História What am i to you? - Na hora do papapum

A garota loira com o rosto extremamente infantil olhava Hanbin com uma expressão de decepção e o menor a olhava assustado. 

E eu? eu ainda estava deitado e também paralisado, pois o narigudo havia pousado sua mão em cima de meu membro e para ajudar, aquilo estava acordando meu amiguinho de baixo. 

Eu tinha que pensar em algo broxante, vamos tentar pensar um pouco. 

Ou fingir que estou tentando pensar, porque aquela mão não deixava, meu cérebro realmente queria me ferrar me obrigando a pensar em coisas inapropriadas com a mão do menor. 

O narigudo apertou com certa força o volume já visível em minha calça enquanto começava a se explicar para garota. 

— Noona, isso não é o que você esta pensando! - A claro que não né lindo, você está praticamente me estimulando aqui e não é o que ela está pensando. 

— E-eu preciso ir... - A garota apenas virou seu rosto e caminhou para fora do quarto. 

Hanbin soltou meu querido amiguinho e correu atrás da outra. 

Aproveitei esse momento para pegar um travesseiro e o colocar sobre meu colo, enquanto isso ouvi um estrondo de uma das portas sendo fechada com força. 

Que merda tinha acontecido ali?  

E quem era aquela garota? 

Minutos se passaram e um Hanbin com uma cara de raiva apareceu no quarto chutando algumas coisas que haviam no chão e meu amiguinho já estava bem calmo. 

— Droga! - O narigudo falava em um tom alto enquanto caminhava de um lado para o outro. 

— Quem era ela? - Aquela pergunta fugiu de minha boca sem ao menos eu ter percebido, talvez eu estivesse com certo ciúmes mas não podia demonstrar isso. 

— Lee Hi. - Sussurrou baixo ainda dando passos rápidos. 

Quem é Lee Hi na fila do pão, monamu? 

— Ah sei, Lee Hi. - Fiz uma joínha com uma de minhas mãos. — Sua namoradinha? - E mais uma vez eu havia vacilado.  

— Não! Espera e por quê isso importa pra você? - E o tom de voz do garoto aumentou. 

Ahh importa nada, tirando o fato que você acabou de me beijar na frente dela. 

— Você tem razão, e o que isso me importa? Vou aproveitar e ir para minha casa, não to afim de aturar seus ataques de raiva.  

É aquele ditado : '' Se me atacar, eu vou atacar.'' 

Tirei o travesseiro de minhas pernas e levantei indo em direção a porta, mas fui impedido de sair do quarto pela mão do mais baixo segurando meu pulso, me virei para o garoto e o vi de cabeça baixa, sem nem ao menos eu esperar o outro se aproximou de meu corpo e o abraçou.  

Eu não sabia o que estava acontecendo e nem como reagir, a única coisa que eu sabia era que meu coração acelerava demais. 

Eu abracei a cintura do garoto enquanto deixava um leve selar sobre os fios de cabelo do mesmo. 

— Hey, pode me explicar o que aconteceu? - Subi minha destra até o queixo dele e levantei o rosto do mesmo fazendo com que ele me olhasse. 

O outro apenas subiu suas mãos para meu pescoço e deixou um selar demorado sobre meus lábios. 

E novamente eu me perguntava o que estava acontecendo. 

Eu apenas empurrei um tanto seu corpo o afastando de mim. 

— Por que me beijou? - Hanbin apenas olhou em meu rosto e começou a rir. 

Lá vou eu e minha cara de palhaço. 

— Você não queria isso ontem? - Foi efeito do Álcool queridinho, mentira foi nada. 

— Do que está falando? Nos beijamos? - Arregalei meus olhos e subi a palma de minha mão até meus lábios os tampando. 

Sou tão bom ator que deveriam me chamar para participar da ''A Usurpadora'', verdade. 

— Não tinha álcool naquela bebida, Jiwon! Aquele seu teatro foi em vão! 

— Do que está falando? Eu não lembro de nada sobre ontem. 

Que? Meu plano foi pro espaço? 

— JinHwan me conta tudo, esqueceu? Inclusive me falou que não havia nada com álcool lá, você me beijou porque quis, assuma! 

Eu não, eu hein. 

— Não preciso ficar ouvindo seus mimis, eu vou é pra casa. - E mais uma vez quando eu fui me virar a mão do garoto impediu minha saída e me puxou para perto de seu corpo. 

— Assuma, Kim Jiwon! - O garoto subiu suas mãos para meu rosto e o aproximou ainda mais do seu, novamente capturando meus lábios para si. 

Aquele garoto era muito bipolar. 

Desci minhas mãos até a cintura do mesmo e o aproximei ainda mais mais de mim, fazendo com que nossos corpos colassem. 

O menor aprofundou o beijo sugando ainda mais meus lábios para ele enquanto sua língua já cutucava meus mesmos. 

Minhas mãos tremiam sobre a cintura dele, e eu não sabia o porque. 

Em pouco tempo as mãos do outro junto aos lábios dele se separaram dos meus. 

— Hanbyul está em casa. - E quem te perguntou alguma coisa queridinho? 

— Ah legal, vou começar a fazer o trabalho. - Eu parecia seco mas na verdade estava mais nervoso que os dias que eu olhava premiações musicais. 

— Babaca. - Hanbin pegou seu celular e caminhou em direção a porta de seu quarto e saiu. 

Eu estou falando, aquele garoto é muito bipolar. 

Enquanto o garoto brincava de esconde - esconde, eu apenas me sentei sobre a cama e comecei a refletir sobre toda a merda que estava acontecendo. 

Acho que só agora estava percebendo que eu talvez estivesse gostando de um garoto, que eu havia beijado um garoto e que meu amiguinho havia se ''levantado'' por causa de um garoto. 

Caralho, era muito ''garoto'' pra uma frase só. 

O narigudo estragou todo meu raciocínio aparecendo na minha frente. 

—  É melhor você ir. - O narigudo sussurrou em um tom extremamente baixo. 

Ele estava me expulsando da casa dele? É isso mesmo produção? 

—  Eu também acho isso. - Me levantei daquela cama e peguei minha mochila que estava jogada por algum motivo no chão. 

Eu me aproximei rapidamente do outro garoto e aproximei meus lábios do rosto do mesmo logo deixando apenas um beijo sobre a testa dele, e novamente comecei a caminhar para fora daquele local. 

Eu estava confuso com tudo aquilo e para ajudar meu cérebro sempre me fazia lembrar daquela garota. 

Quem era ela? 

Massageei meu cenho enquanto esperava o elevador. 

Infelizmente eu já estava virando um trouxa master e meus olhos sempre se direcionavam para a porta de Hanbin, mesmo que eu tentasse abaixar meu rosto não adiantava, era automático. 

Levei um susto quando as portas do elevador se abriram, pois estava distraído, e levei um susto ainda maior quando vi quem estava dentro do mesmo. 

Era JinHwan, o fofoqueiro, eu to dizendo esse menino é uma cópia perfeita da Clover daquele desenho lá. 

O baixinho arregalou seus olhos ao me ver e pelo que vi também havia engolido a seco. 

Minha vontade era de estapear aquela cara de anão dele, mas eu tinha que me controlar. 

—  Bobby, o que faz aqui? - Disse em um tom sínico juntamente a um sorriso malicioso. 

— Nem eu sei. - Revirei meus olhos e adentrei o elevador, eu realmente não queria ver a cara daquele projeto de enfeite de jardim. 

Na verdade eu não queria ver ninguém, eu precisava entender tudo o que estava acontecendo com a minha linda cabeça. 

Era muita coisa para um cérebro extremamente minúsculo. 

Em primeiro lugar, eu nunca crunshei alguém, na verdade até crunshei mas era de vista minha vizinha, o nome dela era acho que Jennie, olha nem sabia direito o nome da garota. 

Em segundo lugar, eu era para estar assustado, não é mesmo? Afinal Hanbin é um garoto e eu não iria ficar de jeito nenhum ''por baixo'' dele. 

O que me confundia mais era aquela bipolaridade dele. 

O barulho do elevador me tirou de meus devaneios. 

E um Taehyun com sua vestimenta totalmente preta e um rosto abaixado entrou no elevador. 

— Tae? - Cutuquei o ombro do garoto, existia uma alma naquela escuridão? 

— O que Bobby? - Levantou seu rosto me fitando com um olhar mortal, olha pelo o menos ainda está vivo. 

— Eu não sabia que você morava aqui. - Sorri para o menor e ele ainda me olhava com aquela cara. 

—  E eu não sabia que você era intrometido. - Ai gente, depois dessa irei ficar no meu cantinho. — Me desculpe, só estou irritado. 

Essa é a parte chata de uma conversa, quando a outra pessoa diz que está irritada isso quer dizer ''Você vai ter que ouvir os meus mimis'', e eu não gosto de mimis, será que se eu ignorar ele não me conta? 

— Entendi... - Infelizmente não adiantou pois logo que eu disse isso o garoto começou a falar. 

— Sabe quando você gosta demais de uma pessoa e ela parece que não está nem aí para você? A pessoa só sabe jogar as futuras namoradinhas na sua cara e é você que sempre esteve ao lado dela. 

Que? 

Eu mostrei meu sorriso mais forçado para Tae enquanto fazia um certinho com a minha mão e sacudia meu rosto confirmando. 

— Eu só queria que o Senpai me notasse. - Sussurrou baixando seu rosto. 

—  Vish, pense pelo lado positivo seu senpai não é bipolar, já o meu adora fazer um cú doce. 

Eu havia me empolgado demais. 

O loiro abriu um grande sorriso em seu rosto e se aproximou de mim. 

—  Quer dizer que você tem um Senpai? Não vai me dizer que o nariz daquele garoto acertou seu coração. - Podia ser mesmo porque o nariz do Hanbin é maior que qualquer árvore. 

—  Meu senpai foi a bolada que você deu na minha cara. - O loiro começou a rir enquanto eu queria matalo. 

— Não culpe a mim, foi o Senpai, o que o Senpai manda eu obedeço.  

Que? Era muito Senpai para me confundir. 

— Vou fingir que entendi tudo. - E graças a deus a porta do elavador se abriu, não estava mais aguentando os ''senpais ali, senpais aqui''. 

Fiquei surpreso ao ver ChanWoo, o garoto que senta com JunHoe, parado na frente do elevador. 

Mundo pequeno, todo mundo mora aqui? 

— Bobby! Oi! - Ele falou aquilo na maior intimidade, te conheço? 

— E ai. - Mostrei um certinho para ele. 

O papo empolgante acabou por ai mesmo, porque eu saí do elevador e fui em direção a saída do prédio e o pior, Tae me seguiu. 

 
 

Em poucos minutos, estávamos eu e Tae sentados em um banco de uma praça qualquer. 

E cadê o tempo livre que eu queria sozinho? Sumiu. 

Eu realmente gostaria de ficar sozinho e tentar entender tudo o que está acontecendo com meu cérebro bugado que andava bugando mais do que o normal. 

E se eu pedisse conselhos a ele? Ai eu não, vou acabar ainda me ferrando. 

— TaeHyun, você fica por baixo? - E era assim que eu começava a mendigar conselhos. 

— Que? Por baixo da onde? - O garoto virou seu rosto para mim enquanto levantava suas mãos e as balançava. 

O garoto é mais burro que eu. 

— Na hora do Papapum, sabe aquilo. - Esfreguei meus dois indicadores. 

TaeHyun continuou na mesma posição por alguns segundo mas logo entendeu e arregalou seus olhos. 

— Bobby, que merda é essa? Por que tá perguntando essas coisas? - Ele está achando que eu estou querendo o corpo dele, que nojo. 

— Porque eu gosto do carinha lá mas eu não quero ser o cara de baixo.  

Eu tava pagando mais mico que normalmente. 

— O que? Você está se referindo a você e o narigudinho? - E o cara começou a rir da minha cara, lá vem outro. — Não tem nenhuma possibilidade daquele narigudo ficar por cima. 

— Que? Como sabe? - Oh tio, ta sabendo demais, não gostei. 

— Bobby, você vê um alfa no Hanbin? Não, ele é um beta.  

— Que beta nada, ele é o Hanbin, eu hein. - E novamente mais risadas. 

E o resto da manhã junto a tarde foi assim, TaeHyun rindo da minha cara e a maioria das vezes eu nem entendia o porque. 

 
 

Já estava noite quando eu decidi voltar para minha casa e novamente o perseguidor TaeHyun me seguiu, eu me sentia a Marina Joyce, falando nisso Help-me. 

Quando entrei dentro da minha casa, encontrei um Hanbin batendo o pé com os braços cruzados. 

—  Onde estava? - seu tom não era nada agradável. 

Lembrando: Aquela era minha casa. 

— Em primeiro lugar está é minha casa e em segundo, como abriu a porta? - Quando digo que aquele garoto era um ladrãozinho ninguém me acredita. 

— Seu pai estava em casa quando eu cheguei, ele me disse que você ainda não havia voltado e era para mim o esperar, você não respondeu minha pergunta. - O garoto mantinha um olhar firme sobre mim, logo que percebeu a presença de TaeHyun atrás de mim, Hanbin mordeu seu lábio inferior com força. 

Ele estava com ciúmes? 

— Ele estava comigo! - E Tae como é mais burro se manifestou. 

Hanbin caminhou para perto de meu corpo enquanto cerrava seus olhos. 

— Onde? - Sussurrou baixo, provavelmente para que apenas eu ouvisse. 

— Em um lugar. - E eu não iria dar respostas a ele. 

O moreno mais baixo revirou seus olhos e passou sua destra sobre seus cabelos. 

—  Bobby, eu vou indo, não quero atrapalhar o casalzinho aí. - Disse rindo, mas nem eu e nem Hanbin rimos, afinal estávamos em um momento miminzento. 

Tae apenas deu as costas e sumiu da casa. 

— Me responda direito. - O menor voltou a cruzar seus braços voltando naquele assunto. 

— Direito. - E novamente vi os olhos do mesmo se revirarem, aposto que ele queria rir mas não riu por ser vacilão demais. 

— Você realmente não cresceu nada. - Blá blá blá, e o que eu não cresci seu nariz cresceu. 

Eu sei que usar o nariz dele como argumento é meio chato, mas olhem pelo meu lado, ele é meu crush e eu não tenho nada de mal para falar dele, a não ser o fato dele vacilar demais mas isso não vem ao caso, e eu só consegui achar o nariz de argumento para ofende-lo, mas na verdade acho que aquele narizinho grandizinho dá um charme naquele rostinho lindo, me empolguei demais. 

O garoto estralou seus dedos perto de meus olhos me fazendo acordar. 

— Acorda, ainda estamos brigando. - Eu acabei não contendo minha gargalhada. — Para de rir. 

— Desculpe, foi mais forte que eu, você não me respondeu minhas perguntas e então não  irei responder as suas. - Apenas dei minhas costas ao mais baixo e andei em direção a minha cozinha, que nem parecia tão minha agora,  e peguei um copo de água, porque eu sou uma pessoa bem hidratada. 

E Hanbin apareceu feito uma assombração atrás de mim. 

— Me desculpe, eu apenas fiquei preocupado. - A mão segurando o copo de água chegava a tremer. 

— Eu sei me cuidar sozinho. - E o meu ''dsclp to nervouser'' cagou com o lindo clima. 

observei pelo canto de meus olhos o menor abaixar sua cabeça. 

E no mesmo instante, eu mesmo Kim Jiwon o trouxa, larguei o copo de água, me virei a ele e rapidamente o abracei. 

E aquela coisinha amável, porém vacilona, retribui-o o abraço escondendo seu rosto sobre minha camisa. 

Kim Hanbin se intrometeu mais na minha vida que as minhas tias querendo saber se eu tinha namoradinha. 

E eu gostava da intromissão dele, ou melhor eu gostava mesmo era dele.