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História What happen when the things broke? - Silver blood?


Escrita por: Vahgarcia027

Notas do Autor


Chegay com mais um problema pra nossa Lilyth. Espero que gostem desse capítulo amores💜

Capítulo 2 - Silver blood?


Após estourar o copo,me assusto e recuo. Olho pra Luke, que está com cara de assustado. Dou um passo na direção dele e ele recua, com medo de mim.
-Luke eu... eu não vou te machucar. Prometo.
-Lily por favor fica aí,  eu vou chamar ajuda.
-NÃO! Não faz nada por favor.
Algumas lagrimas escorrem involuntariamente sobre meu rosto, volto a encarar o copo. Se eu fiz isso, posso desfazer. Olho fixamente para ele por alguns poucos minutos, mas nada acontece.
Dou um grito de raiva, e, chorando, corro pro meu quarto e tranco a porta. Meu melhor e unico amigo tem medo de mim, meu pai esta com outra mulher e eu estou sozinha no mundo novamente. Tiro minha roupa rápido,  e entro no chuveiro. O único lugar em que eu me sinto segura. A água morna cai sobre mim, e se mistura com minhas lagrimas. Minha mãe era a única pessoa que conseguia me acalmar nas horas de desespero. Sinto tanta falta dela. Lembro exatamente como foi o dia: acordei, como se fosse outro dia qualquer, me troquei e desci pra tomar café. Ela estava com um vestido longo branco, seus cabelos loiros caídos nos ombros e seus olhos pretos brilhavam, ela parecia um lindo anjo. Ela me abraçou mais que o normal naquela manhã,  a todo momento dizia o quanto me amava, o quanto eu era importante na vida dela. Até me levou pra passear antes da escola. Na hora de voltar pra casa, fiquei esperando na porta da escola, por ela. Mas ela não veio. Quem veio me buscar foi minha vó, mãe dela. No caminho pra casa, ela foi falando sobre perder pessoas queridas, sobre como havia reagido ao perder sua mãe,  minha bisavó e coisas do tipo. Quando entramos na sala de casa, meu pai estava sentado no sofa, de cabeça baixa, e chorava muito. De início, não entendi, mas logo liguei os pontos. Assim que não vi minha mãe junto conosco, entrei em desespero. Chorei muito, todos tentavam me acalmar, mas o único que conseguiria era minha mãe. Eles me diziam que eu iria me acostumar com a ausência dela, que um dia eu conseguiria parar de chorar toda vez que alguém falasse o nome dela. Mas até hoje isso não aconteceu. Ninguém me falou detalhes sobre o acontecimento, apenas : foi em um acidente de carro, acidente de carro, de carro, nada mais. Como se tivesse uma coisa que estivessem que esconder de mim. Já fazem 11 anos que aconteceu o tal "acidente de carro" e eu não consigo fazer amigos, não me socializa mais com ninguém,  passo todos os fins de semana estudando pra minha tão sonhada faculdade de artes, em Nova Iorque. Espero esse fim de ano finalmente conseguir entrar e então realizar o sonho meu e da minha mãe.
Fico quase uma hora em baixo do chuveiro, até parar de chorar, e consigo me controlar para não pegar as lâminas novamente. Saio do chuveiro, coloco apenas uma langerie e pego meu álbum de fotos preferido. Fico olhando fotos com minha mãe. Fotos que estávamos muito felizes, fotos de quando eu era apenas um bebê, fotos até do dia anterior do acontecimento. Fotos que fazem me sentir completa, e insignificante ao mesmo tempo. Me afundo nos travesseiros, e fico bolando milhares de teorias sobre o que pode estar acontecendo comigo. Fico observando meu quarto, e bato o olho no calendário. Era quinta feira, dia 05 de Dezembro de 2019. Eu iria para Nova Iorque em apenas dois dias, para fazer meu teste. Comecei a arrumar minha mala, colocando roupas para todas as ocasiões possíveis,  mesmo sabendo que provavelmente eu iria apenas do hotel pra universidade, e da universidade  pro hotel novamente. Coloco além das roupas e dos sapatos, a foto que fica ao lado da minha cama, e meu ursinho de pelúcia,  que ganhei da mamãe, quando tinha apenas 5 anos. Fecho minha mala e pego meu livro preferido, que foi da minha tataravó, e passou de geração em geração da minha família,  até chegar a mim, e eu continuarei passando. O livro tinha capa de couro marrom, folheado de prata, escrito um nome em latim, que eu não sei traduzir. A primeira página,  tem uma dedicatória para minha tataravó. Não sei ao certo quem eacreveu, mas sei que faz tempo. Os desenhos são lindos, apresentam meninas gêmeas em meio a neve, duas loirinhas  dos olhos pretos, igual duas azeitonas pretas. As duas usavam capuzes roxos, que se destacavam em meio a neve branquinha. Ao longo do livro, as meninas iam crescendo e estavam quase sempre rodeadas por animais, pássaros, linces, lebres e alces.
Gasto minha tarde observando o livro. Faço alguns muffins de chocolate, e como-os acompanhados de um copo delicioso de leite puro. Faço alguns desenhos das crianças brincando, mas como elas não ficam paradas, é um pouco difícil.
No fim do dia, acabo conseguindo dois ou três desenhos, menos três muffins do prato, e alguns detalhes que tinham passados despercebidos no livro. Para um dia de inverno, até que foi bem produtivo. Meu pai chega no finalzinho tarde, e se depara logo com o copo quebrado que eu ainda não limpei.
-Filha? Esta em casa?
- aqui em cima pai
Falo, no topo das escadas
- o que é isso?
Se eu contar a verdade, ele vai falar que eu estou louca, e não vai me deixar ir pra NY, então vou mentir para garantir minha chance
-isso? Ah, eu esbarrei a hora que voltei do café e quebrou sem querer. Já vou limpar. Volto pro meu quarto, coloco o livro e meu caderno de desenhos na minha bolsa e volto pra sala, então começo a limpar os cacos de vidro. Pego na ponta de um deles sem querer, e o mesmo espeta meu dedo. Mas no lugar de escorrer um sangue vermelho, como normalmente, eu vejo uma gota de sangue prateado. Prateado? Como assim? Limpo rápido a gota que cairá no chão,  e corro pra pia da cozinha, pra lavar com água. Meu pai escuta meus pés batendo no chão e desceu
-Filha, tá tudo bem? Escutei você correndo e...
- t-ta sim pai,  eu só... só cortei meu dedo, mas tô bem sim
- quer ajuda? Eu posso fazer um curativo pra sarar mais rápido
Ela vai se aproximando, e o sangue prata não pata de escorrer
- pai, eu já tenho 19 anos, posso colocar um band-aid no meu dedo.
Pressiono um dedo no corte, e pego um band-aid dentro da caixa
-é sério isso pai? Um band-aid da barbie
Rio, ele sorri e me olha
- é que... eu lembrei de quando voce era pequena, que sua mãe comprava pra por no seus joelhos quando você caia brincando na rua,  e você colava pelo seu quarto todo de tanto que você gostava deles. Lembra?
E como, mamãe ficava uma fera quando eu colocava todos os band-aids na parede do meu quarto
-lembro, ela não gostava nada disso
- é
Coloco um band-aid da barbie no meu dedo machucado e volto a catar os cacos do vidro do chão. Termino de catar  tudo no chão, e jogo no lixo.
- já arrumou sua mala?
- já,  estou muito ansiosa
- Você vai conseguir meu amor, eu sei que vai
Ele me abraça de lado, da um beijo na minha testa e sobe, provavelmente pra tomar banho. Volto a observar meu livro ate que descubro uma figura escondida..


Notas Finais


POOOOOOR FAVOOOOOR comentem se puderem. Isso ajuda realmente muito. Obrigada pela colaboração 💜


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