História What About Love - Capítulo XXI

- David.    

- Hm!   

- É melhor... - geme baixo e ele continuou - Pararmos. - continuou e sua mão foi por baixo de meu vestido alisando meu quadril. Me separei olhando segurando a risada.    

- O que... - parou de falar caindo para trás comigo ainda em seu colo. - Eu tô excitado. - falou baixo e sai de colo me sentando ao seu lado com as pernas cruzadas. Comecei a rir e ele me olhou pegando uma almofada e colocando em seu colo. Me olhou mordendo o lábio inferior e me puxou para outro beijo só que rápido. - Melhor a gente descer né?    

- Com certeza!  

...  

O aniversário foi tranquilo e no momento eu estou ainda na casa do David, brincando com Abner, já que ninguém quis minha ajuda para limpar, fiquei responsável por Abner que não parava quieto. Alguns minutos a mais ali e David passou por mim com um sorriso e um saco azul cheio na mão. Meus amigos me deixaram ali com a família de David, todos foram embora pois: Loló estava morta de solo e dores nas coxas, Isago e Iago estavam cansados de brincar então falei que não precisariam me levar que eu pegaria um táxi. Quando estava indo me despedir de todos, Abner me puxou para um canto e começamos a brincar. 

- Será que agora a mamãe deixa eu abrir os presentes? - perguntou ele  

- Só perguntando a ela Ab, vamos?   

- Eu vou! - levantou-se e saiu correndo atrás da mãe, não consegui ir atrás dele pois senti David me segurando pela cintura, me assustando.   

- Oi amor. - falou baixo beijando minha nuca que me deixava arrepiada   

- Não faz isso... alguém pode chegar e ver. - falei me separando dele e o mesmo me puxou para a cozinha.  

- Que tão um vinho depois daqui? - perguntou e eu neguei  

- Não.  

- Por quê?  

- Amanhã eu trabalho. - me puxou pela cintura e me beijou, suas mãos desceram para meu bumbum e eu arfei, mordendo seu lábio inferior e... um pigarro foi ouvido e nos separamos imediatamente. Virei e encontrei Isabelle com olhos arregalados.  

- Vocês dois, são loucos. - falou ela e eu me encostei no balcão da cozinha me encolhendo.  

- Esquece que vocês estavam aqui. - David deu uma desculpa e eu abaixei a cabeça envergonhada.  

- Poderia ter sido outra pessoa, como nossos pais David. E eu sei muito bem que nem um e nem outro iriam gostar de ver a cena de seu filho beijando a recém-namorada e ainda apalpando suas partes. - falou a última parte baixinho e eu gemi reprovando por ela ter lembrado os momentos vividos a alguns instantes atrás.  

- Eu me empolguei, está bem! - falou David  

- Eu também tenho parcela de culpa. - falei baixinho, olhei rapidamente para ele que negou.  

- Eu que te puxei para a cozinha, eu que te beijei. 

- Mais eu retribui.  

- Para! - falou sorrindo para mim e mordeu o lábio inferior - Estava com saudades dela, já tem um tempo que não nos vemos direito por causa dos treinos, jogos, trabalho dela, construção do restaurante... entre outras situações minha irmã. Me desculpa pelo que acabou de ver.  

- Tudo bem! Mais tenham mais cuidado. Poderia ter sido meu filhinho de quatro anos, que é um anjo e não pode ver essas coisas. - falou rindo e pois alguns copos que estava na mão. – Tomem mais cuidado! 

- Está bem! – Isabelle saiu da cozinha nos deixando a sós. Olhei para ele e ele morreu seu lábio inferior, desviei o olhar e peguei meu celular no bolso. Já é quase dez da noite e eu preciso ir para casa.  

- Eu tenho que ir.  

- Vou te levar em casa. 

- Não precisa  

- O que não precisa? - Dona Regina deu um pequeno susto em nós dois.  

- Ela não quer me tirar do meu conforto para leva-la em casa.  

- Onde você mora Ana Júlia?  

- Rua Babylone, perto da Torre. 

- Isso tudo?  

- Não é tão longe, e esse horário Paris está cheia ainda. 

- Cheio de tarados também Julia. - David falou sério  

- David vai te levar Júlia, ele tem razão. - assenti e ele deu um beijo na testa da mãe.  

- Vai querer ir agora ou depois?  

- Agora, por favor! Obrigada e boa noite dona Regina. - falei com receio  

- Boa noite querida. - alisou meu ombro e sorriu, retribui o sorriso e saímos (no caso: David e eu). Saindo da cozinha, passamos pela sala que estava sendo ocupada por Abner e pelos seus pais.  

- Abner, vem falar com Tia Júlia, ela já vai. - David chamou atenção de seu sobrinho, que saiu do colo do pai e correu até mim.  

- Tia Júlia já vai por quê? - perguntou Abner e eu me abaixei dando um beijo em sua bochecha  

- Tenho que trabalhar amanhã meu amor. - fiz bico e ele alisou meu rosto me dando um beijo no nariz, sorri com o gesto junto com o pessoal.  

- Você vai voltar? 

- Vou fazer de tudo pequeno. 

- Não sou pequeno. - emburrou o rosto  

- Eu falei pequeno? Estava errada! Você é um homenzinho grande. - falei com um sorriso pequeno que logo foi ganhado por ele.  

- Não vai! - sorri e ganhei um abraço bem apertado dele.  

- Ele gostou mesmo de você. - falou Belle, irmã de David chegando perto de nós. Abner saiu correndo e pulou no colo do pai.  - Meu irmão, vai levar ela?  

- Vou! - David assentiu  

- Vamos combinar para nos encontrar antes de irmos embora. Abner gostou muito de você, e é impressionante como ele gostou rapidamente de uma namorada de meu irmão rapidamente. - ela falou "namorada" baixo para ninguém ouvir e eu corei, fazendo David rir. 

- Pode deixar que ela vai vir.  

- Podem demorar um pouco - ela se aproximou e falou baixo - namorem um pouco. - nos abraçamos e eu fiquei sem graça com suas palavras.  

- Cadê o pai?  

- Já deve estar dormindo. Sabe como ele é!  

- Então vou levar ela lá. - bagunçou o cabelo da irmã que o empurrou rindo. - Te amo chata! 

- Também te amo chato!  

- Tchau, boa noite. - dei tchau para o marido de Belle. Peguei meu casaco e ele também, logo saímos indo em direção ao elevador, ele apertou garagem e começou a me olhar com o cenho franzido. - Por quê está me olhando assim?  

- Assim como? - olhou normal e depois voltou com o mesmo olhar de antes  

- Assim! - falei exaltada e ele negou rindo, aproximou-se de mim e me abraçou. - David! - tentei me afastar e ele me imprensou no local me fazendo ficar corada. - David, para, as câmeras. - afastou-se, mas antes me roubou um selinho.  

[...] 

- Estou com fome, está com fome? - perguntou e eu assenti - Que tal pararmos no BK?  

- Você não pode comer esses tipos de lanches.  

- Então vamos comer o quê?  

- Em dez minutos eu preparo algo para a gente que tal?  

- Uma ótima ideia, em cinco minutos chegamos lá.  

Cinco minutos depois 

Entramos em minha casa e acende e a luz da sala. Tirei meus sapatos e fui em direção a meu quarto, colocando-os ao lado da porta, tirei meu casaco e coloquei em cima da cama junto com minha bolsa, meus brincos, minha pulseira e minha echarpe. Peguei meu celular na bolsa e fui para a sala encontrando David ligando o aquecedor.  

 - Se seus pais perguntarem que você está demorando, o que vai fazer? - perguntei a ele que se virou para mim, o mesmo estava sem sua echarpe e seu casaco.  

- Digo que nos distraímos conversando sobre o restaurante. - andei até a cozinha com ele me seguindo - Em falar em restaurante, irei amanhã depois do treino ver como anda.  

 
- Amanhã o chefe quer falar comigo sobre meu emprego.  

- Algo sério? 

- Só me falou que não preciso me preocupar tanto com o que vamos falar.  

- E esse seu chefe ai, tem quantos anos? - David estava sério e eu o encarei, logo depois desviei pegando minha batedeira. Quebrei cinco ovos colocando em uma vasilha, peguei uma garrafa pequena pet e tirei as gemas, deixando somente a clara. Joguei a mesma na vasilha da bateira e liguei para fazer o processo.   

- Por que essa pergunta?  

- Quantos anos? 

- Você está com ciúmes? 

- Não sei! - ele veio até mim e me segurou pela cintura.  

- Eu preciso fazer nosso lanche.  

- Me responde. 

- Ele tem mulher, três filhos e outro, o souschef não sei, só sei que tem uma aliança enorme com o nome de sua possível mulher na mesma de ouro com pedras brilhantes.  

- Uou... - me soltou e eu comecei a cortar queijo, peito de peru, berinjela, tomate e cebolinha. - Não vou comer berinjela!  

- Vai sim e vai gostar. - falei e desliguei o batedor joguei a gema e bati alguns segundos e logo depois desliguei. Peguei a frigideira antiaderente esquentando a mesma com azeite de oliva e logo depois coloquei o material que eu cortava, os vegetais na batedeira e mexe. Coloquei metade do material batido na frigideira, complementando com outros temperos e o encarei.  

- Você fica linda cozinhando. - ele falou me fazendo corar. Um minuto depois troquei o lado e coloquei o recheio logo depois. Assim que terminei, coloquei o mesmo no prato e entreguei para ele junto com um garfo.  

- Prova e me diz. - pegou o garfo de minha mão e cortou um pedaço pondo na boca, fiquei esperando sua resposta. Alguns segundos depois ele me respondeu. 

- Estou com a pessoa certa. - falou sorrindo e eu fiquei feliz e muito sorridente depois do que falou.