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História Close To You (What Are Your Secrets?) - Ela deveria...


Escrita por: Eyeconnection

Notas do Autor


Hey guys, voltei, espero que estejam gostando da história, não fiquem confusos (as), a história vai fluindo ao longo do tempo.
Boa leitura 😘❤
Me perdoem os erros.

Capítulo 4 - Ela deveria...


   Lauren Jauregui Point’s Of View

Os lábios tão macios, as mãos delicadas e cuidadosas, o sorriso tão encantador, a cor de seus olhos, tudo nela me facina. Mas...

A vida as vezes se torna sombria.

Eu desejei que tudo fosse diferente, que minha vida não fosse como é. Eu desejei que fosse diferente por ela.

Poderia ser apenas um beijo, poderia ser apenas uma garota qualquer, poderia não ser ela. Poderia não ser o que eu acho que é.

Não posso negar e dizer que seu beijo não mexe comigo, que seus olhos não me deixam hipnotizada, que não sinto meu coração bater forte e rápido quando ouço sua voz ou quando ela sorri.

Dinah me ligou dizendo que viria até meu apartamento, segundo ela, para me fazer um convite.

O som suave da campainha soou e agilmente eu me encarreguei em atendê – lá. A abri e a imagem de uma Dinah sorridente surgiu diante de mim. Cumprimentei – a com um abraço apertado e ela é claro que retribuiu a altura.

- Entre, sinta se em casa... – dei passagem para ela entrar.

- Você demorou para atender, sua... sua... coisa branquela! – gargalhei de seu comentário.

- Esse é o seu melhor xingamento? – neguei com a cabeça – francamente, eu pensei que se sairia melhor, girafona! – ela abriu a boca em falsa ofensa.

- Ei! Eu não vim aqui para ser ofendida tá bem?! – prendi o riso e concordei – E eu só não quis te ofender dentro da sua própria casa. – explicou – se é eu apenas concordei com ela.

- Então, qual o convite que veio me fazer? Se for o que eu estou pensando, nem adianta, eu não vou transar com você! - ela abriu a boca novamente.

- Você é pior do que eu! – ela riu e negou com a cabeça. Sorri.

É bom ter novas pessoas em minha vida.

- Mas eu vim aqui para outra coisa... – suspirou – Eu não sou boba Lauren, eu sei que aconteceu algo com a Chan, naquela festa, eu senti... Mas eu imagino o que seja e eu não quero falar nem pensar sobre isso. – fechou os olhos enquanto negava.

- Não aconteceu nada. – a olhei profundamente – Nada... – acenou e suspirou mais uma vez.

- Certo... Eu quero te fazer uma pergunta... – seus olhos estavam vidrados nos meus, quase me deixando desconfortável – Eu vejo o jeito que a Mila olha pra você, eu conheço aquele olhar e por mais que ela não admita... Eu conheço, ela tem medo, ela não gosta de ser tocada e você já deve ter percebido isso, mas... O que você quer? O que você quer com ela? Eu não quero ela machucada, eu não suportaria isso denovo, e eu seria capaz de matar qualquer pessoa que a fizer mal, eu não estou brincando Lauren...

- Eu não quero nada com ela Dinah. Eu não posso ter nada com ela! Isso é uma droga por que ela é tão incrível! E acredite ou não pela primeira vez na vida eu estou admitindo isso em voz alta. – Dinah permanecia parada, olhando no fundo de meus olhos, até mesmo através deles... – Eu não brincaria com ela, com ninguém na verdade, mas ela... – suspirei – Com ela não... É por isso que eu me afasto, quanto mais perto, mais envolvida, mais ela vai sofrer e eu não quero isso Dinah! Eu não quero ninguém machucado, principalmente ela...

Dinah colocou a mão em meu ombro e com a outra tocou meu rosto.

- Eu não sei o porque de tudo isso... Eu sei apenas dos medos dela, de tudo que ela já passou, e com certeza uma desilusão amorosa não está em seus planos, acredito que nem nos seus... – ela acariciou meus cabelos tão delicadamente – Mas esse brilho nos seus olhos... Aquele brilhos nos olhos dela... Eu só vejo quando seu nome é falado, ou quando você está por perto, e Lauren... Faz tanto tempo que eu não vejo ela dessa forma...

Fechei meus olhos e senti os carinhos de Dinah.

- Eu não vou machuca – lá, eu não posso...

Abri meus olhos e Dinah ainda me olhava atenta.

- É tudo tão complicado Laur... Você não é obrigada a permanecer na vida dela... Você pode ir embora a hora que quiser.

- Eu não vou embora da vida dela... Eu não vou embora.

- Só... Não faz isso com você... Não faz isso com ela.

- Isso o que?

- Se privar disso, de viver, deixar isso passar como se não fosse nada.

- Você não entende... – balancei a cabeça em negação.

- Tudo bem, esse assunto morre aqui, só não se esqueça de tudo que eu lhe disse. Agora vá arrumar suas coisas.

- Como assim arrumar minhas coisas?

- Festa do pijama! – gargalhei alto enquanto sua expressão era de deboche.

- É sério? Nós não estamos um pouco... velhas para festas do pijama? – continuei rindo.

- Tudo bem senhorita não-vou-a-festas-de-pijamas-pois-sou-uma-idosa. Fique em casa sozinha essa noite! – sorriu vitoriosa. – Acho que Ally gostaria de ir, onde ela está?

- Tá bem, tudo certo, eu vou a essa festa, senhorita sou-dramatica-e-não-sei-brincar. – ela sorriu. – Ally foi ao supermercado, ligamos para ela no caminho.

Fui até meu quarto, peguei uma mochila e coloquei algumas peças de roupas e objetos de higiene pessoal suficiente para passar uma noite. Fui até o quarto de Ally e arrumei uma mochila para ela também.

- Vai ser na casa de quem?

- Na minha casa.

- Vamos ? – coloquei as mochilas nas costas e peguei minhas chaves.

- Vamos, o meu carro está lá em baixo e...

- Nada disso! – ela me olhou confusa – Nós vamos no meu bebê, querida. – seus olhos se arregalam.

- Eu não vou andar naquela coisa... – ela negou com a cabeça e eu sorri.

[..........]

- Eu te odeio! – esbravejou, não aguentei segurar a gargalhada que foi abafada pelo capacete.

- Para de ser fresca, nós já chegamos tem uns três minutos e você ainda não me soltou.

- Eu estou com medo... – apertou ainda mais minha cintura. Ri e neguei com a cabeça.

- Dinah... Nós estamos paradas! – soltei mais uma gargalhada e ela beliscou minhas costelas mas não doeu tanto por conta das roupas. – Você está esmagando minhas costelas, eu estou ficando sem ar... – comentei, ela afrouxou o aperto.

- Desculpa Laur. – desceu da garupa da minha moto e tirou o capacete.

Balançou os cachos um tanto bagunçado, ajeitou as roupas, ela está meio pálida, talvez estivesse mesmo com medo. Dinah é uma bela mulher, um corpo de dar inveja, admirável, desejável, o sorriso lindo, a personalidade marcante. Não é a toa que Mani passa horas falando dela...

- Vamos subir?

- Vamos.

Desci da moto e retirei meu capacete, passei levemente os dedos pelos fio na tentativa de arruma-los. Caminhamos em direção ao apartamento de Dinah.

Entramos no apartamento, relativamente grande, Dinah se jogou no sofá ainda estava pálida. Quem vê a pose dela nem imagina que morre de medo do meu bebê. Vozes invadiram o ambiente e as meninas surgiram de algum cômodo. Cumprimentei ambas com um abraço bem apertado e um beijo na bochecha.

- Laur? Porque a Dinah está assim? O que você fez com ela? – Mani perguntou e automaticamente eu ri com a lembrança da cena e minutos atrás.

- Ela é uma frouxa, não aguentou dar uma voltinha no meu bebê e está aí morrendo! – elas riram.

- Eu não sou frouxa tá, e como você pode chamar aquela coisa de bebê? – lhe sorri com deboche.

- Eu já me acostumei a andar naquilo... – Ally comentou e deu de ombros, e todas riram.

- Vocês podem por favor ter mais respeito com meu bebê! – tentei parecer irritada.

- Eu nunca andei de moto... – Camila comentou, ela estava de cabeça baixa no momento que falou, talvez estivesse pensando nisso e sem querer deixou escapar, sua expressão espantada revelou exatamente isso.

- Qualquer dia a Laur pode te levar pra dar uma volta Mila. Não é Laur? – Ally ofereceu com inocência.

- É claro! Quando quiser... – ela sorriu tão largamente, ainda um pouco tímida, talvez envergonha, e fica mais linda ainda assim...

- Está tudo muito bom, tudo muito lindo, mas eu vão se trocar logo, eu vou ligar para a pizzaria... – ela parou de falar por um momento – e vou pedir algumas bebidas afinal, eu não sou de ferro não é mesmo? – Dinah sumiu para dentro do apartamento enquanto ríamos na sala.

[..........]

- Dinah pega leve, isso aí não é água. – disse à Dinah, vendo-a vira mais um copo de vodka.

Eu sei o efeito que apenas um copo lhe causa. Aquele líquido transparente que, aparentemente faz seus problemas desaparecerem, mas quando você desperta no dia seguinte percebe que tudo foi uma ilusão causada pelo álcool, os problemas continuam la, e a dor de cabeça é maior e você leva mais um tapa na cara...

- Eu estou bem meninas, não se preocupem. – falou com calma, aparentemente parece normal, sóbria.

Prefiro acreditar nisso.

- Ei, vamos brincar de verdade ou desafio? – Ally sugeriu enquanto mordia um pedaço de sua pizza.

- Não, eu só me ferro com esses joginhos. – foi Dinah quem disse, fingindo irritação.

- Ah! Vamos, vai ser legal! – Mani insistiu e não esperou por aprovação – me dá isso aqui. – pegou a garrafa da mão de Dinah e virou o restante do líquido direto na boca – Vamos usar a garrafa.

- Eu não sei não... Acho que eu não quero jogar isso... – todas olhamos para Camila que mantinha um olhar acuado, amedrontado.

- Calma Chan, só tem a gente aqui, suas amigas... – Dinah lançou um olhar reconfortante para Camila.

Eu, Mani e Ally, olhávamos a cena curiosas, intrigadas, mas ninguém comentou nada a respeito.

- É Mila, vai ser legal! – Ally insistiu e Camila acenou com a cabeça – Fique calma, você não vai ficar nua. – Camila gargalhou junto a nós, fora o som mais lindo que já ouvi em toda minha vida, suave e com uma porcentagem de rouquidão...

- Eu vou começar!

Mani girou a garrafa e caiu em mim. Ela abriu um sorriso diabólico enquanto me fitava analisando-me.

- Lauren, Lauren...

- Verdade! – respondi rápido, causando o riso das meninas.

- Certo... Acho que você sente tesão em alguém... Seria Nina? – seu sorriso debochado e malicioso junto de sua expressão totalmente maldosa me fizeram duvidar se aquela era mesmo a minha amiga.

- Mas é claro que n...

- Lembre – se que escolheu a verdade. – ela me interrompeu – Caso não à cumpra você terá consequências, então...

- Ok, ela... é bonita e...

- Acho que isso responde. – a voz de Camila soou firme, um pouco mais... rude.

Me senti acuada diante de seu olhar, desconfortável também, eu nunca gostei de expor minha vida dessa maneira, ainda mais a alguém por quem eu estou me ap...

- É sua vez Lauren, pode girar...

Sair do transe em que estava e girei a bendita garrafa. Na terceira volta completa que a mesma faz, parou exatamente para onde Dinah estava sentada.

- Bingo! – exclamei com perversidade.

- Anda logo com isso, desafio! – ela virou o copo cheio em sua boca, bebendo o restante de sua vodka e limpou os lábios com a língua.

- Desafio... Vejamos... – olhei para o teto pensando em algo realmente bom... É isso! – Desafio você a dar um beijo na Mani! – Dinah se engasgou com o líquido que estava em sua boca, tossiu tanto que chegou a ficar vermelha, Camila a auxiliou assoprando seu rosto algumas vezes enquanto dizia para ela respirar.

Foi uma cena engraçada, não aguentei e comecei a rir sendo acompanhada por Camila e Ally. Mani parecia estar em outro planeta.

- Sério? Laur, não pode escolher outra coisa? – A expressão de Mani era de súplica, eu sei que ela queria isso porque todo santo dia ela insiste em falar da Dinah.

Dinah é incrível, Dinah é perfeita, o sorriso dela é tão gostoso...

Revirei os olhos e estava pronta para mudar o desfio...

- Tá bom... – Dinah se levantou.

Ela foi na direção de onde Mani estava sentada e vi minha amiga ficar tensa. Dinah se abaixou e Mani parece ter prendido a respiração. Um beijo foi depositado em sua bochecha e meu olhar se tornou furioso e incrédulo. Ela sorriu vitoriosa.

- Você trapaceou! – quase me levantei para dar um tapa bem dado na cara dela. Que cachorra! O aperto da mão de Ally no meu braço me impediu.

Ela sabe como sou competitiva e como fico quando sou passada para trás em jogo... Ela sabe muito bem!

- Você não disse onde seria o beijo! O que quer que eu faça? – ergueu os ombros e mais uma vez eu tentei me levantar, falhamente  pois Ally me impediu de novo.

Ally me repreendeu com o olhar. Quis retrucar e abri a boca mas seu olhar sério e sombrio me fez parar novamente.

- É a minha vez.

Dinah girou a garrafa e a bendita parou bem em mim. Seu olhar malvado e sombrio me fez ter arrepios.

- Verdade! – respondi afobada e ela negou com a cabeça e aquele maldito sorriso não saia de seus lábios. – O que foi?

- Você não pode escolher duas vezes a mesma coisa... – Ally explicou e eu olhei para Dinah.

Estou ferrada.

- É claro que pode! – tentei argumentar.

- Então...

Dinah se levantou e veio em minha direção. Me rodeou e se abaixou atrás de mim. Sua respiração quente bateu contra minha orelha e eu congelei na mesma hora.

- Querida... – sussurrou em meu ouvido – Desafio você a dar um beijo na Mila.

Neguei com a cabeça e me  levantei. Ela acha que pode vencer todas, está enganada. Irei me vingar!

- Na boca! – parei no meio do caminho e virei meu corpo. Fechei os olhos e sorriso presunçoso de meu rosto sumiu. Maldita!

Ela me paga!

Olhei para Camila e ela me olhava atenta. Nossos olhos não se desgrudaram, eu queria encontrar ali algum sinal de recusa, mas infelizmente não encontrei.

Continuei meu caminho e me abaixei assim que cheguei onde ela estava. Seu corpo permaneceu imóvel, mas seu olhar era calmo, ansioso. Evitei toca – lá, eu não queria uma recusa agora. Eu nunca quis na verdade. Aproximei meu rosto do seu e assim que senti nossos lábios se tocarem um suspiro de satisfação e alívio foi abafado por seus lábios. Não me arrisquei a aprofundar o beijo, seria como brincar com o fogo. Eu não ouvia nada além do meu coração exageradamente acelerado. Por isso, me afastei, e quando me afastei abri meus olhos e os seus ainda estavam fechados, mas logo se abriram e encontraram os meus. Eu vi em seus olhos que estava tudo bem, ela deu um pequeno sorriso. Me levantei e passei por Dinah com a expressão fechada.

Ela não podia ter feito isso, não comigo e... Droga! Droga Dinah!

- Isso foi lindo! – Dinah exclamou com deboche.

- Minha vez! – Ally girou a garrafa e a mesma parou em Camila – Verdade ou desafio Mila?

- Acho que a verdade será melhor...

Sorri.

- Então Milinha, é verdade que você gosta de alguém que está aqui nessa sala? – arregalei os olhos e a olhei incrédula.

Até ela?

- É... – Camila afirmou e elas soltaram um gritinho de empolgação.

Bando de...

- Agora é sua vez de girar Mila! – Ally alertou.

Camila girou a garrafa e a mesma parou exatamente em Mani.

- Verdade ou desafio?

- Desafio, não gosto da verdade! – rimos.

- Bom... Eu desafio... – olhou para Dinah e sorriu – Desafio a fazer boryshot na Dinah!

Se Dinah estivesse com algo na boca provavelmente se engasgaria novamente.

- Isso Camz! Estou vingada! 

Pensei em gritar mas me contive, mantendo apenas um sorriso debochado e vitorioso para Dinah.

- Certo...

Mani levantou, pegou uma garrafa de vodka, a única restante.

Mani pediu para Dinah deitar sobre o tapete onde estava sentada, curvou-se sobre seu corpo, afastou a alça da blusa do ombro de Dinah e despejou um pouco do líquido ali. A cena foi tao sensual, abri a boca em um perfeito “o”, surpresa. Dinah permaneu imóvel, fique preocupada, ela parecia não estar respirando.

Olhei de relance para Camila e ela estava vidrada na cena, sua boca também aberta, com a expressão chocada.

Mani deslizou a língua pelo ombro de Dinah sugando todo o líquido existente ali, não restando uma só gota. Se desviou para o pescoço, imagino que algum resquício do líquido estivesse ali. Ou não...

Merda! A cena foi tão excitante!

Ela se levantou com um sorriso satisfeito nos lábios, sentou – se novamente em seu lugar. Dinah continuou deitada, imóvel, e eu fiquei realmente preocupada com a garota.

Depois dessa...

- Isso foi tão... gay. – Ally fez uma careta e nos rimos.

Dinah se levantou, parecia aérea, um pequeno sorriso nos cantos dos lábios.

Ela estava com cara de boboca.

Mani girou a garrafa, ela rodopiou e parou em Ally.

- Então Allysinha, verdade ou desafio? – Mani lhe sorriu em desafio.

Ally bateu o dedo indicador no queixo, indicando que ela estava pensando.

Tão fofa quando faz isso.

- Verdade!

- Você ficou excitada me vendo fazer um boryshot na Dinah!? – Mani perguntou prendendo o riso ao ver a expressão chocada da baixinha.

- Mas é claro que nã...

- A verdade Ally! – Mani interrompeu e Ally bufou frustrada – Diga apenas a verdade Allycat!

- Tá legal... a verdade é? tá... Eu... fiquei... – todas explodimos em uma gargalhada sincronizada, Ally corou mas caiu na gargalhada também.

[........ ]


Colocamos alguns colchões na sala, pegamos cobertores, fizemos pipoca e Dinah escolheu um filme qualquer para assistirmos.

- Pessoal... – olhei para Ally, se apoiou sobre o cotovelo e olhou para o lado – Acho que a Dinah dormiu... – riu baixinho.

- E pelo visto Mani também. – Camila também riu baixinho e apontou para onde Dinah estava.

Olhei para onde ambas apontaram e vi a cena mais fofa do mundo. Mani sendo abraçada por Dinah, eu diria quase esmagada, mas pareciam confortáveis.

- Elas estão de conchinha, que lindo. – Ally zombou e Camila riu um pouco alto, logo em seguida tampou a boca para abafar o som - O que foi?

- Dinah dorme assim comigo também, ela é acostumada a dormir com um urso enorme e por isso agarra o que tiver do lado... – Ally riu.

- Ah, mas elas estão parecendo um casal fofo... – me levantei – Preciso registrar isso...

Peguei meu celular, me aproximei delas e as fotografei. Eu não deixaria isso passar despercebido, não é mesmo?!

- Elas vão te matar Laur... – Ally riu e negou com a cabeça.

- Agora quando Dinah ou Mani me encherem, eu tenho algo para ameaça-las. – balancei o celular no auto e elas riram.

- Você é má Laur. – sorri –Vamos ver um filme de terror?

- Eu não gosto de filmes de terror... – Camila comentou calmamente.

- Mila para de ser frouxa, é só um filminho...


Ally colocou o filme no aparelho, minutos depois o filme se iniciou e uma casa macabra e a voz doce de uma menininha soou pela sala silenciosa. Camila se remexeu desconfortável no colchão ao lado e quando dei por mim ela estava no mesmo colchão que eu. Deitou – se um pouco afastada mas ao primeiro grito no filme seu corpo estava perto do meu. Tão perto do meu...

- Será que... eu posso segurar sua mão? – sussurrou perto do meu ouvido, arrepiando os pelos de meu corpo – Por favor...

- Pode... – foi inevitável não sorri quando sua mão tocou a minha.

[.........]


- Acho que ela dormiu. – Camila sussurrou se referindo a Ally.

- É, essa baixinha é mole mesmo. – disse no mesmo tom baixo.

- Lolo? – ela me chamou e eu à olhei.

O sorriso bobo estava em meus lábios, talvez pelo apelido, ou simplesmente por estar com ela.

- Eu estou com medo. Esse filme me pareceu tão real...

- É só ficção Camz, nada disso é real.

- Eu posso te abraçar? – me fitou ansiosa.

Eu não negaria aproximação a ela, não negaria toques a ela, mas as vezes me esqueço que não posso...

- Pode... – respondi simples, ela se aproximou de mim e aos poucos, delicadamente e com cautela, se aconchegou perto de mim, em um meio abraço.

Seus cabelos estavam cheirosos, cheiravam a Camomila. O cheiro me inibriou, me fez fechar os olhos e aspirar fundo.

- Posso te pedir só mais uma coisa? – ergueu um pouco a cabeça para me olhar. Seu olhar era vacilante, como se estivesse insegura, mordeu o lábio inferior confirmando isso.

- Claro, o que é?

- Um beijo...

Um beijo... Mais um beijo! Mais um motivo para me fazer ficar mais perto, ainda mais apaixonada. Ou não, talvez seja seus olhos castanhos intrigante, talvez seja seus cabelos tão lindos e cheirosos, talvez seja a maneira como ela suspira, como morde o lábio inferior quando está nervosa, exatamente como está fazendo agora, talvez seja por seu jeito meigo e fofo, que apenas por olha-la eu desejo cuidar, beijar e abraçar. Talvez seja o maldito sorriso... Ah, sim, o sorriso...

- Camila... – fechei os olhos e neguei com a cabeça.

- Por que você foge disso? – abri meus olhos. Ela sentou- se no colchão e me olhou. – Eu deveria fugir... Não você...

- Você não entende pequena, eu... Eu não posso te magoar...

- Por que acha que vai me magoar?

- Porque eu sei que vou...

- Você já me magoou...

- Camz... – ela negou – Você não entende...

- Eu entendo Lauren, eu mais do que ninguém entendo. – seu olhar se transformou. Ela sorriu sem humor – Sabe, eu sou tão tola. Achei que ao menos eu seria digna de um beijo, já que de amor eu sei que não sou. Mas sabe qual é seu problema?... Você consegue ter mais medo do que eu... Você tem medo do que isso possa se tornar e eu te entendo pois eu sinto o mesmo. Mas você não tem medo de me magoar... – negou – Você tem medo de se magoar...

- Você não entende... – repeti.

- Talvez Nina seja a pessoa certa para você. Ela não gosta de ninguém além de si mesma... igualzinha a você.

Ouvir isso doeu. Doeu pois ela não sabe meus motivos, não conhece minha história.

Levantou – se e sumiu apartamento a dentro. Ela não faz idéia do quanto suas palavras me atingiram.

Eu queria gritar, gritar e dizer que eu à quero, mas ela tem razão, eu tenho medo, não dela, e nem do que isso pode se tornar. Eu tenho medo dele. Eu tenho medo de perde – lá mesmo antes de poder chamá-la de minha.

Ela deveria saber que, pela maneira como eu a olho, pela maneira como meus olhos mergulham nos seus, como atravessam seu corpo e conseguem ver sua alma, eu a quero. Ela deveria saber que apenas ela faz meu coração acelerar exageradamente forte. Ela deveria saber....

Ela deveria...


Notas Finais


Espero que gostem 😙

4/42 - reescrito


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