosse realmente a Kwon Yuri.

Ele sabia sobre aquela jornalista, porque fora ela que Boram chamara para ajudar eles a saírem de lá. Ainda assim, tudo dera errado, Boram morrera antes de Yuri chegar.

– Eu não tenho uma lanterna e não sei exatamente se é a melhor ideia irmos para o quatro. Poderíamos voltar para o um, ficar em segurança, comer, dormir. E tentar isso amanhã durante o dia e com a ajuda da Jihyun. – Ele falava baixinho, tentando convencer o resto do grupo que era a melhor decisão.

– Bicha, mas esse doutor é muito do cagão mesmo, viu viado? E eu que já estava prontíssimo para aplicar o golpe do viado cintilante com medo e indo me encostar no médico fortão, que seria quem iria trazer confiança para este grupo... Fiquei a ver navios... Não! Navios não... Abdômens masculinos... – Baekhyun comentara baixinho com Tiffany, que tivera de se segurar para não rir muito alto.

Olha, doutor... Por mais que eu queria dormir, me sinta trilhões de vezes mais segura com a louca da Jihyun do que com você... Não vamos voltar. O amanhã pode ser muito tarde para a minha irmã mais velha. E se ela morrer, doutor... – Hyomin se aproximou perigosamente e com um olhar sério. – Eu vou ficar muito chateada... E você pode ter certeza que não quer me ver chateada. – Chanyeol engolira em seco com a ameaça.

– Não que eu ache esse caminho seguro, mas temos que chegar em Jessica o mais rápido possível e tenho que concordar com a Hyomin... Amanhã pode ser tarde demais para a Jessie. – Tiffany falara com mais calma.

– Bem, eu avisei sobre as possibilidades... Quando der merda, apenas lidem com isso. – Sussurrou com um tom de voz beirando ao sinistro. Ele sabia bem quais variantes frequentavam aqueles esgotos. Walker era o menor dos problemas.

– Que possibilidades afinal? Do Walker podemos correr. – Taeyeon falou com um olhar irritado, aquele médico estava começando a arrepiá-la com aquele tom de voz tão estranho.

– Minhas queridas, o Walker é fichinha perto do que veremos nesse maravilhoso ambiente. Vocês tiveram medo da médica? Huh... Veremos como vão reagir quando conhecerem o comilão menos favorito do doutor aqui. E olhe que ele é só um dos que tem por aqui. E teremos que ir ao três. É de lá que abriremos a porta para o quatro e entraremos no quatro. Não sobreviveremos se continuarmos andando pelos esgotos até o quatro.– Ele falava com seriedade e então, assumia outra postura. Os ombros eretos, o olhar afiado. Parecia um homem totalmente diferente do médico medroso. – E eu  que pensei que se demonstrasse medo iria convencê-las... Longe disso. Só as deixei mais convictas do que querem. – Murmurou baixinho, mais para si do que para eles e olhou em volta. – Venham, eu vou mostrar o caminho. – Falou tomando a dianteira. Andava devagar, com o olhar focado e cuidadoso. A pouca iluminação do local o bastava, porque ele já usara aqueles túneis muitas vezes. Ele sabia exatamente como identificar uma presença ali.

– BICHA, SAI DA FRENTE QUE EU QUERO DESENCALHAR! – Baekhyun, que por um acaso era o último na fila junto com Taeyeon, abrira espaço entre Tiffany e Hyomin para então correr até o doutor e ali colocando a mão no peito e suspirando pesadamente. Tinha a mão na testa, sendo a palma virada para frente em uma posição dramática. Seus olhos estavam fechados e o rapaz fingia uma fungada de choro. – Oh Romeu! Romeu... Digo, doutor! Oh doutor! O que seriamos de nós, ó pobres jovens adultos assustados e perdidos... Sem a sua presença? Deus quis lhe colocar em nosso caminho para salvar nossas vidas! Ó DOUTOR! – Naturalmente puxou um dos braços de Chanyeol e atirou-se como se fingisse que iria desmaiar, ainda com a mão na testa. – Não solte mais a minha mão, doutor... – As três logo atrás tinham os queixos caídos, estavam incrédulas com a cara de pau do jovem Baekhyun!

– Baekhyun, primeira coisa que precisa aprender, se você continuar gritando, quando o canibal aparecer, eu vou te tacar de aperitivo. Entendeu? – O castanho falou com seriedade e um ar nada dócil e depois sorriu malicioso.  – Acredite, será um desperdício, mas no momento minha prioridade é sair daqui com o máximo de vocês vivos. Então, sem mais gritos. – Novamente deu as costas ao moreno e foi na frente. Taeyeon olhava tudo incrédula, além de fingido o homem era mal humorado e frio.

– Por essa eu não esperava. – Sussurrou baixinho para a namorada e a amiga e passou o braço em volta dos ombros da ruiva. – Ele é um tremendo de um fingindo... Fingiu ser bonzinho. Fingiu ser medroso... Não duvido nada que se aparecer mesmo algum canibal ele tasca a gente para sobreviver.

– Ain... Depois dessa eu vou até voltar lá pra minha banheira de sangue. – Baekhyun tinha uma careta e fitou-o de cima para baixo. – SOU MUITO MAIS MINHA AMIGA HYOMIN! – Mostrou a língua para Chanyeol e fora até Hyomin, puxando seu braço. – Depois dessa quero nem papo, sou bicha orgulhosa e odeio ser destratada assim ao vivo. – Comentou com Hyomin, notando-a lhe fitar como se entendesse e lhe dando tapinhas nas costas para ajudar.

 – Ele acabou com a tua raça... – Hyomin dissera como quem nada quer.

 – Eu queria poder ser flores e coração. Eu ia adorar, na verdade. – Chanyeol falava sozinho com um olhar ainda concentrado, parando de repente. – Teremos que diminuir a pressão com as válvulas... – Murmurou coçando o queixo pensativo. Taeyeon parou ao lado dele o ouvindo atenta e se questionando se confiar nele era a melhor resposta.  – Daqui você é mais apta. Eu duvido muito que possamos perder tempo indo todo o grupo em cada uma das salas. Mas podemos nos dividir e voltarmos até aqui. – Apontou para o lugar que teriam que descer.  Era um bueiro que estava cheio de água. – Você acha que consegue ir com as outras duas ao lugar que vou indicar e voltar inteiras?

– E porque o meu irmão tem que ir com você? – Taeyeon perguntou desconfiada e ele a olhou sério.

– Eu vou precisar da sua confiança e atenção. O lugar que você vai é de certa forma mais seguro. Para entrar lá precisa ser pequeno. Você e suas amigas vão entrar com facilidade. E Walker e o Canibal não conseguiriam.  Vocês vão até lá, regulam a válvula e esperam por mim e Baek lá. O que me diz? – Perguntou com um olhar sério.

– Se acontecer algo com o meu irmão, eu vou quebrar a sua cara,  seja você doutor ou não. – Ela falava em um tom de voz ameaçador, ao qual ele ignorou. – Me diga o caminho. – Falou por fim, convencida de que poderia confiar no médico. Chanyeol a explicou por onde ela deveria ir e o que deveria fazer com paciência e depois se preparava para explicar a Baekhyun o que os dois teriam que fazer, quando atrás do grupo apareceu quem ele menos queria ver.

– Taeyeon, acho bom você e as duas correrem agora. – Falou seriamente e pegou a mão de Baekhyun. – Vamos! – Gritou já correndo, puxando o rapaz consigo. Enquanto o resto do grupo também corria, porém, para a direção contrária.

Atrás deles estava um homem com estatura mediana, completamente nu, com um facão em mãos e um olhar vidrado. Era o famoso canibal de quem o psiquiatra tanto falara e que curiosamente escolhera tentar seguir a dupla nada dinâmica.

– BEM QUE DIZEM QUE VIADO TEM GOSTO DE FRANGO! – Baekhyun gritou com os olhos arregalados e após se dar conta do que fizera, eis que acelerou o passo ao máximo para passar Chanyeol. – SEU CANIBAL, O VIADO DE TRÁS TEM GOSTO DE FILÉ MIGNON! É MAIS GOSTOSO QUE O VIADO DA FRENTE QUE TEM GOSTO DE FRANGO CRU!

– FRANGO, FRANGO, FRANGO! – O canibal corria atrás dos dois, que vez ou outra tinham de fazer a curva e pular alguns canos. O homem tentava toda hora acertá-los, mas a gritaria que já era alta somente piorou quando Chanyeol tomou a dianteira.

– JURO POR DEUS QUE O VIADO DA FRENTE TEM ATÉ MAIONESE TEMPERADA NO BOLSO DELE! – Baekhyun gritou desesperado e com os olhos bem arregalados. – COME ELE! ELE! ELE! NÃO EU!

– BAEKHYUN, VOCÊ VAI LÁ E GIRA A VÁLVULA! – O médico gritou e depois de agarrar um pedaço de cano solto no chão, foi para cima do canibal, mirando as pernas do mesmo e o derrubando com um golpe bem sucedido. – RÁPIDO! – Gritou quando viu o canibal levantar, porém, em vez de se virar para pegá-lo, o variante apenas começou a correr atrás de Baekhyun o seguindo até a sala da válvula.

– VOCÊ ACHA QUE VAI ME PEGAR? POIS NÃO VAI! EU PODIA FACILMENTE CORRER A SÃO SILVESTRE! – Baekhyun gritou e com deveras habilidade pulou o cano que tinha a altura de sua cintura. Adentrou a porta com rapidez e a trancou logo após dar uma leve respirada, trancando-a. Andou até a válvula e tivera de fazer muita força para conseguir girá-la. A sala em si não tinha iluminação e Baekhyun não enxergava muito. Na verdade... Não enxergava nada.

– Uh, uh... – A respiração de Chanyeol assustava Baekhyun, pois quase lhe lembrava um gemido.

– Viado... Essa foi por pouco, viu? – Encostou-se ao lado da porta e suspirou pesadamente.

– Uh, uh...

– Tá tudo bem, doutor? – O jovem Kim indagara curiosamente e notou Chanyeol se aproximar, cheirando-o do pescoço até a orelha. – Ui... – Abanou-se. – Tremeu até tudo aqui. – Deixou o sorriso morrer ao ouvir o sussurro bem seu ouvido e perceber que aquele não era o doutor Park...

– Fraaaaango...

– BIIIIIIIIIIIICHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!

Chanyeol ainda corria trás do canibal e de Baekhyun, o desespero só o tomou de fato, quando notou que Baekhyun trancara a porta com o canibal dentro.

O castanho começou a chutar a porta com extrema violência, e depois de quatro chutes a arrombou, adentrou no lugar como um furacão.  O olhar dele só se tornou mais agressivo, quando notou que o canibal segurava Baekhyun pelos cabelos e estava prestes a começar a fatia-lo com o facão. 

Ainda com o pedaço de cano em mãos, o homem começou a acertar a cabeça do canibal, com precisão em força, o que não só deixou o variante muito bravo como o fez virar-se para encará-lo.

– CORRE, BAEKHYUN! ENCONTRA AS OUTRAS E A TAEYEON VAI MOSTRAR O CAMINHO! CORRE!!!! – A voz dele soara tão alta que até o próprio canibal ficara incomodando, começando a avançar na direção dele com o facão em mãos.  Ele voltou a desferir golpes com o cano contra o rosto do variante, o que parecia deixa-lo mais lento, mas não o derrubava.

– NÃO VOU TE DEIXAR, NÃO MESMO! – Baekhyun gritou em meio ao desespero e pegou a primeira coisa que viu no túnel para jogar na cabeça do canibal. Nem ele percebeu o que era até acertar em cheio a cabeça do inimigo com uma lanterna... A careta de arrependimento era enorme, mas ao menos conseguira atrasar o canibal para que Chanyeol pudesse correr para fora e juntos pularam os canos de volta na direção para onde foram as jovens. A única esperança dos dois era que a água já estivesse escorrendo e a descida estivesse livre.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – E o grito nem fora por causa do canibal assassino atrás de si e sim porque viu uma barata perto de seu pé.

Chanyeol continuava a correr, mas tinha o cuidado de deixar Baekhyun na frente, caso alguém fosse pego, esse alguém seria ele. Por sorte, as outras três, realmente haviam conseguido fazer a parte delas e estavam em volta do bueiro os esperando. Chanyeol, já fez sinal para que descessem mesmo de longe.

– VAI! VAI! VAI! – Gritava em desespero, vendo elas descerem uma por uma, em seguida Baekhyun desceu e, por fim ele desceu.  – Eu não sei quantas vezes você ouviu isso na sua vida, mas, você foi corajoso. Obrigado. – O médico falou para Baekhyun enquanto eles ainda desciam pela escada de metal do bueiro.

– Essa é a primeira vez que alguém me diz isso na vida... – Baekhyun sussurrou pensativo e com um leve biquinho. – Isso não faz muito sentido, mas não lhe deixei para trás pelo simples fato que aprendi a lição da última vez... – Terminaram de descer as escadas, notando que o canibal definitivamente não iria conseguir passar por tal passagem. – Jessica ficou para trás... E vi tudo isso sem conseguir fazer nada, porque a médica era trinta vezes mais forte do que eu. – Massageou as têmporas. – Bem... Ela não voltou, certo? Então provavelmente você também não voltaria, porque o canibal era mais forte do que nós dois. – Dera de ombros. – Mas ainda estou sentido com você... – Fitou-o de cima para baixo e levantou o braço, estralando os dedos. – Acha que me esqueci do corte ao vivo, bicha? Runf! – Erguera o queixo e voltou a andar junto com o grupinho pelo túnel.

Chanyeol rira do jeito do rapaz e apressou o passo tomando a frente e refreando as outras.

– Vamos por partes, certo? – Falou calmamente encarando cada um deles e deu uma piscadela para Baekhyun que apenas virou a cara o fazendo rir mais. – O prédio que iremos entrar é provavelmente o mais perigoso depois do da médica. Walker, Canibal, os gêmeos... Todos eles estão nesse prédio. E todo eles tem somente uma coisa em comum, eles vão tentar nos matar a todo instante, sem folga, sem canseira. É o tipo de prédio que vamos entrar para correr e só correr, sem pausas. Mas o principal, não podemos nos separar, entenderam? De forma alguma. A Jihyun tem o cartão da sala de controle do prédio três e por sorte, ela tem um andar inteiro nesse prédio. Se conseguirmos chegar ao andar dela, pegaremos o cartão, lancharemos algo e iremos para o quatro salvar a amiga de vocês. Sem separar, entenderam? – Ele falava com um olhar sério e focado e depois olhava para os lados pensativo. – Desliguem as lanternas. – Falou olhando Taeyeon e Tiffany.  – Isso atrai mais atenção. – E novamente tomou a frente do grupo os guiando.

 

 

//

 

 

Jessica e Yuri dormiam profundamente, em meio as cobertas e travesseiros, até a morena começar a tremer e ter um dos seus recorrentes pesadelos.

Um ano naquele lugar deixara sérios danos na jovem Kwon, que não só gemia como pedia por ajuda incansavelmente em meio ao pesadelo.

– Yuri... – A loira lhe balançou com leveza pelo ombro, percebendo que não surgiu o efeito desejado. – Yuri! – Dissera em um tom mais alto e lhe balançando com mais força, notando-a lhe abraçara cintura com força e ainda ter a respiração ofegante. Jessica a fizera deitar em seu braço, acariciando seu rosto e sussurrando o nome da mesma para que esta acordasse. Tinha grande receio de gritar o nome da namorada e a médica ouvir em algum lugar do prédio. – Não há nada de ruim lhe acontecendo no momento... Acorde, sim?

Yuri acordou aos poucos um tanto confusa e com um olhar selvagem, olhou tudo em volta com desespero e medo, depois de perceber onde estava relaxou. Só então, pareceu se dar conta de Jessica e a abraçou, enfiando o rosto na curvatura do pescoço da mesma.

– Desculpe... Eu não queria acordar você. – Sussurrou num tom de voz baixo e beijou-lhe o pescoço, de forma suave. – Desculpa, Jessie. Eu não queria que você estivesse num lugar como esse. É minha culpa. Tudo isso. Tudo isso é minha culpa.

– Não é culpa sua, não foi você quem teve a brilhante ideia de fazer mutações genéticas com humanos e que deixou isso dar errado... A culpa é de quem começou com tudo isso. – Jessica dera um leve sorriso e lhe beijou a testa. – Se com dois dias aqui eu já estou mentalmente cansada... Imagina você? Não tem que se culpar por isso, nós vamos embora logo, logo. Tudo bem? Agora tente descansar um pouco. – Ainda acariciava os longos cabelos.

Yuri deitou-se sobre a mesma a olhando nos olhos com certa curiosidade.

– Você não pestanejou nem um pouco? Quando soube que eu sumi... Sei lá... Realmente apenas entrou aqui? – A morena perguntou com um olhar curioso e colou a testa a dela. – E se eu estivesse morta... Como seria, Jessie? Você se arriscou muito. Me desculpe por fazê-la vir parar aqui.

– Eu... Simplesmente disse a sua mãe viria até o Mount Massive averiguar, ter certeza se você estava aqui ou não. Por isso chamei mais gente para vir comigo.– Jessica piscou em confusão. – Até levantamos a hipótese de que você podia estar morta, mas de qualquer forma eu teria de ver para crer. É só que... Se tivesse a mínima chance de você estar viva e aqui dentro, nós tínhamos que tirar a certeza. Se ninguém tivesse aceitado, teria vindo eu mesma sozinha, mas... – Suspirou cansada e dera um fraco sorriso. – Eu devia ter vindo antes, só que eu não imaginava que você realmente tinha vindo... Eu acreditei que tinhas me deixado e usando a desculpa mais babaca do mundo.

– Eu nunca faria isso com você... – A morena sussurrou fracamente apoiando a testa na testa da mesma. – De todas as coisas que eu sou capaz de fazer nessa vida a única que eu jamais seria é deixar você. Eu amo você, Jessica. Eu nunca deixei, nem vou deixar de amar. – A voz de Yuri soava baixa e extremamente carinhosa, ela roçou o nariz pela bochecha da loira, para em seguida roçar os lábios no pescoço da mesma. – Eu preferiria morrer, do que perder você. Ou te deixar. Eu nunca hesitarei se tiver que escolher entre minha vida e a sua. Você é a coisa mais valiosa que eu já tive.

 

 

 

//

 

A senhora Jung era conhecida por reger a família com mãos de ferro e quase sempre, quando algo estava errado com suas crianças ela sentia. O que fazia com que o humor da mesma se tornasse cada vez mais irritadiço.

 Era mais um dia de tanta paz naquele lar, sem gritarias, sem Hyomin brigando com Sinb, sem os gritos de Jessica. A mulher, finalmente, deu falta das filhas, mas esperou a noite chegar, para ter a certeza de que não estariam andando por algum lugar.

Foi até o quarto de Sinb, a encontrando com um vídeo game portátil nas mãos.  Assim como todas as filhas, aquela mulher conseguia ser um verdadeiro inferno e a sua aura era tão forte, que até mesmo Sinb largou o vídeo game ao sentir a presença.

– Sinb, onde estão as suas irmãs? – A Senhora Jung perguntou com um olhar duro e nada satisfeito.

– Jessica disse que iria partir em uma missão suicida na busca do salvamento iminente de Yuri e que era possível que não voltasse, levou Hyomin junto porque não se contenta em se ferrar sozinha, tem que arrastar a mais nova nisso. Certamente que foram com aquelas amigas estranhas dela e aquele garoto gritador que sempre vem aqui, não tenho certeza se vão voltar, se duvidar já até morreram, mas a herdeira das duas com toda certeza sou eu mesma, Sinb. – A jovenzinha respondera tudo tão rapidamente que até mesmo precisou respirar após terminar, a reação da Senhora Jung foi franzir o cenho, pois de nada entendeu. Sinb apenas dera de ombros e resumindo tudo de uma vez só. – Elas foram viajar com aquelas amigas sapatonas delas.

– Oh, entendi. Espero que tenham levado um casaco! Da ultima vez voltaram as duas gripadas e isso aqui foi um verdadeiro inferno. – A mulher murmurou com um tom de voz um tanto mal humorado e deu de ombros, saindo do quarto da caçula da família que voltou a jogar vídeo game respirando aliviada.


Notas Finais


ATÉ A PRÓXIMA, AMIGUINHOS!


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