Impacto.
Selena Gomez's point of view.
00h32min AM.
- Isso, Justin! Mais rápido. - grito, equilibrando-me na ponta dos pés.
Depois do nosso breve passeio pelo Vondelpark, eu o deixei em seu apartamento, e passei o restante do dia focada em uma coluna.
Já era tarde da noite, quando ele veio me fazer uma visita. Não aguentamos chegar ao quarto, iniciando o ato sexual contra uma das bancadas na cozinha.
Meus seios rígidos e sensíveis estão pressionados contra o tampo de madeira envernizada, e todo meu corpo colado ao de Justin.
Gemidos longos e arrastados escapam de minha garganta, em uma forma de camuflar algo que tenho tentado esconder nesses últimos dias que passamos afastados.
Estou completamente viciada nele.
Suas estocadas são lentas, fortes e precisas. Ele sai quase completamente de mim e depois retorna com brutalidade.
Exatamente do jeito que gosto.
Lembro que nos primeiros dias desse mês, logo quando começamos o sexo casual, ele não sabia muito bem as minhas preferências. Tive o imenso prazer de ensinar todas elas, uma por uma. Até que ele aprendesse a dominá-las e dominar-me, não em todas as vezes, é claro.
Apenas quando peço.
Com a ajuda de uma das mãos, ele afasta todo meu cabelo. Tendo todo meu pescoço à disposição de sua boca quente, seus lábios se apoderam de minha pele. Os dentes se arrastam por uma fina camada de suor que contém no local, e sinto-me relaxada.
Não consigo controlar as minhas ações e rebolo contra ele, adorando o atrito que meu movimento promove entre as estocadas.
Posso sentir um sorriso se formando em sua boca colada à mim.
Cansado desta posição, ele me puxa pelo quadril, tirando meu corpo da bancada. Meus dedos inquietos encontram seus cabelos claros, infiltrando-se ali. Sua boca se funde mais à minha pele, e, desta forma, empino-me ainda mais contra ele.
- Você fica linda assim. - ele fala, após deixar o meu pescoço livre, ao mesmo tempo em que suas mãos macias massageiam a carne de meus seios, brincando com os mamilos túrgidos.
- Como você pode saber? Não está vendo meu rosto. - pergunto, enquanto sinto uma leve lufada de ar em meu ombro.
- Você sempre está linda.
- Mesmo? - esfrego-me mais nele. - Então, comece a se mexer direito. Posso mostrar um posição em que fico ainda mais linda.
Uma das maiores qualidades de Bieber é que ele sempre me obedece.
[...]
Sede da revista Wellust.
09h12min AM .
- Pelo visto, a sua noite foi ótima. - Largo minha coluna já impressa em cima da mesa e toco o peito assustada. - Desculpe, não queria assustar você.
Olho para o outro lado da sala, vendo que Ashley não se encontra, ela deve ter saído, enquanto eu revisava o texto. Hoje é dia de entregar tudo que escrevi, durante a semana para James.
Ele é bastante crítico, principalmente comigo.
Charlie Puth é o novo fotógrafo de Wellust, na verdade, o substituto. Nosso fotógrafo antigo entrou em férias no início da semana, e essa manhã fomos apresentados à Charlie. Ele demonstrou certo interesse por mim, porém não dei muita importância. Envolvimentos íntimos com alguém do trabalho é a última coisa que procuro.
Ele até possui alguns atrativos, faz o modelo atlético, é moreno e tem o corpo sarado, mas, pelo pouco que conversamos, não pude deixar de notar que ele parece ser o tipo de homem que faz apostas com os amigos, prometendo "pegar" alguma mulher e depois despedaçar o coração dela. Algo que eu considero imaturo e desnecessário.
- Eu estava distraída. - guardo a coluna em uma gaveta, voltando a atenção para ele. - O que disse?
- As marcas em seu pescoço, indicam que teve uma noite produtiva. - noto uma leve malícia em seu tom.
Esqueci completamente de passar maquiagem nas marcas que Justin deixou em minha pele.
- Na verdade, eu tive sim, não posso dizer o mesmo da sua.
- O que a faz ter a certeza de que não tive uma boa noite?
- Não tenho certeza, no entanto... eu fico mais ativa no trabalho, quando tenho uma boa companhia durante a noite. É assim com muitas pessoas. Alguns encaram o mal humor, quando a madrugada foi péssima, como eu. E outros cuidam da vida alheia, este parece ser o seu caso.
- Gostei do seu jeito, Selena. - ele fala, olhando para baixo. - Soa desafiador.
Traduzindo: "Você tem belas pernas, Selena." "Ficariam lindas em uma cinta-liga vermelha."
- Por que não almoçamos juntos hoje? Aposto que teremos muitos assuntos para debater.
- Creio que não. Além do mais, já tenho companhia para o almoço de hoje e para os almoços que virão no restante do ano.
- Não me diga que cometi um equívoco, e você é comprometida? - perguntou em um falso constrangimento.
Homens deste tipo me irritam. Ou ele não entendeu que não estou interessada, ou está bancando o bobo.
- Charlie, sinceramente...
- Selena você pode me ajudar com estas caixas? Encomendei objetos para mudar a decoração da minha parte da sala, chegaram agora e não tinha ninguém livre lá embaixo. - Ashley interrompeu, entrando na sala com as mãos ocupadas.
Levanto imediatamente, escondendo por educação o quanto sua interrupção me deixou aliviada.
- Claro que posso, Charlie depois nos falamos.
- Tudo bem, o convite para o almoço ainda está valendo. - afirmou nos deixando sozinhas.
- Então, você e o fotógrafo...?
- Não, Ashley! Ele é grudento. - faço uma careta, equilibrando parte das caixas nos braços.
- E muito gato.
- Eu não achei. - minto. - Não gosto de sair com homens que podem sair se gabando do meu desempenho na cama.
- Você não é nenhuma virgem indefesa.
Longe disso.
- Apoio você conhecer pessoas novas.
- Não encare isso como se fosse algo muito grande e escandaloso. Ele só me convidou para almoçar.
- E obviamente você aceitou.
- Claro que não, almoçarei com você no nosso restaurante preferido.
- Hoje não vai dar. - ela franze os lábios.
- Por quê não?
- Tenho um compromisso com alguém e não posso desmarcar.
Ela tem agido de maneira estranha ultimamente. Não me assustaria, se revelasse que está namorando sério.
O que acontece em um longo intervalo de meses, até que ela se recupere do antigo namoro que não deu certo.
- Então, eu almoço sozinha.
- É só um almoço, ele não te agarrará na frente das pessoas. Só se você pedir.
Reviro os olhos, desejando sair dessa conversa desagradável.
- Pensarei no caso. - ela comemora. - Isso não foi um "sim".
Ela tem razão... é só um almoço.
[...]
- Então você escreve sobre relacionamentos...- Charlie começa um assunto, quando o garçom serve os nossos pedidos.
É muito estranho almoçar aqui sem a companhia da Ashley reclamando sobre o almoço calórico.
- E você ganha dinheiro fotografando mulheres nuas. Interessante. - provo o vinho tinto.
- Eu não ganho dinheiro só tirando fotos de mulheres nuas. Também fotografo lingeries, consigo entrevistas com autores de livros eróticos, essas coisas.
- Já li uma entrevista sua com a EL.James no ano passado.
- Faturei muito por aquela entrevista, as fotos também valeram algo, e ela elogiou o meu trabalho.
- O que fez você se interessar pela Wellust?
- É uma revista grande, conceituada, e os profissionais, até onde eu sei, parecem ser bem competentes. - um sorriso canalha se forma em seus lábios. - Deixando o trabalho de lado, você é comprometida? - ele pergunta, pegando em minha mão.
Não permito que o toque dure mais de um segundo.
- Não, compromissos sérios não me atraem.
- Por quê não?
- Eles tendem a terminar e ambos saírem magoados no final. Não gosto de dar satisfações da minha vida íntima.
- Você é uma mulher segura de si e independente. Isso me atrai.
- Atrai tanto a ponto de você me convidar para um almoço mesmo sabendo que não estou interessada?
- É só um almoço entre colegas de trabalho, não leve para o lado pessoal.
- Não sou nenhuma tola, Charlie. Contudo, você tem razão, é só um almoço. O problema em questão é que não gosto mesmo de perder tempo.
- Faremos o seguinte: eu te dou o meu número de telefone, e não precisamos continuar com essa conversa. Tenho certeza de que uma hora ou outra você ligará.
- Eu não ligarei. De verdade.
Mesmo afirmando isso seriamente, anoto o número que me passa torcendo para que, depois disso, ele me deixe em paz.
- Isso é inútil, não gosto de ter envolvimentos desse gênero com "colegas" de trabalho.
- Sempre há uma primeira vez.
- Já anotei o seu número, Charlie. Agora, eu me sentarei naquela mesa ali... - aponto para um lugar vazio - sozinha.
- Você ainda mudará de ideia. - ele garantiu, enchendo outra taça de vinho.
- Não, não mudarei.
[...]
Em uma troca de mensagens mais cedo, Justin me avisou que não iria para o trabalho hoje. Considerei essa informação como uma oportunidade para passarmos a noite toda juntos.
Antes de ir até o seu apartamento, comprei uma garrafa de champanhe.
Não me lembro qual foi a última vez em que eu tomei sozinha mais de três taças, mas ele merece um agrado por ter aceitado o meu convite para ir ao parque ontem.
Desço do carro, animada, segurando a garrafa de champanhe em uma mão e minha bolsa na outra. Felizmente, meus pés travam no lugar, assim que olho para a portaria do prédio.
Ver Justin aos beijos com outra não deveria me afetar tanto. Afinal, não temos nada sério. Conheço muito bem os métodos que ele usa para conseguir dinheiro, e essa pode ser até uma cliente fixa. Entretanto, eu tenho sentimentos, estes que chegam em grande quantidade agora.
Não posso controlá-los, mesmo que eu deseje muito poder.
Arrasada e sem saber o motivo, volto para o carro, levando a garrafa de champanhe.
Vejo os dois se separarem e entrarem dentro do apartamento. Meus dedos nervosos clicam no número que prometi não ligar horas mais cedo.
Relacionamentos abertos. Direitos iguais.
- Charlie? É a Selena, podemos nos encontrar?
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