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História Welcome to Mount Massive - Prédio Quatro.


Escrita por: Anagassen e AlmostLove

Notas do Autor


AlmostLove: É ISSO AI QUERIDOS. Era para postarmos isso algumas horas atrás. MAS COMO AINDA É 2016 PARA Lexxis, ESSE POST CONTINUA SENDO O ULTIMO DO ANO –QQ Pelo menos para ela. Ehuehueheuhe
Eu quero desejar um feliz ano novo a todos vocês. Agora, sem mais delongas, vamos ao cap gente <3

Anagassen: Sei que prometemos postar ainda em 2016, mas... AINDA É 2016 NA CASA DA MENINA LEXXIS! TÁ VALENDO! AEUHEHUAEHUEAHUEAHUEA FELIZ ANO NOOOOVO, LIROU FRIENDIX! <33333
Agora bora para as emoções!!!
Dedico essa linda fanart da fanfic a pessoa maravilhosa que a fez...
... No caso, eu mesma. :v

Capítulo 9 - Prédio Quatro.


Fanfic / Fanfiction Welcome to Mount Massive - Prédio Quatro.

Chanyeol e Taeyeon tinham acabado de se reencontrar com o resto do grupo. Estavam todos comendo e bebendo algo. Tiffany grudara na namorada, sentada no colo da mesma a mimando e dando comida na boca da mesma com um olhar carinhoso. Ela sentira medo por sua querida e ranzinza Kim.

Hyomin e Lee Jihyun haviam acabado de se juntar ao restante do grupo. Ambas com cabelos desgrenhados, Hyomin com diversos chupões no pescoço que tentava a todo custo esconder com os cabelos castanhos e Jihyun com o sorriso mais sacana e malicioso que já tivera até então. As duas nem mesmo disfarçaram nada, já que a castanha sentou-se no colo da residente, para se alimentarem com o restante do grupo.

E o clima agradável se desfez, tornando-se pesado, mais do que as trocas de olhares furiosos e as discussões acaloradas entre Irene Bae e Park Chanyeol já tinham deixado. Todos estavam tensos depois da conversa pelo walk-talk e de Jessica Jung parar de responder repentinamente, Baekhyun até mesmo já premeditava o que poderia acontecer com sua amiga. Jihyun abraçava Hyomin protetoramente com um olhar tão doce e preocupado que nem mesmo parecia a mesma noiva-quase-assassina de antes.

– Agora lascou de vez. – Taeyeon fora a primeira a se pronunciar, com um tom de voz tenso e um olhar ainda mais tenso.

– Se minha amiga Jessica não tinha morrido até então... Bem, agora morreu, né? – Baekhyun dissera abismado e deprimido. – Eu tô é bem triste, viado...

– Que situação... Vocês vieram por causa dessa tal de Yuri e a amiga de vocês se ferrou em troca. – Sehun meteu-se na conversa e então fizera carinho em Péricles, que claro, ainda estava em seu ombro.

– Não acho que a Jessica tenha morrido, sério. Principalmente depois que o Sehun nos contou que ela atacava acusando a todos de terem matado a Jessica! – Tiffany rapidamente adicionou.

– Sim, mas pense... Ela tá tão louca que pode achar que a minha irmã é uma impostora! – Hyomin exclamara indignada. – Sabe-se lá o que ela pode fazer com a Jessica... Temos que agilizar e desta vez formular um plano de pegar a Jessica e dar o fora.

– Bicha, mas ninguém aqui pode sair sem o antídoto.. Só o Park mesmo. – Baekhyun apontou com o queixo. – Acho que a Irene e o Sehun também, mas a tua boss não, viu?

– Merda. – Hyomin tinha um biquinho emburrado. – Tá... Achamos a Jessica, achamos o antídoto, aplicamos em quem temos que aplicar e damos o fora. Que tal?

– O Antídoto está no prédio mais perigoso desse lugar... Iremos precisar da Yuri para chegar até lá. – Chanyeol finalmente se pronunciou e atraiu a atenção de todos, inclusive a de Jihyun, que o encarou friamente.

– E por que acha que ela nos ajudaria? Ela tentou me matar, lembra?! – Jihyun soltou a bomba e todos os queixos naquele refeitório caíram, afinal, aparentemente, Chanyeol já sabia que Yuri era a médica.

– ESPERA! VOCÊ SABIA ESSE TEMPO INTEIRO?! – Taeyeon perguntou socando a mesa e ficando em pé. – Você. Sabia. O. Tempo. Inteiro! – Ela repetiu pausadamente encarando o médico com frieza.

– Claro que não... Eu não cheguei a ver a médica, somente a Jihyun sabia a aparência dela. E mesmo assim, Jihyun só vira os olhos da mesma. – Respondeu Chanyeol com um olhar sério e os encarou ficando em pé. – Eu não sei o que vocês pensam de mim, mas eu não sou mentiroso!

– DESCULPA CHANNIE... Mas, tu não és confiável nem aqui nem na china. Sinto muitíssimo. – Irene se pronunciou com um olhar maldoso e depois suspirou. – Mas eu sei que sobre isso você não mentiria... E eu sei que voltar ao prédio cinco é suicídio. É lá que está o estrondoso sucesso do doutor Lee.

– Tô vendo que aqui mesmo só falta é uma pipoquinha, viu? – Baekhyun murmurou para a cunhada, que conteve uma risada alta.

– Falta pipoca mesmo... Acho que daqui a pouco eu seguro a minha ranzinza e deixo o Park e a Bae se matarem. – Tiffany dissera naturalmente e tomara um bom gole de café.

– Espera... Você sabia que era a Yuri o tempo inteiro e não me contou? – Hyomin fitou a mulher que lhe segurava a cintura com firmeza. O olhar da nerd não era nada bom... – VOCÊ DEIXOU A MINHA IRMÃ IR NESSA E NEM MESMO NOS AVISOU? EU VOU TE BATER, LEE JIHYUN! SUA AUDACIOSA!

– BARRAAAACO! – Baekhyun farelou o pão e começou a jogar de onde vinham as intrigas. – EU NÃO DEIXAVA, HYOMIN!

– EU NÃO DEIXAVA EM BRANCO O QUE ELE LHE FEZ, DOUTORA BAE! – Tiffany pegou o mesmo pão e começou a fazer do mesmo.

– Eu tava melhor era nos dutos mesmo... – Sehun tinha uma careta no rosto.

– Se eu contasse... Por um acaso isso impediria vocês de irem até lá? – Jihyun perguntou com um olhar deprimido e suspirou ficando em pé. Tirou o casaco que vestira e mostrou o antebraço esquerdo a Jung mais nova. – Ela tentou arrancar um pedaço meu no dia que eu salvei o Sehun. – Sussurrou mostrando a cicatriz que até então ninguém parecia ter notado. – Eu sei que eu deveria avisar... Mas eu não pensei que conseguiriam fugir de mim. Eu pensei que iria mantê-los seguros. – Murmurou Jihyun com um olhar choroso. Sendo aquela a primeira vez que reflexos da antiga Jihyun apareciam. Chanyeol foi até a mesma a puxando para si em um abraço cuidadoso, ele sabia bem o que estava por vir, devido a postura da jovem Lee.

– Não, não. Não é sua culpa, meu amor, não é! – Sussurrou baixinho, abraçando a jovem residente que começou a chorar e soluçar no ombro do castanho. Até mesmo Irene se aproximara para consolar a menina, acariciando lhe as costas. Eram raros os momentos em que Irene Bae e Park Chanyeol não se bicavam. E todos eles aconteciam ou por causa de Boram ou por causa da pequena Lee.

– Vocês precisam entender, que a Jihyun é uma criança de certa forma. Ela não faria algo assim de propósito. – Irene falou com um olhar duro para eles, como se estivesse dando bronca.

– Olha, eu não quero saber o que a Jihyun é, ou o que vocês são, ou a merda que for. Eu quero salvar minha amiga e dar o fora daqui, é só isso que eu quero. – Taeyeon falou com um olhar duro e os encarou friamente. – Eu não sei quando chegamos a esse ponto, não sei como nos tornamos aliados improváveis, mas todos nós queremos as mesmas coisas. Queremos ir embora daqui. Então, chega. Chega de barraco, chega de fofoca. Vamos fazer um plano e segui-lo a risca.

– Ai... Sai, sai da frente! – Hyomin fora descolando Chanyeol e Irene de Jihyun e fora ela mesma puxando um abraço carinhoso com a residente. – Shiii, não precisa chorar, tadinha... – Beijou entre os fios da mais velha. – Eu só me revoltei um pouquinho... Eu tenho o sangue Jung nas minhas veias, isso acontece com uma certa frequência, tá? – Beijou a bochecha alheia e olhou feio para Chanyeol. – Mas eu ainda não confio em você, Park... Jihyun é um amorzinho, você não.

– Olha, eu sou bicha sincera e bicha sincera não mente, viu minha gente? – Baekhyun cruzou as pernas e respirou fundo. – Todo mundo aqui desgosta de alguém, a Bae desgosta do Park, o Park desgosta da minha irmã, a minha irmã desgosta de minha amiga Jessica, minha amiga Jessica desgosta da minha irmã também... A Jihyun desgosta da Yuri e nesse momento eu tô com ela, porque também fui atacadíssimo, pensei que ia morrer... E bem, Tiffany é da paz e a Hyomin desgosta de quase todo mundo mesmo, deve ser porque queria estar lá na paz de Cristo da água de Jesus bem de boas em casa. E o Sehun? Sehun deve desgostar dos fake-friends dele que já morreram.– O jovem dera de ombros. – O que eu quero dizer é... Todo mundo precisa de todo mundo aqui para dar o fora. Mesmo eu estando decepcionadíssimo com o Park, bem... É, até que ele é confiável, apesar de ser um viado muito do audacioso com a bicha sincera aqui, enfim... Acho que temos que ir em um grupo grande, pois assim não nos atacam. A minha amiga Jihyun, que é mais protegida do que dinheiro em banco, tem uns capangas que bem que podiam nos ajudar, não é mesmo? Cansadíssimo de me arrastar em dutos de ar, eu sou uma borboleta e não uma barata, bichas.

– Os outros variantes correm assim que vêm Walker ou a médica... E isso causaria um tipo de confusão que não queremos. Acho que nosso grupo é mais que suficiente. – Chanyeol falou com um olhar sério e relaxou um pouco a postura, se aproximando de Baekhyun. – Então, quer dizer que de mim você não desgosta, não é mesmo? – Murmurou com um sorrisinho malicioso nos lábios, mas logo voltou a olhar para todos com seriedade.  – Somos um grupo grande. E precisamos do mapa que certamente está com Yuri. Precisaremos da ajuda da Jessica para convencer Yuri, na certa ela deve estar vivendo um tipo de fantasia na qual todos nós somos inimigos e queremos matar não somente ela, quanto Jessica. E isso sim é extremamente perigoso. Não só nós estaremos em perigo. Assim que ela sentir que Jessica pode ser uma suposta traidora ela vai mata-la sem piedade. Sinto dizer que a sua irmã precisará ter muito cuidado com cada ação a partir de agora. – O psiquiatra estava tão sério que até mesmo Taeyeon concordou com um aceno silencioso.

Jihyun ainda fungava com o rosto enfiado no pescoço de Hyomin. E Irene era a única que parecia não concordar totalmente com o novo plano. Ela tinha um olhar pensativo. Ela sabia que o problema não seria somente os variantes perigosos como Walker, em algum lugar por aqueles prédios estava o super soldado que o doutor Lee conseguira criar. E aquele sim era definitivamente perigoso.

– É por isso que você quer a Yuri... Ela e Jihyun podem conseguir derrubar o protótipo do doutor Lee... – Irene falou com um olhar sério e encarou o psiquiatra que apenas acenou positivamente.

– Não derrubar... Mas elas são ágeis e fortes o suficiente para distraí-lo... Infelizmente precisaremos disso para conseguir passar por ele, pegar o antidoto e sair daqui. Eu já tive o cuidado de destruir cada arquivo sobre mim, você, Boram ou Jihyun. Será como se nunca tivéssemos pisado aqui dentro. – Falou sério e sentou-se numa das cadeiras, apoiando ambos os braços na mesa e os olhando sério. – Ainda será arriscado. Poderemos morrer. Todos nós. Vocês estão dispostos a isso? Morrerem para ter o antidoto? Porque, caso contrário, eu posso simplesmente leva-los para fora daqui depois que resgatarmos Jessica. Não pretendo força-los a nada disso.

– E como iriamos salvar Yuri? Não... Não vou ter passado todo esse inferno, para sair daqui de mãos abanando. Eu e Yuri temos nossos problemas, mas ela ainda é minha melhor amiga. E eu definitivamente sou capaz de morrer por quem eu me importo. – Taeyeon se impôs com um olhar irritado. – Posso não confiar em você, mas o respeito por ter tido a coragem de nos contar tudo isso e nos dar a opção de irmos embora sem o ajudar. Eu vou ficar e tentar.

 

//

Yuri olhava Jessica com um olhar desconfiado e nada feliz, ela temia que Jessica descobrisse as coisas que ela vinha fazendo para mantê-la protegida. Ela só queria salvar Jessica desde o começo e tinha medo que Jessica não entendesse isso. Aproximou-se de Jessica devagar, fechando cada uma das gavetas, sem nem mesmo notar que o fundo falso estava fora do lugar, para alivio da Jung mais velha. E, a sorte da loira fora que o walk-talk, ao cair, se destampara e a bateria se soltara por isso a voz dos amigos não continuara soando pelo o mesmo.

– Por que está mexendo aqui, Jessie? – A morena perguntou com um olhar duro.  Em sua mochila, trazia comida e água. Colocou a mochila na mesa e voltou a encarar a namorada. – Você ainda não me respondeu Jessica Jung... O que estava procurando?

– Eu... Sou curiosa, creio que se lembre bem disso. – Jessica dera um sorriso nervoso e se sentou em cima da mesa. – E você disse que essa era a sala da doutora Boram... Não sei porque pensei que se eu revirasse, poderia achar algo que você não tenha visto. – Fitava as próprias mãos. – Isso acontecia muito... Quando eu dormia na sua casa, eu sempre achava as coisas que você perdia.

– É mesmo? Por que eu não me lembro de nada disso. – Yuri falou com um olhar sério. Ela foi até a porta e a trancou, pondo o armário na frente da mesma com muita facilidade e somente uma das mãos. Voltou ao lado da loira e abriu cada uma das gavetas as conferindo devagar, até notar a ultima estar com o fundo falso solto e parte do cutelo a amostra. – Está na hora de me falar a verdade, Jessie... – A voz de Yuri soou rouca e um tanto quanto ameaçadora e ela encarou a loira com um olhar frio. Finalmente a loira notara as bordas esbranquiçadas. Eram os olhos da médica e ela não percebera até aquele presente momento.

– Talvez... Eu tenha visto algo e agora reparado algo que não o vi antes. – A loira estremeceu, analisando durante alguns segundos os olhos da morena. – Talvez... Seja a hora de você me dizer a verdade, Yuri... Eu não sei. – O receio de Jessica era tão grande que a moça nem mesmo movia um músculo. – Eu estava curiosa, mas podemos fingir que nada disso aconteceu, certo? Eu finjo que não vi o que vi... E você finge que não me pegou no flagra, que tal?

– Você sabe que tentar fugir não é a solução, certo? – Sussurrou baixinho, se aproximando mais da loira. O rosto da mesma estava a centímetros do de Jessica. – Eu não vou deixar que você corra perigo de novo. Então, se tentar fugir, eu terei que fazer algo que realmente não quero. Você está entendendo?

– Ah... Entender, eu entendo, mas você sabe como eu sou curiosa e como eu gosto de saber o que pode acontecer caso não faça o combinado. – Jessica sorriu de leve para a namorada. – E o que seria este algo, Yuri? Só pra saber mesmo... – Cruzou as pernas em cima da mesa, sentindo um arrepio na espinha ao perceber que até mesmo olhar da namorada parecia insano. – Não que eu esteja pensando em fugir, sabe... Só que uma hora a gente tem que sair daqui, não é, Yuri?

– Eu vou ser mais clara então. – A morena puxou Jessica para si, abrindo as pernas dela e a forçando a passa-las em volta da cintura dela. Em seguida, a prendeu em seus braços e colou a testa na de Jessica. – Eu não matei aqueles monstros, porque você acha que é amiga deles... Mas se tentar qualquer coisa, eu matarei um a um e depois pegarei você e te manterei algemada até achar uma cura para você. Para que perceba que aqui só eu sou confiável e só eu não vou machucar você. – A voz da morena soava rouca e ameaçadora e o olhar era tão psicótico e insano que nem mesmo lembrava a Yuri doce da noite anterior. – E sairemos daqui, meu amor, claro que sim. Depois que eu pegar o antidoto e usá-lo em você, para curá-la. Sairemos daqui eu e você. Juntinhas.

– Ah tá, era só pra saber mesmo. – Jessica tinha um sorriso mais falso do que nota de três reais, apenas apertava bem de leve a bochecha de Yuri e ria nervosamente. – Ah, Yuri, não é como se eu fosse fazer uma coisa dessas, não é mesmo? Mas... Você precisa respeitar os meus sentimentos e não atacar os meus amigos, mesmo que eles sejam monstros, tá? Você vai me magoar muito se fizer qualquer coisa com eles, eu nem te beijo mais se fizeres algo contra os coitadinhos... Eu não fujo e você não ataca eles, que tal? – Indagara como se realmente estivesse em uma posição boa para decidir alguma coisa. – Jessica não gosta de algemas... Não prenda a Jessica. A Jessica é algemofóbica, tá? Tá...

– Não quero mais te ver fuçando nas minha coisas, entendeu? – Sussurrou friamente e mordeu o lábio inferior da loira de leve. – E eu acho aceitável. Não mexerei com eles a menos que eles se tornem uma ameaça. Você não quer que eles se tornem uma ameaça, certo? – Sussurrou baixinho. – É por isso, que vai usar o walk-talk para falar com eles e dizer que eles não venham atrás de você. – Falou se afastando da loira e procurando o aparelhinho. O pegou com um sorriso perverso nos lábios e o entregou a namorada. – Se eles vierem, eu mato todos eles, entendeu? Agora avise a eles que não é para eles virem.

– Acho que poderíamos mandar o recado depois, certo? Agora temos coisas bem mais interessantes a tratar, não é? – Colocou o walk-talk longe de si e puxou Yuri com as pernas. –Eu acho que fui uma menina muito má mexendo nas suas coisas. – Dissera como quem nada quer e prendendo o cabelo. – Pensei que você iria querer fazer outra coisa para demonstrar o seu poder e o quão perigosa és... Sinceramente não acho que eles sejam ameaças e que estejam vindo para cá, acho que nós deveríamos é pensar em coisas importantes. Um ano, Yuri... Uma noite não compensa um ano. – Passou seus braços pelos ombros da mais velha. – Esquece eles, concentre-se em mim... – Sussurrou rouca.

– Você ainda não entendeu, não é? – Sussurrou baixinho, igualmente rouca e se afastou de Jessica pegando o walk-talk. O ligou e entregou a loira. – Agora!

– Mas... – Jessica engolira em seco e então assentiu em meio a derrota. Pegou o aparelho e então apertou o botão para poder falar. – Tem alguém aí?

VIADA, MEU DEUS DO CÉU! TU TÁ VIVA, MENINA! NUNCA DUVIDEI! – Baekhyun respondera rapidamente.

Para de gritar! – Pudera ouvir Hyomin exclamar severamente. – Onde você está? Graças a Deus nada de pior te aconteceu, achamos que você estava morta.

Jessica, você precisa me ouvir com atenção, não irrite a Yuri, entendeu? Eu sou o doutor Park, por favor, não irrite a Yuri. Isso definitivamente pode fazer ela te matar. Ela está infectada pela droga. – Chanyeol falava seriamente do outro lado e isso pareceu ser o suficiente para irritar a morena, que tomou o walk-talk das mãos da loira.

Jessica, a Yuri está completamente surtada, pelo amor de Deus, tenta não contrariar ela. Ela vai acabar machucando você. O doutor Park nos explicou que o efeito da droga, aliado ao ano isolada, fizeram Yuri começar a viver uma fantasia de que todos são monstros e querem  matar você. – Dessa vez foi à voz de Taeyeon que soou, e aquela voz incomodou Yuri, como se tivesse algo que ela precisava muito lembrar, mas não sabia o que era. Mas logo o incomodo se foi ao notar o olhar desesperado que Jessica estava começando a fazer.

– Não nos incomodem. – Jessica tentou falar do jeito mais sério que conseguia. O outro lado ficou em completo silêncio. – Não venham até o prédio quatro, apenas sigam o caminho e vão embora. – Sentira um frio na espinha ao ver o sorriso de canto da morena para si..

Como é? – Hyomin e Tiffany indagaram incrédulas pelo walk-talk e em uníssono, porém apenas a segunda continuou. – Jessica... Você está bem? Você está sozinha?

– Fiquem longe do prédio quatro, Yuri não vai atacar vocês caso fiquem longe do prédio quatro. Vão embora. – A loira chegava a tremer pelo nervosismo.

FIZERAM LAVAGEM CEREBRAL NA MINHA CRIANÇA! – Baekhyun gritou no fundo.

Deixem de ser burros. É claro que ela não está sozinha. – Uma terceira voz soou e somente Yuri reconheceu aquela voz, era Irene Bae. Yuri a ajudara uma vez por ela ser amiga de Boram, mas agora pensava que na verdade Irene era uma traidora infiltrada.

– Parece que vocês ainda não entenderam! SE VIEREM AO MEU PRÉDIO, EU MATO TODOS VOCÊS! – A voz furiosa de Yuri soou pelo walk-talk e isso pareceu silenciar todos eles por um minuto. Minuto esse que fora extremamente longo. Yuri já estava para desligar o aparelho quando a voz de alguém soou novamente.

Tudo bem, Yuri, você promete que vai manter a Jessica segura? Nós iremos embora! Prometemos! – Era mais uma vez Taeyeon que falava e falava com tanta seriedade que convencera Yuri de primeira.

– Eu jamais machucaria a Jessie, como ousa insinuar isso?!

Calma tudo bem. Olha, perdoa a Taeyeon, ela está nervosa. Nós iremos embora e deixaremos você e Jessica em paz, tudo bem, Jessica, não se esqueça de usar o antidoto. – Chanyeol falava, tentando deixar como dica que ela precisaria do antidoto para trazer a verdadeira Yuri de volta.

Fica! Pode ficar com ela, não vamos incomodar vocês! – Agora era a voz de Tiffany que fazia Jessica sentir uma pontada de traição em seu coração.

Fazer o quê? Entendemos a superioridade da Kwon, mesmo sem concordar... Tudo bem, vou respeitar a distância ordenada. – A loira já se remexia na mesa, mas piorou e até pálida ficou ao ouvir a voz de Hyomin.

Bicha, mas se a Senhora quer ficar por livre e espontânea vontade, né? Quem somos nós para se meter no relacionamento alheio? Ninguém! Nadinha! – Baekhyun exclamara fazendo com que Jessica finalmente perdesse a linha. Ouvir aquilo daquelas três pessoas em especial... Definitivamente a tiraram de seu estado normal.

– NÃO! NÃO! MINHA NAMORADA TÁ LOUCA, SOCORRO! NÃO ME DEIXA AQUI PELO AMOR DE DEUS, ELA VAI ME MATAR E SE ELA NÃO ME MATAR EU VOU É ENLOUQUECER AQUI TAMBÉM, POR ESSA ÁGUA DE JESUS NÃO ME DEIXEM PARA TRÁS SEUS TRAIDORES! PUTA MERDA, ME AJUDA! SOCOOOOOORROOOO! – Jessica gritou em meio ao completo desespero. – ME TIREM DAQUI! EU QUERO IR PRA CASA! MAMÃE! HYOMIN! SINB! ALGUÉM! SOCORRO!

Outra burra... Eu sabia que isso ia dar merda. Ótimo plano, Park! Huh duh, enganar a Yuri. Huh duh, pegar de surpresa. Vocês todos são muito burros!  – A voz de Irene soou novamente e ela bufou irritada, o problema é que Baekhyun apertava o botão do aparelhinho bem nessa hora, já que pretendia continuar o teatrinho.

– Vocês não vão me enganar! Muito menos me pegar de surpresa. Estão avisados sobre o que vai acontecer se vierem aqui! – Yuri tomou o walk-talk das mãos de Jessica com um olhar frio e quase assassino e depois de pronunciar a ultima ameaça o desligou e guardou na gaveta. – Você... Eu vou te castigar! 

 

//

 

Depois de tentarem por mais alguns minutos, sem sucesso algum falarem com Jessica ou até mesmo Yuri. Irene encarou Baekhyun como se o culpasse, a medida que Chanyeol a encarava a culpando. O clima entre o grupo não era nada agradável. Todos se encaravam pensativos e ninguém se pronunciava, até que, Jihyun resolveu que era o momento de fazer algo. A jovem levantara as pressas e saíra do refeitório os deixando a sós. Quando voltou, trajava roupas parecidas com as dos jovens. Jeans, moletom, all star. Em sua mão o taco de beisebol de metal que naquele momento já estava limpo.

– Temos duas opções. Podemos ficar aqui chorando e reclamando, ou podemos juntar nossas coisas e ir até lá. Sem mochilas, sem peso. Somente com coisas realmente necessárias. Precisaremos correr muito no caminho daqui para lá. E ainda mais quando estivermos lá. Eu vou com vocês, sem chances de deixar a minha querida sozinha naquele prédio. – Jihyun falara tranquilamente e apoiara o taco nos ombros os encarando.

Depois da longa noite com Hyomin, trocaram alianças, não que fosse o desejo de Hyomin, mas Jihyun não era maleável quando queria algo. Eram as alianças que a Boram dera a Jihyun e naquele momento a residente das chaves teve a certeza que não largaria mais a castanha sozinha por nada.

– Qual é o seu plano? – Kim Taeyeon interrompeu os pensamentos da mesma com um olhar atento. – Porque entrar lá sem um plano não é uma boa ideia. Eu sei o que a Yuri fará. E sei que se ela conseguir, vamos morrer. Todos nós. Então, qual o seu plano?

– O que quer dizer com o que a Yuri fará? – Chanyeol e Irene perguntaram ao mesmo tempo e se encararam com expressões nada felizes. Mesmo em um momento de tensão os dois continuavam com a eterna rixa.

– O modo tático de vencer um grupo grande. Você separa o grupo. Simples. – A Kim mais velha deu de ombros e abriu a própria mochila, pegando apenas a lanterna e uma garrafa de água que pretendia encher em algum lugar dali, antes de saírem.

– E a Yuri com toda certeza vai fazer isso, recordo-me bem que essa era a tática dela quando jogávamos paintball. – Tiffany fizera uma careta ao se recordar dos vários jogos de paintball que perdera por conta daquela tática. – Ela com toda certeza vai fazer isso... Ainda mais se ela tiver como nos separar controlando as luzes.

 – Olha.. Não é por nada não, mas quando ela pegou e a Jessica foi uma coisa meio louca, viu? E ela nem mesmo precisou nos separar. E quando ela me pegou sozinho, eu nem vi ela atrás de mim, não percebi nada na hora. – Baekhyun comentou um tanto quanto assustado.

– Acho que temos que enrolar ela. – Hyomin dissera seriamente e fitando o grupo todo. – A maior parte do grupo distraí... E alguém acha a Jessica e a solta. Como não temos o outro walk-talk que seria muito útil agora... Teremos de ter um ponto de encontro e eu voto que seja de volta no prédio um.

– Concordo com ela! – Sehun apontou para Hyomin. – Acho que três deveriam pegar o caminho para ir atrás da Jessica e o resto do grupo enrola a médica. Estamos em uma grande quantidade... Ficam cinco e três vão.

– Exato! Seja quem for salvar a Jessica, pode ir pelos dutos de ar. – A nerd cruzou os braços. – Quem são os mais rápidos daqui?

– Talvez nem precisemos passar muito tempo lá. Temos aqui conosco o mais próximo do sucesso. –  Chanyeol olhou pensativamente para Jihyun e a viu fazer um bico em discordância pois já sabia o que ele diria a seguir. – A Jihyun é veloz e forte. Talvez não tanto quanto Yuri, mas o suficiente para correr o prédio inteiro sozinha e achar Jessica em coisa de vinte minutos no máximo. E enquanto ela fizer isso, nos distraímos Yuri. 

– Você acha seguro para a pequena Lee andar sozinha por aquele prédio? – Irene soou impaciente e o encarou friamente.

– O doutor Lee morreu. Então, sim, é seguro. Só tem Yuri de ameaça lá e podemos distraí-la. – O psiquiatra falou  com um tom de voz extremamente paciente, ele não iria se dar ao luxo de começar uma nova briga com Irene.

– Vamos dividir o grupo em dois então... Sabemos o tempo limite que iremos passar lá. Certo? Trinta minutos no máximo? – Taeyeon perguntou a Chanyeol que confirmou com um acenar de cabeça. – Quando baterem os trinta minutos, apenas saiam. O ponto de encontro é o um. Temos do nosso lado a segunda pessoa mais forte desse lugar, tenho certeza que conseguiremos.

– Ai... – Hyomin já até se arrependia da ideia, indo até a residente e a abraçando com carinho. – Veja se corre rápido, sim? Não demore e dê notícias assim que chegar na Jessica! – Apertou a bochecha alheia.

– Eu tenho mais facilidade com os dutos, podemos distraí-la com os sons. O prédio vai estar escuro assim que algum de nós estrarmos... Os dutos são a melhor alternativa. – Sehun suspirou pesadamente. – Quem aqui se dá melhor com os dutos e quem aqui tem o pensamento mais rápido?

 – Acho que vou pelos dutos, não tenho pensamento rápido e com toda certeza o primeiro franguinho a ir pro abate sou eu, já que vou uma presa fácil. – Baekhyun dissera pensativamente e quando Hyomin pensou em levantar a mão para ir pelos dutos também, eis que Irene e Chanyeol levantaram antes e na mesma hora.

– Merda.. – Murmurou com um leve biquinho.

– Merda por que? – Taeyeon a olhou séria e cruzou os braços. – Eu e Tiffany não somos boas o suficiente? – A baixinha resmungava com certo desdém, mas logo acalmou-se ao sentir a mão da namorada afagando-a nas costas.

– Então, vamos! – Jihyun falara naturalmente pegando a mão da sua querida e tomando a frente do grupo. Eles foram até a sala de controle que era naquele mesmo andar e Hyomin estava para dar inicio ao processo para abrir a porta do quatro, quando descobriram que já estava aberta. Yuri já os esperava, essa foi a certeza que tiveram naquele momento.

Era incrível o respeito que Lee Jihyun parecia ter dentro daquele lugar, já que até mesmo o mais forte dos variantes, sequer os olhou, quando a notaram junto a eles.  Somente dois eram desrespeitosos com ela, o Canibal e Walker. Por sorte ambos pareciam estar em algum outro lugar.

O caminho até o prédio quatro fora tranquilo, porém, não foi como previram, o prédio estava claro e tudo era tão absurdamente limpo, que chegava a ser assustador e como se não bastasse um pouco depois que entraram as portas se fecharam de forma violenta e uma melodia arrepiante teve inicio.

– Lacrimosa... – Jihyun sussurrou baixinho se arrepiando a medida que adentravam o prédio. Aquela era nada menos nada mais que uma das melodias favoritas do pai dela. Ele era um apreciador de musica clássica e aquela era a musica que sempre usara para apavorar Jihyun antes de cada sessão de horror com agulhas e a droga. – Mozart. – A jovem residente murmurou amarga, tendo somente Hyomin a ouvi-la.

– Vamos nos separar agora... Antes que ela chegue. – Taeyeon interrompeu a conversa que estava para começar e saíra puxando Hyomin consigo. Não havia tempo para despedidas.

– Vamos! – Sehun notou Irene tomar a dianteira e apontar para um duto logo no final do corredor, apenas assentira e sentiu a médica lhe puxar a mão. Não entendera, mas Chanyeol sim. Ela estava garantindo que não iria ficar sozinha de novo. Correram rapidamente até o final do mesmo corredor, notando que Jihyun já havia sumido e o outro grupo também. O rapaz ajudou a moça a subir e o fizera em seguida, voltando apenas para dar a mão para Baekhyun e por último Chanyeol. Fechou o duto em seguida. Novamente sentiu Irene lá da frente lhe puxar a mão para que este fosse o segundo na reta.

– Eita viado, mas parece que a Bae te odeia mesmo, viu? – Baekhyun murmurou como quem nada quer para Chanyeol e segurou uma risada. Na ordem era: Irene, Sehun, Baekhyun e por fim Chanyeol. Usavam uma única lanterna para se guiar dentro daqueles dutos que pareciam ainda maiores do que os comuns.

– Sempre fomos de nos bicar. Mas a verdade é que não é ódio, é rancor... Afinal, ela acha que eu realmente a deixei para trás. – O psiquiatra respondera a Baekhyun no mesmo tom de voz, mesmo que não fosse de admitir olhava para a parte traseira do rapaz com um sorriso quase sonhador nos lábios.

– Então, eu já andei todos os dutos desse prédio aqui. – A jovem médica começou a falar baixinho, em um tom calmo. – E eu sei que você conhece muito bem os outros dutos. Mas os do quatro são os mais fáceis. Porque basicamente todos eles levam a um mesmo ponto. – Ela falava tranquilamente enquanto, ainda os guiava. – Então, o que faremos hoje é andar em círculos, iremos evitar o ponto principal do prédio e depois dos trinta minutos, sairemos daqui, certo?

– Temos que dar as caras alguma hora ou ela vai simplesmente achar que não viemos. Ela sabe que o Park é cagão. – Sehun sussurrou para a moça, tentando enxergar a parte da frente. – Por que você ficou no quatro? É um dos piores prédios. – O rapaz piscou em confusão.

– Vindo de você eu nem duvido, viu Park? Mais rancorosa do que ela estou euzinho aqui! Baekhyun Mello! O divo que você quer copiar! – O jovem Kim dissera rancoroso e erguera o queixo, como se Chanyeol realmente pudesse vê-lo assim. – Achei que era paixão... Mas era só ilusão, boy mais cagão do que eu.

 – Qual é o ponto principal do prédio? A área médica é para onde foi a Jihyun? – O mais novo do grupo indagara curioso e então notando a mulher diminuir a velocidade. – Está vendo alguma coisa? – Irene desligou a luz no mesmo instante. Estavam bem perto de uma saída dos dutos e podiam ver, ao menos os dois da frente, o que acontecia do lado de fora.

– O ponto principal é a sala de testes do doutor Lee. Está inabitada creio, já que ele está morto, por isso vamos evitar aquele lugar. – Irene murmurou só para Sehun, com um olhar atento para baixo. Logo notaram uma mulher passar a uma velocidade um tanto quanto absurda. – É só a pequena Lee...  – Sussurrou aliviada e voltaram a seguir o caminho. – Ela vai cobrir o prédio inteiro em poucos minutos. – Prosseguiu ainda baixinho. – Quer descer para darmos um pouco as caras? Podemos descer em um ponto estratégico que é perto do próximo duto fácil de subir. Eu fiquei aqui porque era aqui que estava a enviada da Boram. A Yuri foi muito gentil comigo na verdade. Sempre me protegeu e arrumou comida. Eu só sai realmente daqui do quatro, quando ela falou que não tinha esperanças de sairmos daqui... Por isso fui para os outros prédios, eu quero dar o fora desse lugar.

– Eu não sei porque acha que foi ilusão. – Chanyeol falava só para o Kim mais novo e sorria ainda do mesmo jeito, enquanto olhava a traseira do rapaz. – Eu só dou o que as pessoas precisam. A Boram gostava de me chamar de camaleão por isso. Eu não sou especialmente frio ou cruel, mas se a situação exigir isso, eu o farei em nome da sobrevivência. Se eu não fosse duro com você naquele dia, você provavelmente continuaria com aquele discurso e iria desconcentrar todo o grupo, iriamos morrer, sabe? Eu não quero morrer. Nem quero ver mais alguém morrer. Eu estou farto de ver mortes.

– Olha aqui pra mim, Park! – Baekhyun lhe puxou a orelha com força e o fitou mortalmente. – Você pare de dizer que eu iria fazer o grupo inteiro morrer! Pois pelo o que sei quem entrou no prédio dois primeiro foi a Jessica, a ideia foi dela! Não me venha acusar, seu orelhudo, pois não tenho culpa que minhas amigas tenham tendência suicida, seu safado! Não fui euzinho aqui que deixei de procurar a mana para ficar com o cu protegido, seu doutorzinho falador! – Soltou-o e o fitou friamente. – Pare de me acusar de suas lamúrias, todos nesse grupo gritam! Todos! Menos a Taeyeon, mas é porque minha sister é muito da diferentona sim! Runf!

– Vamos descer nesse seu ponto estratégico, mas tenho receio da Yuri estar seguindo a Jihyun... Temos que tomar cuidado, tenho medo dela... – Dissera um tanto quanto manhoso e com um leve beicinho. – Acho que a Yuri enlouqueceu... Ou quando você a deixou aconteceu alguma coisa.

– Eu só estou me enrolando mais e mais com as palavras. – Murmurou o psiquiatra com um olhar sério e então deu de ombros. – Eu convenci a Jihyun a não machucar ninguém do seu grupo. Eu convenci a Jihyun a abrir a porta para você e te levar em segurança até o resto do grupo. Eu convenci a Jihyun a não machucar ninguém, nem mesmo num futuro próximo. Eu a convenci a ir atrás do Sehun. Eu não estive ignorando a Bae, eu realmente pensei que ela tinha morrido. E todo esse maldito tempo eu tenho controlado a Jihyun para que ela não se torne a próxima Yuri desse lugar. –  Chanyeol falava um tanto alterado, eram raros os momentos em que o psiquiatra perdia a calma. – Então, quando eu digo que eu fiz aquilo para proteger você, não me questione! EU FIZ AQUELA DROGA PARA TE PROTEGER! – Acabou por gritar, fazendo o grito soar por todos os dutos próximos e provavelmente por todo o andar.  O pior é que o grito foi no exato momento em que a música clássica cessara.

– Ih... Ferrou. – Irene falou em um sussurro baixo encarando Sehun com receio. A próxima coisa que viram fora uma das tampas do duto mais a frente ser puxada para baixo de forma violenta, para uma morena de olhar insano o adentrar.

– Achei vocês... – Yuri sussurrou friamente.

– BICHA, MAS O SENHOR É MUITO DO BURRO MESMO! CHAMOU A ATENÇÃO DA CAPIROTA PRA NÓS! – Baekhyun gritou assustado. – SEPARA, SEPARA BICHAS! – Baekhyun gritava cada vez mais assustado e já dando meia volta e puxando Chanyeol pelo colarinho. – CORRE! Correr não, não dá pra correr... ENGATINHA, VIADO! ENGATINHAAAAAA! – E enquanto este gritava e dava a meia volta na pressa, eis que Sehun dera um belo de um chute na "médica" e saiu puxando Irene pelo outro canto do duto. A saída mais fácil era pela direita, mas nenhum dos outros dois esperou e já estavam longe. – Meu Deus, Park! Mas tu é burro mesmo, viu viado? ACELERA QUE EU TO OUVINDO A DEMÔNIA SUBINDO, AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! – E dera o mais forte chute de sua vida para retirar uma das tampas, pulando fora e correndo rapidamente. – Já ouviu falar naquela música Run Devil Run? Pois é... RUN VIADO RUN!

– SE VOCÊ PARASSE DE SER TÃO DIFÍCIL E ENTENDESSE QUE EU ESTOU TENTANDO TE PROTEGER DESDE QUE TE VI NAQUELA ENTRADINHA DESSE LUGAR MALDITO, EU NÃO TERIA QUE GRITAR!! – Chanyeol gritava irritado, enquanto ainda seguia o jovem Kim. O problema era que os gritos só atraiam mais a médica, o que, de certo, salvou a outra dupla. Já que Yuri resolvera seguir o psiquiatra e Baekhyun.

– MAS TU É O SUJO FALANDO DO MAL LAVADO MESMO, VIU BICHA ASSANHADA? FALOU DE MIM E FEZ IGUAL! FEZ ATÉ PIOR! – Ralhou o mais novo enquanto corria rapidamente. Ambos gritaram em enorme pavor ao notarem que Yuri pulou para fora do duto. – EU TO ME SENTINDO QUE NEM AQUELE VÍDEO DO MENINO CHORANDO E CORRENDO DAS GALINHAS! CORRE DESSA CAPIROTA! AQUI NÃO TEM MILHO NÃO, KWON! POCÓÓÓÓ!!

O que Baekhyun não esperava era que o jovem psiquiatra fosse ter uma crise de risos no meio da corrida, o fazendo tropeçar e cair. Yuri iria pegá-lo.

– CORRE BAEKHYUN! – O psiquiatra gritou em meio à crise. – EU ESTOU RINDO É DE NERVOSO MESMO! – Era possível ver o pavor no rosto do homem, que levantou-se voltando a correr, mais num ritmo mais lento devido as risadas, acabando por cair novamente.

– Não mesmo! – Baekhyun estufou o peito, voltou até o médico e arregalou os olhos. – OH MEU DEUS! JESSICA?! – Apontou para atrás de Yuri que virou-se instantaneamente, até mesmo Chanyeol olhou para trás, mas não por muito tempo, pois fora puxado para se levantar com tudo. – E COM ISSO APRENDEMOS, AMIGUINHOS, A NÃO SER UMA BICHA TROUXA E ACREDITAR NA PRIMEIRA COISA QUE UMA BICHA EM APUROS GRITA! BEM NA SUA CARINHA, KWON! POCÓÓÓÓ!

– NÃO É TODOS OS DIAS QUE EU ME PERMITO ISSO, MAS VOCÊ ARRASOU COM AQUELA LOUCA, VIADO! – Chanyeol gritava ainda no meio da correria. 

– VAMOS VER QUEM VAI ARRASAR QUEM QUANDO EU PEGAR VOCÊS DOIS! – Yuri gritava furiosa. Ela era veloz o suficiente para alcança-los, mas preferia apenas os encurralar aos poucos, isso faria tudo ser divertido no final.

 

//

Por incrível que pareça, eles se separaram de forma tão natural que Hyomin nem notara que estava somente com as outras duas. Elas andavam atentas a qualquer possível armadilha e Hyomin usava a câmera vez ou outra, mesmo não sendo necessário naquele lugar. Tudo ia perfeitamente bem, até ouvirem os gritos de Chanyeol e Baekhyun. Que vinha correndo em direção a elas, sendo seguidos por Yuri.

– Ele só pode ter um tipo de ímã que atrai a Yuri surtada... É a única explicação plausível. – Taeyeon murmurou irritada já puxando a namorada e Hyomin para correrem. – EU NÃO QUERO SABER COMO SE ENFIARAM NESSA! – Ela gritou antes mesmo que Baekhyun gritasse algo. Assim, todo o grupo corria junto a aquela altura.

Mais a frente havia uma encruzilhada, e todos seguiram para a direita automaticamente, o que não notaram, foi uma mão pálida puxar Hyomin por uma porta e trancar a porta em seguida.

– EU VOU ACABAR COM VOCÊS! – Yuri gritava sinistramente correndo mais e mais rápido, iria encurralá-los em um dos corredores sem saída daquele andar.

– YURI VOCÊ ESTÁ DEFINITIVAMENTE FORA DO GRUPINHO DO WHATSAPP DAS AMIGAS, VIU? CHOCADÍSSIMO COM VOCÊ! – Baekhyun tomou a dianteira, literalmente assustando a todos. Desde quando corria tão rápido. – EU JÁ DISSE QUE POSSO CORRER A SÃO SILVESTRE!

– MEU DEUS! É SEM SAÍDA! – Tiffany gritou completamente assustada e Taeyeon fizera a primeira coisa que lhe passou pela mente. Empurrou um armário inteiro na direção de Yuri e olhou para a parte de fora da janela. O que trancava a passagem era uma grade enorme, mas do outro lado parecia estar aberto. A baixinha colocou a cabeça para fora e notou algo curioso na janela. Quase como se pudessem se segurar em um pedaço de madeira bem preso. Era muito, muito alto. Estavam na altura do terceiro andar, então naturalmente Taeyeon pulou com cuidado e agilmente para se segurar na parte. Tiffany fora logo em seguida, para então Baekhyun e enfim Chanyeol... Quando Yuri se aproximou do grupinho, estes já estavam quase na metade do caminho. A mulher até tentou puxar o último, mas nada conseguira. Logo abaixo havia um enorme lago e que parecia ser fundo.

– RÁ! QUERO VER COMO VAI ACABAR COM A GENTE AGORA! TOMA QUE É DE GRAÇA! – Baekhyun gritou como quem nada quer, mas arregalando os olhos quando Yuri puxou um serrote e sorriu maldosamente para todos. – O desfiladeiro das bichas... Puta merda, que caiu o forninho, a mesa do forninho, caiu até a casa agora, viados.

Todos eles estavam pendurados pelas mãos naquele pedaço de madeira o que fez o sorriso de Yuri crescer.

– Vocês estão exatamente onde eu quero! – Gritou furiosamente, começando a serrar a madeira com tanta força e velocidade que chegava a ser assustador.  Em pouco mais que um minuto ela terminou de serrar e devido ao peso dos quatro, o outro lado acabou por ceder, fazendo assim com que todos eles caíssem.

O lago era gelado e escuro, para a sorte deles se comprovou profundo então, além de Chanyeol que caiu de barriga e teve uma das piores quedas na água possível, ninguém realmente se machucou.

 

//

 

Jihyun corria apressadamente pelos corredores, tendo o pressentimento e a sensação de que algo estava errado. Kwon Yuri já não lhe seguia mais e por mais que aquilo fosse bom.. Também era ruim. Significava que os outros estavam em perigo. Tudo bem que outros para Lee Jihyun era somente Hyomin... Mas tudo bem! Acreditava que Yuri havia ido para o local que a residente achava sagrado, o escritório de Boram. E se direcionou para o local assim que teve oportunidade, literalmente arrombando a porta e aproveitando-se da música alta, pois assim Kwon Yuri não iria lhe ouvir. O palpite fora certeiro. Jessica Jung se encontrava amarrada e com a boca tampada por uma mordaça. Os olhos que antes estavam assustados, agora demonstravam alívio ao perceber quem era. Jihyun fechou o que restou da porta, andando até Jessica e sem muita dificuldade retirando a mordaça. A situação da moça não era lá das melhores, apesar de agora estar bem vestida.

– Cadê... – Jessica dissera ofegante, tentando se recompor enquanto a jovem Lee tentava soltá-la a todo custo. – C-cadê a Yuri?

– Montamos um plano para salvar você. Se o plano estiver saindo de acordo a Yuri nesse momento acha que está dividindo e conquistando. – Jihyun era fria e o olhar focado, até perder a paciência e puxar as cordas com força as arrebentando de vez. – Temos que sair daqui, temos um tempo para cumprir.

– Escuta! – Jessica tomou a devida coragem para lhe segurar pelos ombros, o que não era fácil já que Jihyun era mais alta e forte. – N-nós não estamos sozinhas aqui... – Os olhos estavam bem arregalados. – Há algo por estes corredores... Eu sei que tem algo por aqui, antes achava que era a médica, mas... Fez barulho durante a noite toda e a Yuri dormiu do meu lado, não tem como ser ela, Lee! T-tem mais alguém aqui...

Aquilo foi o suficiente para fazer todo o corpo de Jihyun se retesar e a expressão dela torna-se cheia de pavor, para completar tudo, a música voltara a tocar. A mesma música, o mesmo procedimento. Aquilo pareceu ser o suficiente para fazer a ficha da residente cair.

– Ele pegou Hyomin... – Ela arfou com um olhar desesperado e como que para comprovar isso uma voz masculina falou por cima da música.

– Eu estou com o seu precioso tesouro, minha querida. Você sabe o que eu farei com ela não é mesmo? – A voz soava fria e maldosa e fez Jihyun paralisar e arrepiar-se dos pés a cabeça. Naquele momento, até mesmo Yuri tinha se arrepiado em algum lugar daquele prédio. – Jessica, você vai ter que se virar sozinha, ele pegou a Hyomin. Ele pegou a Hyomin. – A residente repetia com um olhar cheio de agonia e saia daquela sala tão apressada que nem mesmo alertara Jessica sobre o tempo estar acabando. Logo Yuri retornaria.

– Merda... – Sussurrou para si mesma e saindo da sala com a testa franzida. Não sabia se preocupava-se mais consigo mesma ou com a irmã, sentia um medo duplo lhe adentrar o corpo. Vestia apenas uma calça branca de médico e o mesmo blusão de mais cedo, não achou os próprios tênis e as roupas. Apesar de saber que seria mais rápido ir correndo, Jessica fora andando mesmo, pois assim acreditava que não iria chamar a atenção. – Dutos ou a pé? – Indagou baixinho para si mesma ao parar em frente de um duto que ficava em uma transversal. – Droga...

– Onde pensa que vai, Jessie? – A voz Yuri soou atrás da loira a fazendo pular de susto. – Logo agora que finalmente estamos a sós novamente você quer fugir, meu amor? – A voz da morena beirava a insanidade enquanto ela se aproximava, o que fez Jessica iniciar uma corrida desesperada para qualquer uma das direções.  – AH, MEU AMOR... Vamos mesmo começar isso de novo?! Você quer mesmo brincar de pega pega comigo?

– Você não é você! – Jessica falara em alto bom tom, o mais alto que conseguia enquanto corria desesperadamente na procura de uma escada. – M-ME DEIXA EM PAZ! – Gritou com literalmente toda a força de seu pequeno ser. – Eu só volto quando você tomar esse antídoto, Kwon! – Notou um espelho na transversal seguinte, notando que Yuri não estava assim não longe de si. Gritou alto e puxou uma maca para tentar atrasá-la. – S-SAI!

– Não foi isso que você falou ontem, Jessie! – A voz da morena soava maliciosa, ela poderia facilmente alcançar Jessica, mas preferia a fazer correr a sua frente. Ela sabia que logo mais acabaria encurralando a mesma. – Você dizia, “oh não, não pare Yuri”, e agora eu não sou eu?!

– CALMA AÍ! – Jessica parou de correr e apontou para a mesma. – Olha aqui, Kwon, você não cita o que acontece ou deixa de acontecer na cama, viu? ÓBVIO QUE NA CAMA EU NÃO QUERO QUE VOCÊ PARE, NÉ? Mas agora, calma, um um segundo. – Respirou fundo. Yuri até mesmo parou na distância que a mais nova querida, tendo de um sorriso de canto. – Sua safada! FICA AÍ EXPONDO A NOSSA RELAÇÃO! Pois deste jeito nem sei mais se quero ficar com você! RUNF!

Yuri começou a dar passos lentos em direção a Jessica, com um olhar malicioso, porém calmo.

– Mas eu só quero  o seu bem, meu amor. Eu te mostrei isso muitas vezes ontem. – A voz da morena ainda soava da mesma forma maliciosa. – E você sabe que não precisa ter medo de mim. No máximo eu mataria você de prazer, baby.  – A morena sorria mais e mais maliciosa e era possível ver um olhar amoroso, porém, muito pervertido em sua face. – E depois eu te massageio bebê, só que com os lábios no seu lugar favorito, o que me diz, meu anjo? – Faltavam pouco mais de cinco passos para alcançar Jessica, que ainda a encarava incrédula devido a ousadia da mesma.

– FALSIANE! DISSE QUE IA ME CASTIGAR, EU NÃO CAIO NESSE TEU PAPO FURADO! – Jessica gritou mais uma vez antes novamente sair correndo e desta vez dando o melhor de si para achar a primeira escada. Aquele prédio era diferente, as escadas de cada andar ficavam em diferentes localizações, o que era deveras preocupante. – Tá achando que eu sou tola, Kwon? VOCÊ QUER SIM É ME PRENDER DE NOVO! SUA MAU CARÁTER! NÃO TE QUERO MAIS! ME DEIXA IR EMBORA, EU VOLTO COM O ANTÍDOTO!

– AH, MEU AMOR. EU PROMETO QUE AGORA SÓ TE AMARRO QUANDO FOR TE DAR PRAZER! –  Yuri gritava com a voz em um profundo tom rouco, muito parecido com o que geralmente usava como médica. – E EU JURO, QUE NUNCA MAIS VOCÊ VERÁ UMA CORDA NESSA VIDA, MEU BEBÊ. SERÁ SOMENTE EU, VOCÊ, AS COBERTAS E NOSSOS CORPOS, EU JURO! – Yuri era cada vez mais maliciosa. – DEPOIS ATÉ TE DOU AQUELA MASSAGEM NAS COSTAS QUE VOCÊ AMAVA QUANDO EU FAZIA! O QUE ME DIZ?

– VOCÊ TENTOU MATAR OS MEUS AMIGOS, EU NÃO ACREDITO NA SUA PALAVRA! – A loira pulou um armário mediano no meio do caminho e novamente tentou a tática da maca. E aquilo certamente que irritava Yuri, pois além de estar se negando ainda estava desarrumando tudo. Jessica era ágil, tão ágil que nem mesmo ela acreditava naquilo. – SOCOOOOORRO! – E por mais que tivesse consciência que talvez Yuri só tivesse voltado para lhe buscar, ainda achava que os amigos estavam no prédio.

– EU NÃO MATEI NINGUÉM MEU AMOR, EU SÓ ASSUSTEI ELES. – A morena gritava já começando a ficar impaciente. A cada objeto que Jessica tirava do lugar a expressão de Yuri se fechava um pouco mais. Se a loira soubesse os enganos que cometia naquele momento não continuaria. – EU ESTOU COMEÇANDO A PERDER A PACIÊNCIA COM SUA TEIMOSIA, JESSICA!

– MEU GRANDE FODA-SE PARA VOCÊ, KWON! – Sorriu largo ao achar outra escada e desta vez fechando a porta com tudo e empurrando rapidamente uma maca para tentar trancá-la. Um erro tremendo, com toda certeza... Descera o andar pulando os degraus e tendo uma Yuri cada vez mais raivosa atrás de si. Talvez fosse a hora de acabar com aquela brincadeira já que Jessica nitidamente não iria ceder. – ME DEIXA EM PAZ, YURI! ME DEIXA IR!

A expressão de Yuri se tornou tão fria e sombria quanto era possível. Praticamente fizera porta e maca voarem juntas com o chute que deu na porta que Jessica tentara travar. A morena corria mais rápido e a expressão estava mais e mais sombria.

–  EU AVISEI, MEU BEM! EU AVISEI! – Ela gritava furiosa começando a chutar cada uma das coisas que Jessica tentava empurrar para pará-la. Sendo que uma dessas coisas, fora uma maca que passara voando por cima de Jessica, somente para arrebentar na parede a frente.  – QUANDO EU PEGAAR VOCÊ, VAI SE ARREPENDER DISSO, JESSICA JUNG!

Jessica nem mesmo se dera ao trabalho de responder, apenas acelerou o passo. Não achava a última escadaria de jeito algum, mas continuou a tentar despistar a namorada de todo jeito. Definitivamente não dava certo. E em um erro na escolha de qual corredor tomar... Jessica adentrou em um sem saída. Seus olhos se arregalaram, mas a moça não parou de correr. Quando Yuri percebeu o que a loira queria fazer, apenas gritou alto e começara a correr ainda mais rápido para alcançá-la. Na cabeça da morena não era possível que a mais nova viesse a fazer aquilo, não sem antes pensar por pelo menos um segundo.

E esse fora o problema.

Jessica não esperou esse segundo.

Correra sem medo de bater na janela de vidro que tinha o seu tamanho. Não tinha proteção, não tinha nada que impedisse Jessica Jung de se jogar contra aquele vidro pesado e pular a janela do segundo andar. Atrás de si ouvira um grito muito alto vindo de Yuri.

– NÃO! – Yuri gritou bem no momento em que o corpo de Jessica batera na janela, tendo a loira a cair gritando alto da janela do segundo andar. Não havia calculado bem a queda... Apenas dera com a cara no chão e grunhiu em meio a dor. O nariz sangrava bastante e nitidamente o vidro lhe fincou a pele bem cuidada. Yuri lhe fitava friamente por aquela janela. E aquela fora a última visão que tivera antes de desmaiar devido a forte dor de cabeça causada pelo impacto.

 

 

//

 

A moça lentamente abrira os olhos, sentindo uma dor terrível em seu corpo, como se tivesse ganho uma surra. Fitou seus braços e reparando que estava presa em uma espécie de cadeira de tortura, pois o que lhe segurava era ferro pesado. Sua pele estava bem pálida e seus olhos apáticos. A dose do que lhe deram fora verdadeiramente forte. Tentou mexer as pernas, mas estava no mesmo estado que os braços. Os olhos marejaram e ofegantemente a moça levantou a cabeça, quase deitando-a no encosto da cadeira. Era uma sala muito bem cuidada, porém envelhecida. Recordava um pouco o prédio dois, o que lhe assustava bastante. Bem a sua frente havia uma pia de ferro e algumas ferramentas tanto para cirurgias quanto para... Torturas. Engolira em seco e então reparou no enorme espelho da sala. Havia um homem encostado na porta bem atrás de si e lhe fitando fixamente. Lembrava-lhe alguém, mas não sabia responder quem exatamente, pois o mesmo estava tão acabado quanto um variante. Suava frio devido ao que estava sendo injetado lentamente dentro de suas veias.

– Hyomin, certo? É definitivamente um prazer. Eu sou o doutor Lee. – A voz do homem soava fria e uma risada profunda e cruel seguiu a apresentação um tanto quanto cordial do mesmo.  – Hoje iremos descobrir do que você é feita.

 

//

 

Jessica abrira os olhos lentamente, tudo a sua volta girava e ela respirava com dificuldade, sentindo o forte cheio de algo ferrugem, que lembrava sangue. O nariz doía absurdamente, tanto, que ela mal conseguia senti-lo. Tentara mover-se, mas tudo o que sentia era dor, em todo o seu corpo, principalmente na perna direita e no ombro direito. O lado direito do corpo da loira tinha absorvido todo o impacto da queda. A moça tentara olhar em volta, notando uma figura a se aproximar com uma cadeira de rodas, só quando a mesma já estava muito próxima que ela notou ser Yuri. Ela foi cuidadosamente posta na cadeira, e mais uma vez pensou em fugir, mas não conseguia nem mesmo mover o dedo mindinho, quanto mais as pernas.

– Não se preocupe meu amor, eu vou cuidar de você. – A voz de Yuri soou fria enquanto a mesma a guiava na cadeira de volta para o prédio quatro.


Notas Finais


ATÉ A PRÓXIMA, AMIGUINHOS!


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