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História What If - Emison - Lealdade é tudo...


Escrita por: LoLoUnnie

Notas do Autor


Boa leitura!!!

Capítulo 13 - Lealdade é tudo...


Fanfic / Fanfiction What If - Emison - Lealdade é tudo...

PDV ALISON

 

O mês de Março ainda se anuncia frio, no entanto o clima metereológico pouca importância tem, perto da felicidade que estou sentindo.
Passaram dois meses e é com o coração cheio de alegria, que hoje eu tou escrevendo no meu diário, o quanto me sinto feliz e realizada. 
A minha relação com a Emily está cada dia mais forte e até o tio Wayne parece ter dado uma trégua pra gente, muito por conta da minha aproximação ao Dylan, que todas as noites conta com a minha companhia, uma história de contos de fada e beijos cheios de amor e carinho.
Ele é meu filho e ninguém pode tirar isso de mim e foi por esse mesmo motivo que eu fiquei muito abalada, quando a Aria nos falou que o tratamento não estava dando certo e que é chegada a hora de começar a pensar em colocar o Dylan na lista de transplantes de medula.
Desde esse dia que a Emily não está bem e nem aparece na clinica, por isso eu decidi tirar um dia de folga, que será totalmente dedicado a ela e ao Dylan.

 

Querido diário
vim aqui só pra escrever o quanto estou me sentindo feliz

Deus
obrigada por ter me devolvido a Emily e a alegria de viver....

 

Depois de deixar tudo organizado no Hospital e apesar da relutância da Mona e do meu irmão, eu levo a Amy pra casa dos Fields, pra que ela possa passar o dia com o Dylan, pois ele fala nela o tempo todo.
Assim que chegámos, a governanta nos alerta que a Emily está na piscina interior, e nos encaminha até ao quarto do Dylan. Assustada pelo aspecto fragilizado do pequeno, Amy se detém na porta e aperta a minha mão, afim de me questionar:
- Tia porque o Dylan está sem cabelo? - ela pergunta em surdina, como se soubesse que aquele comentário poderia ferir os sentimentos do menino.
Eu me ajoelho de forma a ficar da sua altura pra encarar os seus olhos, e enquanto vou passando a minha mão pelo seu rosto explico:
- O Dylan tem uma doença, uma espécie de bichinho que está passeando pelo corpo dele e causando estragos. Mas o que faz ele ficar assim é o tratamento dessa doença, que tem como consequência a queda de cabelo.
- Ele vai ficar bem? - ela pergunta preocupada.
- Vai sim! Eu a Emily, a tia Aria e a tia Spencer estamos cuidando dele e assim que esse tratamento terminar, o cabelo dele vai crescer ainda mais forte e bonito - eu respondo oferecendo a ela um sorriso esperançoso.
- Ou eu posso cortar o meu cabelo e dar pra ele - ela sugere com uma dose de generosidade em seu olhar, fazendo eu lembrar do Jason quando era pequeno e chegava no colégio, dando todos os seus brinquedos pros coleguinhas, sem se preocupar com o castigo que a minha mãe aplicaria nele.
- Acho que o Dylan não vai querer usar cabelo de menina...
Amy olha pra ele e começa a rir e eu acredito que por momentos ela visualizou o pequeno, com a cabeça cheia de cachos loiros, sendo que o seu cabelo é liso e negro como da Emily.
Eu solto uma gargalhada, chamando a atenção do Dylan pra porta, que assim que vê a Amy, corre pra abraçá-la. Eu noto que ele o faz com uma certa dificuldade e isso me corta o meu coração.
Saber que ele está fazendo um tratamento que o impede de curtir a sua infância como qualquer garoto de quatro anos e que no final esse  mesmo tratamento nem sequer está dando certo, me deixa sem chão. Contudo eu preciso ser forte pra dar todo o meu apoio pra Emily e por isso me dirijo até ao recinto onde ela se encontra acompanhada da tia Pam, que assim que me vê chegar, se levanta da espreguiçadeira, afim de me cumprimentar com um beijo e um abraço:
- Que bom que veio Alison! A minha filha está tão desanimada! Acho que somente a sua presença poderá acalmar o coração dela...
- Deixa comigo tia Pam! Eu trouxe a minha sobrinha e hoje estarei totalmente dedicada á sua filha e ao seu neto. Hoje a tristeza vai encontrar a porta da sua casa fechada, eu prometo!
A tia Pam me abraça e logo em seguida encara os meus olhos, deixando que eu perceba o quanto ela está emocionada:
- Você voltou pras nossas vidas na hora certa! Como vai a Jéssica?
- Tentando se readaptar a Rosewood! Reclama de tudo a toda hora...
- Qualquer dia destes farei uma visita a ela...
- Faça isso! Ela ficará muito feliz...
A tia Pam decide nos deixar a sós e assim que a Emily se apercebe da minha presença, decide sair da piscina, vindo na minha direção pra me oferecer um beijo molhado e cheio de amor:
- Estava pensando em você e olha você aqui! - ela diz com os olhos brilhando.
-Tirei o dia pra ficar com vocês e trouxe a Amy comigo - eu digo ao mesmo tempo que cubro o seu corpo com um roupão de banho.
- O Dylan deve tar pulando de alegria. Pedirei pra servirem o almoço no terraço, pois acredito que os primeiros raios de sol primaveris farão muito bem ao nosso filho.
Eu concordo com ela assentindo com a cabeça e seguro na sua cintura, decidida a beijá-la e a ter um momento só nosso.
- Eu te amo Emily!
- Amo você Alison....


                                                  ********

 

Horas depois e após muita insistência da minha parte, Mona e Jason permitem que a Amy durma com o Dylan.
Durante o jantar, fomos brindados com a companhia do tio Wayne, que estava demonstrando ter uma certa humanidade em seu coração, brincando com os garotos e se escusando de fazer qualquer comentário que pudesse me deixar desconfortável.
De uma coisa eu tenho certeza: ele ama o neto e está sofrendo muito por ver o menino se debatendo contra uma doença tão grave, sem nada poder fazer.
O ambiente se manteve pacífico até ao momento em que a governanta anunciou a chegada da Paige. O Dylan correu pros seus braços e eu confesso ter sentido uma certa inveja, pois quero tanto que ele um dia me ame tanto ou mais do que ama essa víbora, que não perde uma chance de vir aqui demonstrar que eu ainda tenho um longo caminho a percorrer, até que o Dylan me considere mãe dele.
Mesmo me doendo muito, é preciso admitir que ele ama a Paige incondicionalmente e que ela é uma figura muito importante na vida dele e que nesta fase tão dificil da sua vida, ele precisa de todo o apoio, ou seja, eu jamais ousaria a me opor á presença dela.
Pensar que ela e a Emily tiveram um romance, um caso, uma noite de amor ou seja lá o que for que se passou entre elas, é algo que aos poucos vem tirando a minha paz e eu sinto que só depois de esclarecer tudo com a Emily, recuperarei a confiança em mim mesma, pois ultimamente eu tenho pensado muito, que em algum momento da minha ausência, a Emily decidiu me esquecer e dar uma chance pra Paige. Talvez por isso ela tenha adotado o Dylan e permitido que mesma se tornasse uma figura maternal pro menino.
Tanta coisa passa pela minha cabeça mas não, este não é o meu momento e sim do Dylan. É nele que eu penso toda a vez que a insegurança percorre as minhas veias e é nele que eu vou pensar até chegar o dia de confrontar a Emily com o que descobri....
Colocar o Dylan pra dormir, é uma tarefa que eu não deixo pra ninguém. Todas as noites, mesmo aquelas em que estou de plantão, eu dou uma escapulida afim de vir a casa dos Fields mas hoje é a primeira noite em que vou ficar dormindo aqui, com o consentimento do tio Wayne.
- E com a benção das fadas madrinhas, eles foram felizes para sempre... - eu digo enquanto me asseguro que os pequenos já estão dormindo profundamente.
Depois de aconchegá-los com as cobertas, eu beijo as suas testas e rezo ao anjo da guarda do Dylan, implorando que ele melhore rapidamente. Logo em seguida, me dirijo ao quarto da Emily, que está deitada em sua cama, onde certamente se deixou vencer pelo cansaço, pois vejo que ela tem um livro aberto em cima do seu peito.
Eu a olho apaixonadamente e agradeço mais uma vez por tê-la de volta á minha vida, no entanto, o meu lado mais obscuro se sobrepõe ao amor que eu sinto e eu vejo esse cansaço como uma oportunidade única, de ir até ao escritório do tio Wayne e tentar arrumar provas de que ele é o dono daquela clinica clandestina, e patrão de um grupo de criminosos que se denominam como médicos.
Eu desço as escadas cuidadosamente, de forma a evitar qualquer tipo de barulho que possa alertar o pai da Emily, visto que ele é especialista em me pegar em flagrante.
Entro no seu escritório e sem acender a luz, vou apalpando terreno até chegar ao seu laptop, que está em cima da mesa.
Sentada na sua cadeira de pele, eu vou pesquisando todas as pastas e arquivos, no entanto não consigo encontrar nada que possa incriminá-lo.
- Alison que está fazendo aqui? - pergunta uma Emily confusa e ensonada.
- Desculpa amor, eu lembrei que preciso enviar um email urgente,  e achei que não teria mal se usasse o laptop do seu pai - respondo um tanto quanto apreensiva, porém ela parece não desconfiar das minhas intenções:
- Você trabalha demais amor!
- E eu aposto que todo mundo te falava isso todos os dias, certo? - eu pergunto enquanto me levanto da cadeira e a puxo pros meus braços.
- Certissimo paixão da minha vida! Mas agora eu só quero pensar no Dylan, por isso muito obrigada por estar cuidando da clinica. Todos os dias eu ouço imensos elogios ao seu desempenho - ela responde pra logo em seguida me beijar suavemente.
- Só tou cuidando do património do nosso filho. Você lembra daqueles sermões que o meu pai me passava, quando eu tirava nota baixa nas minhas provas? Hoje em dia tudo que eu sei que ele queria pra mim, eu quero pro Dylan.
- Saber que você ama e aceita o Dylan como seu filho, só me faz te amar cada vez mais, se é que isso é possível...
- Fala de novo...
- O quê?
- Que você me ama....
- Eu te amo minha futura Mrs Fields, muito mais que ontem e menos do que amanhã...
Toda a vez que a Emily me fala essa frase, o meu corpo se arrepia, desde os pés até a cabeça. Eu sei que todo mundo tá dormindo e que este momento em que ela está declarando todo o seu amor, se tornou intenso demais pra que eu o quebre com um pedido pra irmos pro quarto.
Gentilmente eu dispo um lado do seu roupão e beijo o seu ombro enquanto vou despindo o outro lado, permitindo que ela entenda que eu quero que a gente se ame ali mesmo.
Sem tirar os olhos dos meus, Emily despe o meu casaco e se detém admirando os meus seios, pra pouco depois tirar a minha blusa e beijar o meu pescoço.
Eu solto um gemido em seu ouvido, seguido de um "eu te amo" tão sincero, que provoca um arrepio em seu corpo, algo que eu estou podendo apreciar e que está me excitando tanto, que eu me descontrolo e agarro na sua nuca de forma a puxá-la pra um beijo quente e cheio de tesão.
Emily também se descontrola, e esquecendo que estamos no escritório do seu pai, ela vai empurrando o meu corpo em direção á secretária.
Sem se importar com os papeis que vão caindo no chão, ela tira as minhas botas brancas e em seguida vai deslizando as minhas leggins, esquecendo de tirar a calcinha propositadamente.
- Posso tirar? - ela pergunta enquanto passa a mão pelo elástico.
Eu aceno com a cabeça positivamente pra segundos depois ver uma Emily completamente dominadora, retirando a minha calcinha com a boca e passando os lábios pelo meu sexo, fazendo com que eu ficasse ainda mais molhada de tanto desejo e tesão.
- Eu quero você, agora e pra sempre - eu digo repetidamente, enquanto ela beija o meu corpo, que está obedecendo ao meu cérebro que me manda ignorar o frio que estou sentido, pois todo a paixão que ela está empregando em cada beijo, emite poderosas ondas de calor.
Eu sinto que estou suando frio, pois a verdade é que eu e a Emily nunca tivemos oportunidade de nos amarmos com tanta paixão e entrega. Cada toque que eu sinto vindo da sua parte, tem quatro anos de puro desejo e eu sei que ela sente o mesmo em relação a mim.
- Eu te amo Ali - ela diz no exato momento em que coloca um dos seus dedos no meu interior, que está completamente humedecido, esperando ansiosamente que ela entrasse dentro de mim.
- Eu te amo mais Emily - respondo enquanto puxo o seu cabelo, pois o prazer que estou sentindo está me deixando completamente descontrolada, ao ponto de ignorar que posso a estar machucando.
Emily começa um vaivém ritmado dentro de mim e os meus gemidos se tornam bem mais intensos e acelerados, até que por fim eu atinjo o orgasmo, não sem antes dizer que a amo mais que tudo nessa vida.
Consciente que o escritório do tio Wayne está gelado, Emily cobre o meu corpo com o seu roupão, deixando claro que ficaríamos por ali:
- Eu sei que com tudo isso que está acontecendo com o nosso filho, você não se sente á vontade pra ser amada como merece. Eu quero que saiba que esperarei o tempo que for, até que você permita que eu possa te dar o mesmo prazer que estou sentindo agora amor...
- Obrigada por me entender Alison! Acredite que só de poder sentir o seu corpo e proporcionar todo o prazer que você sentiu, já foi suficiente pra eu me sentir realizada.
Novamente eu a puxo pra um beijo e somente o frio impediu que a gente passasse a noite ali, entregues a um abraço cheio de amor e beijos apaixonados.
Deitadas na cama dela, ficamos conversando por mais algumas horas, fazendo planos pro futuro, até que por fim ela adormece, permitindo que eu fique o resto da madrugada vigiando o seu sono e matando uma saudade que tem uma duração de quatro anos...

 

                               ABRIL

 

Mais um mês se passou e eu até sinto medo que seja pecado eu me sentir tão feliz, sendo que todos os dias eu e a minha nova familia travamos uma dura batalha contra a doença do Dylan, que se encontra cada vez mais debilitado.
Ainda assim, hoje é o dia em que eu vou oficializar a minha relação parental com o pequeno, através da adoção, algo que eu e a Emily combinámos poucas semanas depois de assumirmos a nossa relação.

 

Querido diário
mais uma vez eu venho aqui te contar o quanto estou feliz
hoje o Dylan se torna meu filho segundo a lei dos homens
que Deus abençoe sempre essa união...


- Agora que você vai ser minha mãe no papel, você não pode ir embora certo?
- Eu jamais vou te deixar filho, prometo! Você e a Emily são tudo pra mim...
Emocionada eu abraço o seu corpo magro e fragilizado e olhando pro teto do seu quarto, eu rezo pra que a gente consiga superar este tempo de sofrimento.
Na presença de um representante do Governador do Estado da Pensilvânia, das nossas familias e dos nossos amigos, eu assino o papel que me declara mãe do Dylan...
Um direito que ninguém jamais poderá me tirar...
- Vocês deveriam aproveitar pra se casar - diz Hanna que está acompanhada do Dr Rivers.
- O nosso casamento merece uma grande comemoração, por isso nós decidimos esperar até que o Dylan esteja completamente curado - responde Emily que fica apreensiva ao ver Jason e Mona se aproximarem.
- Obrigada por terem vindo com a Amy - eu digo enquanto observo o olhar gelado que a Mona lança sobre a Hanna, que não consegue disfarçar que o Jason ainda mexe com ela.
- Dylan agora é meu sobrinho e pode contar com o meu apoio sempre que precisar - diz Jason enquanto me puxa pra um abraço, sem no entanto tirar os olhos da Hanna, deixando revelar o ciúme que sente dessa aproximação dela com o Caleb.
A chegada do Elliott congela o meu sangue, algo que não passou despercebido a Emily que me diz:
- Amor você tá pálida, que foi?
- Quem convidou esse cara? - pergunto irritada.
- Fui eu amor... Eu não imaginava que a presença dele pudesse te incomodar, visto que foi você quem o chamou pra me substituir.
- Emily, eu só chamei o Dr Rollins pra clinica por ele ser um excelente neurologista e uma mais-valia pra todos nós. No entanto, a nível pessoal, quanto mais afastada eu estiver dele melhor...
- Porquê? O que ele pode ter feito de tão grave...
- Falamos sobre isso numa outra hora... - respondo com um tom de voz cortante.
Ela assente com a cabeça e eu aperto a sua mão com gentileza pra demonstrar que está tudo bem, decidindo que quando estivermos a sós, pedirei desculpas pelo meu comportamento rude e inapropriado.
Consoante o tempo foi passando, eu fui me acostumando á presença do Elliott, apesar do fato dele me fazer lembrar do meu passado e dos erros que cometi.
Nunca esqueci que ele foi um canalha comigo, por isso a relação que tenho com ele é estritamente profissional, no entanto eu tenho de admitir que a vinda dele pro Hospital veio em boa hora, pois ele tem sido incansável no que diz respeito ao tratamento da Spencer, que tem vindo a demonstrar algumas melhorias, principalmente do seu estado de espírito.
Por conta do estado de saúde do Dylan, nós decidimos que iríamos celebrar a adoção do pequeno, em casa dos Fields, por isso quando eu e a Emily assistimos á entrada da minha mãe no salão de festa da casa do seu inimigo, ficámos boquiabertas:
- Mamãe! - digo admirada.
- Tia Jéssica, fico muito feliz por ver que apesar de tudo a senhora está aqui...
- Eu sempre prometi á minha filha que a apoiaria em todas as suas loucuras e foi essa promessa que me trouxe á sua casa. No entanto eu continuo sendo contra a vossa relação. Eu não sei como a Alison pode ter estômago pra continuar envolvida com a filha do responsável pela morte do pai dela - ela diz interrompendo a Emily - agora sem mais demoras, me apresentem o meu neto.
Emily fica completamente desconcertada e após eu lançar um olhar frio sob a minha mãe, a encaminho até ao meu filho, que fica muito feliz por verificar que ganhou mais uma avó e junto com ela, um monte de presentes:
- Obrigada por estar aqui e por me apoiar mamãe, mas eu espero que esta tenha sido a última vez que você desrespeita a Emily como fez há pouco.
Pam interrompe a nossa conversa e estranhamente ela é muito bem recebida pela minha mãe que a abraça carinhosamente.
Eu as deixo a sós pra que possam conversar e ao ser informada pela governanta que a Emily e as meninas subiram até ao quarto, vou até lá, não sem antes pegar uma garrafa de champanhe:
- Vamos brindar aos velhos tempos! - eu digo assim que entro no quarto - quantas e quantas vezes a gente vinha pro quarto da Emily falar sobre a nossa vidinha de adolescente? Deus que saudade desse tempo...
Spencer faz questão de abrir a champanhe e após brindarmos á nossa longa amizade, decidimos contar algumas novidades:
- Eu e o Toby estamos namorando - diz Spencer com um sorriso rasgado.
- Parabéns amiga! Já tava mais que na hora de você dar uma chance pra ele... - diz Emily.
- É verdade irmãzinha! O Toby é apaixonado por você desde...
- Desde que nasceu - eu afirmo completando a frase da Hanna.
Todas começámos a rir exceto a Aria, que sempre adorou ter uma Spencer totalmente disponível pra ela:
- E você Aria? Como vão as coisas com o Ezra? - pergunto.
- Estamos fazendo terapia de casal e talvez eu volte pra casa dentro de umas semanas...
- Até agora eu não consigo entender porque você quis dar um tempo - começa Hanna - eu sempre vi vocês como o casal modelo, o exemplo a seguir...
- Eu não quero falar sobre isso! Mas falando em casal exemplo, que há entre você e o Dr Rivers?
- Apenas amizade, eu sinto que ele me entende, é fácil me abrir com ele...
- E isso tudo porque ele é um bom psicólogo, ou porque você tá sentindo algo especial?
- Pega leve Aria! Pelo que eu vi há pouco, tá na cara que a Hanna ainda gosta do Jason - afirma Emily, que é atingida por um travesseiro que a Spencer atira na sua direção:
- Nunca mais repita nada parecido! A Mona tem um olhar psicopata, eu não ficaria nada surpreendida se ela matasse os dois com um tiro no coração.
- Ai Spencer vira essa boca pra lá - diz Hanna se benzendo - até que eu gosto do Caleb mas acho que ele só me vê como uma colega de trabalho, pois nós passamos grande parte do dia juntos, acompanhando os doentes terminais...
- Se você gosta dele, lute por ele, simples assim... - afirmo.
- É isso aí garota! Lute por ele e tenha um final feliz igualzinho ao da Emily e da Alison - diz Spencer tentando desviar os pensamentos da Hanna do meu irmão.
Eu e a Emily nos entreolhámos felizes por estarmos nos tornando um casal-exemplo aos olhos das nossas amigas:
- Vamos erguer as taças e brindar ao futuro! 


                   

           MAIO

 

Os primeiros raios de sol matinais, já trazem uma temperatura mais quente, o que faz com que o Dylan vá mais vezes até ao parque. Devido ao seu estado de saúde, infelizmente é somente pela manhã quando ele tem mais energia pra brincar, pois ele se cansa muito rápido por conta de estar cada dia mais fragilizado.
Apesar de muitas vezes a Emily ir com o Dylan até ao parque na companhia da idiota da Paige, o mais importante pra mim, é estar conseguindo gerir o meu tempo de forma a estar com ele todas as noites, até porque o Dylan já me chama de mamãe, o que faz com que eu me sinta cada vez mais segura em relação aos seus sentimentos e acredito que já não falta muito pra chegar ao patamar dessa sem noção.

Tem cerca de uma semana que a Aria chamou a Emily e a mim, a fim de assinarmos os papéis com o pedido de autorização de transplante medular..
Eu lembro de olhar pra Emily e prometer que o nosso filho vai se salvar dessa, no entanto, a verdade é que o Dylan faz parte de uma lista bem grande, com milhares de crianças na mesma situação que ele, esperando que alguma boa alma se comprometa a salvar uma vida, pois apesar de termos uma lista grande de dadores, nem todos os pacientes são compatíveis e o tipo sanguíneo do Dylan é um tipo raro, o que dificulta ainda mais a nossa missão.
Toby, Caleb e Hanna se disponibilizaram pra promover uma campanha de sensibilização, pra que as pessoas sejam informadas do estado do Dylan e possam se voluntariar pra doar a sua medula, caso ela seja compatível com a dele.
Eu e a Emily bem como a nossa familia, estávamos esperançosos e até a minha mãe acabou por deixar o rancor de lado, indo visitar o neto quase todos os dias, para alegria da tia Pam que tem lutado muito pra recuperar a amizade que elas tinham no passado.
Depois de tantas dificuldades e oposições, finalmente a minha relação com a Emily tinha se consolidado, para alegria nossa e do nosso filho, que agora tinha uma familia completa...
Contudo eu jamais poderia adivinhar o que estaria por vir....

 


HOSPITAL PARTICULAR DE ROSEWOOD, 22 DE MAIO DE 2017

 

Eu estava terminando uma consulta de obstetricia, quando a assistente da Emily me alertou pra sua chegada e pediu que eu comparecesse á sala de reuniões.
Sem mais demoras eu vou até ao último andar e encontro uma Emily pensativa, quase que me atrevo a dizer chateada:
- Oi amor, que bom ver você aqui!
Quando me aproximo para beijá-la, ela me rejeita, virando o rosto e colocando a mão no meu peito:
- Hoje a Hanna tirou o dia e pediu pra levar o Dylan até ao parque, por isso eu decidi vir até aqui e ver como está indo a construção da Unidade de Atendimento Público. Quando fui ao meu consultório, encontrei o Dr Rollins e tivemos uma grande conversa sobre a vinda dele pra cá. Fiquei sabendo que ele está adorando estar aqui, que os meus pacientes estão sendo muito bem acompanhados, enfim, como você disse, ele é realmente uma mais-valia pra clinica.
Toda eu tremo enquanto ouço a Emily falar, pois algo me diz que o Elliott abriu a boca sobre a noite em que eu me envolvi com ele e sinceramente eu não sei o que dizer nem como me explicar...
- Emily eu...
- Pouco depois ele foi chamado pra observar um dos pacientes que ele tinha operado no dia anterior e com a pressa deixou cair uma pasta que continha uns papéis com alguns exames e relatórios. Exames esses que pertencem á Spencer e que atestam que ela tem Esclerose Múltipla, exames esses que têm sido feitos desde que o Dr Rollins chegou á clinica, exames esses, cujo pedidos foram feitos com a sua assinatura, exigindo ao laboratório sigilo total sobre a identidade do portador dessa doença. Alison, até quando você ia continuar me escondendo que a Spencer tem EM?
Depois de entender o motivo da raiva da Emily, eu deixo o meu corpo cair sobre uma cadeira e por muito que eu queira dizer alguma coisa pra me defender, nem uma só palavra sai da minha boca...
- Você passou estes meses todos jurando que me ama, que mudou, que ia fazer de tudo pra merecer a minha confiança e agora que eu descobri que você tem me feito de idiota, você nem tenta se explicar?
- Eu não menti pra você, eu nâo podia te contar...
- Há quanto tempo você sabe que a Spencer tá doente?
- Eu descobri pouco tempo depois de regressar a Rosewood. Foi durante aquela cirurgia em que eu acabei substituindo ela e que depois você nos pegou discutindo.
- Alison você podia ter me contado naquela hora, não só por mim mas pelos pacientes que a Spencer poderia colocar em risco - ela diz gritando.
- Eu proibí ela de operar, tem meses que a Spencer não participa de uma cirurgia, por favor amor, você precisa entender o meu lado. Eu estava sob sigilo profissional....
- Pára de me fazer de idiota! Somente o médico responsável pelo tratamento da Spencer tem a obrigação de guardar segredo sobre o estado de saúde dela. 
- Desculpa amor me perdoa, eu acho que eu me coloquei demais no lugar dela e esqueci...
- Você esqueceu que além de ser uma das donas dessa droga de Hospital, você também é minha noiva.
- Emily não vai por aí, não coloca o amor que eu sinto por você em causa...
- Sabe o que me deixa desiludida com você e me faz pensar que a nossa relação jamais vai dar certo?  Esse seu jeito de escolher o lado mais fácil, usando e abusando de mentiras, de enganos, de desculpas e essa sua resiliência em assumir os seus erros, tentando se desculpar de uma forma quase que infantil. Isso me leva até ao passado, até ao roubo do dinheiro do Hospital, ao dia que você decidiu ir embora sem dizer nada, me deixando pensar que eu não era boa o suficiente pra você. Você não mudou, essa Alison continua aí, conspirando e passando por cima dos meus sentimentos. Foi por isso que você chamou um neurologista, não foi pensando em diminuir a minha carga laboral e sim em ajudar a Spencer a continuar escondendo de mim que ela tem Esclerose Múltipla.


Um silêncio cheio de acusações tomou conta da sala e dentro de mim eu tentei desculpar a explosão da Emily, com a doença do Dylan e tudo que ela tem passado. No entanto não foi só na cabeça dela que o passado regressou e quando eu já estava me dirigindo pra porta, decidida a deixar aquela conversa pra quando estivéssemos mais calmas, uma estranha revolta se apoderou de mim:


- Quer saber? Foi precisamente por essa sua mania de acusar sem dar margem pra explicações, que eu te ocultei a doença da Spencer. Sim eu ajudei ela, porque eu sabia que no momento em que você tivesse conhecimento que ela tem EM, você iria tirar aquilo pelo que ela mais lutou na vida. É por isso que ela te escondeu, que eu te escondi e eu te garanto que se a Aria soubesse faria o mesmo. Porque pra você, tudo tem de ser preto ou branco, não existe lugar pra outras cores nem outras possibilidades. Você me acusa de te esconder que a Spencer tem uma doença degenerativa, mas por acasou você já parou pra pensar que eu mantive a situação controlada e que ela pôde continuar exercendo a profissão dela, apenas se mantendo afastada dos blocos cirúrgicos? 
- Isso não apaga o fato de você sempre optar por me esconder as coisas... Ocultar é o mesmo que mentir...
-  É, talvez você tenha razão, porém isso também não apaga o fato de você sempre optar por dar mais importância ao lado negativo das situações. Talvez seja por isso que no passado eu senti tanto medo de te contar sobre a besteira que eu tinha feito. Porque você nunca passou a mão na minha cabeça, nunca me falou que ia ficar tudo bem, nunca me desculpou pelos meus erros. Eu lembro que os seus sermões doíam mil vezes mais que o os sermões do meu pai.. Eu te achava tão perfeita, no entanto hoje em dia eu vejo que eu só te achava perfeita porque a gente passava o tempo todo falando sobre os meus defeitos, sobre os meus erros. Pensando bem, eu acho que você falava tanto nos meus defeitos pra poder se sentir perfeita. No fundo no fundo, você é muito egoísta Emily, você pode tudo e eu não posso nada. Você sofreu, você chorou, você esperou, você, você, você...
- Você tá sendo injusta comigo Alison...
- Quer que eu te conte mais uma coisa que eu sei e te escondi? Numa noite destas quando eu fui na sua casa, eu ouvi você e a Paige falando sobre uma tal noite em que vocês fizeram amor. Por respeito ao Dylan e a todas as promessas que eu te fiz, eu mantive essa conversa arquivada num cantinho do meu coração, jurando pra mim mesma que essa sua pequena mentira não seria motivo suficiente pra abalar a nossa relação, até porque o nosso filho merece um esforço bem maior da nossa parte. Mas depois de tudo que você falou, eu só consigo chegar a duas conclusões: a primeira é que você também prometeu mudar e continua a mesma Emily do passado, e a segunda é que você também sabe mentir e ocultar coisas importantes em seu benefício. Você é uma mentirosa e também tem telhados de vidro... Quer saber? Eu também acho que a nossa relação nunca vai dar certo...
- O que você quer dizer com isso Alison?
Em meio de um forte suspiro e sem desviar o meu olhar do olhar dela, eu tiro a aliança que está no meu dedo e a coloco em cima da mesa:


- Acabou Emily!


Querido diário
hoje eu não vou escrever o quanto estou feliz
mas sim que parei de viver uma mentira.
Fechei a porta mas saí de cabeça erguida
Talvez no meu conto de fadas
não se venha a ler
"e viveram felizes pra sempre"
mas pelo menos eu sei que tentei...

 

 


Notas Finais


gente...
quem ganhou essa discussão???
quem tem razão, quem deve dar o braço a torcer???
ideias serão bem aceites embora eu avise desde já que essa briga não vai durar muito tempo até porque um filho faz muitos casais pensarem diferente e agora a Alison é mãe e tudo que ela quer é ver o filho feliz...
Parabéns pra Alison por ter adotado o Dylan yeeeee...

Eu usei um ciclo da minha vida que eu já dei por terminado tem muito tempo e que hoje em dia eu me orgulho de poder usar numa fic e acreditem ou não eu era a pessoa que não permitia cores...
Mas tem amores que arrombam portas trancadas e enchem a nossa vida de arco-íris e eu só tenho que agradecer por estar amando e me sentindo muito amada...

Não sei quando vou voltar a publicar mas eu amo tanto essa fic que tem tanto da minha essência que eu vou escrevendo e publicando sempre que der...
What if é o meu bebe e merece ser escrita com calma

Obrigada a todos que tem lido, aos que favoritaram e aos que comentam que são pessoas incríveis e cheias de sensibilidade..
Obrigada por aceitarem uma história que eu pensei que ninguém ia gostar....
até o próximo S2


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