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História What I see? - Sentimentos


Escrita por: Nekogawa

Capítulo 12 - Sentimentos


Fanfic / Fanfiction What I see? - Sentimentos

As aulas terminaram e o Luke esperou por mim (pois eu ainda estava a arrumar o meu material). Saímos, e fomos para casa dele a pé. Eu estava muito nervosa. Sempre que as minhas mãos tremiam eu metia-as nos bolsos para disfarçar.

- Eu vou mostrar-te a minha casa. – Explicou alegremente. – Vais ver o meu quarto, e também o meu gato! Chama-se Moon*.

Franzi o sobreolho.

- Porquê Moon? – Perguntei curiosa.

- Porque eu encontrei-o no meio da noite na rua dentro de um caixote do lixo. Peguei nele, e olhei para a lua que iluminava o seu rosto triste. A lua guiou-me até ele, logo é uma homenagem. – Disse-me soturno.

Ele pensa sempre em tudo. Tudo tem um significado, mesmo que seja a coisa mais simples. Para ele tudo é importante. E valoriza tudo.

Ele parou em frente a uma casa creme comum, acho.

- Chegamos. – Sorriu-me.

Entramos, e ele tirou-me o meu casaco. Mal podia acreditar em como ele era gentil.

- Segue-me. – Sussurrou pegando-me delicadamente na mão.

A sua casa era aparentemente pequena, mas só de dentro é que dava para ver como era enorme. O ambiente era escuro.. pesado. Não era esta a casa que eu imaginava.

- Entramos por uma última porta e ele disse-me:

- Não estejas nervosa. – Apertou-me a mão. Senti claramente o seu afeto por mim.

Entramos, e uma senhora muito bem vestida levantou o olhar. Ela parecia realmente apressada.

- Oh, olá. Essa é a tal amiga.. – Tentou pensar no meu nome. Mas não se lembrou.

- Sakurai. – Relembrou-lhe Luke. – Esta é a minha mãe. – Apresentou-me.

- Muito prazer em conhecê-la. – Respondi.

- Oh, que simpática. – Elogiou. – Luke recebi uma chamada do escritório e precisam de mim. Bem que gostaria de estar com vocês.. o pai daqui a pouco chega. Tens a comida no microondas. Só precisas de a aquecer. Até logo. – Passou pelo Luke e beijou-lhe a testa, e ele permaneceu intacto.

Ouvi uma porta a bater. Estávamos sozinhos.

- Sempre foi assim, desde que eu era pequeno. – Começou.

- Lamento. – Apressei-me a dizer.

 – Deixa estar. Ah, senta-te aqui. – Indicou-me o sofá, e sentamo-nos. – Ela está sempre apressada, o meu pai também.. e não me parece que ele chegue agora. – Passou os dedos finos pelo cabelo. – Por isso eu vou cozinhar para ti. – Informou.

Fiquei surpreendida.

- Mas a tua mãe disse que tinha comida..

- Queres comer comida pré-feita dos supermercados? – Arqueou a sobrancelha.

Acenei negativamente.

- Tem que ser algo simples, porque eu não sei muito sobre culinária. – Ajeitou-se. – Sugestões?

- Hum.. talvez massa? – Sugeri.

Piscou-me o olho como quem diz “considera-como-feito”.

Enquanto ele cozinhava, e ia ajudando. Fala-mos e eu senti-me cada vez mais apaixonada por ele.

Almoçamos e ele disse:

- Vou mostrar-te o meu quarto.

Segui-o por corredores, e olhou para mim para dizer que aquela porta onde paramos era o seu quarto.

Abriu a porta, e surpreendi-me.

Um piano de cauda estava bem no centro do quarto. Vagueei por estantes e vi livros que eu já lera e que desejava ler. Música clássica, literatura, ciências.. tantos temas abordavam aquele quarto.

- Gostas? – Perguntou-me esperançoso.

- Acho fantástico.. – murmurei sem palavras.

Ele esboçou um sorriso e sentou-se no piano. Começou a tocar uma música de Chopin – não pensem que eu sei, apenas vi na partitura o nome do compositor.

Sentei-me numa cadeira ao lado e fechei os olhos. Tudo parecia um sonho. Tão perfeito. Nem parecia que eu iria ter que ir para casa, comtemplar os meus familiares tristes pela perda.

Quando acabou de tocar, abri os olhos e fitei-o. Ele era perfeito. Demasiado perfeito para alguém como eu. Talvez eu nem o mereça. Acho melhor.. preveni-lo.  Não quero que le faça as escolhas erradas.

- Luke.. tu és maravilhoso.. mas eu não acho que eu seja suficiente para alguém tão.. tu. E..

Ele interrompeu-me com um dedo que percorreu a minha boca fechada. Aproximou-se de mim.

Eu ouvia o meu coração a disparar.

- Queres saber? Sou envergonhado,  ciumento, desajeitado.. não sou nada perfeito. E não é essa imagem que quero que tenhas de mim. – Disse lentamente.

A sua cara aproximou-se da minha e.. beijou-me. Os seus lábios eram como veludo, e sabiam ao chocolate que comemos de sobremesa. Um beijo perfeito.

- Eu amo-te, Sakurai Mayumi. – Sussurrou.

Agora que eu sabia o que ele sentia, também tinha de retribuir.

- Eu também te amo.

Ele deu uma pequena gargalhada e abraçou-me. Com mais calor e mais sentimento do que alguma vez colocara num abraço.

Porque ele é o Luke, e só o Luke me completa.

 

* "Moon" significa "Lua" em inglês.


Notas Finais


E este foi o último capítulo.. espero que tenham gostado da fic (:
Até à próxima!


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