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História What If - Emison - Dar sem Amar ou Amar sem Dar?


Escrita por: LoLoUnnie

Notas do Autor


Boa leitura!!

Capítulo 18 - Dar sem Amar ou Amar sem Dar?


Fanfic / Fanfiction What If - Emison - Dar sem Amar ou Amar sem Dar?

 

 

UM DIA ANTES DO ACIDENTE

 

PDV ARIA

 

09h00

Elliott tem estado do meu lado sempre que pode, ou seja, quando não tem uma consulta, ele vem até ao meu consultório pra ver como estou. Numa dessas vezes ele me encontra chorando, enquanto olho pro fax que confirma que não posso ter filhos.
- Você precisa parar de se torturar Aria! A medicina todos os dias evolui tanto, que o que hoje é um fato, amanhã pode não ser.
- Eu tava aqui pensando no momento em que espetei a faca no peito do Ezra... Era nisto que eu tava pensando - eu afirmo enquanto atiro o papel pra um canto qualquer.
- Aria, você não se vingou, você se defendeu!
- Sei lá! Num momento eu fico sabendo que por culpa do Ezra fiquei impossibilitada de ter filhos, e no momento seguinte tou tirando a vida do seu olhar, do seu corpo. Eu sei que é impossível alguém entender o que eu senti quando eu percebi que a partir daquele momento o Ezra jamais me espancaria, mas foi o que eu pensei...
- Não se sinta culpada! Hoje você poderia não estar aqui pra contar a história...
- Sabe Elliott, das minhas amigas eu fui a que mais sofreu pra se formar, porque eu entrei na faculdade com uma bolsa. Os meus pais tinham uma vida estável mas não o suficiente pra me mandar pra uma das melhores Universidades de NY. Então eu me agarrei aos estudos com unhas e dentes e me tornei uma Oncologista dedicada e faminta de sucesso. Já perdi muitos pacientes confesso, mas aqueles que sobreviveram me ensinaram tudo que havia pra aprender sobre superação e é por isso que hoje eu estou aqui e não deitada numa cama me lamentando...
- Você nem imagina como eu te admiro - ele diz enquanto coloca a sua mão sobre a minha, no exato momento em que a Spencer entra no meu consultório.
- Perdão, eu pensei que estivesse sozinha e vim te chamar pra tomar um chá - ela afirma demonstrando estar constrangida.
- Pois fez muito bem Drs Hastings. Eu tenho uma cirurgia marcada pra daqui a meia hora mas espero te encontrar na cafetaria á hora do almoço - ele diz olhando pra mim.
- Até mais tarde e obrigada pelo apoio - eu digo fazendo um sorriso timido.
Elliott pisca o olho e eu me perco em seu olhar e na sua figura enquanto ele abandona a minha sala, até ao momento em que bato com os meus olhos numa Spencer de sobrolho levantado:
- Esse cara tá dando em cima de você - ela insinua num tom de voz debochado.
- E se estiver? - atiro em tom de provocação.
- Acho que um cara que tá dando em cima de uma mulher que acabou de ficar viúva, deve ter um caráter bem duvidoso - ela rebate irritada.
- Você está se excedendo na forma como está expressando a sua opinião. Vá tomar o tal chá com o Toby! - eu digo continuando a provocar.
- É isso mesmo que tenciono fazer - ela diz se dirigindo pra porta - ah é verdade: tenha um ótimo almoço!

 

NARRAÇÃO DA AUTORA


20H34

 

Emily se sentia cada vez mais frustrada por ver que a Alison se recusava a admitir o quanto está errada e depois do enterro do Ezra, parece que as coisas esfriaram ainda mais entre elas, pois nesse dia a Emily estava tão revoltada por nunca se ter apercebido do que estava acontecendo com uma das melhores amigas, que toda a vez que os seus olhos se cruzavam com os da Alison, ela desviava o seu olhar, numa tentativa de demonstrar o quanto estava triste por precisar do seu apoio e ainda assim a mulher que ela ama, parecia preferir permitir que os problemas familiares tivessem mais importância que o seu bem estar naquele momento.
No entanto depois de saberem que o estado do Dylan estava se agravando cada vez mais, as duas resolveram declarar tréguas e se tratavam com muita cordialidade e até um certo carinho, porém tanto uma quanto a outra se recusava a dar o braço a torcer e sentar pra conversar acerca da sua relação amorosa.7 
Hoje era dia de plantão e por esse motivo ela foi a cafetaria e logo após tomar uma sopa, ela pediu a garçonette que lhe servisse um café duplo.
- Problemas no paraíso? - pergunta Caleb perspicaz como sempre, assim que se aproxima da sua mesa.
- Digamos que eu ainda não tive direito a conhecer um dia de paz no Jardim do Éden - ela responde usando um sarcasmo meio que cómico.
- Dylan ou Alison? 
- Os dois caro Dr Rivers! A lista de transplante medular é enorme e eu tenho medo que...
- Não encha sua cabeça de pensamentos negativos - diz Caleb, impedindo que Emily se entristecesse ainda mais.
- Se eu falar da Alison aí sim você verá o que é realmente negativo.
- Ponha-me á prova! - ele desafia piscando o olho pra ela.
- Nossas familias se odeiam! Aliás o meu pai odeia a Alison, que o odeia ainda mais e eu odeio o irmão dela o Jason, que pode acreditar, me odeia muito muito mais.
- E as matriarcas dessas familias, o que dizem acerca dessa guerra?
- A minha mãe sofre com tudo isso, pois ela gosta muito da Alison e acha que desde que ela voltou que eu estou muito mais feliz. A mãe da Alison odeia toda a nossa familia e não esconde isso de ninguém. Perdão pelo desabafo Caleb, mas te juro que tem dias que eu não sei o que fazer...
- No momento em que você me diz que a sua mãe acha que você está muito mais feliz desde que a Alison voltou, você já deu a resposta a todas as suas dúvidas. Vá ser feliz Dra Fields!
Emily sorriu pra aquele que aos poucos se estava tornando num bom amigo e saiu da cafetaria decidida a ir atrás da Alison.

 

                                      *******

 

Hanna está observando o rosto pálido do Dylan e em como ele tem emagrecido nos últimos dias, quando ela sente a presença de alguém, que coloca a mão sobre o seu ombro. Quando se vira dá de caras com um Jason abatido e com umas olheiras profundas.
- Você foi jogar ontem, nem precisa dizer...
- Hanna, como é possível que a pessoa que melhor me conhece, não esteja casada comigo, não seja mãe da Amy, e não tenha sido mulher suficiente pra ficar em Rosewood e lutar por mim? Que espécie de amor era esse que você dizia sentir, sendo que eu era e ainda sou louco por você?
Corajosamente, Hanna desnuda um dos seus braços e mostra algumas das marcas dos cortes que ela fazia sempre que sentia necessidade de se punir:
- É um amor doentio, um amor que me levou ao extremo. Um amor que tá mais ligado ao sofrimento que á felicidade. Estes foram os primeiros cortes que eu fiz, assim que cheguei a Nova York. Depois disso tive uma certa dificuldade em me controlar e achei que seria melhor me manter afastada de todo mundo, até que eu mesma aprendesse a resistir a cometer um ato tão vil contra mim mesma.
Jason deixa cair duas lágrimas e se sentindo culpado por ter cometido uma bobagem que lhe custou caro, pois acabou por perder o amor da sua vida, ele pega no braço da Hanna e gentilmente vai beijando cada cicatriz:
- Me perdoa por ter feito isso com você! Por ter sido um idiota e um covarde. Me perdoa por ter sido orgulhoso e nunca ter ido atrás de você. Me perdoa por nunca ter te pedido perdão.
O olhar do Jason, a sua voz trêmula, as suas palavras, e finalmente o seu pedido de perdão, fizeram com que Hanna passasse a mão no seu rosto de forma a secar as suas lágrimas e desta vez foi ela quem encostou os seus lábios aos dele.
- Eu te amo Hanna Banana!
- Eu também te amo Jason!
Os dois se entregaram a um beijo cheio de sentimentos que vinham do passado, sem se aperceberem que estavam sendo observados pela Emily, que estava procurando a Alison.
Abanando a cabeça, a Dra Fields opta por não interromper, decidindo ir até á sala da administração.

 

                          *******

 

21h15

 

Alison tomava um chá de camomila, quando sem esperar, a sua assistente anuncia a chegada de Elliott. Relutantemente, ela autoriza a entrada dele na sua sala e pede pra que o mesmo vá direto ao assunto sem rodeios, pois respirar o mesmo ar que ele, lhe causava naúseas.
- Não seja rancorosa Alison! Lembre se que quando me pediu ajuda eu vim.
- Elliott você só veio, porque sabia que aqui iria ganhar três vezes mais que em Charllotte, por isso me poupe do seu cinismo - ela atira bufando de raiva.
- Eu vim porque ainda te amava e tinha esperança que um dia pudesse me perdoar. Contudo eu cheguei aqui e encontrei você apaixonada e prestes a casar com a Dra Fields. Decidi seguir em frente e só vim te pedir pra que não tente me sabotar.
- Como assim sabotar? - ela pergunta confusa.
- Aria Montgomery é uma mulher bastante interessante e depois de tudo que ela tem passado, eu acredito que um homem como eu reúna todas as qualidades pra ajudá-la a seguir em frente.
- Um canalha como você? - ela indaga demonstrando o quanto o despreza.
- Canalha sob o seu ponto de vista, um ponto de vista que eu não quero que a sua amiga tome conhecimento - ele diz em tom de exigência.
- Ah não quer? Pois eu vou fazer questão de contar como você se aproveitou de mim lá na sua casa, na noite da virada - ela diz espumando de raiva.
- Pois eu também farei questão de contar á sua noiva que você ficou grávida de mim e abortou o nosso bebê!  Você pensa que eu não sei mas a sua mãe me contou - ele afirma em tom de chantagem.
- O quê? - ela pergunta ao mesmo tempo que os seus olhos se abrem, como ela estivesse sentindo a dor de uma punhalada nas costas.
- Vamos fazer um acordo. você não conta pra Aria sobre o nosso envolvimento e eu não conto pra sua noiva que você é uma assassina sem caráter que abortou o meu filho sem sequer me dizer que eu ia ser pai. Eu poderia ter te apoiado e hoje tanto eu como você teríamos um filho lindo, provavelmente dono de uns olhos tão azuis quanto os seus. 
O mundo de Alison cai aos seus pés e as lágrimas que ela tanto tenta segurar por orgulho, acabam por cair:
- Eu não... eu não... desculpa - ela profere demonstrando estar em choque.
Elliott a abraça, e Alison sem forças e envergonhada pelo que fez, acaba por aceitar aquele gesto, sem se aperceber da presença da Emily, que mais uma vez naquele dia, pega um casal inusitado em flagrante.
Sem perceber nada do que está acontecendo por não conseguir escutar o que os dois estão falando, pois ela apenas os está vendo através de uma frecha da porta, Emily abandona o andar da administração e quando está no elevador descendo até ao andar dos Cuidados Paliativos, ela encontra a pequena Amy e a Mona no corredor, que ao ver o seu estado consternado, aproveita pra provocá-la:
- Que aconteceu Emily? Não me diga que voltou a agredir alguém covardemente com uma jarra - ela diz debochando da neurologista.
Com raiva e com ciúmes de encontrar Alison nos braços do Elliott, Emily decide responder á letra, envenenando a maior cobra que ela já conheceu:
- Eu acho que se você se apressar a ir ao quarto do meu filho, poderá ter mais motivos pra agredir alguém com uma jarra do que eu querida.
Mona percebe que Emily só pode estar falando do Jason e da Hanna, e sem olhar pra trás, corre até ao quarto do pseudo-sobrinho, deixando a filha aos cuidados da Emily, que assim que viu os seus olhos vermelhos de ódio, percebeu a besteira que tinha cometido.
- Espere Mona, eu não quis...
Tarde demais...
Mona chega ao quarto do Dylan e assiste a uma cena que parecia vir diretamente do passado. Jason e Hanna se beijavam apaixonadamente, enquanto o pequeno descansava, entregue a um sono profundo.
- Jason! - ela grita sem forças pra proferir uma palavra mais.
Os dois tentam se explicar e vão se atropelando perante o olhar furioso da Mona que por alguns segundos, esquece onde está e dá um tapa em Hanna:
- Você está querendo se vingar de mim! Deus, você é um monstro e você Jason, você sempre será um galinha, que está brincando de amor da adolescência com essa vadia. Depois não adianta vir correndo pedir o meu perdão. Eu te dei a minha vida, eu te dei uma filha e nem sequer uma ponta de respeito eu mereço?
- Mona eu amo a Hanna - diz Jason que ao dizer estas palavras, faz com que a esposa entre em choque, deixando seu corpo cair numa das cadeiras, que acomodavam os visitantes.
- Ama?
- Desculpa te dizer isto assim mas não tem mais jeito, eu amo a Hanna sempre amei e é com ela que eu quero ficar. Já tá na hora de todos nós termos o que merecemos - diz Jason enquanto aperta a mão da Hanna, como que dizendo pra que ela confie nele pela primeira vez.
- Você ama a Hanna? Não ama a mim, nem á sua filha?
- Deixa a Amy fora disso! Eu sempre serei o pai dela e nós como pais, devemos evitar brigas e fazer o que é melhor pra ela.
- Você tá dizendo que quer se separar de mim?
- Sim, eu quero o divórcio. Chega de fingir que nos amamos e que somos felizes. Eu quero viver o que estou sentindo com a Hanna.  A nossa história poderia ser linda se não fosse aquele beijo que eu te dei. Contudo a nossa história ainda pode terminar bem e eu quero e mereço ser feliz...
Resignada, Mona olha pra Hanna e depois pra Jason e depois de se levantar, ela se dirige pra porta, decidida a sair de cabeça erguida mas não sem antes olhar pro Jason e dizer:
- Eu admito que passei todos estes anos fingindo que nós éramos felizes, mas eu jamais fingi que te amo....
  Aturdida por todo aquele drama que aconteceu naquele quarto, Mona se apoia numa parede, chamando a atenção do Caleb, que estava se dirigindo ao quarto do Dylan.
- Você está pálida, deixe-me ajudá-la - ele diz enquanto coloca um dos seus braços á volta da cintura dela.
- Eu só quero sair daqui, eu preciso sair daqui por favor - ela suplica chorando.
Caleb que minutos antes tinha visto Jason entrar no quarto do Dylan, aonde Hanna se encontrava vigiando o pequeno, quase que se atrevia a adivinhar o que tinha acontecido, no entanto nada disse e apenas a levou até ao seu consultório:
- Tome esse calmante, vai te ajudar - ele diz solidário.
- Obrigada mas eu vou dirigir até casa e não posso tomar isso - ela diz tentando forçar um sorriso.
Segundos depois, Emily que a tinha avistado entrando juntamente com Caleb no seu consultório, pede licença pra entrar na sala com a pequena Amy, que assim que vê a mãe corre pros seus braços.
- Você tá chorando mamãe! Porque você tá chorando?
- Falaremos em casa meu amor - ela diz enquanto afaga o cabelo da menina, que a abraça fortemente, quase que a sufocando.
Mona se levanta, sem no entanto tirar a filha do seu colo e encarando a expressão arrependida da Emily, pergunta:
- Tá feliz?
Emily baixa a cabeça e quando Mona passa, ela se vê obrigada a desviar de forma a evitar um embate entre as duas...

 

                                              *******

 

22h32

 

Mona abre o carro e coloca a pequena Amy na cadeirinha de segurança, beijando a sua testa em seguida, demonstrando sentir muita ternura pela pequena, que afinal de contas, era a única pessoa que ela sabia que a amava incondicionalmente e que provavelmente jamais a iria abandonar.
Após colocar o cinto de segurança em si mesma, Mona liga a ignição do carro e ao olhar pros mostradores, percebe que a gasolina que tem no depósito não chegará pra ir até ao Hotel da cidade, pois hoje ela não tenciona dormir em casa. 
Procurando em sua bolsa uma cópia da chave do carro do Jason, ela decide deixar o carro dela no estacionamento do Hospital e ir no dele até ao Hotel, onde poderá pensar no que fazer.
Depois de ver os dois se beijando tão apaixonados como quando eram adolescentes, Mona percebe que nem a Jéssica nem ninguém poderá salvar o casamento dela, por isso a única coisa que ela quer é um divórcio pacifico e parar de dar ouvidos á sogra, que até pode obrigar o filho a continuar casado com ela mas não a amá-la.
Com os olhos cheios de lágrimas ela vai dirigindo em direção ao hotel e Amy ao perceber que a mãe estava fungando numa tentativa de abafar o choro,  pergunta o que está acontecendo.
- Amy o seu pai não me ama mais e a gente decidiu se separar e viver cada um em sua casa, e é por isso que hoje nós vamos dormir num hotel.
- O papai colocou a gente na rua?
- Não meu amor! A mamãe só precisa ficar um pouquinho afastada da familia do seu pai. 
- Você gosta do papai?
- Gosto sim filha mas ele gosta de outra pessoa e quer casar com ela.
- Não chora mãe! Eu falo com o papai, ele não vai deixar a gente ir embora...
Amy começa a chorar desesperadamente e Mona assustada decide parar o carro e conversar com a menina, de forma a esclarecer melhor a situação, mas sem sucesso, pois quando colocou o pé no travão, percebeu que estava sem freio.
O seu coração começou a bater descontroladamente, pois ela tentava freiar o carro e não conseguia, por isso tentou diminuir a velocidade mas nada, o carro estava completamente descontrolado..
Numa tentativa desesperada de fazer uma simples manobra, Mona acaba se atrapalhando e entra em contramão numa estrada, que estava pouco movimentada por já ser um pouco tarde, no entanto nesse exato momento se aproximava um camião.
Sem saber o que fazer e certa que um embate contra aquele imponente meio de transporte resultariam na morte certa dela e da filha, Mona atira o carro para uma ravina e a última coisa que ela ouve é o grito desesperado da pequena Amy...

 

NA MANHÃ SEGUINTE...

 

09H10

 

MULHER, 29 ANOS, CAUCASIANA, APRESENTA UM QUADRO DE TRAUMATISMO INTRACRANIANO, DEVIDO A UM APARATOSO ACIDENTE DE AUTOMÓVEL.
JUNTO COM ELA ESTAVA UMA CRIANÇA QUE APARENTA TER UNS TRÊS ANOS E APENAS APRESENTA ALGUMAS ESCORIAÇÕES A NÍVEL EXTERNO.

 

PDV EMILY

 

Assim que viu que eram a Mona e a Amy quem tinham se acidentado, logo tudo o que aconteceu na noite anterior veio á minha cabeça. Mona saiu do hospital desorientada e nervosa e talvez por isso tenha perdido o controle, ou até feito de propósito. O fato é que isso não me torna isenta de culpa e enquanto as vitimas estão sendo assistidas pelo Elliott que estava operando a Mona e pela Maya que estava cuidando da Amy, eu decidi ir até á capela do Hospital e rezar pelas duas...
- Emily que está fazendo aqui? A Alison está te procurando, ela precisa que você fique com o Dylan pra que ela possa ir até casa dar a notícia ao Jason - diz Spencer ao colocar uma das suas mãos no meu ombro, um pouco admirada por me ver ali ajoelhada á mercê de um Deus, que muitas vezes eu afirmei duvidar que exista.
- Mas o Jason ontem tava de plantão - digo estupidamente.
- O plantão terminou ás oito e ele foi pra casa.
- A culpa de tudo que está acontecendo é minha - eu atiro colocando as duas mãos na minha cabeça.
- Ora Emily! Lá porque vocês não se dão bem, não é motivo pra que se sinta culpada. Foi um acidente infeliz.
- Eu vi o Jason e a Hanna se beijando no quarto do Dylan e quando encontrei com a Mona no corredor, ela me provocou de tal forma que eu perdi a cabeça e acabei delatando os dois - confesso chorando.
- O quê? Emily então foi você quem causou isso tudo? - pergunta Hanna, que apareceu ali só Deus sabe como.
- Hanna eu posso explicar, eu tava com muita raiva porque vi a Alison....
- Cala a boca! Eu pensei que você fosse minha amiga! Olha eu sei que pisei na bola e só Deus sabe o quanto me arrependo, mas se alguma coisa acontecer com a Mona e a Amy, a culpa será toda sua!
Hanna sai da capela, esquecendo que certamente também vinha procurar ajuda Divina, e Spencer fica me olhando com ar de quem está me reprovando:
- A Hanna jamais vai me perdoar! Nem eu!
- Emily, vamos fazer assim: vai pra casa, toma um banho e conversa com a sua mãe que sempre foi a sua melhor conselheira. O seu plantão acabou e eu ficarei aqui vigiando o Dylan.
- Ai Spencer! Logo agora que eu e a Alison estamos nos entendendo. Eu nunca pensei que a borrada que eu fiz ontem daria nisso, eu te juro.
- Eu não vou te julgar mas também não vou te defender. Vamos dar tempo ao tempo! Agora faz o que eu te pedi e deixa que eu converso com a Alison.
Eu abraço a minha amiga, certa de que se tem alguém que sempre me apoiará, essa pessoa será ela.
- Obrigada Spence! - eu digo antes seguir o seu conselho, indo pra casa em busca dos sábios conselhos da minha mãe.

                     

NARRAÇÃO DA AUTORA

 

Jason chegou a casa e ao entrar em seu quarto e ver que a cama não tinha sido desfeita, ele corre até ao quarto da Amy, pois um terrivel pressentimento se apoderou da sua mente:
- Mãe! Mãe! Cadê a Amy e a Mona? - ele pergunta assim que Jéssica se aproxima.
- Como assim cadê elas? A última vez que as vi, elas estavam indo ao seu encontro. A Amy só falava em visitar o Dylan e a sua esposa cedeu ao pedido da menina.
- A Mona me pegou beijando a Hanna e saiu da clinica furiosa.
Sem lembrar que o Jason já deixou de ser um garoto, Jéssica esbofeteia o seu rosto violentamente:
- Você é um idiota!  A esta hora a Mona pode estar a quilómetros de distância com a minha neta a tiracolo.
- Ela não pode ter ido muito longe, porque quando eu fui buscar o meu carro pra vir pra casa, eu vi que ela trouxe o meu e deixou o carro dela no estacionamento. Eu acabei por ter de chamar um táxi.
- Vá procurar a Mona e a minha neta agora seu irresponsável! - diz Jéssica espumando de raiva.
- Não será necessário - diz Alison que acaba de entrar juntamente com Toby - Jason, a Mona e a Amy se acidentaram. O camionista que assistiu ao acidente, falou que o carro ia em contramão e que por pouco não embatia contra o camião dele. A Mona atirou o carro pra uma ravina no ultimo segundo, numa tentativa de se salvar eu acho.
Jason fica sem palavras enquanto o seu subconsciente o transporta pro relato que a Alison está fazendo. Ao imaginar o carro onde ia a sua mulher e a sua filha caindo numa ravina, ele sai do estado de choque e pergunta:
- Como elas estão?
- Aparentemente a Amy não sofreu nada grave e no momento apenas apresenta algumas escoriações. Da Mona já não posso dizer o mesmo: além de ter quebrado as duas pernas, e deslocado o omoplata, ela sofreu um traumatismo craniano e neste momento está sendo operada pelo Elliott. 
Jason leva a mão ao bolso da calça, de forma a procurar a chave do carro, porém no instante seguinte ele se lembra que o seu carro a esta altura deve estar a caminho de uma sucateira.
- Eu vim com o Toby pra que ele te desse uma carona até a clinica, pois eu preciso falar com a mamãe - diz Alison como se estivesse lendo os pensamentos do irmão.
Jason assente com a cabeça e juntamente com Toby, se dirige ao hospital rezando a cada minuto, pra que tivesse boas noticias ao chegar lá...

 

                                 ******

 

Mesmo sendo bastante cedo, Jéssica pede á empregada pra que sirva um licor e sentando-se numa poltrona, ela fixa a figura da filha dos pés á cabeça, avaliando o que poderia estar se passando na sua cabeça.
- Porque você falou pro Elliott que eu fiquei grávida dele?
- Eu falei porque pensei que o apoio dele seria um ótimo incentivo e que talvez você até pudesse se apaixonar e esquecer a herdeira dos Fields. No entanto quando você chegou em casa falando que tinha perdido o bebê, eu liguei pro Rollins pedindo pra que ele mantivesse segredo acerca do ocorrido.
- Esse ocorrido se chama aborto! Porque você contou pra ele que eu tirei o bebê?
- Porque eu não sou burra e porque ele encontrou um cartão da tal clinica clandestina na gaveta da sua sala. Não tinha como negar...
- Deus... - diz Alison se sentindo uma marioneta da própria mãe.
- Agora é a minha vez de perguntar: Porque você nunca me falou que o dono dessa clinica é o pai da Emily?
O rosto de Alison empalideceu, ao mesmo tempo que o seu corpo caía sobre uma das poltronas. Certa de que estava sem saída ela respondeu:
- Isso não é um assunto seu! Não se meta mãe!
- Eu ouvi você falando com a Dra St Germain e até já entrei em contato com a mesma. Quero que essa senhorita saiba que pode contar connosco pra denunciar o Fields.
- Mãe pelo amor de Deus! O Dylan precisa de paz, não me obrigue a declarar guerra ao tio Wayne. Não agora, eu te imploro.
- Eu também implorei que ele tivesse compaixão por nós e mesmo assim ele tirou um décimo do que era nosso, nos fez abandonar a nossa cidade e ficou tratando o seu irmão como um empregadinho qualquer,, sendo que ele é tão ou mais dono que qualquer um de nós daquela clinica - Jéssica explode num desabafo impensado.
- Como assim, mais que todos nós?
- Alison você sempre me falou que um dia iria voltar pra ficar com a Emily e eu sempre te disse que um dia a vida iria te obrigar a escolher. Eu vou apoiar a Maya nessa denúncia contra o Fields. Posso contar com você?
- Isso irá destruir a minha relação com a Emily...
- Você vai colocar essa mulherzinha á frente da nossa familia sendo que ela nunca te defendeu dos ataques do pai dela?
- Sabe mãe, eu sempre fiz tudo que você quis e por causa disso, acabei por ir parar na cama de um estranho e ficar grávida. Você tem consciência que eu poderia estar no lugar da irmã da Maya agora? De que vale a pena uma vingança onde todos irão sofrer, inclusive o meu filho? 
- O Dylan ficará melhor sendo criado por nós, do que por aquele ninho de cobras...
Alison olha pra sua mãe e desapontada com a sua falta de sensibilidade, ela vai até ao seu quarto, arrumando algumas roupas numa mala pequena.
Ao descer as escadas com a mala a tiracolo, Jéssica fica estupefata ao perceber as intenções da filha:
- O que você está pensando em fazer?
- Desta vez você foi longe demais mãe, e eu não quero viver nem criar o meu filho no meio de tanto rancor...
Alison sai da casa onde nasceu sem olhar pra trás uma única vez e sem saber como nem porquê, ela decide ir até casa da Emily e contar toda a verdade sobre o segredo do pai dela e as armações da sua mãe...

 

PDV HANNA

 

Eu estou sentada na sala de espera da Unidade de Pediatria, quando o Jason chega com um ar desesperado.
- Cadê a Amy? - ele pergunta num tom de voz bastante alterado.
- Calma, ela está sendo assistida pela Maya que já veio aqui falar que o quadro dela é estável - eu respondo indo na sua direção pra abraçá-lo, porém ele se afasta, deixando a mim e a Toby boquiabertos com a sua atitude.
- Eu vou a Unidade de Neurologia pra saber se a Mona já saiu do bloco operatório - diz Toby prestativo como sempre, pra logo em seguida sair, deixando-nos a sós.
Jason está absorto em seus pensamentos e devido á sua rejeição em relação ao meu abraço, eu fico com medo te me aproximar.
Um silêncio constrangedor se meteu entre nós, até que por fim ele decide desabafar:
- Nós não devíamos ter ido tão longe. Eu não podia ter magoado a Mona daquele jeito. Pelo que a minha irmã me contou ela tentou se matar. Ela perdeu a noção da realidade e tudo por minha culpa. Graças aos céus a minha filha se salvou!
- Não se sinta culpado, você não tem culpa de nada.
- Os dois têm culpa - diz Spencer nos interrompendo - eu sempre te avisei Hanna, quantas vezes eu te pedi pra se afastar do Jason? E você Jason, quando vai perceber que já não é o mesmo garoto que namorava a boba da minha irmã? A vossa teimosia podia ter custado a vida da Amy e só Deus sabe o que o destino reservou pra Mona.
- Pera aí Spencer, não é bem assim - diz Hanna se defendendo - se a Emily não tivesse falado pra Mona que eu e o Jason estávamos no quarto do Dylan nos beijando, nada disto teria acontecido.
- O quê? - diz Jason com um olhar tão cheio de ódio que até eu que o amo, não o reconheci - Hoje aquela desgraçada me paga por tudo!

 

NARRAÇÃO DA AUTORA

 

Jason vira as costas e sai da Pediatria, encontrando o Toby no corredor, que depois de lhe informar que a sua esposa ainda está sendo operada, empresta a chave do seu carro, sem perceber a razão que faz com que o amigo saia de perto da sua familia num momento onde a sua presença é tão importante.
Jason conduz a alta velocidade até á mansão dos Fields e como a governanta já o conhece desde pequeno, o deixa entrar sem ser anunciado.
Ao encontrar Emily sentada no sofá ao lado da tia Pam, ele não pensa duas vezes e se dirige a ela, colocando as duas mãos no seu pescoço, na intenção de sufocá-la:
- Desgraçada a minha filha podia ter morrido por sua culpa!
Pam começa a gritar desesperada, tentando puxar o bom senso do rapaz, no entanto ele cada vez a sufocava mais e mais forte, até que por fim ele ouve a voz do homem que ele mais odeia, o ameaçando:
- Solta a minha filha agora, ou você não viverá pra criar a sua!
Jason afrouxa as mãos do pescoço da Emily lentamente,  e quando se vira, vê Wayne com um revólver na mão, que certamente estará carregado.
- Por favor Wayne baixa essa arma! - diz Pam demonstrando o seu receio de que uma desgraça aconteça.
- Esse verme merece morrer por colocar as mãos na nossa filha - ele diz colocando o dedo indicador no gatilho.
- Não por favor! Vamos conversar com calma, você não pode cometer esse pecado - ela implora chorando.
- Que pecado Pam? Livrar o Mundo de um covarde do calibre desse garoto não é um pecado - ele afirma gritando.
- Mas matar o seu próprio filho, sangue do seu sangue sim....


- O quê? - pergunta Alison, que havia acabado de entrar na sala de estar dos Fields - O Jason é filho do tio Wayne?


Notas Finais


Lo, cê gosta de escrever um capitulo comprido...

eu vou começar por me desculpar pq prometi falar de alguns temas mas como dá pra ver eu sou bastante detalhista vulgo chata e escrevo muito acerca de um tema, aí deixo aquele tema pra ser explorado e ter seu merecido destaque num outro capitulo...

Aconteceu muita coisa e eu queria explicar algo, depois da Emily ver o Elliott e a Alison ela ficou com raiva mas depois quando a Aria as chamou pra falar sobre o Dylan, elas decidiram dar treguas e a Emily nem puxou o assunto... Tou com medo de ter me enrolado mas revisei mil vezes e acho que não rsrsrsrsfsrsr...


Gente então o Jason é filho do Wayne, se parecem né...
E a Mrs Pam Fields sabia disso??
Que está se passando nessa minha mente doentia hein?

E agora com esse acidente, Hanna e Jason se afastam ou resolvem assumir o que sentem já que o mal está feito?

Spencer com ciuminho da Aria... Ai Toby tadinho...

Alison tomando atitude gostei de escrever tá?

vamo ver no que dá...

Vocês que comentam sabem o quanto amo ter vocês aqui expressando o que pensam e eu fiquei maravilhada pela vossa sensibilidade e perspicácia...
A minha pergunta de hoje é o titulo do capitulo, dar sem amar, ou amar sem dar?
O que o Jason deve fazer se a Mona se salvar desse acidente?

a vossa opinião pra mim tem muito valor e estou contando com ela pra saber que rumo dar ao próximo capitulo


obrigada a todos que comentam em especial a dois fantasminhas que apareceram no ultimo capitulo, aparecam sempre que acharem necessário e obrigada por perderem cinco minutinhos expressando o que pensam...

Os que estão comigo a cada capitulo são o meu pilar e a minha força e é com toda a humildade que eu agradeço por estarem e peço pra que continuem confiando em mim...


Obrigada pelo apoio, comentários, favoritos e apoio no privado


vos amo minha gente!!!

S2 S2 S2


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