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História We're Meant to be - Special Calzona- part 2


Escrita por: littlegrey_

Notas do Autor


Oi gente! No final do capítulo vou deixar uma nota para voces, bjs e boa leitura.

Capítulo 32 - Special Calzona- part 2


Fanfic / Fanfiction We're Meant to be - Special Calzona- part 2


Pov. Arizona

Eu sinto tanta falta da Calliope. Me arrependo cada segundo de ter traído ela. Passei por momentos difíceis, e tudo o que eu queria era ela ao meu lado. Ouvi dizer que ela me acompanhou na ambulância e ficou esperando eu sair da cirurgia, mas depois disso nao trocamos sequer uma palavra que não fosse sobre os horários que eu ficaria com a Sofia ou coisas sobre a mesma. Como trabalhamos em departamentos diferentes eu nao a via no trabalho mais.

Chego no hospital, vou para a sala dos atendentes e visto meu uniforme. Ainda está escuro, o céu está bonito hoje, um azul quase tão escuro quanto meu uniforme. Eram 4:30 da manhã, e eu fui bipada para um caso que estou acompanhando ha mais ou menos quarto meses uma mãe que graças a mim está em seu sétimo mês de gestação. Com apenas três meses de gestação ela descobriu que sua bebê tinha um coágulo se formando com o coração. Descobrimos pelo utrassom morfológico. Conforme ele crescia, o coágulo crescia. E eu ainda nao podia operar. Eu tive que mante-la internada tudo esse tempo, e ontem finalmente operamos. Correu tudo bem, e ela estava estável no pós operatório quando deixei. Mas o interno responsável, Deluca me bipou há uns vinte minutos. Troquei de roupa e vim o mais rápido que pude.

-o que aconteceu?- falei rápido percebendo a paciente gritando e se contorcendo de dor na cama. Deluca preparava o ultrassom.

-Ela está reclamando de dores, ela disse que parecem contrações...- disse ele passando o gel na barriga

-Dr. Robbins, faz alguma coisa- gritou a paciente inquieta virando de um lado para o outro na cama.

-Deixa eu ver...- falei olhando os pontos dela. Estavam normais. Peguei o aparelho ultrassom e o bebê estava em posição pélvica. Encaixado para nascer.-Você está em trabalho de parto- olhei assustada para Deluca, que retribuia o olhar assustado.

-Mas... ela já pode nascer?

-Ainda é cedo. Você foi operada ontem, nao pode ter parto normal. O que faremos Dr. Deluca?- disse

-Damos medicamento para segurar o bebê, aguardamos duas horas, e se ela dilatar faremos o parto- ele falava rápido mexendo os dedos

-Exatamente. Mas ela nao pode ter parto normal

-os pontos vão abrir quando ela fazer força...- suspirou ele com raiva- uma cesariana entao.

-Isso. Dê o medicamento e me chame para verificar a dilatação- disse saindo da sala.

-Arizona...- escutei a voz familiar chamar. Virei imediatamente.

-Callie...

-Achei que você estava com a Sofia hoje. Você não comentou que estaria de plantão tambem.- ela se aproximou

-Eu não estava, mas fui bipada... ela está com a Sra. Sparks- senhora Sparks era uma moça que morava ao lado do meu apartamento. Ela tinha 38 anos, era solteira e morava com seu sobrinho rebelde. Ele cuidava da Sofia para mim sempre que eu precisava, ela dizia que era um grande prazer.

Callie fingiu um sorriso e deu meia volta para sair. Eu tambem já ia saindo mas decidi falar:

-Calliope...

-Arizona-disse ela virando e me encarando cruzando os braços.

-já não está na hora de pararmos de falar apenas da Sofia?- disse puxando ela pelo braço até a sala cheia de mantimentos do hospital. Como remédios, gaze, algodão.

-É. Eu vou pedir os papéis do divórcio- disse ela soltando seu cotovelo de meu braço.

-Voce quer mesmo fazer isso?- a puxei de novo, ficando com a testa colada na dela. Eu senti sua pele colada na minha, o suor de sua testa passar para minha, sua respiração fazendo cócegas em meu nariz, seus lábios carnudos na frente dos meus. Nao resisti e a puxei para um beijo. Callie correspondeu, acariciando a lateral de meu rosto.

-eu te amo tanto Calliope- disse pausando o beijo

-eu te amo Arizona- ela sorriu. Voltamos a nos beijar, e Callie me prensou na parede tirando meu jaleco, dando beijos e mordidas em meu pescoço. Meu celular tocou, Callie continuou e vi uma chamada de Deluca com o canto do olho.

-preciso ir- falei vestindo o jaleco me afastando dela- eu nao demoro, assim que der te procuro. Me espera- sorri com olhar malicioso e sai.

Entrei rápido no quarto e vi a paciente deitada com as pernas para cima em posição ginecológica, e Deluca com a mão dentro dela.

-ela está com 7 cm de dilatação.-ele disse tirando as luvas.

-deixa eu ver...- disse pondo luvas. Sentei no banquinho de frente para ela e inseri quatro dedos em seu canal vaginal. Ficaram largos, entao coloquei o polegar e abri a mão. Dava para um prematuro passar por ali sossegadamente. Em minha face se formou uma expressão preocupada, e peguei um instrumento de examinar o líquido amniótico. Estava tudo ok.

-Vamos ter que fazer a cesárea. Kate, eu sei que você deve estar com vontade de fazer força mas nao empurre ok? Seu bebê vai nascer hoje- sorri.

Saímos do quarto, e a Kate gritava cada vez mais alto, apertei o botão do elevador e esperei.

-Que droga de elevador que nao chega logo- soquei o botão ao ouvir Kate dar um grito longo

-Dra. Robbins- Deluca falou olhando em baixo do lençol.

-Que foi?- falei indo olhar. Quando me aproximei Deluca puxou o bebê que havia saído. A paciente suspirou de alívio, mas vi que no local da barriga seu lençol estava manchado de sangue.

-Vamos para S.O agora, Deluca, leve o bebê para o Karev, e vá operar comigo- disse e ele saiu correndo.

***

A paciente teve uma hemorragia no local da cirurgia. Eu consegui estancar, e depois de duas bolsas de sangue ela está bem. Foram duas horas de cirurgia.

Eram quase 7 da manha. Olhei no celular e tinha uma mensagem de Callie. Provavelmente ela já foi embora, deve achar que a esqueci. Provavelmente o Sol já até nasceu e eu ainda não dormi nada, já está na hora de eu entrar "de verdade" para trabalhar.

Comprei um café e li a mensagem de Calliope.

"Estou na sala dos plantonistas dormindo." Sorri e fui até lá.

Abri a porta iluminando uma parte do quarto que estava completamente escuro. Lá estava, deitada abraçando o travesseiros, com o cobetor tampando os olhos. Minha Calliope. Deitei atrás dela a abraçando, sentindo o cheiro de lavanda em seus cabelos. Beijei seu pescoço e aos poucos ela foi acordando abrindo um sorriso no canto da boca.

-você demorou...

-desculpa, paciente teve bebe na porta do elevador.

-Nossa. Está perdoada- sorriu ela se virando e beijando meus lábios. Fiquei com vontade de perguntar se eu estava perdoada de tudo, ou apenas da demora. Mas fiquei quieta e correpondi o beijo dela, que foi ficando cada vez mais intenso.

Tiramos nossas calças por baixo da coberta, e quando percebi Callie já estava sem calcinha sentando em minha cintura. Ela tirou minha calcinha e começou a massagear meu clitóris enquanto esfregava sua humidade na minha. Sua língua passava na minha no ritmo perfeito. Na mesma posição penetrei um dedo nela e esfregava seu clitóris na mesma velocidade que ela esfregava o meu, até chegarmos juntas ao orgasmo. Na mesma hora meu celular apitou, Callie saiu de cima de mim, e ambas de nós dando gracas por ter dado tempo.

-Karev... deve ser sobre o bebê da Kate...- disse levantando e vestindo minha roupa. Callie levantou em seguida e sai primeiro da Sala, levando um susto ao ver Wilson tentando entrar.

-que susto!

-desculpa Dra. Robbins... mas é a Murphy que estava ai com você?-Wilson disse fazendo uma expressão de assustada ao ver Callie saindo enquanto eu e ela vestiamos nosso jaleco. Callie fez cara de brava, e saiu andando.

-que indelicadeza, Wilson- falei brava e fui atrás de Callie.- Calliope espera

-você continua vendo ela?- perguntou entrando no elevador

-lógico que nao. Nao sei porque a Wilson perguntou isso. Eu juro Callie depois daquela vez eu não a vi mais, apenas para trabalho. Eu te amo minha ursinha- sorri dando um beijinho nela

-Arizona, eu tentei. Mas eu não consigo ficar sem você, e tem uma coisa que eu queria te falar...

-espera, eu tenho uma surpresa...- falei interrompendo ela, puxando ela para fora do elevador na área da pediatria.-espera- falei parando- aqui tem vários bebês, eu trabalho com eles o tempo todo, e nós nos separamos porque você queria ter mais filhos e eu não. Agora nenhuma de nós pode ter filhos. Então eu queria aproveitar que viemos aqui para te dizer que se você estiver disposta a me perdoar, eu gostaria de adotar um bebe com você. Você aceita, Calliope?

Callie fica me olhando intrigada. Vejo alegria em seus olhos. Mas ela tenta esconder fazendo uma expressão de assustada.

-a gente tem que pensar muito, Arizona. Claro que eu quero, mas essas coisas demoram, teríamos que ir até uma agência...- ela falava enquanto entravamos no berçário.

-Por exemplo, esse lindo menininho, sairá daqui para um orfanato. Tem ideia de quantas crianças nao precisam se de uma casa, uma familia... 

-por que ele irá para um orfanato?-Callie disse vendo eu segura-lo em meus braços.

-Alex disse que ele é órfão. olha, como é lindo, todos os dias eu venho aqui, o seguro no colo, converso com ele, e...- falo olhando para o bebê- pelo menos ele não se sente sozinho. E acho que ele me entende, né? Temos uma ligação incrível- sorria apertando os bracinhos gorducinhos dele.

-Ele é lindo mesmo. Nós precisamos pensar muito, Ari...

-Eu sei Calliope. É que como Você estava louca para ter outro filho achei que ia gostar da ideia- falei colocando o menininho gordinho, de pele clara e cabelos escuros, que colocava quase o punho todo dentro da boca, no colo de Callie.

-Eu gostei sim, eu...- ela parou de falar, e abraçou o bebê. -acho que temos que conversar sobre nós antes.- Ela falou, mas em tom de como se não estivesse aqui. Ela estava com pensamento distante aproximando o bebê de seu rosto, e sentindo sei cheirinho.-vamos adota-lo?

-Sério?- falei com os olhos cheios de lágrimas. Eu não sei porque, mas desde que peguei ele pela primeira vez, sinto que ele me entende. Eu vinha aqui e me sentia uma patética desabafando para um bebê.

-eu não sei explicar, mas é igual dizem na tv, quando voce vai adota voce nao escolhe uma crianca. a criança te escolhe. Acho que ele me escolheu. Ou melhor, nos escolheu!- sorriu Callie derrubando uma lágrima.- Arizona isso é surreal

-eu sei- sorri percebendo a empolgação dela.

-o que está havendo?- Alex e Lexie se aproximaram para pegar o bebê

-Ele vai receber alta amanha, a assistente social vem busca-lo- Alex resmungou pegando ele no colo - até que fim, ele vai sair desse hospital

-que horror Alex- reeprendi

-ué, me desculpe se não quero ficar tratando o filho do cara que saiu atirando em todos nós. Mas a criança não tem culpa- Disse ele meio alterado. Eu não sabia que esse era o bebê do Sr. Shay, nem sabia que ainda estava aqui. Vi um olhar de decepção nos olhos de Callie e logo se formou nos meus tambem. Percebi que qualquer chance de adota-lo foi por água baixo.

***

~de noite no mesmo dia~

Exausta, fui para casa de Callie. Eu precisava dizer a ela que eu ainda queria adotar o bebê. Depois do que Alex disse que ele era filho do causador de várias dores, confesso que um nó se formou em minha garganta. Eu lembrei de tudo o que passei, um pós operatório terrível sem a ajuda de Callie, ter que lidar com a notícia de que eu havia perdido um útero. Eu jamais teria filhos. Na verdade, eu jamais poderei gerar um filho, mas filho de coração é tão filho quanto biológico. Eu achava que não, mas Sofia me provou que não, o amor verdadeiro não está sem laços de sangue. E foi isso, aquele menininho tem apenas o sangue, o dna, daquele monstro. Na verdade, seus pais eram pessoas boas, até um evento ruim acontecer.

Fecho lebramente a palma da minha mão, e dou três toques na porta de Callie. Respiro fundo, e me preparo para dizer: "quer ser minha de novo?". Mas uma mulher ruiva, magra, vestindo a camisola da azul marinho de Callie abriu a porta.

-pois não?- ela sorriu

-A Callie está?- disse gaguejando. Fechei os olhos em tom de decepção ao ver Callie chegando atrás da moça. Ela estava enrolada em uma toalha, com uma taça de vinho na mão.

-Arizona?- Callie disse

-Arizona?- a ruiva se assustou.

-Eu... vim na hora errada. Desculpa- Falei e em passos pequenos me afastei do apartamento.

-droga, droga droga...- escutei Callie. Sua voz no fundo se distanciou até o silêncio predominar o corredor. Pedi o elevador, e entrei no mesmo. Eu não sabia o que eu queria fazer. Eu queria a Callie, queria ficar com ela, queria ir para a casa dela e dizer que a queria de volta e não ia abrir mão de adotar nosso bebe. Eu gostaria de falar a ela tudo o que senti o dia todo. Como eu fiquei feliz de termos ficado juntas, e como eu não me sentia assim desde antes do tiroteio. Como ela me faz bem... Como eu amo essa morena! Como eu gostaria de olhar nos olhos dela e dizer:

"Callie, eu sinto muito. Eu sinto mesmo, sinto tanto. Sinto por ter magoado você, sinto por ter deixado você ir embora, sinto por nao ter voltado atrás antes, sinto por ter sido egoísta, sinto por não estar com raiva de você nesse momento por saber que eu já fui tão suja quanto o que você fez agora..."

A porta do elevador se abriu, e segui até a porta do prédio. Chamei um taxi, e ao abrir a porta escutei:

-Arizona espera, Arizona!- gritava Callie correndo até mim. Ela estava ofegante, deve ter descido tudo as escadas. Nesse momento olhei nos olhos dela, e tomei fôlego para dizer tudo o que havia ensaiado, e disse:

-Boa noite, Callie.- disse e entrei no taxi.

Nota adicional:

Gente, eu gostaria de agradecer a vocês que estão lendo e gostando, comentando. E me desculpar se nao to respondendo todos os comentários, porque eu estava usando o app do cel porque o cabo do meu notebook tinha parado. E meu cel ta ruim entao nao tava conseguindo. E desculpem tambem a demora, como estava escrevendo no celular escrevi um pouco a cada dia!




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