1. Spirit Fanfics >
  2. More than Rebels >
  3. Mean Streets

História More than Rebels - Mean Streets


Escrita por: _-Ruby-_

Notas do Autor


Desculpa a demora gente, tomara que gostem :3

Capítulo 14 - Mean Streets


Fanfic / Fanfiction More than Rebels - Mean Streets

Connie- Montanha- Labirinto 

Estou sentindo uma dor aguda na minha perna, há um líquido abaixo de mim molhando minhas roupas. Abro meus olhos lentamente e vejo o que parecia ser flocos de neve caindo sobre mim, isso é cientificamente impossível pois estamos dentro de uma montanha e não fora dela. Tento me levantar, mas uma dor muito forte na cabeça me faz deitar novamente, então tomo impulso e levanto mais rápido ficando sentada, minha cabeça parece girar e eu não consigo focar minha visão. Fecho os olhos e respiro fundo, coloco as mãos na minha cabeça e sinto algo molhado, abro meus olhos e vejo a quantidade de sangue em minha mão. Viro-me para onde estava deitada e vejo a enorme poça de sangue que havia se formado. Talvez eu estivesse sangrando durante horas, meus cabelos estão encharcados de sangue.

Depois de alguns minutos tentando focar minha visão, finalmente vejo tudo ao meu redor. Eu estou em um meio praticamente todo branco de neve, flocos caem sem parar, as paredes parecem ser feitas de enormes blocos de gelo e estão um pouco rachadas. Olho em volta e vejo que há vários caminhos a seguir. Agora eu percebo que caímos em um labirinto e que estou sozinha. Sinto desespero tomar conta de mim quando vejo minha perna quebrada. Não é uma fratura exposta, mas dá para ver nitidamente o osso fora do lugar dando um volume ao lado do joelho, parecia uma perna defeituosa. Eu preciso coloca-lo no lugar. Desamarro minha faixa da mão e amarro na cabeça para tentar parar o sangramento. Pego o tecido vermelho que amarra minha roupa e faço várias amarrações para deixa-lo intacto, coloco na boca, fecho os olhos e me preparo para colocar o osso no lugar.

O que está fazendo mocinha?- uma voz feminina me assusta. Abro meus olhos e vejo uma silhueta alta totalmente coberta por uma pano marrom, podia-se ver apenas os grandes olhos azuis me encarando.

- Quem é você?

- Meu nome é Azurite...- ela tira parte do pano que cobre seu rosto e vejo o resto de sua face, tranquila e serena.-... você precisa de ajuda? Sua perna não parece estar muito boa.

- Ela está quebrada... v...você pode me ajudar?- tento não parecer nervosa, não sei se ela é confiável.

- Eu posso tentar.- ela sorri.

- Okay... você pode segurar minha coxa enquanto eu coloco minha perna no lugar.- digo.

- Tudo bem.- ela salta para o outro lado, segurando minha coxa esquerda. Respiro fundo e com um movimento rápido coloco o osso no lugar, grito silenciosamente com o tecido diminuindo o barulho, algumas lágrimas escorrem pelo meu rosto. Tiro o pano da minha boca e tento me recompor da dor.

- V...você sabe se em algum lugar aqui tem um pedaço de madeira ou um talo?- ela me olha confusa, mas logo pensa em algo.

- Venha comigo, eu te ajudo.- ela me ergue do chão e me coloca em suas costas, minha cabeça lateja e ainda sinto minha perna doer a cada passo que ela dá em meio a nevasca. Ela entra em vários caminhos diferentes até que chegamos a uma espécie de caverna improvisada, não sei como isso é possível dentro de um labirinto, mas parece que ela está aqui a muito tempo. Dentro da caverno há vários objetos que parecem armas bem afiadas, além de espelhos e... retratos? Pareciam várias fotografias grudadas na parede, eu tento ver quem está nas fotos, até que Azulite chega segurando vários objetos diferentes.

- O que são essas coisas?

- Eu acho que elas podem te ajudar, veja se alguma delas serve.- ela joga tudo no chão e eu começo a analisar os objetos. São várias coisas que eu nunca havia visto antes, havia potes, espetos e coisas enferrujadas que eu não faço a miníma ideia para que serviam, até que vejo algo reto e mediano que serviria muito bem para colocar na minha perna. Pego o tecido que antes estava na minha boca e amarro junto ao objeto na minha perna. Disfarço minha dor e observo Azurite olhar com tristeza para a fotografia que está na parede.

- Vocês tiravam fotos há 5.000 anos atrás? Como?- pergunto, acordando ela do seu transe.

- Nossa tecnologia sempre foi muito avançada, naquela época nós retratávamos as coisas com um Capturador de Momentos, eu mesma que dei esse nome.- ela sorri de canto e pega uma fotografia.

- Quem é essa Gem com você?...- ela arregala os olhos pra mim e logo me arrependo de ter perguntado.-... me desculpe, eu não queria ser mal educada...

- Não tem problema...- ela olha a foto e me entrega, vejo seus olhos lacrimejarem-... essa é Emerald, minha companheira de guerra e a gem que mudou minha vida. Nós eramos muito próximas, sempre fazíamos tudo juntas. Quando a rebelião começou Emerald ficou do lado de Rose Quartz, eu não queria abandona-la mas eu precisava seguir as ordens de Blue Diamond, se não ela me quebraria.

- Por que não fugiu com ela? Digo... por que não foi pra rebelião sem que Blue visse?- pergunto analisando a foto, nela estava Azurite e Emerald abraçadas como se fossem um casal, rindo e segurando objetos estranhos, creio eu que sejam de tecnologia gem. 

- Por que eu era uma gem muito importante para as pesquisas que as Diamonds estavam fazendo. Você não sabe o quanto eu quis ir atrás dela, ficar ao lado dela como sempre fiquei...- ela começa a chorar e olhar outras fotos na parede.-... agora eu estou aqui, procurando ela nesse lugar amaldiçoado! Se eu tivesse ficado ao seu lado, isso não teria acontecido.

- Ela está aqui no labirinto?

- Eu não sei... estou procurando por ela desde o final da guerra e nunca a encontrei nesse labirinto. Eu consegui achar uma saída daqui, mas eu ainda acho que Emerald pode estar perdida aqui dentro, por isso nunca sai daqui.- ela coloca a foto na parede novamente.

- Tem pessoas que eu conheço que também estão perdidas aqui dentro! Você pode me ajudar a acha-las?

- Eu não posso confirmar a você que estarão vivas, mas podemos procura-las sim!- ela enxuga as lágrimas e me ajuda a levantar. Me apoio na espada de Rose e ela me enrola em um pano branco. Saímos da caverna e começamos a caminhar por caminhos diferentes. Eu sinto que não estamos sozinhas, mas sempre que olho para trás não vejo ninguém.

Connie! Connie!

Escuto uma voz familiar me chamar, parecia estar ao meu lado, mas não havia ninguém ali. Começo a sentir novamente a presença de alguém, apoio na parede para descansar um pouco enquanto Azurite olha o que parecia ser um mapa. Quando me recomponho, antes que continuasse andando vejo Steven do outro lado da parede, ele parecia estar chorando. É como se fosse uma televisão de vidro.

- STEVEN! EU ESTOU AQUI!- bato no vidro, mas ele não escuta.

- O que houve?- Azurite tentar enxergar pela parede de gelo.

- Eu vi meu amigo do outro lado! está vendo? - aponto para o gelo.

- Estou sim...- ela estreita os olhos-... espera! Está vendo aquilo?! Somos nós vendo a parede de gelo! 

- C..como assim? Nós estamos aqui e lá ao mesmo tempo!? Isso é impossível!- olho novamente para a parede e vejo nos duas olhando para o gelo um pouco a frente de Steven, que ainda estava chorando.

- Pelas minhas estrelas, é por isso que nunca achei Emerald! Malditas sejam aquelas diamonds! 

- Azurite do que você está falando?!

- Aquelas malditas criaram outra dimensão! Você não percebe!? Nós estamos em uma dimensão alternativa criada pelas diamonds! E eu... eu não faço a miníma ideia de como  sair daqui...- ela começa a chorar.

- Deve haver um jeito de sairmos daqui!...- olho em volta e não vejo nada além de neve, até que observo uma silhueta grande se aproximar de nós, parecia um enorme leopardo das neves.-... Azurite o que é aquilo?- ela olha e vejo sua feição assustada.

- E..eu não sei, estou aqui há anos e nunca vi esse animal antes!- o bicho nos encara e começa a se transformar em algo muito maior, no lugar de sua boca havia apenas linhas de costura, seus olhos caem das órbitas e fica apenas um oco no local, suas patas crescem mais e de sua barriga saem enormes garras e patas de aranha, ele se baixa e gira sua cabeça por completo nos analisando. Não consigo sair do lugar, Azurite está tão chocada quanto eu. Ele abre a boca e começa a vomitar sangue, nesse momento tudo a nossa volta fica totalmente negro, não consigo ver nada a minha volta, a única coisa que sinto e a neve embaixo dos meus pés e a mão de Azunite me tocar no ombro.

Tudo está em repleta escuridão. Estamos paradas no mesmo local escutando passos a nossa volta, tiro a espada da bainha e espero que a aberração a nossa frente apareça, até que uma luz acende ao longe como um holofote em cima da criatura, que ainda estava abaixada. Começo a andar devagar para trás com Azurite, quando a criatura solta um urro ensurdecedor e começa a correr em nossa direção como um flash. Tento correr, mas minha perna está muito sensível ainda. Azurite me coloca em suas costas e corre mais do nunca. 

- Pra onde estamos indo?- pergunto enquanto tento enxergar algo atrás de nós, sem sucesso.

- E.. eu não sei! Eu não sabia que havia um monstro desses aqui, não sei nem o por que de estar tudo escuro desse jeito.- Azurite parecia desesperada, quando finalmente vemos uma luz no final do caminho a criatura dá uma rasteira em Azurite e nós caímos de cara na neve. Tento me levantar, mas a pata do bicho me prende no chão. Azurite está a minha frente, com o manto que a cobria totalmente rasgado, ela não está consciente. Não consigo ver nada direito, minha cabeça está doendo muito e antes que desmaiasse vejo um portal se abrir a minha frente e um leão cor de rosa furioso saltar em cima da criatura.

Peridot- Montanha- Sala das nuvens

Eu não esperava que Amethyst fosse me beijar naquela hora. Quando senti ela acariciar meu rosto, fechando os olhos e finalmente tocando meus lábios com os seus, foi como sentir o açúcar das besteiras que comi queimar dentro da minha forma física, só que mil vezes mais forte. Uma sensação única que não havia sentido até agora, desde que cheguei na Terra. Nossos lábios dançam com harmonia em um beijo profundo, sinto sua língua saliente tocar a minha, eu retribuo cada toque que ela faz, cada movimento, cada detalhe do contorno de sua boca quente e macia. 

A curiosidade de saber como é um beijo cresceu totalmente quando assisti a terceira temporada de Acampando Corações. Ver Paulette beijando Percy foi umas das coisas mais estranhas que eu já vi, quando perguntei para Steven o que era aquilo e ele me explicou o que era um beijo eu fiquei com uma enorme vontade de sentir aquilo. Foi muito engraçado ver a reação do Steven quando perguntei se ele poderia me mostrar, ele me disse que era muito novo e ficou muito sem graça. Garnet me disse no dia seguinte que se tratava de algo cheio de sentimentos e que deveria ser com a pessoa certa. Desde aquele dia eu pensei no que seria esses "sentimentos". Perto de Lazulli eu tentei saber o que é isso. Admito que até agora não entendo muitas coisas que a Terra pode proporcionar, mas quando fiquei com Amethyst aqui nessa sala, quando pulamos nessas nuvens, quando cai em cima dela foi como ver e não ver, respirar e sentir o cheiro de algo novo tomando conta de tudo e não querer nunca mais sair dali. 

Eu não sei o que pode ser isso... a única coisa que tenho certeza e que no dia que cai em cima dela no celeiro eu nunca imaginaria que estaríamos aqui, agora. Eu realmente não sei como beijar, mas com ela parece que sei de tudo, parece que não tenho limites. Abro um pouco meus olhos e vejo Amy conduzir meu corpo, sinto uma de suas mãos em minha cintura e a outra em meu rosto. Fecho os olhos novamente e impulsiono meu corpo pra frente, fazendo Amy cair pra trás e eu por cima dela. Eu quero explorar cada sensação disso, se morrermos eu estarei feliz por estar aqui, com ela.

Mesmo tendo muito sorvete caindo das nuvens e deixando o lugar mais escorregadio, eu prendo Amy contra o chão, ela diminui o ritmo do beijo e no final sinto uma leve mordida no meu lábio inferior. Abro meus olhos e vejo Amethyst rindo, ela está feliz como eu! Começo a rir também e caio ao seu lado, toco meus lábios com os dedos e sinto o lugar um pouco inchado e quente. 

- Mas o que diabos foi isso?!- Amy chora de tanto rir.

- Você se arrepende de chegar a essa estatística do beijo?- tomo um susto com seu comentário, me levantando de supetão.

- Claro que não Pery...- ela ri e nossos olhares se cruzam, vejo seu rosto ficar em um tom mais escuro de roxo, e tenho certeza que também corei-... eu adorei.

- E..eu também... adorei...- digo quase explodindo minha forma física de nervosismo-.... Amethyst eu...- antes que eu pudesse terminar de falar o chão treme com o impacto de algo pesado caindo, vejo Amy saltar em minha direção evitando que uma fusão enorme pisasse em cima de mim. Ela segura o pé gigante com todas as forças.

- Peridot... CORRA!- não consigo me mover perante aquilo. Olho para fusão que surgira do nada aqui, era feita totalmente de... comida? Tudo que replicamos se juntou e formou um enorme monstro comestível! Mas como isso aconteceu? Olho em volta e vejo Amy derrubar a fusão e evocar seu chicote, saiu correndo em direção a base que estávamos antes a procura de metal para ajuda-la. Com toda minha força movo o painel de controle e arremesso em direção a fusão, que cai com tudo no chão. Amy me olha e me reverencia com gestos engraçados. Começo a rir daquilo, até a fusão se junta novamente, dessa vez se divide em duas.

- Mas que droga!- digo batendo o pé no chão.

- Não acredito nisso!- Amy evoca seu chicote e derruba uma delas cortando sua cabeça. Antes de atacar vejo o que parece ser uma rede de eletricidade que deu vida a comida. Não estava ligado quando entramos aqui... então alguém ligou! Escuto passos atrás de mim, viro-me e não vejo nada, quando olho para frente novamente vejo uma silhueta mediana ligando a rede de eletricidade no máximo, corro em sua direção, mas antes que eu pudesse impedi-la, vários raios elétricos parecidos com os do desestabilizador de Gems invadem a sala como uma tempestade, a única fusão que restara explode em vários pedaços e antes que eu pudesse raciocinar sobre tudo, escuto apenas o grito grave de Amethyst e sua forma física explodir.

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Tomara que tenham gostado, não ficou muito "incrível" por que eu escrevi com muitas crianças aqui em casa, mas eu espero que tenham gostado.
Comentem o que acharam, se tiverem dúvidas, perguntas, sugestões, criticas e só falar.
Até o próximo capítulo cats :3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...