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História West Coast - Sob a Chuva


Escrita por: D_Leao e tamycsol

Notas do Autor


Wicked Game - Katie Kim
Caught Out In The Rain - Beth Hart
Lose your soul - Dead Man's Bones
Damn Your Eyes - Alex Clare
You Are a Memory - Message To Bears

Capítulo 15 - Sob a Chuva


Fanfic / Fanfiction West Coast - Sob a Chuva

“O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que têm medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas, para os que amam o tempo é eterno.”

Henry Van Dyke

 

 

Rey não conseguia encarar Ben.

— Eu... E-eu vou entrar.

 — Espere Rey. Eu me preocupei com você…

 — Se preocupou? Devo te dar os parabéns?

— Não duvide disso, posso não ser o melhor irmão do mundo, mas eu realmente...

 — Se importa comigo, sério? Não tinha notado. — Ela se virou para começar subir a escada da varanda, quando ele segurou seu braço a impedindo.

— Espera!

— Me solta, eu quero entrar.

— Aquilo que seu ex falou, é verdade?

— Não te devo satisfações.   — Ele segurou seu braço com mais força, quando ela tentou puxa-lo.

— Nesse caso deve sim, afinal querendo ou não estou envolvido nisso. E essa história absurda de adoção, você sabe muito bem que eu sou seu...

— Sim, eu sei que você é meu irmão! Droga! Quantas vezes tem que me lembrar disso.

Franzindo o cenho, ele a soltou dando um passo para trás.

— Quer que eu seja outra coisa? — Ela pode lidar com a questão não é a primeira vez, não é? Talvez a resposta fosse óbvia de qualquer maneira, mas ela não poderia dizer isso, muito menos poderia estar sentindo... Realmente sentindo. Ela estava beijando outro, se livrando aos poucos dessa doença e provavelmente de sentimentos passados, que também deveriam a confundir.

— Não acredito. — ela começou a balançar a cabeça, rindo sem humor.

— Eu fiquei curioso. — ele a encarou, sério. — Ele estava te fazendo gozar quando você gritou o meu nome? Estava quase chegando lá?

— Já chega! Não acha que já passei humilhação demais por hoje?

 — Foi tão horrível assim? Me diga, Rey, a sensação de me imaginar ali enquanto atingia o seu prazer…Você não gostou?

Rey inclinou a cabeça, abrindo a boca para dizer algo, mas sem sair nada. Mas ela não era menos sedutora, naquele momento, descalça diante dele com calças de yoga cinza e uma camiseta de banda desvanecida, o cabelo se movendo com o vento úmido do anoitecer.

— Que diferença isso faz? — ela perguntou, piscando um pouco, aparentemente nervosa.

Muita! Quero ouvir da sua boca o quanto abomina essa ideia.

— Eu… Droga, por que você faz isso comigo? Será que não percebe o que causa em mim?

 — Desprezo? Raiva? Nojo?

— Não! Desejo, carinho, amor. Mas, por que eu estou falando isso? Não é? Está sempre fugindo. Você não quer nada disso...

 — Está enganada.

Silêncio.

Então a chuva começou, trazendo com ela o som das gotas de água caindo e trovões distantes. Ambos ficaram sob a chuva apenas se olhando, sem trocar uma palavra por algum tempo, o qual poderia durar para sempre.

Havia algo que Ben não queria dizer, como sempre, mas ela conseguia ler a linguagem corporal dele e ver a turbulência escrita claramente em seus olhos, porém, não conseguia entender o que era. Deus, se ao menos ela pudesse descobrir o que deveria fazer. Ele tinha que saber que estava torturando-a da forma mais estranha com seus olhos escuros, como se pudesse apenas corrompê-la com o olhar, e, como ao mesmo tempo que ele era doce, fugia quando se tornava apenas um pouco amargo. Se alguém conseguia ser o pecador e o santo ao mesmo tempo era ele, que não conseguia decidir quem era.  E maldito seja, ela queria dar tudo a ele. Mas por que tinha que deixa-la assim, tão confusa?

— Isso não é justo. — ela quebrou o silêncio, profundamente triste e frustrada. Foi uma frase em tom baixo, mas de alguma forma o alcançou.

— A vida não é justa. — ele disse, a encarando, e não conseguiu mais parar. — E você sabe o que mais não é justo? Pensar que você tem algo pelo que vale a pena viver e o ter a sua frente, mas sem poder tocar. Não é justo que tudo que mais quero quando olho para você é te beijar, cada segundo de cada dia, e não há absolutamente nada que eu possa fazer para impedir isso.

— Ben…

— Você sabe que pode tomar o que quiser de mim, Rey.

— Isso vai nos matar.

Ela estava certa, claro. Obviamente. Por trás da simplicidade de dois corpos trabalhando juntos, ele sabia que algo além do que já tinham muito provavelmente iria arruiná-los. Ele deveria correr para o banheiro, como na noite anterior, cuidar do seu próprio corpo e poupar-lhes de tudo o que viria se dessem mais um passo, mas estava petrificado, seus pés não respondiam ao o alerta vermelho de seu cérebro. Provavelmente, seu corpo também não aguentasse mais fugir.

Não eram os impulsos de Ren ou outra desculpa qualquer, que dizia para si mesmo há tanto tempo que mal se lembrava. Era apenas o que ele sentia por Rey. Amor, desejo e tudo mais que o mantinha vivo.

Foda-se. Que vá tudo para o Inferno.

— Eu não me importo. Eu preciso de você. Não suporto mais fingir!

Ben se aproximou o suficiente para sentir a respiração acelerada de sua irmã e seu olhar a queimando como fogo em brasa.

— Mas... Afinal o que você quer?

Você! Seu idiota, eu quero você! — Ela exclamou, apertando os dedos na sua camiseta como que querendo que ele se aproximasse, pedindo-lhe para fechar a distância escassa. 

Ele estremeceu.

— Será que não vê? Eu sou doente por você, essa semana que esteve fora não teve uma noite sequer que eu não o imaginasse aqui comigo, em meu quarto, em minha cama.

Os punhos mão de Rey se fecharam mais sobre ele, agarrando-o mais forte, como o próprio conflito sobre ela.

— Eu me sinto como se que estivesse sendo queimada viva. — disse, com a voz embargada, o rosto torcido no que poderia ser agonia, talvez fosse uma linha dramática, mas não era. — Eu não sei o que fazer.

Num mergulho Ben enterrou o rosto na curva do seu pescoço e inalou o perfume dela, fazendo-a sentir uma dolorida onda de calor subir de seu ventre. Ela apenas queria que ele agisse, tomasse o assunto em suas próprias mãos. Tudo bem, ele podia fazer isso. 

— Fácil. — ele sussurrou, em seu ouvido. Deveria ser fácil, havia apenas duas escolhas, de qualquer maneira. — Você pode queimar sozinha ou você pode queimar comigo.

— Droga. — sua respiração atravessou a garganta. Ben deu um passo pra atrás, permanecendo perto, mas o suficiente para não se tocarem. — O que você quer que eu faça? — ela perguntou sinceramente, parecendo jovem e oprimida, como se realmente desejasse que ele dissesse o que deveria fazer.

— Eu quero que você deixe-me acabar com isso. — Ele aproximou a cabeça tão perto dela, que apenas um fio de cabelo poderia passar entre eles, uma vez que ela sabia que era verdade o que disse. Poderiam ficar juntos nessa bagunça toda que fizeram de suas vidas ou poderiam sofrer em solidão, nunca se tocar, mas sempre se manter dentro de um alcance tentador, como a lua gravitando em torno da terra. — Eu quero que você diga sim. 

Rey se inclinou e o puxou para ela novamente, segurando-o firmemente em torno do pescoço, enquanto escondia o rosto contra ele.

Ela estava com medo.

Mas ela ainda era a garota que uma vez o defendeu de um grandalhão na escola, continuava sendo garota que brincava sobre ser sua esposa, a primeira que o beijou, a que ele ensinou a beijar, a que quase perdeu por ser um idiota egocêntrico... A mesma garota que ele queria tanto mesmo em outra vida, em outra Galáxia. Era mesma a garota que lhe ofereceu ajuda, em outra vida, e que o desejava nesta, mesmo ele sendo o merda do seu irmão, e que Deus os perdoasse, porque se a resposta fosse “sim” ele iria ficar com ela não importava o que acontecesse.

— Ben.

Isso não era um sim, mas tinha toda a cadência de um, sem fôlego e em vertigens.

Já sabia que ela não poderia dar isso a ele, e isso o dividia em dois. Mas tudo bem, ela ainda iria tê-lo sempre, e claro, ele iria continuar impotente em seu rastro. Deveria se afastar dela, naquele momento, mas ela continuava segurando-o pela gola da camiseta.

Provavelmente, ela não diria “sim”, mas porra, ele daria tudo que fosse possível em troca do privilégio de ser amado por ela. Mas se o que ela desejasse o obrigasse a ficar longe dela para lhe dar paz, mesmo que isso o matasse, faria por ela.

Eu vou queimar com você. — Enfim, ela murmurou em sua pele, a voz perto do ouvido dele, quente e reconfortante. Ben sentiu o seu corpo inteiro vibrar ao som daquela voz, tão doce. Agarrou-se a ela. Suas roupas molhadas colavam-se umas às outras, moldando-lhes os corpos juntos.

— Eu amo você. Amo você. — Ben murmurou abafadamente, e então sua boca estava sobre a dela, a paixão de ambos alimentada pelo tão esperado extravasamento de emoções controladas por tanto tempo. Seu beijo era possessivo, travando a mandíbula e o pescoço dela sob a mão grande como uma garra fervorosa. Deixando-a sem fôlego.

Mas, ela não era menos possessiva, enrolando os braços em volta dele e pressionado os seios contra o seu peito, sentindo o coração de Ben batendo com tanta força quanto o dela algumas horas antes, quando ela acordou daquele sonho terrível. Só que este momento era o mais doce dos sonhos, aquele do qual ela jamais queria acordar.

Eles invadiram a casa com as roupas pegajosas e úmidas, sobre a pele fria e molhada. Rindo com a boca uma na outra. E ainda, que a pele de seus torsos estivesse gelada pela água da chuva, de alguma forma, queimava quando pressionados juntos.

Ben continuava a beija-la possessivamente, e Rey respondia com entusiasmo selvagem, apenas rompendo para ele retirar sua camiseta e joga-la no chão, enquanto ela se atrapalhava retirando a própria calça e depois começando a abrir o zíper da calça jeans dele. Ela estava tremendo e seu coração batia até sua garganta, quando ele espalmou as mãos contra parede de cada lado da cabeça dela, o tempo que levou para ela se abaixar ajudando-o a retirar a calça, empurrando-a para baixo. Quando ela se levantou ele abruptamente a tomou em seus braços e deslizou as mãos sob suas coxas, fazendo-a enganchar as pernas ao redor de seus quadris.

Ela enrolou os braços em volta do seu pescoço para se firmar, enquanto ele chutava os sapatos fora, então começou a andar. Era como se ele estivesse embriagado pela água da chuva, quase esbarrando em uma estante no corredor, fazendo-a rir contra seus lábios.

— Merda, Rey, você é tão linda. — ele sussurrou, apertando as mãos em suas pernas, não pensando muito no quase esbarrão, mas apenas em como gostaria de estar dentro da garota em seus braços.

Ela sorriu, antes de voltar a beija-lo, desta vez, segurando em seu cabelo escuro, sem acalmar o entrelaçar suave de línguas e escovadas suaves de dentes.

Rey retirou os braços de seu ombro e passou a camiseta que vestia por cima da cabeça, jogando-a no corredor mesmo, revelando seus seios pequenos. Os quais o rapaz mal teve tempo de apreciar, quando ela segurou seu rosto com ambas as mãos e retomou o beijo.  

Ao final do corredor, já na sala de estar, ele começou a se direcionar ao hall. Assim, ela adivinhou sua intenção de levá-la até o segundo andar.

— Não, muito longe. Aqui. — ela disse, rapidamente, separando sua boca da dele apenas por alguns segundos. — Chão.

Ben lhe deu um pequeno sorriso em seus lábios. E firmou as mãos em seus quadris o suficiente para se abaixar, em seguida, se ajoelhando. Depois rastejou até que ela estivesse deitada de costas para baixo e ele pairando acima dela, com seus braços apoiando-se em ambos os lados.

Ele já estava transando com ela com seus olhos escuros e intensos, e isso fazia com que fosse muito difícil de respirar. Pois ela iria transar com este homem que ela finalmente aceitava. Ela iria transar com ele apesar de tudo que os impedia, aproveitando de toda a sua ternura, bem como seu pecado.

— Eu preciso disso, nós precisamos. Eu acho que eu posso viver com isso. — ela murmurava, optando por renunciar a culpa, quando ele começou a beija-la lentamente entre ombro e pescoço.

Ben tentou falar algo, mas Rey o silenciou beijando sua boca. Beijo que ele prontamente devolveu. Ele gemia como ela, enquanto as mãos dele passeavam em sua coxa, lhe causando arrepios.

Então, ele cortou o beijo e olhou para ela antes de deixar um beijo cair na sua testa e progredir para baixo; beijando suas pálpebras, bochechas, nariz, queixo e pescoço. Quando ele abaixou a cabeça entre seus seios, sua respiração engatou, e ela gemeu, assim que ele começou a beijar sua pele enquanto apertava os pequenos seios enrijecidos, fazendo-a arquear o corpo.

— Quero prova-los. — ele murmurou antes de passear com a língua em uma aréola rosada e depois na outra, até que se demorou na direita.

As mãos dela foram de encontro a seu cabelo, agarrando-o até os nós dos dedos ficaram brancos, precisava mantê-lo ali.

— Não pare, por favor.

Rindo contra sua pele, ele se apoiou com uma mão e soltou as mãos dela de seu cabelo com a outra. Entrelaçando os dedos com os dela, ele moveu a mão junto com a dela acima da sua cabeça, segurando-as lá.

Eles olharam um para o outro, em uma névoa preguiçosa, por um momento, antes de se beijar novamente.

Não havia pressa agora.

Eles já tinham roubado toques e até mesmo beijos. Em momentos privados, é claro, de uma vida agitada e sobre a ameaça que alguém descobrisse oque realmente sentiam. Mas, por enquanto, o segredo estava a salvo, e eles poderiam coloca-lo para fora. Iria acontecer alguma hora — mas, agora, não havia ninguém ali para impedi-los.

Rey colocou as mãos sobre seu rosto e puxou-o para baixo, lambendo seus lábios, e mordeu seu lábio inferior. Ben já havia deslizado os quadris entre suas coxas, forçando-a a manter as pernas afastadas para acomodar sua amplitude. Pele contra pele, molhada de suor e gotas de chuva, deslizando para trás e para frente enquanto ele empurrava os quadris contra ela, de forma irregular no início, e, em seguida, ritmicamente.

Ela desejou que tivessem tido a precaução de retirar as últimas peças intimas antes. Ben estava moendo sua ereção contra ela, lentamente, como se estivesse fazendo amor. Enquanto ele rosnava e grunhia, mais alto a cada vez que mexia os quadris para satisfazer seus impulsos.

Impaciente e frustrada por não despirem as últimas barreiras entre eles, Rey tentava pedir para Ben parar aquela pequena tortura, assim que começou ele depositar uma série de beijos suaves e ofegantes em seu rosto e seios.

— Benny. — ela tentou, sentindo-o parar sobre seu corpo.

Ben. — a voz dele era plana e abafada contra sua pele.

— Eu vou chamá-lo do que eu quiser. — ela rosnou, retirando os quadris a partir de onde ele estava prestes a empurrar de volta. Ele a beijou duramente na boca. Assim que ele quebrou o beijo, puxou a cabeça para trás para sorrir perversamente. Então sussurrou, ferozmente, contra seus lábios:

— Sim. Enquanto você geme.

A sua mão esquerda se manteve ocupada segurando a de Rey acima da cabeça dela, enquanto sua outra mão lentamente iniciou o seu caminho a calcinha dela. Os dedos de Ben mergulharam encontrando Rey muito molhada para ele. Ele choramingou quando sentiu o quanto ela o queria.

Ela o quer.

Ele mergulhou os dedos profundamente dentro dela, encharcando-os com aquela essência. E continuou beijando ao longo de seu pescoço.

— Como você está molhada. — murmurou, movendo a mão para o clitóris, como um homem em uma missão. 

— Você me deixa assim.

Ben se afastou com olhar sobre ela, em brasas, e se pôs de joelhos em sua frente, retirando a calcinha dela lentamente, sem tirar os olhos de Rey.

Aquele olhar era sua perdição.

Então, se esquivando para trás, ele começou a retirar a sua última peça de roupa. E, Rey pode enfim ter a resposta para a pergunta de Lola, quando ele se desfez de sua cueca, antes dele se inclinar novamente. Ela sentiu o membro rígido entre suas pernas, e continuou a olha-lo.

O que ela diria para Lola?

Nada. Porque não queria que mais ninguém soubesse como ele era...

Olhe para mim. — ele a chamou, rouco e um pouco desesperado, agarrando-a mais contra ele. — Tem certeza?

— Sim. — Foi quase um sussurro, acompanhado por uma inspiração afiada e seus quadris investindo para frente. Assim, ele pode apreciar a pele macia, quente e úmida da fenda dela com seu membro, segurando e esfregando entre ela.

Rey quase engasgou com a sensação dele escorregando dentro dela. Enquanto ele sentia cada milímetro de sua intimidade, então ficou parado esperando ela se recuperar do incomodo inicial de recebê-lo.  Ele a preenchia completamente, e ela se sentia inteira sob ele, apreciando todo o desejo e sofrimento de finalmente sucumbir a este momento.

O momento que oficialmente os dois estavam perdidos.

Rey teve dificuldade em manter-se com a boca fechada quando ele começou a se mover. Murmurando algo como 'finalmente', mas Ben a ignorou em favor de um chupão mal aconselhado em sua garganta, e voltou a beija-la.

Por um pequeno momento, ele observou as próprias mãos escorregarem sobre o tapete, antes de ela o puxar pelo pescoço e o beijar, sugando sua língua da mesma forma como seu corpo estava sugando o pênis dele para dentro de si a cada estocada. Ele finalmente iria lhe dar o alívio sexual de que ela tanto necessitava.

Sentindo-a gemer mais forte contra seus lábios a cada estocada, ele liberou os seus lábios para que pudesse ouvi-la, e ela retribui seu esforço deixando seus sons saírem livremente de sua garganta. Ela estava se revirando por dentro de expectativa, e Ben começava a gemer, num som bruto e atormentado de um homem que estava no limite.

Depois de um tempo, quando ambos estavam ofegantes e suando, ele pegou um ritmo mais punitivo, do jeito que ele fazia quando estava chegando perto. As pequenas mãos de Rey apertaram os ombros de Ben, cravando os dedos nele com toda a força. Ela o abraçava como se sua vida dependesse daquilo. Seus pequenos seios balançavam com a intensidade das estocadas, enquanto lentamente sentia as ondas de prazer se aproximando.

Cada músculo, cada terminação nervosa, cada célula em seu corpo estava contraída, como uma mola prestes a… quase… ah, meu Deus, estava acontecendo. Rey lançou-se ao ar, numa adrenalina tão eletrizante que era como se estivesse esquiando montanha abaixo, escorregadio como a neve, totalmente fora de controle, cada vez mais rápido. Cada vez mais alto. Havia um som distante de batida que foi ficando cada vez mais alto, fazendo-a vibrar cada vez mais.

Era Ben dando estocadas nela, cobrindo o corpo dela com o seu, como se fosse um cobertor. Pele com pele, sem nenhuma barreira, sem separação. O tempo parou por um breve momento e todo o resto sumiu, e nada nem ninguém poderia atrapalhar ou quebrar a conexão que havia se estabelecido entre coração, corpo e alma.

Ben não conseguia lembrar-se o que exatamente ela estava gritando, apenas que ele estava engasgando para respirar, suado e satisfeito de ouvir o seu clímax, antes que seu próprio orgasmo o atingisse como um soco. Sua visão ficou nublada e ele teve que se agarrar a ela, seus olhos se cerram como se o seu cérebro simplesmente fosse explodir, ele enterrou a cabeça e os dentes num mergulho na curva do pescoço dela.

Rey pode sentir a boca dele se contorcer e depois esticar em um silencioso "oh", enquanto ela mantinha se movendo de volta para ele. Ben a encheu, e não só com o fluído quente de seu corpo. Ele a enchia total e completamente: seu coração, sua alma. Ele a enchia de esperança, de confiança. Da certeza de que não iria fracassar com ela e que a protegeria do mundo lá fora e a defenderia das agruras da vida, assim como ela faria por ele.

Então ele voltou a empurrar com força...

...Uma, duas, três vezes...

Antes de seus lábios caírem na boca dela, beijando-a desajeitadamente como se ela pudesse dar-lhe de volta a sua paz de espírito. Depois ele rolou seus quadris nos dela lentamente até que a última onda de prazer tivesse fim e, em seguida, puxou para fora. Sua testa desceu até se encontrar entre seios dela, e, por um momento, permaneceu lá, ofegante e sorridente.

Ben se sentia novo abaixo de sua coluna vertebral, por mais que seus joelhos doessem, mas, é claro, havia valido a pena. Deixou-se cair ao lado dela, tentando recuperar o fôlego, de olhos fechados, com uma saudável dose de ego masculino estúpido.

Com um sorriso permanente, Rey não sabia como dizer a ele que se sentia como se nunca tivesse feito isso antes, que isso tinha de alguma forma a feito novamente. Ela não sabia como dizer que estar com ele, assim... Havia a deixado profundamente feliz. E como ela queria que ele ficasse dentro dela para sempre, mas ela já começava a ficar preocupada.

Ele é meu irmão.

Meu sangue.

Esse pensamento importuno trouxe Rey de volta para a realidade e o “sorriso permanente” desapareceu. Ela olhou para os olhos apaixonados de Ben, ao seu lado, e sentiu a insegurança aumentar e diminuir o prazer de algo que tinha sido realmente maravilhoso.

Ben aproximou-se dela, cheio de preocupação no olhar.

— Rey? Eu te machuquei? Fui bruto demais?

— Não. — ela respondeu, voltando a sorrir. — Eu só... Ah, Ben... Você não precisa se preocupar. Foi maravilhoso.  

Ele apoiou o peso do corpo em um único braço amparado no tapete, enquanto ela também deslocava o peso para o lado. Com a mão livre, Ben afastou as mechas de cabelo que estavam cobrindo o rosto suado e corado de Rey.

— Foi perfeito. — ela sussurrou, e por um segundo, ele realmente acreditou, até Rey continuar.  — Devemos falar sobre isso?

— Nós definitivamente não devemos falar sobre isso. — ele disse, rapidamente. — Por enquanto. — Os olhos dele, no entanto, brilhavam travessos, e indicavam que ele estava sendo intencionalmente arrogante no que tinha dito. Mas Rey também tinha razão, teriam que falar sobre oque fariam daquela noite em diante.

Ben sorriu para ela. Ele se inclinava para beijá-la, quando ela abriu a boca para dizer:

— Mas...

Ela não pode estar falando sério. Movê-los desse momento grandioso para a realidade. Não, nada vai arruinar esse momento.

Ben fugiu do assunto beijando-a, rápido no início, em seguida, abrandando para que cada pausa fosse mais longa. Ele deixou cair um pequeno beijo na ponta do nariz, ganhando uma carranca.  

Rey suspirou, então riu um pouco, voltando a fazer uma careta.

— Bem, então você vai ter que me colocar para dormir rapidamente. — ela disse, antes de voltar a beijá-lo. Ele não respondeu em palavras, apenas a abraçou e eles ficaram se beijando até que os beijos se tornassem apenas um escovar de lábios.  

Se eles parassem para falar sobre isso, a vida real iria os inundar e ele não estava pronto para deixar esse momento ir ainda. Quem sabe o que iriam decidir quando começassem a pensar logicamente. Ben precisava que aquela noite fosse perfeita. Sem ligações de sangue ou uma maldita vida passada de sofrimento e guerra. Precisa tanto que isso retorcia suas entranhas. Ele só queria adormecer com a cabeça da mulher que ama entre seu ombro e pescoço, enquanto se sentia como o filho da mãe mais sortudo do planeta.

 


Notas Finais


:)
OIEE...
Então... Curtiram?


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