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História Wellust - Frustratie.


Escrita por: Jeleninhaz

Capítulo 4 - Frustratie.


Fanfic / Fanfiction Wellust - Frustratie.


Selena Gomez's point of view. 
10h28min AM. 
Sede da revista - Amsterdã /Holanda.
 

Após duas horas e meia encarando o teclado sem nenhuma ideia, abaixo a tela do notebook com força, atraindo a atenção de Ashley do outro lado da sala. 

- Algum problema? - pergunta ela, interessada. 

Mesmo com dificuldade por causa da distância, posso ver o quanto seu trabalho está avançado.

É impossível não invejá-la. 

Em quatro dias, eu escrevi apenas cinco linhas, e não foi nada tão bom como de costume. 

Minha concentração diária parece não estar mais focada só no trabalho. Isso me irrita. 

- Acho que estou com bloqueio. - digo a primeira coisa que me vem à mente. 

- Você anda nervosa desde a terça-feira passada, se fosse a TPM já teria melhorado.- fez uma pausa proposital. - Selena, somos amigas, não somos? 

- Claro que somos. 

- Amigas de verdade? 

- Óbvio! Você é a única que não se aproximou de mim movida pelo interesse. - assumo, confusa pelo rumo das perguntas. 

- Então, por que não me conta as coisas? Está claro que tem algo te incomodando, você sabe praticamente tudo sobre a minha vida... até os detalhes mais pesados. Deixe-me saber algo interessante sobre a sua. 

Ashley é muito dramática quando quer. 

- Sou meio fechada, você sabe. Meu histórico de relacionamentos não é lá dos mais limpos, não quero sujar isso que temos. E, também, não é nada demais, eu garanto. Os melhores escritores passam pelo bloqueio. 

- Se é só bloqueio, como fará para desbloquear? 

- Ainda não sei, mas darei um jeito. Essas coisas passam rápido e, logo, a minha escrita estará impecável mais uma vez. - afirmo certa de que conseguirei tirar a minha mente do Red Light District. 

Estes são os pensamentos noturnos não deveriam ocupar a minha cabeça no horário de trabalho. 

[...] 

Afundo meu corpo na água morna, recostando os ombros e cabeça na banheira. 

Fecho os olhos e relaxo, buscando mandar todos os resíduos do dia estressante que se foi para longe. 

Hoje completam exatamente sete dias desde que eu paguei por um beijo de Justin.

E... Droga! Meus pensamentos não são os mesmos, desde então. 

Tenho evitado pensar muito nisso, pois só tornaria as coisas mais reais. 

Como eu pude não esquecer o nome dele? Sou péssima em gravar nomes, ainda mais se tratando do nome de um garoto de programa qualquer. 

Não posso mais negar as minhas vontades. É insano e completamente novo para mim.

Nunca repeti um homem antes ou voltei a vê-lo após alcançar o meu propósito. 

Mas, desta vez, é diferente. Não alcancei nada. 

Ele saiu do apartamento sem ter me deixado ver uma só parte de seu corpo, e eu paguei uma quantia altíssima por um simples beijo. 

Onde estava com a cabeça? 

Passei esses dias todos ponderando, negando o óbvio e controlando a indignação por ter sido rejeitada. 

Ele colocou os "princípios" de uma primeira vez perfeita na frente do que era mais importante no momento: o trabalho. 

É provável que depois de tantos dias nem seja mais virgem, porém minha vontade de encontrá-lo mais uma vez e fazer as coisas acontecerem é um pouco maior do que o orgulho. 

Passam diversos minutos até que eu crie coragem e saia da banheira, decidida a resolver este problema. Agora mesmo. 

[...] 


Novamente, no Red Light District. 
22h24min PM. 

Vasculho todas as vitrines que encontro, contudo nenhum sinal daqueles olhos com cor de caramelo. 

Analisei-os tanto, naquela noite, à procura de algum rastro de mentira que reconheceria aquelas órbes em qualquer situação. 

Meus pés parecem ter criado vida própria, caminham rápido entre as pessoas. 

Com o passar dos minutos, eu lamento não tê-lo convencido quando tive a chance. 

Não faz parte da minha personalidade insistir muito num homem, acho ridículo mulheres que imploram. Quero que ele fique comigo por vontade própria. 

Todavia, estranho sua ausência. 

Ele estava muito nervoso no primeiro programa, pode ter se convencido de que se prostituir não é a melhor das opções e desistido.

O que é uma pena. 

- Resolveu fazer uma visita? Cheguei a pensar que ficou decepcionada com algo, e, por isso, passou tantos dias desviando o caminho. - Ryan falou, esboçando um sorriso cordial. 

- Ah! Você chegou a pensar? - minha voz soa irônica. - Talvez tenha sido porque me fez alugar um garoto virgem. - vejo seu rosto ficar pálido como uma folha de papel. 

- Ele estava precisando de dinheiro. Pode parecer estranho, no entanto, os clientes prestam atenção em você. Sempre que descobrem o nome daquele que você alugou, vão até ele. É um jogo de credibilidade. 

- Não quero saber, seu joguinho de credibilidade não me desperta interesse nenhum. Por isso, apenas me diga onde o Justin está. 

- O quê? 

- Eu o alugarei mais uma vez e verei o que acontece. 

- Mas você nunca fez isso antes... - insinuou, desconfiado. 

- Tenho certeza de que o seu trabalho não é fazer tantas perguntas. Ou é? 

- Ele está no quarto privado, fica na parte de cima daquela vitrine. Eu te mostro. 

- Não precisa, sei o caminho. Conheço este lugar tão bem quanto você. 

- Espere, Selena! Justin não pode atender você agora! 

Gritou, tentando me embarreirar, mas não dei muita atenção e continuei andando na direção certa. 

Estes quartos privados são para clientes que desejam uma amostra do que podem ter caso aceitem os serviços. 

Durante o caminho, penso no que Justin pode estar fazendo num destes. Ele é totalmente inexperiente, certamente não tem muito a oferecer. 

- Nossa... Oh... Isto é muito bom! 

Ignoro os barulhos os quais ouço e abro a porta, com cuidado para não assustá-lo. Sem nenhuma dúvida, a única assustada neste quarto sou eu. 

Coloco a mão nos lábios, segurando um grito. Meus olhos se estreitam, quase pulando para fora. 

A imagem de Justin sentado no colchão da cama de solteiro, com as calças abaixadas e uma outra mulher entre suas pernas passa diante de mim. 

Cerro o olhar fortemente. 

Não consigo ver muito, mas percebo o quão satisfeito ele está. 

E corado.

- Inferno! - praguejo, depois de fechar a porta, deixando-a como antes. 

Ele estava tão entretido que nem percebera a minha presença. 

É um desgraçado! Um imbecil igual a qualquer homem que existe! 

As dúvidas sobre sua suposta virgindade evaporam. 

Está claro que, ele passou a semana toda fodendo muitas, enquanto eu não conseguia me concentrar em nada produtivo. 

- Eu tentei avisar que ele estava ocupado. - Ryan se defende, parando no corredor. 

Expiro o ar dos pulmões, esperando que este possa mandar minha raiva para qualquer lugar bem longe. 

- Consiga outro agora. De preferência, um loiro. - informo e, em seguida, continuo, sem lhe dar tempo de me contrariar. - Agora, Ryan! 

Gostaria de voltar lá e dizer algo como: "aproveite bem a festinha." 

Entretanto, detesto hipocrisia. 

Não, eu não quero que ele aproveite. 

[...] 

Acompanho de longe o holandês vestindo a camisa, não evito a careta discreta que se forma em meu rosto. 

Foi uma péssima escolha. 

Ele não deixa de ser um homem bonito e, pelo que pude reparar, deve gastar muitas horas do dia fazendo exercícios. 

Nada obstante, seus atrativos não impediram meu corpo de não corresponder à nada. 

Essas coisas nunca aconteceram antes. 

Se ele não fosse um garoto de programa, e, sim, uma transa casual, eu estaria preocupada com seus pensamentos a meu respeito. 

Aquela cena horrorosa que presenciei há mais ou menos uma hora atrás é a maior responsável pelo fracasso que foi a minha noite. 

É muito estranho pensar que não vou conseguir nada a mais com Justin.

Desde os dezenove anos, tenho todos os homens pelos quais me interesso. 

Contudo, agora, um único encontro com um rapaz quem mal conheço pode abalar minha vida pessoal. E, caso eu gaste mais tempo pensando nele, a profissional também.

Despeço-me do loiro desconhecido após entregar o seu pagamento e suspiro exausta. 

Por que eu tenho que dar tanta importância à perfeição? 

Não aceito que nada em minha volta fique no médio, seja profissionalmente falando ou não.

Sou assim desde a adolescência e eu, realmente, não sei como minha personalidade ficou deste jeito.

Em horas em que algo dá errado, estes debates comigo mesma se tornam frequentes.

Ouço a campainha tocar e abro a porta, sem tempo para substituir o roupão que uso por uma roupa mais descente. 

Olho para Justin, quem põe as mãos nos bolsos da calça. Ele está visivelmente incomodado. 

- Eu vi quando um homem saiu daqui, está ocupada? - surpresa, dou passagem para ele entrar e volto a fechar a porta. 

Será que ele desconfia em quem eu estava pensando pouco antes dele tocar a campainha? 

- Na verdade, eu já estava indo dormir... mas pode falar. 

- Sei que você não gosta de rever os seus antigos casos... 

- Antigos casos? - interrompo, achando engraçado o modo como fala. - Casos duram mais que uma noite Justin, o nome que dou ao que tenho com garotos de programa é passatempo. 

- Que seja, Ryan me disse que você esteve me procurando e contou que você não gosta de repetir os... passatempos. 

- Não gosto, mas com você é diferente. - sorrio, maliciosa. 

- Por quê? 

- Porque o que tivemos não chegou a ser um passatempo. - revelo, ansiosa para saber o que ele pretende. - O que exatamente você veio fazer aqui? 

- Não sei. Eu pensei um pouco em você, nesses dias, e acho que a nossa troca não foi muito justa. Se quiser, ainda podemos... ir até o fim. - franzi os lábios para não rir de seu rosto, o qual, novamente, foi ficando cada segundo mais vermelho. 

Tal constrangimento, vindo dele, despertou uma curiosidade muito grande em mim. 

- Você ainda é virgem? Digo, já se passaram sete dias, você chegou a fazer tudo com outras? 

- Tecnicamente, não. 

Enrosco meus braços em seu pescoço, desta maneira nossos rostos ficam próximos. Roço meu nariz no dele. 

Justin respira fundo, mostrando o tamanho do poder que tenho sobre ele. 

Ou, talvez, seja apenas a reação de um jovem virgem, explodindo em hormônios perto de uma mulher mais velha.

- O que significa esse "tecnicamente"? - inquiro, passando os dedos pelas bochechas vermelhas. 

Gosto da textura de sua barba brevemente rala e clara. 

- Significa que eu ainda não consegui ir até o fim e é preciso, já que quero prosseguir com isso. 

- Continue...- mordo seu queixo, deixando-o um pouco mais envergonhado.

É terrivelmente adorável o jeito que Justin tenta desviar o olhar. Ele olha para as paredes, os vasos de decoração, minha cintura, as próprias mãos... Qualquer coisa, menos os meus olhos. 

- Você me deixa nervoso... - confessa, agora fitando fixamente os meus lábios. 

- E você me deixa frustrada. 

É maravilhosa a sensação que sinto ao constatar que continuo no comando.


Notas Finais


Pulei as notas iniciais hoje, tô morrendo de sono.
Capítulo postado pelo tablet, formato terrível, porém, sem errinhos pois foi betado, prometo que até amanhã ele fica ajeitadinho. Não costumo postar de madrugada, mas precisei.
Wellust alcançou os 170 favs, e prometi que postaria o próximo assim que isso acontecesse. Muito obrigada gente!!!! Vocês são demais 💜
Alguns avisos básicos:

1- Talvez alguém aqui tenha notado que postei uma história nova, sim, realmente postei. Só que resolvi apagá-la, quando Wellust chegar ao fim, e aquela fanfic estiver toda pronta, eu formato e deixo o link aqui nas notinhas, desculpe se alguém já tinha lido, adicionado aos favs e tal :(

2- Wellust não é uma fic muito grande, serão só 20 capítulos, sem nenhuma chance de aumento.

Sobre o capítulo, sim, Selena ficou com um leve incômodo, nada muito sério. E sim, Justin foi atrás dela. Não se assustem se ele continuar indo, pois não apoio Selena correndo atrás de ninguém, ela não precisa disso ^^
Por hoje é só isso gente.
Não sumam 💕


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