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História Welcome to my delirium - The only exception


Escrita por: Juliapb

Notas do Autor


Oi pessoinhas.
Desculpa pela demora para postar mas eu estava sem criatividade esses dias.

Capítulo 13 - The only exception


Fanfic / Fanfiction Welcome to my delirium - The only exception

“— Você é a única exceção.”

POV. Castiel 

Estava indo em direção a sala quando me deparo com a Natalie e o imbecil militar sentados na escadaria. Ele gostava dela isso era óbvio, eu sou um idiota em pensar que dessa vez seria diferente.

Ela estava chamando meu nome, mas eu não queria falar com ela.

— O que foi? –perguntei ríspido

— Eu queria falar com você –fez uma careta estranha–

— O professor acabou de entrar –falei encerrando a conversa–

POV. Natalie

O sinal tocou e eu me apressei para guardar meus cadernos, mas Castiel foi mais rápido e já havia saído da sala.

Corri por entre os corredores até que cheguei no portão da escola, estava chovendo forte. Vi que ele estava indo em direção de sua moto e corri até ele.

— Você vai me ouvir agora –falei um pouco mais alto por conta do barulho da chuva–

— Tenho que ir –fez menção de subir na moto mas eu segurei seu braço–

— O que aconteceu? Por que você está sendo um idiota? –naquele ponto eu já estava encharcada–

— Eu não sei porque eu falei aquelas coisas pra você –ele falou encarando meus olhos– você é como todas as outras 

— Você é um babaca –falei batendo no seu ombro– o mais babaca, idiota, fútil e sem noção que eu já conheci –o tempo me ajudou já que não tinha como diferenciar minhas lágrimas da chuva que caía mais intensamente a cada minuto– vai se fuder –andei apressada–

— Natalie! –escutei alguém gritar–

Senti a adrenalina correr por entre minhas veias, o choque, e dor em cada parte do meu corpo.

Estava estirada no chão, minha visão estava turva, minha cabeça estava latejando.

Eu queria gritar, chorar, correr.

Mas nada disso foi possível por conta de uma imensa escuridão que se fez ao meu redor.

POV. Castiel

Natalie andava apressada para a rua, minhas palavras deixaram-a com raiva, um carro em alta velocidade estava indo em sua direção. Eu tentei gritar seu nome mas não obtive uma resposta além de um choque entre seu corpo e o carro.

Corri o mais rápido possível até ela.

— Nat –passei a mão em seu rosto– Nat me desculpa –seu rosto estava pálido–

Senti alguém tocar meu ombro 

— Já chamaram a ambulância, vai ficar tudo bem –Lysandre tentava me confortar–

— Não, não vai. É tudo culpa minha

— Afastem-se –os paramédicos desfizeram a roda de pessoas que se formou envolta– 

Estava prestes a entrar na ambulância quando um dos paramédicos me parou.

— A menos que seja da família não pode acompanhá-la 

— Olha aqui seu filh –estava prestes a socar seu rosto quando alguém segurou meu pulso–

— Vamos Castiel –Lysandre me levou até seu carro– não seja estupido, desse modo você não ajuda ninguém.

— Da pra ir logo? 

No caminho para o hospital eu fiquei calado.

Eu sou um desastre, não consigo manter as pessoas por perto, mesmo que eu tente. Eu sei que decepciono todo mundo, e não estou arrumando desculpas, mas eu queria que soubessem que eu realmente tento não estragar tudo.

Sai do carro com rapidez e fui até a recepção.

— Uma garota acabou de chegar aqui, acidente de carro –falei apressado– seu nome é Natalie. Natalie Evans.

— Só um minuto –a atendente digitava algo no computador– ela está em uma cirurgia agora 

— Cirurgia? –engoli em seco– que tipo de cirurgia?

— Desculpe senhor você é algum familiar?

— Não

— Infelizmente só posso passar essas informações para os familiares.

— O que? Eu preciso saber sobre ela –aumentei meu tom de voz–

— Desculpe senhor mas tenho que seguir o protocolo

— Foda-se a merda do seu protocolo –bati o punho no balcão–

— Senhor, se acalme ou serei obrigada a chamar os seguranças 

Sai da recepção antes que eu matasse aquela mulher. Me sentei em uma das cadeiras e esperei por notícias.

— Preciso saber sobre Natalie Evans –uma mulher loira falou com a atendente– sou a tia dela, Emma Evans.

A preocupação estava estampada em seu rosto, olhos inchados e vermelhos estavam presentes em seu rosto. O azul de seus olhos estava apagado, como se estivesse morta.

Vi a atendente apontar discretamente em minha direção, e logo a loira se sentou do meu lado.

— Meu nome é Emma, sou tia da Nat –ela estendeu a mão– você deve ser o Castiel –ela mostrou um meio sorriso–

— Sim, sou eu –apertei sua mão–

— Nat fala sobre você, o ruivo estressado 

Um pequeno sorriso surgiu em meus lábios.

— Foi culpa minha –falei olhando para o nada– ela ficou chateada comigo e não prestou atenção na rua 

Ela paralisou por um instante, analisando cada palavra.

— Não foi sua culpa –segurou minha mão– se ela estivesse aqui nunca te culparia por uma coisa dessas.

Aos poucos alguns amigos chegavam, mas logo voltavam para suas vidas.

Já se passavam de 7 horas de cirurgia, fiquei o tempo todo na recepção esperando por notícias, aquela cadeira dura já não me incomodava mais.

— Você deveria ir para casa, dormir um pouco –Emma me entregou um copo de café–

— Eu estou bem 

Eu não estava nada bem, a culpa me consumia por completo. Pensar que eu poderia nunca mais ver aquela garota de novo me deixava em pedaços.

— Emma Evans –um homem já com alguma idade chamou Emma e nós dois levantamos apressados–

— Sou eu 

— A cirurgia foi longa por conta de algumas complicações, mas agora seu quadro está estabilizado. –suspirei aliviado– Infelizmente ela não resistiu bem à tantas horas de cirurgia, seu corpo entrou em colapso e ela está em coma.

— O-o que? –Emma estava em choque–

— Por quanto tempo? –perguntei exasperado– 

— Isso depende apenas dela, não tem como sabermos um tempo exato. Bom ela já está no quarto. Por um período ela poderá receber poucas visitas.

— Eu vou até o quarto –Emma falou indo até o corredor– você vem? 

— Eu vou ao banheiro primeiro –andei apressado–

Encarava meu reflexo no espelho do banheiro branco, meus cabelos caiam pelo meu rosto, meus olhos carregavam uma expressão cansada.

Joguei água em meu rosto e sai do cubículo branco.

Parei em frente da porta e hesitei em abri-la.

Entrei no quarto branco, as únicas cores presentes ali eram de seus cabelos negros jogados sobre a cama.

— Eu vou passar a noite aqui hoje –Emma falou se levantando– vou buscar algumas roupas em casa –ela saiu do quarto–

Me sentei ao seu lado.

— Não sei se pode me ouvir –falei segurando uma de suas mãos– mas eu quero que saiba que eu sinto muito. Eu sinto muito por estragar tudo, por ser um idiota completo, por te fazer sofrer quando eu deveria te fazer sorrir, por fazer você passar por isso. Eu sei que eu sou um babaca inconsequente, mas meus sentimentos são verdadeiros, mesmo que eu não demonstre eu te amo. Mas eu não te amo o bastante para te afastar de mim, eu sou egoísta demais pra te deixar partir. 

Passei a noite encarando seu rosto sereno, suas mãos gélidas e seus cabelos longos jogados. 

— É melhor você ir para casa –Emma falou colocando a mão em meu ombro– descanse e amanhã você volta.

Assenti de leve com a cabeça e sai do quarto.

Estava sem minha moto, então fui andando até em casa.

A lua estava em seu ápice, a noite estava gelada e as ruas desertas. Minha casa parecia ainda mais escura e solitária, até o Dragon parecia entender minha dor.

Entrei em meu banheiro e senti a água quente escorrer pelo meu corpo, naquele momento eu senti um aperto em meu coração, depois que o choque do acidente passou toda dor que eu não sentia me atingiu como uma granada.

Sentei no chão do banheiro e chorei por longos minutos.

— O que esta acontecendo comigo?

É tão estranho ter varias perguntas e não saber a resposta de nenhuma delas, é estranho chorar por dores e magoas acumuladas, minha única escapatória é dormir por longas horas para esquecer de tudo pelo menos por um tempo.


Notas Finais


Espero te ver no próximo cap.
Beijinhos


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