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História Wellust - Struikelen.


Escrita por: Jeleninhaz

Capítulo 7 - Struikelen.


Fanfic / Fanfiction Wellust - Struikelen.

 

Selena Gomez's point of view. 
            Rossebuurt, Amsterdã. 
            22h52min. 

  Esta música alta me contagia. 

A vontade de dançar para expressar o quanto eu senti falta deste lugar é tentadora. 

Mesmo achando uma ideia ridícula, depois de muito pensar e pensar, concordei que o certo a se fazer era ficar alguns dias longe do Red Light District. Pelo menos, até eu estar 100% certa de que Justin Bieber não tinha mais poder algum sobre mim. 

Não posso ser injusta comigo mesma e negar que vê-lo indo embora, encontrar outra após o provável melhor sexo da minha vida não me afetou. Afetou, sim, e muito. 

Eu queria repetir. Por estes sete dias completos, eu pensei em voltar e contratá-lo novamente, porém, o orgulho falou mais alto, felizmente consegui me controlar. 

Conheço minha personalidade o suficiente para saber que, agindo por impulso, acabaria fazendo algo que geraria arrependimento mais tarde. 

Depois de todos estes dias apenas focada no trabalho, resolvi voltar. A probabilidade de encontrar com o Justin no meio de tanta gente é minúscula. 

Nós não nos encontraremos nunca mais. E, alguma hora, estes pensamentos estranhos terão que acabar. 
Caminho animada entre as pessoas. Ora observando as vitrines, ora acompanhando por curiosidade os espetáculos ao vivo. 

Algumas garotas de programa tiram toda a roupa para os transeuntes. Por mais que os atrativos dos corpos femininos sejam praticamente todos iguais, este tipo de show atrai público. 

Afasto-me dos demais, pouco atraída pelas vitrines masculinas. Vejo rostos conhecidos e que algum dia chamaram a minha atenção. Não percebo um ar mais interessante nos novatos, como a maioria, eles estão nervosos e seus olhares praticamente imploram para serem alugados. 

Estes fatos me frustram. Esta não é a maneira que planejei o início da minha noite. Após sete dias confusa, voltar aqui deveria significar ter a minha antiga vida movimentada de volta. 

Uma vida repleta de adrenalina, mas não deixando de ser discreta. 

Parte dela parece ter perdido a graça. É isso que não entendo. 

Então, num ato não intencional, eu o vejo. 
Na mesma vitrine da primeira vez. Suas mãos suadas tocam o vidro, a única peça de roupa que o impede de estar totalmente à mostra é uma cueca boxe. 

Meu corpo está exatamente de frente para o dele. A vitrine barra qualquer contato que poderíamos ter nesse minuto. 

Nossos olhares não demoram para se encontrar, posso perceber o quão confuso Justin está. 

Deixei claro que não o alugaria novamente e, passando por cima do orgulho, estou aqui mais uma vez. 

Se o desejo que sinto não fosse tão grande e incontrolável, eu fugiria neste instante. 

- Com licença, mas você está interessada no loiro? - encaro brevemente a dona da voz. 

Seus lábios pintados de vermelho se esticam em um sorriso malicioso. 

- O quê? 

- Perguntei se está interessada nele. Tenho uma amiga que o alugou noite passada e garante não ter se arrependido. 

"Garante não ter se arrependido." 

Ele deve estar usando e abusando das poucas habilidades que aprendeu na nossa noite juntos. 

- Desculpe-me, mas acho que você terá que encontrar outro loiro, caso tenha preferência por eles. Por hoje, este já é meu. 

Faço um sinal para que Justin deixe a vitrine, ignorando sua expressão interrogativa. 

[...] 

- Pensei que nossos encontros haviam acabado. - ele disse, quando chegamos no estacionamento. 

- Não está contente em me ver? 

- Não é isso. Eu só acreditei mesmo que nunca mais veria você. Principalmente, porque conheço a sua fama de não repetir os passatempos. 

- Você deveria parar de ouvir as coisas que Ryan diz a meu respeito... - cruzo os braços. - e prestar atenção apenas naquilo que eu digo. 

- Você mesma disse que acabamos aquela noite no seu quarto. 

- E eu não posso mudar de idéia? 

- Claro que pode, mas... 

- Justin! - rompo o silencio, respirando fundo. - Não acho que você tem faturado algum dinheiro fazendo tantas perguntas para as suas outras clientes.

 Preciso lembrar as minhas preferências por um trabalho impecável? Não admito que questione as minhas atitudes. 

- E eu não admito que você fale assim comigo! Sei que, no momento, minha condição não permite que eu opine em muita coisa, contudo não mereço ser tratado como um objeto. 

- É esta a imagem que você passa para as pessoas, um objeto sendo alugado. 

Percebo o peso das minhas palavras, quando o vejo voltando para a entrada do bairro. Minha mão inquieta o agarra pelo braço, forçando-o a parar. 

- Eu não quis dizer isso. - encaro sua expressão entristecida. - Justin, eu... 

- Você não me conhece, não sabe os meus motivos. Não foi assim que me imaginei aos dezenove anos. Se eu não precisasse muito, não estaria fazendo estas coisas.

 Faço porque é necessário, e a minha intenção não é que as pessoas me vejam como um objeto. 

- Eu sei que não, desculpe-me. Voltei até aqui, achando que não sentia mais desejo nenhum por você. No entanto, na verdade, ainda sinto. - confesso, querendo me estapear. - Isto me deixa irritada. Era para ter acabado naquela noite. Eu achei que tivesse acabado. Porém, não acabou. No fundo, sei que a culpa não é totalmente sua. 

As coisas seriam muito mais fáceis, se ele não fosse tão gostoso, charmoso, incrivelmente inexperiente e não me olhasse com tamanha inocência. Sei que só continua me olhando deste jeito porque não imagina as vontades que tenho diante deste olhar. 

- Eu também sinto coisas diferentes por você. Coisas as quais não entendo. Passei por algumas experiências nesta semana, conheci outras mulheres, e meu cérebro diversas vezes projetava você no lugar delas. Isto é muito estranho. 

- Não é estranho, Justin. - caminhamos juntos de volta para o estacionamento. Sem dar tempo para que ele fuja, encurralo-o entre a porta fechada do carro e meu corpo. - Desejamos os corpos um do outro, continuarei pensando em você e atrapalhando minha produtividade no trabalho, e você continuará transando com outras e imaginando que sou eu no lugar delas. É isso que quer? 

- N-não. - gagueja, deixando o nervosismo à mostra. 

- Então, nós precisamos dar um jeito nisto, não? 

- Nós precisamos. Agora mesmo, se for possível. 

Sem vontade alguma de desperdiçar mais um minuto que seja, os lábios de Justin esmagam os meus.

 


Notas Finais


Oi, gente! Sem notas iniciais hoje.
Betagem por @hosk.
Resolvi não demorar muito com a atualização, pois esse rápido está pequeno e sem grandes acontecimentos.
É meio estranho ler Wellust e perceber que Justin virou mesmo um garoto de programa *0*
Mas ele não perdeu a inocência inicial nem nada, só uma semana se passou, portanto não deu tempo dele virar um "deus grego do sexo".
É isso, no próximo capítulo Selena lhe fará uma proposta meio indecente 🌚
Deixem suas opiniõeszinhas ❤
Volto em alguns dias <3


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